Show De Vizinho escrita por Alana Mara Farias
Notas iniciais do capítulo
Espero que gostem meus e minhas anjas(os)!
Robeijosssss!
Capitulo 1-
- Bella saia desse computador! Vai dar uma volta, sair com as amigas! – minha mãe Renée gritou ao pé da escada.
- Mãe está chovendo. – respondi indo até ela que estava na cozinha.
- Como todos os dias. Filha você tem que sair mais, se divertir, onde está Alice?
- Com o Jasper. – fiz uma careta, por ser uma coisa tão óbvia. Sentei-me no balcão um pouco emburrada – Por que não saímos daqui? Por que continuamos nessa cidade monótona, sem graça, sem tudo?
- Bella, sei que é difícil para você, minha filha. – ela alisou meu cabelo, sorrindo.
- Mas...
- Mas não é tão fácil assim. Aqui, pelo menos, temos estabilidade. Seu pai tem o emprego garantido.
Meu pai, Charlie, é o chefe da polícia de Forks.
- E adianta discutir? – dei de ombros. Não queria brigar outra vez com Renée por causa dessa cidade idiota.
- Acho que está precisando de um namorado... Que tal o Mike?
- Eca mãe! Vira essa boca pra lá. Sabe que Mike e eu, graças a Deus, temos incompatibilidade de genes. – disse, tentando não afastar de minha mente, a imagem que vinha à minha cabeça de Mike e eu namorando. Era nojento.
Na verdade, até hoje tento entender o porquê de ter Mike na minha roda de amigos, contudo cheguei à conclusão de que foi uma infeliz conseqüência das estatísticas, que faz de Forks um lugar deficiente de adolescentes.
- Bom, já que não está fazendo nada...
- Porque não tem nada pra fazer. – completei.
- Por que não vai ao supermercado e compra um pouco de açúcar pra mim?
- Tudo bem. – peguei o dinheiro na bancada e saí.
Sei que às vezes sou um pouco chata com meus pais com esse lance de querer sair daqui. Mas, Forks é o lugar que todos chamariam de fim de mundo. Nada muda. São sempre as mesmas festas com as mesmas pessoas. Nenhuma novidade. E o pior de tudo é que estou de férias, e isso faz com que eu tenha o dobro de nada pra fazer.
Porém, logo eu começaria meu tão esperado último ano na única escola de Forks e no ano seguinte iria para Nova Iorque, fazer faculdade lá. Só tinha um detalhe: eu teria de convencer meus pais.
- Bella!
- Oi Mike! – disse quando o avistei do outro lado da rua.
- Vai rolar uma festa amanhã à noite na casa do Bob. Aparece por lá.
- Hummm... não sei, mas de qualquer forma obrigada por me convidar. – sorri e voltei a fazer o caminho até o mercado.
- Espero que vá. Vai ser legal ter você por lá comigo. – Mike gritou antes de entrar em seu carro e... ele piscou pra mim?
Acenei, dando as costas. Ótimo! Agora ele inverteria toda a história, contando para Deus e o mundo que vamos juntos para essa tal festa.
O caminho de volta foi mais rápido. Fui até a cozinha e encontrei meus pais conversando.
- Oi pai! – sorri animadamente. Mas, logo percebi algo estranho no olhar daqueles dois.
- Seja lá o que for eu não quebrei nada! – levantei as mãos, na defensiva.
- Seu pai disse que teremos novos vizinhos. – Renée revirou os olhos, ignorando o que eu disse.
- E...? – ainda não tinha captado a mensagem.
- E que sua mãe disse que hoje você estava reclamando da mesmice dessa cidade. – disse Charlie – Pois, agora você verá pessoas novas. E parece que eles têm um filho. – ele pareceu animado demais.
Aposto que são dois velhos sedentários com um filho de 45 anos gordo e desempregado com dificuldades de encontrar uma esposa. Até porque só um louco sairia de qualquer lugar que fosse pra morar aqui.
- Não é legal? – achava que minha mãe estava otimista demais.
- Tanto faz. – dei de ombros.
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- Droga! Para que tanto barulho? Ninguém dorme não é?
Vesti meu roupão ainda reclamando e desci para conferir o que estava havendo lá embaixo. Vi que minha mãe conversava com uma mulher muito jovem e bonita. Ah! E o barulho vinha da rua, onde havia um caminhão enorme de mudança.
- Bella essa é a Esme, a nossa nova vizinha.
- Oi. – sorri timidamente. Devia ter me vestido antes de descer.
- Olá Bella. – ela me abraçou – Sua mãe não exagerou quando disse que você era linda.
- Obrigada. – tudo bem. Acho que eu que exagerei ontem à noite quando disse que ela devia ser uma velha sedentária.
- Ah! Esse aqui é meu marido, Carlisle.
- Como vão? – ele sorriu.
NOSSA! Ele era tão lindo quanto ela. Lembrei que minha mãe tinha dito que eles tinham um filho. Distraí-me, imaginando como ele seria tendo pais que foram esculpidos por mãos divinas. Mas, logo saí de meus devaneios a fim de prestar atenção no que Esme dizia.
- Nosso Edward ainda não chegou. Ele ficou para resolver algumas coisinhas e deve estar aqui até amanhã, no máximo.
- Por que vocês não jantam conosco amanhã? Será uma boa oportunidade para conhecermos seu filho. O que acha Bella? – queria matar Renée. Esme e Carlisle me olharam, esperando por uma resposta.
- É. – disse que nem uma altista babona.
Decidi tomar um banho e deixá-los a sós antes que Renée me colocasse em maus lençóis. Minha barriga já estava roncando. Quando desci, minha mãe avisou que Alice tinha ligado. Peguei o telefone e liguei de volta.
- Oi Alice! Minha mãe me deu o recado. O que houve?
- Ta sabendo da festa na casa do Bob?
- Sim. Não me diga que está pensando em ir?
- E por que não? Bella, não podemos perder essa festa! Todo mundo vai estar lá. – dava pra sentir o entusiasmo na voz de Alice. Ela adorava festas, porque significavam grandes produções: vestidos, unhas feitas, maquiagem, sapatos... Essas coisas típicas de uma patricinha feito ela.
- Todo mundo menos eu. – a corrigi.
- Ah Bella! Qual é? Por favor! Vai ser legal! – legal significava segurar vela dela com o Jasper. Coisa que eu já estava virando especialista. – Não custa nada. Por favor! Por favor! Por favor!
- Espera um pouco. Você está muito insistente. Por acaso vai sem o Jasper? – Alice ficou muda. Eu poderia apostar todo o meu dinheiro – que eu não tinha – que ela estava roendo as unhas.
- É... Mas,...
- Eu sabia!
- Tudo bem. Mas, Bella, vai ser divertido. E vamos ser só nós duas curtindo a festa sem ter que segurar vela.
- Obrigada por jogar na minha cara. – ironizei.
- Então vamos? Há quanto tempo não saímos sozinhas? – parei por uns minutos, pensando se eu iria ou não. Bom, o Jasper não iria, logo, eu não ficaria de vela. E, além do mais, o que eu iria ganhar ficando em casa? – Bella! Morreu?
- Ok. Vamos para a festa. – desliguei.
À tarde tentei tirar um cochilo, mas minha mãe decidiu ajudar Esme e Carlisle com a mudança e me incluiu nessa também. Pelos móveis, aparelhos eletros-domésticos, os Cullen tinham muito dinheiro. Era tudo de última geração, mas também pudera, Carlisle era médico. O que eu não conseguia entender era o que um casal como esse fazia em Forks.
- Mãe, tenho que ir pra casa. – levantei do chão onde estava sentada, arrumando a parte debaixo da estante.
- Por que filha?
- É que eu e Alice vamos sair hoje. Tem uma festa de um cara da escola e fomos convidadas. Tudo bem?
- Claro! Pode ir. – ela parecia satisfeita.
- Obrigada Bella por nos ajudar. – agradeceu Carlisle.
- Não foi nada. – sorri.
A festa era daqui à uma hora e meia. Depois de tomar banho, abri o armário para ver com que roupa eu iria. Comecei a entrar em pânico, pois não tinha a menor idéia do que usaria. Meu guarda roupa se resumia à jeans, camisetas e tênis. Muitos tênis. Liguei para Alice.
- Nem precisa dizer. Não sabe o que vestir não é?
- É.
- Não se preocupe. Tenho uma roupa perfeita pra você. Já estou terminando de me arrumar. Daqui a pouco estarei aí.
Enquanto esperava por Alice, sequei meu cabelo e o alisei, para tirar o frizz. Trinta minutos depois, ela bateu à minha porta com um vestido super curto nas mãos.
- Eu não vou usar isso. – falei enquanto me olhava no espelho – Se eu me abaixar vai dar pra ver o meu útero.
- Não exagera Bella. – Alice fez cara feia – Você está linda. Estou orgulhosa de mim mesma! – ela dava pulinhos e sorria.
O vestido que eu usava era todo colorido. Ele era todo soltinho e ia até o meio das coxas. Olhando bem, eu não estava feia. Até que ele caía bem em mim.
- Vi que estão se mudando pra cá. – Alice olhou pela janela.
- É. – dei de ombros, me olhando no espelho – São os Cullen.
- Quem é o cara mais magro, e incrivelmente bonito?
- Não sei. Deve ser alguém da mudança.
Depois de devidamente maquiadas e perfumadas, entramos no carro de Alice e nos direcionamos para a festa. Quando entrei fiquei espantada com a quantidade de gente que estava ali. Todos da escola haviam comparecido e eu já começava a ver rostos que eu não conhecia. A casa do Bob tinha um quintal enorme e uma piscina gigante. Também havia um bar improvisado abarrotado de gente. A casa estava literalmente lotada! Tinha gente sentada até no gramado.
- Ei Bella! Você veio! – não ainda estou em casa. Minha reencarnação que veio no meu lugar!
- Pois é. – sorri.
- Oi Alice. Vocês estão lindas. – ele apontou para nossos vestidos.
- Obrigada Mike. – ela agradeceu.
- Querem alguma bebida?
- Tem limonada? – perguntei.
- Se tiver, eu quero o mesmo. – disse Alice.
- Vou pegar e já volto! – Mike desapareceu no meio das pessoas.
- Aff! Que mala! – Alice reclamou.
- Nem me diga.
A festa estava ótima, tirando o fato de ter Mike bêbado grudado em mim a noite toda. Eu bem que tentei dar um perdido, mas a desgraça me achava.
- Alice juro que se o Mike contar de novo a história da avó dele e o dente eu o afogo na piscina!
- E eu ajudo. – nos entreolhamos e parece que duas lâmpadas em nossos cérebros, se ascenderam ao mesmo tempo.
- Ô Mike! – Alice o chamou – Que tal um joguinho?
- Eu adoro joguinhos. – ele parecia um pirralho de 5 anos pulando e batendo palmas.
- É o seguinte: você tem que fechar os olhos e caminhar para onde a gente disser ok?
- Ta. Mas, qual é o prêmio? – ele perguntou sério, querendo garantir que nós não passaríamos a perna nele.
- Isso você só vai saber depois. – falei enquanto amarrava a gravata dele em seus olhos.
- OBA! Eu vou ganhar um prêmio! Eu vou ganhar um prêmio! – ele falou perto de meu rosto. Ele tava tão bêbado que só de sentir o bafo dele eu já fiquei tonta.
- Pronto? – perguntei, parando de rodá-lo.
- Claro.
- Fica parado e vai para a direita! – ele foi – Agora um pouquinho para a esquerda! Isso!
- Agora corre! – e ele correu. Mas, pra nossa direção. Ele deu uma meia volta maluca e veio parar na nossa frente. Burro. Nem para se auto afogar ele serve. – Não Mike, é pra lá que você tem que correr, entendeu? Pra frente. – ele afirmou.
- Agora vai! – empurrou Alice.
- Não é possível! Ele ta de sacanagem com a gente. – eu devia saber que bêbados não tem coordenação motora. Mike parou de correr a uns três passos da piscina. – Eu vou dar um jeito nisso. – sorri maliciosamente para Alice. Caminhei até ele e garanti que estivesse com os olhos vendados. Preparei-me para empurrá-lo, mas alguém esbarrou em mim.
- Quer uma bebida? – um gordo fedendo a vodka me ofereceu um copo com um troço esquisito, meio marrom.
- NÃO! – droga! Preparei-me novamente e coloquei as mãos nele.
- Bella! – gritou Alice. O que ela queria agora? A ignorei, empurrando Mike. SPLASH!!! – BELLAAA!!! – todos em volta gargalhavam e apontavam para o corpo no fundo da piscina. Não pude deixar de rir também. Alice veio até mim com uma cara assustada.
- O-o q-que houve? – falei ainda rindo.
- É. O que aconteceu? Não entendi!
- Mike! MIKE? – arregalei os olhos para Alice e depois olhei para a piscina.
- Eu tentei avisar, mas você foi com tanta sede ao pote... – ela deu de ombros.
OMG!OMG!OMG! Eu empurrei o Mike errado! Procurei pelo cara e o vi saindo da piscina pelo outro lado. Dei a volta e fui me desculpar pela burrice que eu tinha feito. Ele estava ensopado, claro, mas quando me olhou, não parecia emburrado.
- Me desculpe! – falei morrendo de vergonha – Não era para ter sido você. É que me confundi. Pensei que fosse meu amigo, mas na hora... você...eu... ele. Desculpa. – falei por fim, encarando o chão.
- Tudo bem. Isso acontece. E acho que você animou a festa. – ele apontou para a piscina que agora estava lotada. Todos se jogavam e se empurravam, fazendo voar água pra tudo quanto é lado. Uma bagunça bem molhada eu poderia dizer.
- Me desculpe de verdade. – virei as costas e andei o mais rápido que pude. – Vamos Alice.
- Bella, ele é...
- Alice depois você me fala. Vamos embora? Estou morrendo de vergonha.
- Mas,...
A ignorei e a peguei pelo braço. Entramos no carro e fiquei aliviada por ter saído dali. Não podia acreditar que eu tinha pagado aquele mico.
- A minha sorte é que não o verei nunca mais! – respirei aliviada por isso – Ele era lindo, você viu? Como eu pude fazer aquilo com um cara tão lindo? Eu nunca o vi por aqui. – tenho certeza de que nunca o vi. Com certeza me lembraria daquele rosto.
- Eu acho que ele é... – Alice foi interrompida pelo celular que tocava. Era Jasper. Enquanto ela falava, eu batia na minha cabeça por ser tão burra.
Eu nunca esqueceria o rosto dele. Primeiro porque eu quase o afoguei. Sim! E se ele não soubesse nadar? Ele teria morrido não teria? E segundo porque ele era lindo. Sua pele era pálida, seu cabelo parecia ter uma cor bronze, não sei ao certo, por causa da iluminação. E sua boca era vermelha...
Cheguei a casa e meus pais estavam na sala vendo TV.
- Já? – meu pai olhou no relógio.
- A festa já acabou? – disse Renée me encarando.
- Não.
- Então o que houve? – Renée semicerrou os olhos.
- Nada. Estava chata. Estou cansada. Boa noite. – subi as escadas apenas querendo apagar esse dia da memória.
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Robeijos!