Suspirei alto passando as mãos em meus cabelos depois o prendendo em um rabo de cavalo alto. Me levantei depressa e andei com passos largos e rápidos para saído do ginásio que avia passado as três primeiras aulas ali chorando. E agora já era ouvido o sinal do intervalo. Passei a mão em meu rosto numa tentativa falha de tirar qualquer vestido de lágrimas, mais foi em vão. Continuei andando de cabeça baixa e por minha sorte não tinha muitos alunos naquele enorme corredor o que me fez agradecer mentalmente. Logo que cheguei em frente ao meu armário o abri rapidamente e em seguida joguei minha bolsa no mesmo.

Depois de muito procurar por alguma se quer pulseira. Sorri largo quando acabei achando uma antiga que a muito tempo não avia e que significava muito para mim, atrás de alguns livros que eu tinha deixado sem querer ano passado aqui e junto ela por um descuido meu também ficou. Ela me passava proteção, força e fé. Especialmente porque foi de minha avó por parte de mãe que me dará no meu aniversário de nove anos. Duas semanas depois recebemos a noticia que ela avia falecido com câncer de mama, eu sofri muito com sua morte. Ela era muito importante para mim. Uma lágrima solitária sem minha permissão rolou pela minha bochecha e caiu em minha mão que segurava a então pulseira. Imagens de minha avó rodaram minha mente, de cada detalhe seu.

Meus pensamentos foram interrompido ao ouvir uma voz muito conhecida por mim. Arregalei os olhos enfiando meu rosto em meu armário.

– Man, não esquece que vamos ter treino hoje.

– Falo. – disse outro garoto.

Barulhos de passos se aproximavam cada vez mais de mim e eu tinha certeza, era ele. Austin Parker.

Lindo, rico e líder do time de basquete. Traduzindo: ele é perfeito.

O mais desejado pelas garotas de toda escola. E quando eu digo TODAS, estou contando comigo.

Mais ele é a estrela do time de basquete e todo perfeito, nunca perceberia uma nerd como eu.

Suspirei mordendo os lábios com força. Ele estava agora ao meu lado, e por sorte ou azar o meu, seu armário é ao lado do meu... E o que eu mais queria agora era dizer tudo que eu sinto, me jogar em seus braços e beijar sua boca rosada e contornada por deuses. Mais claro isso nunca será possível. Neguei com a cabeça e com isso batendo a mesma no armário pelo fato de ainda estar dentro do mesmo. Soltei um gemido de dor saindo do meu armário e em seguida a mão em minha testa.

Ouvi uma risada ao meu lado me fazendo encara-lo.

Droga, eu me perderia fácil naquele mar de olhos azul. Isso se já não estava perdida.

Por um segundo prendi a respiração, eu não sabia o que fazer e muito menos o que falar. Um sorriso de lado se formou em seus lábios me fazendo assim soltar o ar e morder os lábios com força.

E como sempre eu sempre fujo da situação, e dessa vez não foi diferente. Corri sem ao menos olhar para trás. Respirei fundo me escorando na porta que dentro da mesma era a sala da diretora Erin, depois de contar alguns segundos dei duas batidas na porta e não demorou muito eu ouvi um breve “entre”.

Não hesitei em demorar e logo entrei e encontrei Erin mexendo em algo no seu notebook. Me encarou sorrindo, apenas retribui o mesmo.

– Olá querida. – disse fechando seu computador e me encarando enquanto cruzava as mãos em cima da mesa. – Algum problema? – perguntou simpática apontando para a poltrona á minha frente. Assenti suspirando alto e me sentando.

– Bom, é que eu não estou me sentindo muito bem e queria lhe pedir para me liberar mais cedo. – mordi os lábios abaixando a cabeça e torcendo para que ela acreditasse em minha mentira.

– Hó, não vejo problema em libera-la mais cedo. – sorriu – Quer que eu ligue para seus pais?

– Não. Não precisa, eles estão trabalhando e não quero incomoda-los. – forcei um sorriso. Ela me encarou desconfiada mais logo sorriu assentindo.

– Obrigada. Tchau. – disse por fim me levantando.

– Não á de quer, e melhoras Amy.

– Obrigada. – acenei saindo da sala.

Erin sempre foi muito legal e simpática comigo, então foi mais fácil de me liberar mais cedo. E pelo fato de eu ser uma ótima aluna isso conta muito. Andei depressa em direção aos portões da escola e logo já estava do lado de fora daquele inferno. Dei mais um breve olhada para á escola antes de começar a andar.

(...)

Entortei os lábios logo quando a garçonete depositou meu pedido na bancada, sorri fraco agradecendo em seguida entregando alguns dólares e então pegando o frappuccino e meu cupcake de chocolate em seguida dando uma mordida do mesmo enquanto saia do Starbucks.

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Isso é dos deuses. – pensei me fazendo soltar uma risada.

(...)

– Rose cheguei, to indo para meu quarto. – gritei abrindo a porta de casa e então correndo para a escadas e subindo as mesma.

– Porque chegou tão cedo mocinha? – bufei ouvindo a voz um tanto fina de minha mãe falar. Me virei dando de cara com a mesma de braços cruzados.

Suspirei dando passos ao seu encontro e parando em sua frente.

– Não estava me sentindo muito bem, então resolvi vir para casa. – forcei um sorriso já preste a sair dali e correr para meu quarto, mais fui impedida por ela puxando meu braço.

– Não me convenceu. – sorriu sínica me puxando para um abraço. Retribui o mesma ainda confusa. – Temos que conversar.

– Sobre? – fiz menção para que ela continuasse.

– Sobre eu e seu pai. – forçou um meio sorriso.

– O que aconteceu?

– Podemos mais tarde conversar?

– Claro. – assenti. – Posso ir para meu quarto agora?

– Sim, e eu também já estou voltando para o hospital. Até mais tarde filha. – sorriu me dando mais um abraço e então depois de nos separarmos a mesma desceu as escadas.

Amor e carinho demais, ai tem coisa.

Neguei com a cabeça andando em direção ao meu quarto e abrindo em seguida a porta. Suspirei me aproximando da minha cama jogando meu celular no mesmo enquanto tirava meus sapatos com os pés mesmo.

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Encarei todo o meu quarto. Sorri ao perceber que não tinha nem um sinal de Matt.

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Caminhei lentamente até o meu banheiro que agradeço por ele ser em meu quarto. Me despi rapidamente em seguida jogando minha roupa no baú de roupas suja ainda dentro do banheiro e então sem demoras entrei de baixo do chuveiro sentindo todo o meu corpo relaxar quando a água quente entrou em contato com minha pele. Não demorei muito, alias eu estava ansiosa para fazer uma ligação. Preciso falar com Mad.

Me enrolei na toalha e sai do banheiro indo em direção ao meu closet pegando uma roupa simples e jogando em minha cama. Fiz um rápido coque em meu cabelo depois peguei a roupa e a vesti, depois de colocar meus all star branco corri para pegar meu celular.

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Suspirei digitando o número de Mad e não demorou muito para que a mesma me atendesse, detalhe, aos berros.

– Cada você aqui Amy? Estou te procurando que nem uma doida. E porque sumiu em? Nossa primeira aula era junta. E VOCÊ SUMIU. – podia ouvir de longe o barulhos de pessoas conversando.

– Mad, depois eu te explico tudo. – suspirei – Eu quero te pedir uma coisa.

– O que? – perguntou curiosa.

– Eu preciso de uma transformação. – disse sorrindo e decidida.