–Oi mãe. – disse entrando na cozinha.

–Oi, como foi? –Disse parando o que estava fazendo, para me observar melhor.

–Legal. –Fiz uma cara ruim. –Papai apresentou a nova namorada.

Ela olhou para mim, surpresa.

–Nossa, ele é rápido.

–Sabe devia arrumar namorado também. –Só falei isso para ajudar ela, porque eu não gostei de papai namorando de novo, e tão rápido. Como a mamãe disse.

–Não é só porque seu pai está namorando, que vou ter que namorar também. Realmente quero namorar alguém que eu goste de mim e que eu também goste dele.

–Não, tudo bem. Só quis dizer, que você devia sair mais ao invés de ficar aqui á toa. Se divertir mais. Bom, vou pro quarto, boa noite. –Dei um beijo na sua bochecha.

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A luz do sol invadiu o meu quarto clareando o ambiente. Droga! Esqueci fechar as cortinas. Viro de lado, o relógio marcava 10hrs. Levantei, tomei um banho. Depois de vestir uma roupa fui para cozinha, minha mãe estava acabando de lavar louça, o que era minha obrigação de fazer. Pronunciei um bom dia e fui até a mesa pegando um copo de suco, e um pedaço de bolo.

Minha mãe terminou de lavar louça e foi para o seu quarto. Eu acho. Levantei pegando o copo da mesa e levando para pia e em seguida lavando os.

Aproveitei e terminei de arrumar a casa.

Domingo também faço comida.

–Filha. Vou sair, e só volto de noite. –Uou. Ela estava linda, usava um vestido longo florido e um coque na cabeça. Assenti e disse que ela estava linda. Ela me agradeceu, me deu um beijo na bochecha e saiu. Mas antes eu gritei perguntando se podia chamar alguém. Ela gritou dizendo sim. Liguei para todos. Quando são todos, é todo mundo mesmo. A Giulia, Diego e Bruce também estão incluídos na lista.

Passei no supermercado rapidinho, comprando coisas necessárias. Refrigerantes, Presunto, muçarela, chips, essas coisas.

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–Oi pessoal entram. –Dei espaço para eles entrarem. –Vídeo game no meu quarto. Rádio na sala. Refrigerantes na cozinha e chips em cima da mesa. Estou fazendo comida, mas ó fique á vontade. –Indiquei onde estavam tudo. E voltei para cozinha, continuando que estava fazendo: lasanha. As meninas menos a July foram para sala ouvirem músicas, os meninos foram no meu quarto jogar vídeo game. July preferiu me ajudar na cozinha. Ela realmente uma grande amiga, pensei que ia bem dar bem melhor com Luana, me enganei. Dei bem mesmo é com July. Ela faz de tudo. Ela me ajuda, ela se desculpa mesmo quando a culpa não é sua. Ela repara tudo, ela me conta tudo. Ela confia em mim e eu gosto disso, de saber que sou uma amiga para ela. Ficamos conversando de várias coisas. Ela é bem divertida. Ela é ELA mesmo, fala o que pensa, não liga pra opiniões de outros e isso me admira muito.

– Jura que não vai contar para ninguém? De mindinho? –Só ela mesmo.

–Juro. Mas espera aí. Vou ver se tem alguém ali. –Respondo baixo. Vou para fora da cozinha. As meninas estavam bem distraídas. –Pode falar.

–Eu gosto de Bruce. –Assenti. –Ele é tão lindo, já sentiu o perfume dele? É muito bom. Ele veste bem. Bom de papo. É paciente.

–Já falou com ele?

–Já. Duas vezes, uma foi quando pedi para que ele me ensinasse jogar futebol. Só para aproximar mesmo. E outra foi quando ele perguntou da social.

–Ele foi?

–Foi e ele estava tão lindo. Ele é amigo do Alex.

–Nem sabia. –Rimos juntos.

–O que as senhoritas estão rindo? –Tomamos um susto. –Se assustei, é porque tem coisa aí.

–Shiu aí James. –July disse rindo e ele deu de ombros.

–Quer dizer que a feiosa sabe cozinhar? –Mostrei o dedo do meio. Rimos todos juntos. –Deixa experimentar. Hum, está uma delícia.

–Meu filho, eu sou mestre em cozinha. –Disse se gabando.

–Convencida, até que a feiosa cozinha bem. –Fingi que estava brava e deixei o no “vácuo’’. –Ei, eu estava brincando. –Ignorei. –Ei Barbara estava brincando, você não é feia, você é a mulher maravilha.

Comecei a rir.

–Você tinha que ver sua cara de desesperado. Foi tão engraçado. Tem medo de me perder. –Disse dando um abraço apertado. –Não gostei da Mulher maravilha. –disse em sussurro.

Ele riu e retribuiu o abraço. Esqueci completamente da July. Olhei em volta e percebi que tinha saído da sala.

–Ei princesa, precisa de ajuda? – James perguntou abrindo o refrigerante que pegou da geladeira. Princesa. Sempre quis que uma pessoa especial me chamasse assim. E olha que ele é bem especial. Sorri com essa frase. Ele realmente é grande amigo.

–Não, obrigado. Mas por que não está com os meninos?

–Cansei deles. –Rimos juntos.

–Almoço está pronto. Chama todo mundo lá. –Ele assentiu antes de ir, ele roubou um pedaço da carne assada que eu estava cortando. –JAMES!!!

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–Nossa Barbara. Mais viciada que Bruce. –Ri e fiz mais um gol no jogo FIFA. –Putz. Mais um. Caraca.

–Cansei. –Larguei a manete. –Vou para a sala, conversar com meninas.

–Barbara, vem dançar. –Balancei a cabeça fazendo sinal de não. E fui para cozinha, lavar a louça.

–Ei Barbara, deixa te ajudar. –Chegou July me dando um susto. –Desculpa por assustar. Assenti.

–July, por que você não foi para o quarto comigo. Ia ajudar você a ficar mais perto do Bruce.

–Está louca? Não sei jogar vídeo game.

–Mais um motivo. Vamos terminar de lavar louça que você vai ser aluna do Bruce. –Ri e ela estava séria. –Confia em mim, vai dar certo.

–Não vai dar certo.

–Vai sim e deixa de ser pessimista. –Terminamos de lavar louça e fomos para o quarto.

Ela estava nervosa. Ofereci até um copo de açúcar, mas recusou.

–Bruce. Ensina ela jogar futebol, perdi a paciência de ensinar á ela. Vai lá. –Empurrei-a.

–Senta aqui. –Bruce estava ensinando-a por trás. Ajudava ela apertar os botões, explicava ela.

Tinha uma enorme vontade rir, estava engraçado.

–Ela gosta dele, não gosta? –James pergunta. Como que ele sabia? Será que ouviu a conversa?

–Não sei.

–Você mente muito mal. Relaxa. Eu não vou contar. –Assenti.

–Só você sabe? Você ouviu a conversa?

–Ah, então era isso que conversavam? –Vixi. Como sou burra. – Já sabia isso antes, July só olha para ele. Mas relaxa. Os meninos são mais burros que burros. Ri e assenti de novo.

July estava tão nervosa que disse que iria para o banheiro e saiu correndo dali.

Oh meu Deus. Comecei a rir.

–O que deu nela? –Pergunta Bruce.

–Ela ficou com vontade de ir ao banheiro – disse como se fosse óbvio. E fui atrás dela.

–July abra a porta. –July abriu e entrei. –O que foi aquilo?

–Ai. Fiquei nervosa.

–Sério? Nem vi. –Disse irônica. Ela riu.

Voltamos e ficamos jogando um pouco. Depois todos foram embora.

E minha mãe não tinha chegado ainda.