My Happy Pill escrita por Gabby


Capítulo 29
E Cresceram e Amadureceram


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoal! Venho a vocês com mais um capítulo dessa minha fic (que ficou meio bosta, então me desculpem). Agradecimentos á:

Rukia (e as suas reviews super bem-elaboradas)
Rachel Nelliel (e os seus comentários enormes)
Matsumoto Narumy (e os seus comentários engraçados)
Alessandra Silva ( e a sua gentileza e persistência)

Não conseguiria sem vocês, suas lindosas!



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Orihime entrou em casa muito animada, pois havia recebido um convite. Keigo e o pessoal iriam alugar um chalé na praia para a estadia de três dias. Ichigo, Grimmjow, Neliel, Renji e Loly já haviam confirmado a presença, e ajudariam a pagar a estadia no chalé, sendo com dinheiro, com comida ou com qualquer outra coisa. Inoue também gostaria de ir, mas primeiro precisava da permissão e de uma ajuda financeira de Rangiku.

Ela explicou a situação para a prima, que assentiu.

—Tatsuki vai? —Matsumoto perguntou. —Alguém precisa cuidar de você.

—Eu sei me cuidar sozinha, Matsumoto-chan.

—Tudo bem, então deixamos o cargo de cuidar de você para o Ichigo.

—Mas Kurosaki-kun?! —Rangiku riu da reação da mais nova.

—É só uma brincadeira, Orihime. —disse Rangiku. —Vou dar um dinheiro para você, sim. As garotas precisam se divertir, afinal de contas!

Rangiku deu a volta na mesa de jantar e tirou a tampa de uma panela no fogão. Espiou lá dentro.

—Está pronto! —ela exclamou, colocando uma luva de cozinha na mão. —Ensopado de frango com batata doce!

—Aposto que está uma delícia! —exclamou Orihime, já salivando. Ela sentou-se, já que Rangiku já havia posto á mesa.

Rangiku depositou a panela na mesa, que soltava uma nuvem de vapor e um cheiro muito bom. Orihime já colocava o ensopado no prato quando Rangiku foi buscar o arroz.

—A praia é um ótimo lugar para namorar! —falou Rangiku, depositando arroz na mesa e sentando-se. —Gin e eu íamos sempre!

—Pena que não tenho um namorado. —comentou Inoue, tristonha.

—E o Ichigo? Você não gosta dele?

—Gosto, mas ele não é meu namorado.

—Então o torne seu namorado.

E havia algo em seu sorriso, os lábios carnudos pintados de vermelho, que transmitiu muita confiança á Orihime.

***

Hinamori colocou um dos seus vestidos mais bonitos, um branco e azul, que acompanhava seu corpo até a cintura e depois de lá ficava rodado. Era o seu vestido de verão favorito, e valorizava maravilhosamente a sua beleza. Prendeu seu cabelo no típico coque e calçou sapatos com salto alto. Passou um pouco de blush e um gloss, além do perfume, e estava pronta para o encontro com Izuru.

Saiu do quarto, quase esbarrando em Hitsugaya, que vestia uma regata cinza e velha.

—Vai sair com Kira? —perguntou Hitsugaya.

—Já disse que sim.

—Aonde vão?

—Ao teatro.

—Ver que peça?

—Isso é um interrogatório?

—Eu é que faço as perguntas por aqui, Hinamori.

Os dois riram um pouquinho, e se dirigiram á sala.

—É melhor eu esperar lá embaixo; não quero fazer ele subir até aqui só para descer comigo.

—Vai lá, então.

—O.K.

Então Momo saiu pela porta, olhou para Toushiro por um segundinho só, lhe dirigindo um sorriso, e a fechou, desaparecendo da vista de Hitsugaya. O menino se jogou no sofá, pegou o controle da TV e a ligou, com um misto de tédio e aborrecimento. Por que o sorriso dela precisa ser tão bonito?

***

Rukia estava muito ansiosa pela vinda de seu Nii-sama. Ele iria chegar essa noite, e a menina já o esperava na porta. Sentia uma saudade tão grande no peito, que parecia que ela tinha um buraco no lugar de um coração.

—Rukia-sama, não acho muito bom para a senhorita ficar esperando assim na porta. Quando Kuchiki-sama chegar, tenha certeza que nós a notificaremos na hora. —aconselhou o mordomo dos Kuchiki’s.

—Não, não, eu espero! —exclamou Rukia, empolgada. —Quero ser a primeira pessoa que o Nii-sama verá quando chegar.

O mordomo olhou para ela com compaixão, mas não disse nada.

Não demorou muito para um barulho de carro invadir os ouvidos de Rukia, e seu coração bater acelerado. Ela abriu a porta da mansão e ficou esperando lá fora; suas suspeitas sendo confirmadas, porque com certeza esse era o carro de Byakuya, e ela podia sentir que o irmão estava lá dentro.

Byakuya saiu do carro, impaciente demais para esperar o chofer abrir a porta do carro. Estava usando um terno, e tirou o chapéu da cabeça. Respirou fundo o ar puro e familiar de sua casa, mal acreditando que estava lá outra vez. Estava fora pelo menos dois meses, e a visão do Japão de volta, sobretudo seu lar em Karakura, o estonteava.

A viagem havia sido ótima. Ele conhecera muitas pessoas interessantes lá, que se tornaram seus amigos. O país, os Estados Unidos da América, era um país muito cativante. Ele havia ficado uma semana em Nova York, outra em Washinton, mas ficara principalmente no estado de Illinois, onde seria sua primeira fábrica no exterior. Estava tão ocupado lá, com reuniões, projetos, pessoas e burocracia, que nem tinha tempo de pensar no Japão e em sua família: Rukia. A menina havia ligado para ele algumas vezes, mas ele estava tão ocupado que não podia dar-lhe atenção... Quase voltara algumas vezes, mas sempre surgia algo novo para fazer ou algum problema.

E agora lá estava, em sua casa. E Rukia corria em direção á ele, com um sorriso muito aberto e olhos muito emocionados. Byakuya lembrava de quando Rukia era pequena, dos olhos mais brilhantes que ele já havia visto —depois de Hisana, claro. Ela era tão parecida com a sua falecida amada, e é tão doloroso e bom olhar para a menina crescendo e tornando-se cada vez mais parecida com Hisana, cada vez mais bonita... As duas tem personalidades tão diferentes, mas são mulheres tão fortes... cada uma do seu maravilhoso jeito.

Byakuya sorriu quando Rukia o abraçou. Momentos assim eram raros, pois eles nunca foram acostumados á contato físico. No entanto, era demasiado bom sentir a pequena pertinho de si, tão sólida e real.

—Olá, Nii-sama. —saudou Rukia, um pouco envergonhada depois da recepção exageradamente calorosa. Ela havia saído do abraço, e suas bochechas estavam rosadas agora.

—Olá, Rukia.

***

Kira e Hinamori saíam do teatro, onde foram assistir o musical Fame. E Kira estava muito bonito naquela noite, usando um blazer bege que combinava com sua pele. A luz da lua deixava o cabelo do menino prateado, e os olhos verdes refletiam Hinamori quando ele olhava para ela. Isso fez com que Momo percebesse o quanto Izuru e ela mesma haviam crescido nesses dois anos sem se ver —não apenas crescido, mais amadurecido.

E por isso que, quando ele a beijara naquela noite, ela correspondeu. Nunca pensou em Izuru, quando o mesmo ainda estava no ensino médio, como par amoroso —mas eles haviam crescido e amadurecido, como dito anteriormente, e a visão dos dois sobre o outro havia mudado.

Izuru e ela haviam se conhecido quando Momo tinha onze anos, e haviam começado a conversar porque eram vizinhos. E, depois, já que frequentavam a mesma escola, tornaram-se melhores amigos. Não tinha um só dia nesses quatro anos que eles não se vissem —até que Izuru se formou no Ensino Médio e foi tentar a vida na cidade grande.

Eles acabaram perdendo o contato completamente quando Toushiro se formou, o garotinho prodígio, e foi participar de uma Universidade, onde saiu antes de se formar —feito grandes nomes da internet —para trabalhar e constituir grande sucesso.

Ela não sabia que o Izuru morava em Tókio agora, onde ela também morava, e isso era muito bom, já que agora eles poderiam manter contato novamente quando Toushiro acabasse com a empresa daqui.

Quando Hinamori chegou em casa, já eram onze horas e meia da noite, e ela tentou não fazer barulho, porque provavelmente, tendo que acordar 6: 30 amanhã, Toushiro já havia ido para cama. Se surpreendeu ao perceber que ele ainda estava vendo televisão esparramado no sofá.

—Shirou-chan, ainda acordado?

—Maratona de terror. —ele falou, sem muito interesse, e desligou a televisão. —E então?

—E então o que?

—Como é que foi! —ele disse, um pouco mal-humorado.

—Foi...—por algum motivo, Momo não se sentia confortável em revelar aquilo para Toushiro, talvez porque uma relação secreta era muito mais interessante, ou talvez por ser um tanto vergonhoso dizer “ah, ele me beijou”. —Foi legal. Ele está muito diferente, assim, amadureceu. Mas nossa relação não mudou nada, pode ter certeza! —ela respondeu, rápido demais.

Toushiro olhou desconfiado para ela, enquanto se levantava. Suas sobrancelhas estavam arqueadas, mas o menino não tocou mais no assunto.

—Tudo bem, então. —ele disse. —Mas eu aconselho você a ir dormir agora, porque amanhã você tem escola.

***

Uma semana já havia se passado desde que Byakuya havia vindo, a rotina dos Kuchiki’s já estava normal, e, como sempre, Rukia via Byakuya todas as noites no jantar. Não falavam muito, mas a presença de seu irmão lá já era o suficiente.

Numa noite, ela estava conversando com Ichigo no chat do facebook.

vc vai msm na praia?

vou. vc vai sentir sdds? Hahaha

ñ

kkkkkk

shuhahuah

pq vc n vai cmg?

Nii-sama n vai deixar. L

aposto que deixa se vc perguntar.

deixa nd.

vc q n ta querendo ir.

eu quero

n, n quer. Para de mentir pra mim.

n to mentindo, saco!

o velho tá me chamando. Vou desligar. Tchau.

Tchau :’(

Rukia suspirou, irritada. Ichigo nunca entendeu o que é ter uma família superprotetora, o que é ser filha única —mas também não precisava entender: ele só queria passar as férias com a namorada. Rukia cogitou em pedir para Byakuya, mas só de pensar na cara que seu irmão faria, e no não que ele diria... Ela balançou a cabeça, tentando afastar os pensamentos. Byakuya sempre ficava tão bravo quando ela pedia algo assim, parecia que estava fazendo algo errado.

Ela olhou para a tela do not book, e percebeu que, apesar de Ichigo ter dito tchau, ele ainda estava online. Ela queria xingar Ichigo no chat, ou esmurrar o computador, mas desistiu quando Tatsuki começou a falar com ela.

vai no karatê hj?

o ichigo vai?

acho q n. ele me disse q hj á noite tem jantar de família na casa dele, e vai vir um bando de tias e tal. Ele precisa ajudar o pai á fazer a carne.

Ela olhou para a foto de Ichigo na lista dos seus amigos, ainda online. Ele não havia falado nada para ela sobre isso.

Vou sim e vc?

tbm.

***

Quando a aula de Karatê acabou, Rukia e Tatsuki ficaram conversando até seus pais vierem buscá-las.

—O que aconteceu com você hoje? —perguntou Tatsuki —Está tão distante; Yoruichi sensei chamou sua atenção umas cinco vezes, e olha que ela não é dessas de ficar dando bronca.

Rukia suspirou; era impossível esconder seus sentimentos de Tatsuki, alguém que já a conhecia desde pequena.

—Ichigo está bravo comigo, porque eu não quero ir no chalé da praia com ele. Mas é que o Nii-sama não vai deixar, e ele não entende isso!

—Talvez ele tenha medo de ficar com saudades suas, sabe, da namorada dele. —ela arqueou as sobrancelhas; Rukia arfou, realmente surpresa, já se preparando para negar. —O quê? Achou que eu não soubesse? Você até consegue esconder, mas Ichigo? Eu o conheço desde o maternal; ele fica se pagando de indiferente e durão, mas não passa de um emotivo! —ela riu, depois ficou inesperadamente séria. —Mas, se você quiser minha opinião, eu acho que você deve pelo menos perguntar para seu irmão. Pelo menos, se o fizer, o Ichigo vai parar de ficar enchendo o seu saco.

Quando Byakuya chegou para buscá-la, em um camaro, Rukia estava decidida em pedir para ele. O irmão estava dirigindo o carro, e ela havia sentado no banco do carona. Ele não dirigia á menina olhar algum e parecia apreensivo, porque batia os dedos muitas vezes no volante, como um tique. Na metade da viagem, ele finalmente falou alguma coisa.

—Rukia, eu preciso falar com você.

—Eu também. —ela disse. —E é uma coisa importante. Sabe, Nii-sama, eu sei o que o senhor vai dizer depois do meu pedido, mas eu quero que o senhor tenha em mente que eu estou crescendo e acho que mereço isso, porque passei direto em todas as matérias, inclusive em História, que estava com uma maldita dificuldade.

—Rukia, fale logo.

—O-ok. Nii-sama, meus amigos vão alugar um chalésinho na praia, para passar três dias. O lugar não é muito longe daqui, só 1 hora de viagem. E eu estava pensando em ir.

Fez-se um silêncio no carro. Então finalmente Byakuya falou, segurando o ar, a postura muito rija.

—E quando seria?

—Esse final de semana mesmo.

Byakuya soltou o ar e relaxou a postura. Parecia muito aliviado.

—Nii-sama? —Rukia perguntou, porque o homem não falara nada desde então.

—Vá.

—Am?

—Pode ir, Rukia. Eu te ajudo na parte financeira; não vamos deixar os seus amigos arcarem com tudo, certo? —Byakuya sorriu, um sorriso emoldurado pelo espelhinho da frente do carro.

E então Rukia olhou pela janela, muito feliz para não demonstrar. O mundo parecia bem mais colorido, enquanto eles passavam pelas ruas cinzentas iluminadas por postes de luz amarela, e a noite escura e nublada agora parecia brilhar sem nenhuma estrela.


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Notas finais do capítulo

Bom, meio que percebi que a Loly nunca mais apareceu, então confirmação que ela vai aparecer no próximo capítulo. Sobre os capítulos especiais, eu já comecei o do Grimmjow; mas n vou deixar vcs na esperança porque eu não sei quando vou terminar, se vou postar o especial antes do normal e de quem vai ser. Depende muito o que me der na telha, na verdade!
A minha escrita é muito influenciada pelo o que estou lendo, e como li livros de linguagem simples, minha fic tbm está assim (só que a diferença é que a minha linguagem simples fica uma naba). E vocês? O que estão lendo?
Só por curiosidade, aonde moram? Sabe, eu sou de Santa Catarina e acho que é um estado muito bonito e merece mais atenção. Nós temos praias lindas no litoral, e no sul a cultura italiana e alemã se faz muito presente nas cidades! Temos até uma mini-Veneza, com direito até ao carnaval italiano! Na serra também neva, e eu acho que não é todo o estado que tem essa diversidade não! E vocês? O que acham de seu estado?
Bye!