- Ai que espertinha que tu és. - Dylan foi-se aproximando de Caroline. 

- Está quieto Dylan, não me faças mais cócegas. - Caroline foi andando de costas para trás, para se ir afastando dele. 

- Nem penses. Agora quero vingança.
 - Não queres nada, tu és um bom rapaz. - Caroline tentou fazê-lo mudar de ideias. 

- Quero, quero. 


Dylan agarrou-a pela cintura e puxou-a para mais perto de si. Foi-se aproximando cada vez mais da cara dela, e os seus narizes roçaram um no outro. Caroline ficou sem se mexer. Sentia a respiração de Dylan. Ele inclinou a cabeça de forma ligeira, e os seus lábios acabaram por tocar nos de Caroline. Beijaram-se. Foi um beijo suave. Dylan tinha os braços em redor da cintura de Caroline, e Caroline empurrou-o pondo as mãos no peito de Dylan, parando o beijo.


- Mas tu passaste-te?! O que é que tu pensas que estás a fazer Dylan?! 

- Não fui claro? Posso ser mais claro, se quiseres... - Foi-se aproximando dela novamente. 

- Tu és bom da cabeça, sequer? És mesmo estúpido! 

- Sou bom da cabeça sim, mas tu não me sais dela. 

- Mas tenho de sair! Eu tenho namorado Dylan, e tu sabes disso. Não pode ser assim. 

- Pode ser sim. 

- Não, não pode.

- Pode Caroline, pode, se tu quiseres. 

- Mas quem é que te disse que eu quero?! Eu não quero! Estou com o Michael, ok? É ele que é meu namorado, e é assim que vai continuar. 

- Posso pedir-te uma coisa?

- O que é que tu queres agora?

- Posso apenas provar-te que provavelmente sou melhor que ele?
 - Não quero que me proves nada. Eu acredito que até podes ser, mas não. Não quero nada contigo. - Caroline virou costas, e quando ia para o carro, Dylan agarrou-lhe o braço e virou-a para si. 

- Porque é que não admites que gostaste? 

- Que gostei do quê?

- Que gostaste do beijo. 

- Não insistas! - Caroline virou costas novamente, e voltou a andar em direcção ao carro.
 - Diz-me! - Dylan puxou-a novamente.

- Não significou nada! Pronto, era isto que querias ouvir? Já ouviste. Posso-me ir embora? 

- Mas eu sei que gostaste. Caso contrário, tinhas parado o beijo mais cedo. Tu retribuiste. 

- Pára com isso, Dylan! 

- NÃO! Eu sei que tu gostaste do beijo! Eu senti isso! - Dylan foi insistindo com ela cada vez mais.

- Esquece-me. Esquece-me Dylan! 


Caroline entrou no carro, e foi para os bancos de trás. Depois de estarem todos prontos, partiram rumo ao aeroporto. Caroline, obviamente, estava mais do que chateada com Dylan. Para além de chateada, estava mesmo muito de arrependida por ter permitido que o beijo tivesse acontecido. Estava a trair Michael, da pior forma imaginavel, principalmente quando lhe tinha deixado claro que não ia haver nada entre eles. Quando chegaram ao aeroporto, esperaram uns minutos e depois entraram no avião. Lá dentro havia três filas de assentos, como em todos os aviões. As filas laterais, que estavam encostadas às janelas, tinham apenas dois lugares livres cada uma. A fila central, tinha três lugares livres. Começaram logo a discutir quem é que se ia sentar onde. Os pais de Dylan e o pai de Caroline sentaram-se logo na fila do meio. Eram três, e esse era o número de lugares livres que havia naquela fila. Fred disse logo que ficava ao lado de Emma, numa das filas laterais. Caroline não queria ficar sozinha com Dylan, mas não disse nada. Acabou por aceitar. Foram-se sentar. 


- Ficas do lado da janela? - Perguntou Dylan.

- Fico. - Dylan desviou-se para a deixar passar.

 Como não tinham levantado voo, Dylan aproveitou: 


- Continuas chateada comigo? 

- O que é que tu achas, Dylan? 

- Não precisavas de ficar tão chateada, foi apenas um beijo.
 - Foi mais do que um beijo. Foi uma traição.
 - O teu namorado não precisa de saber. 

- Mas o problema sabes qual é? Estou a sentir-me mal comigo mesma. 

- Eu entendo, e desculpa... - Dylan olhou-a nos olhos. 

- Estás desculpado. Mas tens de me prometer que não vais voltar a repetir a graçinha. 

- A partir de agora, só te beijo quando tiver a tua autorização. 

- Então deixa-me que te diga que não vais ter a minha autorização nunca. 

- Depois vemos isso, então. - Dylan piscou-lhe o olho. 


A viagem passou rápido, e eles chegaram ao aeroporto de Florida. O calor ainda se sentia. Foram buscar as malas, e foram para o carro que o Carl, pai do Dylan, tinha lá. Foram rumo a casa, que era perto da praia. Era longe da confusão da cidade, e isso de facto agradava Caroline. A casa tinha um estilo moderno, e era grande, como a casa que Dylan tinha em Londres. No segundo andar, tinha uma vista linda que dava para o mar. Caroline tirou as suas malas, e foi até ao quarto onde ia ficar com Emma, para as pôr lá. Dylan ajudou-a a carregar as malas. Emma entrou atrás deles, e perguntou: 


- Então Caroline, o que é que achas? 

- É lindo! Tudo! - Caroline estava pasmada com a beleza que estava à sua volta.