A Escolha escrita por Karina Corrêa


Capítulo 17
Capítulo 17


Notas iniciais do capítulo

oiiii meus amores, mais capitulo pra vocês, espero que gostem, boa leituraaaaa...



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Forcei meus olhos abrirem e eles arderam com a luz e a claridade, onde eu to? O que houve? Procurei por alguém conhecido, mas não vi ninguém, tentei virar o pescoço, mas não vi ninguém, senti uma dor terrível no pescoço e na cabeça, essa claridade não ajuda, e o que são essas coisas no meu braço? São agulhas? Eu estou no hospital? As lagrimas começaram a descer pelos meus olhos, e a porta do quarto abriu, tentei ver quem era, e reconheci aquele lindo rosto de pele de pêssego sorrindo pra mim.

-          Você vai ficar de castigo pelo resto da eternidade, por te me dado um susto tão grande. - falou vovó com um sorrisão no rosto. - Como é bom ver esses olhinhos de novo. - ela falou como se estivesse muito tempo sem ver meus olhos, fiquei confusa.

-          Que dia é hoje?- me assustei quando minha voz saiu num sussurro seco, passei a mão pela garganta que parecia arranhar com cada letra que saiu dela.

-          Hoje é dia 14 meu amor, você ficou desacordada por uma semana. - Meus olhos se arregalaram e minha respiração acelerou, fazendo o aparelho atrás de eu apitar alto.

O medico entrou pela porta correndo e veio até mim, medindo minha pulsação e pedindo pra eu respirar mais devagar, sussurrando que estava tudo bem e que eu estava bem. Eu estava assustada não bem, o que houve comigo? Porque eu fiquei desacordada uma semana? Tentei respirar mais devagar, mais era difícil, meu coração parecia que iria saltar da boca e então senti meus olhos se fechando e tudo ficou preto.

Acordei e eu estava num lugar estranho, muito bonito, lembro-me desse lugar, mas acho que nunca vim aqui, a grama embaixo dos meus pés são verdinhas e o céu é de um azul lindo, o sol fraquinho batendo na minha pele só pra não me deixar sentir frio, percebi que estava descalça e estranhamente feliz, com vontade que eu tinha era de correr o máximo que eu pudesse. Corri o mais rápido que pude até uma arvore grande e cheia de flores e frutinhas vermelhas, sorri sozinha. Escutei um barulho, que parecia alguém respirando fundo, atrás do grande tronco da arvore e fiquei curiosa, andei ate da à volta em tudo, e então eu o vi dormindo, parecendo um anjo. Um anjo de verdade, ele ta com umas enormes asas saindo das suas costas nuas. Não consegui conter minha vontade de tocar. Abaixei-me perto dele e passei de leve meus dedos sobre suas asas lindas e brancas, elas cintilavam sob o sol. Ele sorriu um sorriso lindo, mas ainda continuava em um sono profundo. Sorri e minha vontade era deitar ao seu lado e dormir abraçada com ele para sempre.

Tudo ficou claro agora, eu morri to no céu, enquanto eu estava sentada ali encolhida, com as memorias ficando cada vez mais clara percebi que esse anjo era Miguel, eu não o reconheci porque não vi o seus lindos olhos azuis. Sentada ali, vi quando ele fingiu ser um ladrão e depois quando ele me chamou de leãozinho, sorri com as imagens. Vi quando ele entrou na sala e todas as meninas suspiraram pra ele e ele foi o meu parceiro na prova e na aula de química. Vi quando ele me salvou do maluco do Tedie. Nosso primeiro beijo no mar e como ele dizia de que eu era parecida com o mar. Lembrei-me do pega que ele deixou Enzo ganhar por medo dele fazer alguma maluquice e eu me machucar. As memorias vinham como pequenas fotos uma seguida da outra, e então me lembrei de uma coisa que não queria, veio à foto que eu queria rasgar e queimar, essa não foi uma simples foto foi um vídeo, vi ele e Jess se beijando na piscina e depois vi dando beijinho na bochecha dele naquele pega. Vi ele me chamando de piranha e falando pra eu dá pra Enzo de novo. Minha frustação e medo me dominaram, onde eu to? Quem ele é?

Pi, Pi, Pi, Pi. Escutei ao fundo esse barulho irritante, as vozes ficavam cada vez mais altas e angustiadas, umas felizes outras preocupadas, alguém disse alguma coisa de medo de eu morrer, mas eu já não estava morta? E o céu cadê ele? Porque não to mais descalça correndo na grama, e o sol que não me deixa sentir frio. Tentei abrir os olhos mais não queria, queria apenas voltar para o céu e ficar lá pra sempre, não quero mais ficar aqui, sei que vou ter que vê-lo de novo e não quero. Alguém abriu meus olhos e botou a lanterninha, ah o medico, fechei os olhos de pressa, como ele faz isso?

- Para. Com. Isso. - falei devagar, e com irritação.

- Isadora pode, por favor, abrir os olhos. - ele pediu com calma.

- Não quero, quero voltar pro céu. - falei e senti os olhares daquela sala pesar em mim. - Digo quero voltar pro meu sonho, me deixe em paz, quero dormir.

- Isadora você acabou de ter uma parada cardíaca, tivemos que te dá choques pra você voltar, preciso fazer exames, pra saber se você está bem.

- Parada cardíaca? Eu to bem. - falei e estava mesmo.

O medico insistiu em fazer um monte de exames e disse que não me liberaria se eu não cooperasse, então fui bem boazinha.

De noite eu estava sem sono, mas mesmo assim eu  dormi rápido, estava cansada, muitos exames por um dia.

Passou um mês e toda noite eu sonhava a mesma coisa, Miguel de asas, não falei com ninguém sobre isso, hoje eu vou tirar o gesso da minha perna esquerda, não aguento mais. Durante esse tempo eu não fui a escola, não corri, não fui nem a praia, eu não conseguia acreditar que Enzo estava morto, não conseguia acreditar que eu sofri esse acidente horrível, não me imagino mais a mesma de antes. Quando não sonho com Miguel de asas, tenho recordações do passado com Miguel e Enzo, o acidente de vez enquanto se torna costume nos meus sonos da tarde, alguns eu simplesmente esqueço.


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Notas finais do capítulo

comentarios?? recomendações??? bjbj e até a proxima..