A Estranha Guerreira escrita por kellyzinhah


Capítulo 16
Capítulo 16




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- Eu fui encontrada na floresta quando era um bebe, por um casal de coração muito bom. Eles me acolheram e me criaram como se fosse sua filha.

Eu não precisava de almas. Mais era uma aberração, meus poderes eram como de um vampiro, mais eu não precisava de sangue.

Nos meus doze anos, nossa casa foi invadida pelo rei e seu conselho.Que decidiu me destruir. Meus pais fizeram de tudo pra me proteger, eu os amava e eles a mim.Mas o rei não teve piedade, os mataram na minha frente. O sangue deles caindo em meu rosto, ainda esta vivido na minha memória. Então eles vieram pra cima de mim.O rei disse “Aberração” Com um só golpe cortaram minha cabeça. Doeu muito, mais não morri. Quando ele estava virando as costas, minha cabeça voltou pro lugar. Foi muito horrível, eles ficaram chocados, então fizeram de novo. Só que depois me queimaram. Com isso eu sai desse mundo.

 Encontrei algo ou alguém lá, e implorei pra voltar e me vingar, mais havia um preço, almas. Eu teria todos os poderes que quisesse e voltaria a esse mundo, renasceria das cinzas. Era uma oferta inegável. Eu era só uma criança, uma inocente criança, só isso. Então voltei, com todos esses poderes,muito mais forte e uma verdadeira imortal, nem com fogo poderiam me matar. Hoje eu me arrependo disso, mais é tarde demais.

Arranjei dinheiro e consegui aprender a controlar todos os meus poderes. Nas minhas aulas de feitiço conheci Amélia, minha melhor amiga. Cresci e ainda queria vingança. Eu não era mais alegre, nem sorria, minha luz apagou desde aquele dia. Comecei minha carreira como guerreira o mais rápido possível.

Trinta anos se passaram e eu já era uma ótima guerreira. Mais em um dia de batalha Amélia desapareceu, achei que estivesse morta. Isolei-me do mundo por dois anos, só saindo pra me alimentar. Eu chorava, mais ainda treinava todos os dias. Logo tomei uma decisão, iria começar a minha vingança.

Juntei um exercito e comecei a maior guerra da historia. Conquistei o país das fadas, das ninfas, dos duendes, todos, deixando por ultimo o dos vampiros. Eu estava dominando Odrix. Era a mais temida, a mais poderosa por todos os cantos. Meu nome era pronunciado a cada quinze segundos. Eu era a soberana, rainha de todos os lugares. Meu exercito era imbatível. Eu matava sem piedade, todos no meu caminho. Ainda me lembro dos gritos e do sangue. Matava crianças, mulheres, todos. Quando cheguei ao meu destino, finalmente a vingança seria feita! E lá fui eu, conquistei quase todo o território vampiro, deixando por ultimo a cidade onde ficava o rei e seu conselho. Os melhores guerreiros estavam na frente de batalha, o rei Magnus estava majestoso, nunca esquecerei de que ele havia me chamado, “aberração” , talvez ele estivesse certo , mais eu era apenas uma criança na época e não merecia isso.

 Lutei com todas minhas forças e venci. O conselho estava morto e eu era dona de todas as terras.Dona de Odrix. Mas ainda não estava satisfeita.Deixei meus melhores guerreiros no comando cada um em um lugar, como se os paises fossem estados e eu a presidente.

Cinqüenta anos se passaram.

Um dia normal sai do castelo pra me alimentar.

Vesti uma capa preta escondendo meu rosto e fui ate a cidade. Ninguém me reconhecia, e com isso não sairiam correndo ou gritando por piedade.Fiquei olhando para todos os cantos a procura de um bom alimento.

Então o vi!

Ele estava lindo, seu cabelo negro ate os ombros, seus olhos, tudo nele era maravilhoso. Mas não foi sua beleza que me chamou atenção e sim o fato de sua alma não ser fácil de ler. Aproximei-me dele e acabamos conversando.A partir daí surgiu o amor.

Eu desapareci com ele, vivemos na floresta, finalmente eu era feliz, e não precisava de guerras pra isso.Ele também era amaldiçoado mais de um jeito diferente de você, ele era um lobisomem e só se transformava na lua cheia. Ele me mostrou um lado do mundo que eu não conhecia e me ensinou a sorrir. Ele trouxe luz pra minha vida, ele era meu Angel! Eu deixei a guerra, ninguém sabia por que eu estava assim. Mais um dia eu decdi fazer a coisa certa e devolvi o trono de cada lugar para seus devidos donos. Devolvi os territórios para as famílias, dei vida a todos. E depois sumi novamente. Ninguém reclamou da minha decisão. Estavam todos felizes, muito felizes. Ainda guerreava de vez em quando, apenas pela razão certa.

Descobri que Angel era mais poderoso que eu pensava, ele também tinha um passado sombrio, ele era o único que conseguia derrotar os melhores guerreiros. Ele também era um homem da guerra, um dos melhores, na verdade o melhor depois de mim. Eu não fiquei brava, por ele não ter me contado.

O tempo passou rápido, a cada segundo eu o amava mais, ele me amava, era incrível o que eu estava sentindo. Meu coração palpitava ao ve-lo, eu sorria ao ouvir sua voz, minhas pernas até tremiam quando ele chegava perto. Pela primeira vez na vida eu não pensava em guerra, e sim no amor, eu me lamentava cada dia a destruição que causei.

Depois de apenas 10 ou 15 anos, descobri que um dos filhos dos conselheiros estava vivo, e ele queria vingança. Eu não tinha o que temer, era invencível. Mais Angel não. Fomos atacados de surpresa ao anoitecer.Estavamos distraidos, foi tudo muito rapido. E lá estava ele morto no chão do meu quarto. Eu não pensei em vingança nem em morte. Ajoelhei-me ao seu lado e chorei. Os homens que o atacaram foram embora, nunca mais os vi. Fiquei perdida no tempo enquanto chorava. Só sai dali quando fiquei com fome. O enterrei no quintal junto com meu passado e parti.

Eu já não era mais feliz, mais não queria vingança. As vezes ajudava as pessoas em suas guerras.Quando notei que não estava conseguindo esquecê-lo, decidi partir para o mundo humano. No dia de minha partida vi um jovem, e ele me intrigou pois sua alma não era fácil de ler. Mais o que mais me surpreendeu era ele ser tão parecido com Angel. Fui ate ele, e o resto você já sabe – Terminei abaixando a cabeça.

-Nossa! –

- É eu sei –

- Ninguém sabe disso? –

-Não –

- Uau! E como assim Angel esta voltando? –

- Philip me disse que ele foi visto lutando junto com Marcus.-

- Mais você o viu morrer. Isso é impossível. – Suspirei

- Eu voltei da morte, por que ele também não? – Alex parecia pensativo.

- Você ainda o ama? – Era uma pergunta simples mais ao mesmo tempo complicada.

Encostei minha cabeça no tronco da arvore.

- Eu não sei Alex. – Ele me olhou curioso.

- Como assim não sabe? Existe mais alguém? – Ele perguntou com um brilho estranho nos olhos.

- Não Alex. Mais já se passou trezentos anos! Pode um amor durar todo esse tempo?- Ele abaixou a cabeça.

- Eu acho que pode –

-Você não sabe de nada. Nunca nem sentiu o amor. – Eu disse indiferente.

- Você quem pensa – E com isso ele se foi.

 

 

Finalmente o passado dela!

Obrigada pelos Reviews gente! Mandem mais!


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