JACOB PDV

            Dia de festa na casa do Timoty. Inferno. Por que ele não continuou jogando no time de basquete? Pensei que ele iria ficar por lá e a única coisa que ele conseguiu foi infernizar a minha vida entrandono meutime de futebol. E ainda por cima era ex-namorado da garota que estava atormentando a minha cabeça. Quer dizer, está. Porque esse lance de sermos apenas amigos está acabando comigo! Não tem nem dois dias!

            Para ser sincero, depois que eu tive um certo tempo para pensar, não consigo engolir a historia dela de querer apenas amizade e não ficar comigo. Não é possível, eu sou homem e sei quando uma mulher dá em cima de mim. Principalmente quando ela está confundindo a minha cabeça. Estou ficando maluco com isso sabia?

- E então Jake, vai com quem essa noite para a festa? – fui tirado dos meus devaneios quando ela apareceu na sala e sentou ao meu lado no sofá.

- Vou com a Úrsula.

- Ainda não entendi como elas não se encontraram ou não encontraram você num desses lugares. Ou então aqui no apartamento. – ela encostou a cabeça no sofá e ficou olhando para o teto.

- Elas não se misturam. A Debby é mais do tipo paz mundial e sempre está com o pessoal que nunca vai se misturar com o da Úrsula. Ela é mais patricinha, podemos dizer assim, sempre anda com as namoradas dos jogadores de futebol. E a Emy, é do tipo inteligente e sempre está estudando ou então indo a viagens que vão dar algo de instrutivo a vida dela.

- Mesmo assim, elas não contam para ninguém que são suas namoradas?

- Não, as únicas que tem coragem de dizer isso são as do tipo da Úrsula, mas o pai dela a mata se souber que ela tem um namorado que é jogador.

- Ele não gosta? – ela me olhou curiosa.

- Não, ele tem um grande problema com isso. A mãe dela o traiu com um amigo dele que era jogador de futebol. Desde então ele tem trauma e não quer que a filha se misture com a nossa laia.

- Eita, que coisa de outro mundo essa dele. Mas sei lá, se eu tivesse um namorado assim como você eu não iria ficar com minha boca fechada.

- Mas pensa: Pra sair comigo tudo bem, não tem problema, mas nem todos os pais querem a filha prodígio, como a Emy namorando um cara que não tem muito futuro com esse lance de futebol, sabe muito bem que nem todos os jogadores se dão bem e seguem carreira.

- E a Debby?

- Eu sou considerado metido, arrogante e prepotente. Não adianta que é um rotulo que não muda, ninguém vê que eu estou me formando em advocacia e que posso ter um futuro, mas sim que sou o filho de papai que gasta o dinheiro do velho em noitadas. Acha mesmo que a Debby iria querer mostrar para as amigas que está com um sujeito tão superficial que nem eu?

- Ou seja, elas se vendem a um estereótipo de vida. – assenti – Mas mesmo assim, não vejo a Emy tão superficial assim.

- Ela não é. – Paige franziu o cenho – O problema é que os pais dela são muito tradicionais. Na frente deles, ela agrada. Por trás, ela age como quer.

- E as pessoas que vêem vocês juntos, não falam nada?

- Sabe que já pensei nisso? Mas meus amigos não se metem na minha vida, e eu não costumo ir a lugares que eu possa ser descoberto, digamos assim. Por exemplo, a festa do Timoty não faz o tipo da Emy e nem da Debby.

- Tudo arquitetado hein, estou impressionada. Mas não acho você arrogante, nem superficial. Repito, se você fosse meu namorado eu iria contar sim pra todo mundo, não estaria nem ai. – ela deu de ombros e ri.

- Lógico, imagina a sorte de ter um namorado que nem eu.

- E vamos de novo com a pretensão. – e revirou os olhos.

- Quem começou foi você.

- Esquece. Vou me arrumar.

            À noite, Tom apareceu com uma amiga nova, e já que estávamos prontos, esperamos pela Paige que estava se arrumando no quarto. Quando ela saiu, senti uma pontadinha e não gostei nenhum pouco. Ela estava muito arrumada para aquela festa. Depois do choque, comecei a babar.

- Então, o que acharam? – ela deu uma voltinha e a menina que estava com o Tom tentou disfarçar a inveja que sentiu dela. Também, Paige era muito mais linda do que ela.

- Está ótima! – eu disse um tanto empolgado.

- Acho que hoje você volta com o Timoty. – Tom soltou uma gracinha e ela riu. Minha cara fechou e fui na cozinha beber um copo de água.

- Não quero saber mais do Timoty. – ela o olhou reprovando e foi cumprimentar a menina que estava com ele.

- Acho que você deveria disfarçar mais a sua raiva! – ele veio atrás de mim.

- Não acredito que ela namorou aquele idiota. – falei indignado.

- Ele não é tão idiota assim...

- Vai defender?

- Desculpa, mas ele só implica com você.

- Isso porque ele quer ser o quarterback.

- Pode ser...

- Agora me diz porque ela terminou com ele?

- Sabe que eu não sei... Ela nunca contou para ninguém.

- Vamos meninos? – ela apareceu com a outra a tiracolo, pelo visto já tinham feito amizade e saímos do apartamento e fomos para a maldita festa.

 (Womanizer – Britney Spears)

           Ao chegarmos ao endereço dado pelo chato, ficamos um tempo olhando a casa. Não sabia que o Timoty tinha tanto dinheiro assim. A casa era enorme, estava lotada de gente e pelo visto iria encher ainda mais.

            Paige foi andando na frente e por onde passava deixava um rastro de desejo nos homens e inveja na mulherada. Tom já estava abraçado na amiguinha e fiquei chupando dedo, porque Úrsula não tinha aparecido. Tentei chegar perto dela, mas não deu tempo, já que ela foi andando com o único objetivo de chegar ao Timoty. O bar improvisado era até bem montado, e tinha um monte de amigos em volta dele. Assim que a viu, abriu um sorriso e a olhou com lascívia e isso não me agradou nem um pouco. Para que minha mente não ficasse presa nisso, liguei para Úrsula para saber onde ela estava.

PAIGE PDV

            Timoty iria me ajudar meio que involuntariamente a deixar o Jake com ciúmes. Se ele realmente me quisesse, não iria ficar nada feliz de me ver com ele. Assim mataria dois coelhos com um tiro só. Eu sei que o ditado não é esse, mas a ideia é.

- Meu Deus hein, to morrendo aqui. – Timoty deu um beijo na minha bochecha bem próxima do meu ouvido – Está maravilhosa!

- Obrigada, você também não está nada mal! – pisquei para ele e não tive muito tempo de raciocinar porque fui puxada para a pista de dança.

            Quando chegamos na parte de fora da casa, notei que a casa realmente era enorme.

- Desde quando você tem dinheiro assim hein Timoty? – apontei com a cabeça para a casa e ele riu.

- Meu pai fez um investimento de risco e ganhou muito dinheiro. Como a maioria dos sócios dele são da elite, minha mãe o fez comprar a casa e olha só. Acabei ficando aqui! – ele deu um sorriso malicioso e tentou se aproximar. Virei-me de costas, encostei meu corpo ao dele e comecei a dançar colada a ele. Procurando pelo Jake.

- Bem legal isso. – Timoty estava bem animadinho, mas me conhecia muito bem para não fazer besteira e colocar a mão onde não devia.

            Quando olhei em volta o Tom já estava praticamente se fundindo com a tal amiga dele e acabei soltando um sorriso involuntário, pensando que aquele ali não mudaria. Pelo menos não era igual ao Jake.

JACOB PDV

            Fiquei olhando de longe eles dois dançando e fui ficando cada vez mais nervoso. Sim eu tinha sérios problemas de ficar ali olhando pra ela e me sentindo um idiota completo, mas estava preso e indignado com os sentimentos que ela estava me fazendo sentir.

- Adivinha quem é... – Úrsula apareceu por trás tapando meus olhos e eu senti aquele perfume dela inconfundível.

- Deixa eu ver, uma loira linda de olhos azuis e cabelos esvoaçantes. – virei para ela e a puxei pra perto de mim.

- Esqueceu de dizer de lábios chamativos e carnudos. – me olhou sedutoramente e eu a beijei. Senti que sua roupa estava bem colada ao corpo e a afastei para dar uma olhada.

- Essa roupa assim colada é para me seduzir? – já estava babando por ela... Paige quem?

- Sabia que ia gostar. – sorriu e chegou perto do meu ouvido – O conteúdo de baixo é melhor ainda. – gargalhei. Úrsula não iria mudar nunca.

PAIGE PDV

 (Evacuate the Dance Floor – Cascada)

            Continuei ali um tempo até que os amigos do Timoty o chamaram para fazer algo. Fui para o bar e peguei minha bebida, quando notei que a Úrsula não estava ajudando no plano. Não era para ficar se agarrando com ele, louca! Tudo bem que ele é lindo de morrer e tem um jeito sedutor meio complicado de resistir, mas se ela quer que o plano dê certo, é bem melhor ela me ajudar!

- Não está se divertindo com o Timoty não? – Tom chegou por trás de mim e tomei um susto.

- Ele foi falar algo com os amigos dele. – falei indiferente e ele estranhou.

- Pensei que queria ficar com ele. – ele sentou ao meu lado e quando olhei para ele, acabamos rindo – Esquece o que eu falei.

- E sua amiga?

- Sabe que eu não sei?

- Você nunca sabe de nada não é? – fui sarcástica e ele deu uma gargalhada.

- Quanto menos eu sei, menos me envolvo.

- Touché! – brindamos e rimos de novo.

- E então meu povo, se divertindo? – Jake chegou perto da gente agarrado a cintura de Úrsula com os lábios vermelhos e um pouco inchados.

- Porque nós estamos nos divertindo muito! – Úrsula pegou a bebida da minha mão e virou com tudo.

- Nota-se. – dei um sorriso falso e fiz menção de levantar quando o Timoty me abraçou por trás.

- Estava procurando por você. – eu não o tinha perdoado pelo que tinha feito no passado, mas quando virei e o olhei, não tive como não deixar de admirar sua beleza. Mesmo sendo cafajeste, o cara era gato.

- E achou. – puxei a sua nuca com força e lhe dei um beijo avassalador. O suficiente para sugar todas as salivas possíveis.

- Vamos voltar a dançar? – ele me olhou mais intensamente e apenas assenti com a cabeça.

JACOB PDV

            Opa, que isso aqui acontecendo na minha frente? Ela não tem senso de que está na frente de todos nós? Precisa desse beijo suga tudo? Tentei disfarçar minha irritação e Tom me olhou assustado. Acho que ele nunca a viu fazer uma coisa dessas.

- O que deu nela? – perguntei me sentando onde ela estava.

- Perguntou pra pessoa errada. – ele apontou para a pista enquanto ela dançava sensualmente e parte do vestido dela subia deixando o Timoty doido. E eu também!

- Ih meninos não se preocupem, ela está aproveitando! – Úrsula encostou-se a mim e depois pegou o telefone que estava tocando – Já volto.

- Que aconteceu?

- Não pra falar por aqui, vou ali fora rapidinho. É meu pai.

            Se ele souber que ela está comigo, ela morre! Continuei bebendo com Tom e estávamos zoando de uns caras perto de nós, quando quem eu menos esperava aparecer, apareceu. DEBBY! Há dias que ela ficava preocupada por eu não dar atenção a ela e deve ter sabido que eu aparecia por aqui.

- Finalmente um momento com meu amor! – ela me deu um beijo sem nem deixar eu responder nada e o Tom se engasgou.

            Sorte minha que 80% das pessoas daquela festa eram desconhecidas, e a maioria que eu conhecia eram homens e meus amigos. Pelo menos eu não teria problemas. Já que não teria fofoca das mulheres que fiquei na festa.

- Pensei que não gostasse dessas coisas Debby. – a afastei um pouco e ela colocou as mãos nas minhas pernas se apoiando e ficando bem próximo ao meu rosto.

- Resolvi mudar um pouco para poder te acompanhar melhor nesses lugares. – depois ela fez uma cara de choro – Nem pra me contar que viria para cá.

- Você disse que ia numa convenção. – olhei para o Tom e ele percebeu o SOS em Neon.

- Resolvi te fazer uma surpresa, que tal. Gostou? – ela estava esperando a resposta quando vi a Úrsula despontando por perto.

- Lógico, mas eu prefiro ficar com você em outro lugar, que tal?

- Onde?

            Nem respondi, apenas a puxei e apontei com a cabeça para Úrsula e o Tom foi me ajudar.

PAIGE PDV

 (Sun is comming out – Dj MEME)

            Já estava ficando cansada e irritada por ter que agir desse jeito para ele repararem mim. Oque ela tinha que agarrar ele na festa? Fui atrás do Tom para pegar meu celular e o Timoty não desgrudava. Pelo visto isso iria me atormentar por um bom tempo.

- Pensa que vai me deixar? – ele me segurou um pouco e eu o olhei irritada.

- Não nascemos grudados Timoty! – me largou e colocou as mãos para cima.

- Me desculpa, não faço mais nada. – se afastou e foi dançar com outras meninas que eu nunca vi na minha vida.

- Ora, ora quem eu vejo por aqui. – Lindsay, o meu inferno pessoal, estava bem na minha frente. Era só o que me faltava mesmo.

- Estátua que não é não é? – dei um sorriso debochado para ela e fui andando para o bar procurar os meninos – Cadê aquela criatura? - fiquei procurando pelo Tom e ela veio me seguindo.  

- Ele está ali conversando com a Úrsula. Quer dizer que esta morando com o Tom e com o Jake não e?

            Quando olhei para trás estava o bando todo reunido me olhando torto.

- E por que o interesse hein? – não conseguia tirar o deboche da minha cara e o Brad apareceu por trás.

- Meninas, sem brigas. – ele ficou no meio e sorri para ele.

- Fica tranqüilo que eu não quero me meterem brigas Brad, quem veio me perguntar as coisas foi ela, não é queridinha? – dei um sorriso mais cínico ainda e ela fechou a cara.

- Não posso fazer nada se você não é bem vinda!

- Não foi isso que o dono da casa disse, nem quando ele me chamou para cá, nem quando me beijou!

- Ai está você... – Tom chegou e notou o clima tenso – Lindsay, sem brigas, por favor!

- Nenhuma. – ela puxou o Brad pelas mãos e saiu bufando, tenho certeza que ela queria arrumar uma confusão.

- Seu celular não para de tocar. – ele me deu o aparelho e como estava bloqueado, ele não sabia de quem era – E não liga para ela não.

- Sabe que eu nunca me importei com isso não é? – olhei para o celular e vi mensagens da Úrsula – Onde está a Úrsula?

- Ela disse que ia ao banheiro e não a vi mais.

- E o Jake? – estava curiosa demais tanto que ele me olhou desconfiado.

- Olha, não conta pra ninguém e muito menos para a Úrsula. Ele está com a Debby.

- Céus! – fiz um ar de reprovação e tentei entender porque a louca foi aparecer lá.

- Vou atrás da Úrsula.

- Não conta, por favor!

- Dessa vez eu vou ajudar, calma.

            Quando cheguei ao banheiro, fiz todas as mulheres saírem de lá e fiquei apenas com a Úrsula no banheiro.

- Oh sua louca era para ignorá-lo, não para agarrá-lo!

- Desculpa Paige, mas não deu para resistir. Aquele perfume dele e aquela voz... – ela se abanou com as mãos e fiquei rindo.

- Pois bem, a Debby está por aqui, não sei o que eu vou fazer!

- Ela quer armar barraco isso sim. – Úrsula me olhou nervosa – E se ela armar eu também vou!

- Não vão fazer nada porque eu vou tirá-lo da festa. Se virem depois. Vou deixar um recado para ela e você vai embora com o Tom.

- Como assim?

- Vou salvar a pele dele para ficarmos amigos! – falei meio que o obvio, mas pelo visto eu precisava explicar as entrelinhas para ela entender – Mas não sai daqui enquanto eu não deixar.

- Tudo bem. – ela me olhou meio com raiva, mas entendeu a situação. Fui a procura dele.

- Tom, liga para o Jake agora. – cheguei perto dele e meio que empatei a conversa que ele estava tendo com uma garota.

- O que aconteceu?

- Só pede para ele me encontrar sozinho perto da esquina da rua, AGORA!

- Tudo bem. – fui para fora da casa esperando que a minha idéia desse certo e que aquelas imbecis não tivessem jogado tudo por água abaixo.

JACOB PDV

            Estava no bem bom com a Debby quando o meu telefone tocou. Varias vezes por sinal.

- Esquece esse telefone. – ela estava me puxando para mais perto e fiquei tentado, mas poderia ser algo realmente importante.

- Alô. – falei meio cansado.

- Cara, desculpa atrapalhar, mas você ainda está na festa? Não fala o meu nome, finge que é a sua mãe! – lógico que para o Tom dizer isso algo de ruim estava para acontecer.

- Estou sim, pode falar. – Debby me olhou irritada e eu fiz sinal para ela ficar quieta.

- A Paige pediu para você encontrá-la na esquina da rua sozinho. E que não era para fazer perguntas, simplesmente aparecer!

            WoW, ela queria me ver sozinho? Será que ela queria se render de vez? Bom saber!

- To indo! – saí de perto da Debby e me ajeitei.

- O que aconteceu?

- Desculpa amor, mas parece que minha mãe não está bem, eu vou falar com ela.

- Quer que eu vá com você? – ela pareceu prestativa.

- Não precisa, eu só vou vê-la, depois eu vou pra casa.

- Não quer ir para a minha não? – ela se aproximou e começou a beijar o meu pescoço. Arrepiei-me, mas voltei ao foco.

- Depois ta? Eu tenho que ir.

           

            Sai dali correndo senão não iria para lugar nenhum. Quando cheguei na tal esquina, ela estava encostada no meu carro e com minhas chaves na mão. O vestido parecia ter subido um pouco e suas pernas delineadas estavam bem a mostra. Olhei para o rosto dela e assim que nossos olhares se encontraram, senti um arrepio na espinha.

- Sabia que essa rua é perigosa e que você pode ser assaltada? – cheguei bem próximo dela e senti aquele perfume maravilhoso.

- Sabia que você poderia ter sido castrado se eu não fizesse isso por você? – ela estendeu a mão e jogou minhas chaves de volta. Não tiramos o olhar um do outro e nem sei como a chave não caiu no chão, porque eu já ofegava com aquela atração.

- Como pegou as minhas chaves? Pretendia me roubar?

- Quando chegamos você ficou tão ligado nas minhas pernas que esqueceu na ignição. – o que ela disse?

- Como é? – ela já tinha se afastado, quando a puxei de novo e seu corpo se chocou ao meu. – O  que a faz pensar que fiquei olhando para suas pernas?

- A mesma olhada que me deu há segundos atrás quando eu estava encostada no carro. – delicadamente tirou seu braço e se afastou de novo.

- Vai aonde?

- Vou para a festa, o Timoty está me esperando.

- E o que você quis dizer com o fato de querer me encontrar aqui sozinho?

- Ainda não percebeu? Queria ajudar as duas pobres garotas que estão te catando pela festa igual duas loucas. A Úrsula veio te procurar e eu a impedi.

- Devo agradecer ou você vai pedir algo em troca? – a desafiei e ela parou de andar. Ela estava de costas e virou só o rosto para mim.

- Veremos. – ela piscou e me deixou ali perdido em pensamentos.

            A única palavra que poderia traduzir esse momento era raiva. Sim, eu saí de um momento muito do bom para vir aqui e ficar chupando dedo de novo. Minha vontade era de puxá-la de novo e escorá-la no carro.

Ela era muito esperta e eu sabia muito bem que aquilo ali não era vontade nenhuma de me ajudar. Ela queria algo em troca.