Corpse Bride escrita por VickyHogs


Capítulo 1
Without him... I feel like the Corpse Bride!




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-Vamos lá, babe! Já estamos descendo! Achei que você sonhasse em
subir no London Ele!- Disse Sam, rindo e me abraçando por trás. Encaixou o seu
queixo com a barba por fazer na curva de meu pescoço. Eu e Sam tínhamos acabado
de almoçar e fomos conhecer um dos pontos turísticos mais famosos de Londres: O
London Eye!

- Sonhava mesmo, mas com essa altura... - Respondi fechando os olhos e
segurando sua mão, que estava sobre minha barriga.

Eu sei que você deve estar pensando o que estamos fazendo em Londres. É
o seguinte, Samuel decidiu me trazer em uma SUPER viagem para comemorar meu
aniversário e nosso aniversário de namoro!

Finalmente o passeio terminou, entenda: MORRO de medo de altura! Quando
descemos ali na frente, estava um grande ônibus vermelho.

-Sammy, olha!- Eu disse puxando sua mão apontando para o ônibus- I
LOVE BIG RED BUS!-
Gritei toda feliz, tentando imitar um dos integrantes de
minha banda favorita, One Direction.

-Calma Louis Tomlinson!- Disse Sam, rindo. Samuel sabia quase tudo da
banda. Ele simplesmente me ouvia quando eu contava as novidades, história e
biografia da banda. Inclusive ele havia comprado o CD Up All Night para
ouvir no seu carro quando eu estava junto. Ele me puxou rápido para dentro do
ônibus, e me levou para o segundo andar, que surpreendentemente estava vazio.
Fui até a frente e escorei-me.

-Victoria Sarah Hogs!- Ouvi Sam dizer. Virei-me, pronta para xiga-lo por
me chamar pelo nome completo, e o vi ajoelhado. - Eu te amo minha princesa!
Você foi uma das melhore3s coisas que vieram a acontecer comigo. Nunca vou me
arrepender por ter ido ver por que aquela linda garota de 14 aninhos estava
chorando nas arquibancadas. Nunca vou me arrepender de ter te beijado no Natal
de 2008. Nunca vou me arrepender por ter te pedido em namoro no verão de 2009.
Nunca vou me arrepender por tê-la dado o anel de compromisso no seu aniversário
em 2010 e muito menos a de noivado em 2011. - Automaticamente mexi na fina
aliança prateada  no meu dedo anelar
direito.- E nunca vou me arrepender de fazer o que eu prestes a fazer: Victoria,
minha princesa, você aceita casar comigo?

Congelei. Samuel Antony Karmichael, meu namorado desde os 14 anos e meio
(Em vista que tenho 17) era simplesmente o amor de minha vida. Eu nuca havia
pensado no quesito casar, mas ele é o único que eu pensaria em casar. Sorri
para ele e me joguei em seu pescoço.

-É claro que sim meu princeso! Mil vezes sim!- Eu disse beijando toda
sua face. Ele sorriu e tirou a pequena caixinha azul e rosa do bolso. Tirou a
aliança da caixinha e colocou em meu dedo direito, junto com a de compromisso e
noivado.

Samuel me puxou para um beijo, e sorriu.

-Eu te amo minha picepa!- Ele disse, e me abraçou.

-Eu te amo mais meu princeso- Apertei-o no abraço.

Dois meses depois...

- VICTORIA! VICTORIAAA!- Ouvi Samuel gritar. Não lhe dei ouvidos e
continuei andando até chegar ao pequeno banco de madeira ao lado do salão de
festas.

Já havia passado dois meses desde que Sam havia me pedido em casamento.
Amanhã seria o aniversário de Sam, então decidi fazer sua festa um dia antes. E
o casamento: Seria exatamente em um mês: Junho. Já havia comprado o vestido,
preparado tudo. Seria uma linda cerimonia no jardim da mansão dos pais de Sam,
com minhas cinco melhores amigas como madrinhas, e o irmão de Sam e outros
amigos como padrinhos. Mas... Isso não chegou a acontecer.

-Vick, ela me atacou... - Sam começou, finalmente me alcançando.

-Não quero saber Samuel! Deixa-me em paz para pensar!- Interrompi-o.

-Vick, não faz isso!

-SOME SAMUEL!

-Vick...

-SAMUEL KARMICHAEL! EU NÃO QUERO OUVIR!

-Quer saber, Victoria? Se você não da à mínima para o que eu digo, mesmo
sendo a verdade, talvez você não me ame tanto assim!- Ele disse zangado e saiu
marchando. Instantaneamente me arrependi.

-SAM!ESPERA!- Gritei e sai correndo atrás dele. Cheguei a tempo de ver
ele arrancado com seu carro pela BR. Precisava achar um carro, e, graças a Deus
Marcelo Bach, o melhor amigo de Sam, estava ali fumando.

-MAR! CELO CELOO!- Gritei e apontei para o carro de Sam e depois para o
dele. Marcelo assentiu e jogou o cigarro fora. Entrou no banco de motorista e
eu corri para o de passageiro. Matt e Lene vinham correndo em nossa direção.
Apontei para o carro de Sam e Marcelo arrancou.

Ele corria rapidamente pela BR, que (Graças a Deus) estava vazia. Já em
desespero, enxerguei o carro de Samuel logo à frente.

-BUZINA!- Berrei no ouvido de Marcelo, e ele obedeceu. Instantaneamente,
Samuel ligou o pisca-pisca e nós paramos no acostamento, junto de Lene e Matt
no carro de trás.

Mas acontece que Sam estava um tanto longe de nós, passado de onde
terminava o acostamento. Não havia nenhum carro a vista e começava a chover.
Samuel fez uma curva um tanto exagerada, e foi quando aconteceu.

Tudo aconteceu tão subitamente, mas parecia estar em câmera lenta. Um
caminhão de transporte de madeira apareceu do nada e bateu contra a lateral do
carro de Samuel, fazendo com que o mesmo voasse pela BR, parando apenas depois
da quinta volta.

Congelei, pois não sabia o que fazer, ou que pensar. Foi como se todo o
ar se esvaísse de meus pulmões, de toda a terra. Como se houvesse alguém ali,
me impedindo de respirar.

Abri a porta do carro de Marcelo e corri para onde a Range Rover,
totalmente destruída, jazia, parada de ponta cabeça. Quando finalmente alcancei
a janela do motorista, o ar voltou ao mundo.

Samuel, com os braços caídos sobre o teto com uma boneca de trapos,
mexia de leve a cabeça. Abaixai-me e segurei suas mãos.

-Samuel... Samuel, meu amor, eu ‘tô aqui! Samuel, fala comigo!-
Sussurrava desesperadamente, as lagrimas em torrentes pelo meu rosto. Ele abriu
os olhos e forçou um sorriso.

-Oi, babe!- Sussurrou, com
força para que a voz saísse. Ao longe já ouvia a sirene da ambulância. -
Desculpe ter saído assim, minha princesa! Perdoa-me pela briga, meu anjo... -
Balancei a cabeça e coloquei meu dedo indicador sobre sua boca.

-Shhh... Não precisa amor! Você não fez nada de errado! Mas aguenta
firme que a ambulância já está chegando!- Eu disse, tentando estancar o sangue
que caia em torrente de seu rosto. Ele apertou minha mão.

-Victoria, você é o amor da minha vida, ouviu? Você é minha princesa, e
eu te amo com toda a minha vida! Você foi a melhor coisa que me aconteceu, meu sonho...
- Ele gemeu de dor e passei a chorar mais ( se é que era possível).- Eu quero
que sempre se lembre de , ok? Nunca me esqueça, mas não se prenda a mim, ouviu?
Victoria, você ouviu?- Ele perguntou e um sussurro sério. Assenti. - Você vai
ser para sempre minha esposa, minha vida, meu anjo, minha princesa! Eu te amo
demais, minha flor. - Finalmente, após o que pareceu um século, a ambulância
chegou. Olhei para Sam e sorri, mas logo senti a pior dor de todas. Samuel
afrouxava o aperto em minha mão e estava com os olhos semicerrados.

-Eu te amo minha princesa... - Sussurrou.

-SAMUEL! São meu amor, não me deixe, aguente firme, por favor! Saam, eu
não sei o que fazer sem você minha vida! SAM!- Eu berrava descontroladamente,
sentindo todo meu mundo desabar.

-SAAAAAAAAAAAAAM!- E ali estava eu, no meio da BR, de vestido curto
salmão e salto alto, jogada no meio do asfalto, berrando.

Os paramédicos chegaram e começaram a tentar abrir a porta do carro para
tirar Sam. Olhei em desespero em volta, foi quando avistei Mattew, com cara de
quem tinha levado um tabefe. Ele saiu de transe e veio correndo até o carro de
Sam.

-SAMUEL! SEU FILHO-DA-PUTA EGOISTA! VOCÊ NÃO PODE NOS DEIXAR, SEU
CRETINO!- Ele berrava, enquanto um paramédico tentava o afastar. Marcelo
chorava, assim como Marlene.

Foi ali, as 00h00min da manhã, do dia 24 de Maio de 2011, que Samuel
Antony Karmichael completou 18 anos. E foi ali, as 00h00min da manhã, do dia 24
de Maio de 2011, que Mattew perdeu o irmão, Marcelo um amigo, e eu: Minha vida.

Um mês depois...

E ali estava eu, um mês depois da morte de meu noivo, com meu vestido de
noiva, caminhando pelo longo cemitério. Esse era o dia marcado para nosso
casamento.

Marlene e Mattew vinham atrás, com se fosse apenas um ensaio de
casamento. A não ser pelo cenário, e é claro: O noivo.

Caminhamos até o tumulo de Samuel, todo revestido de mármore branco, com
uma foto enorme dele ali. Consegui chegar até o pé do tumulo e desabei.

-VOCÊ NÃO TINHA DIREITO DE FAZER ISSO COMIGO, SEU CRETINO!- Berrei para
sua fotos. Encostei minha testa sobre o mármore frio e chorei.

Mattew, chorando como eu, veio até mim e colocou um pequena caixinha
azul- cristal sobre o tumulo e voltou para o lado de Lene.

-Essa era a aliança que ele havia comprado- Disse, tentando conter as
lagrimas. Abri a caixinha e ali estava uma aliança dourada, com as escritas:
“True Love” (“Amor verdadeiro” em português). O espaço onde deveria estar à
segunda aliança estava vazio.

-Cadê a outra?- Perguntei, tirando a delicada aliança dali.

-Já esta na mão dele. Coloquei quando estavam vestindo ele... -
Respondeu Mattew, e começou a chorar novamente. Fiz o mesmo.

Olhei a aliança, e a vesti. E ali jazia a única coisa que me ligava a
Sam, a única pessoa que fez minha vida ter sentido.


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