—Viva a Maekar Targaryen, Primeiro De Seu Nome. Rei dos Ândalos, dos Roinares e dos Primeiros Homens, Senhor dos Sete Reinos e Protetor do Território. Que reine por muito tempo!

—Que reine por muito tempo!

Maekar recebeu a corôa em sua cabeça como um condenado à forca recebe uma corda no pescoço.

Ele considerava o trono uma maldição e um castigo.

Ninguém além de seus filhos via Maekar sorrir.

—Meu rei... O senhor já considerou ter uma rainha?

—Do que adiantaria? -ele diz com amargura.

—Os seus filhos...

—Se não é para ter Dyanna como rainha, não vou ter ninguém. -ele encerra a discussão.

Dyanna foi chamada de "A Rainha Que Nunca Foi" pela recusa de Maekar em se casar com outra mulher, visto que Dyanna seria a única consorte do quarto filho que agora era rei.

—Essa corôa e esse trono são o meu castigo, minha eterna condenação.

Aemon arregala os olhos.

—Pai, foi um acidente! O tio Baelor.

—Baelor ainda está morto. 

Aemon não discutiu.

—Papai, mamãe, Baelor, Valarr, Matarys, Aerys, Rhaegel, Aelor, Aelora... Todos mortos.

O tempo passou.

—Conta uma história papai? -pediu Rhae a ele.

—Era uma vez um dragão que se casou com uma estrela. Ela era a luz de sua vida. Ela lhe deu seis dragõezinhos. Eles se amavam muito.

—E o que aconteceu?

—A estrela precisou ir para o céu.

—O dragão ficou sozinho pai?

—Ficou. E todo dia ele olhava para o céu, esperando ver sua estrela novamente.

Os anos se passaram para ele de forma bem lenta.

Maekar morreu lutando, atingido por uma pedra.

E quando morreu, sentiu-se envolvido por uma luz.

Alguém estendeu a mão para ele.

Ele reconhecia esse sorriso de longe.

—Dyanna?

"E o meu pai... nunca pensou que o trono passasse para ele, e no entanto passou. Costumava dizer que isso era a sua punição pelo golpe que matara o irmão. Rezo para que tenha encontrado na morte a paz que nunca conheceu em vida."

FIM