A Deusa Mãe escrita por Hakushiro Lenusya Hawken


Capítulo 17
A humanidade que eles não têm


Notas iniciais do capítulo

Até onde um rei vai para não perder o trono? Byakushi observará os limites de uma família oriana, que coloca em primeiro lugar não o amor, mas a riqueza.



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O plano era o seguinte... Naquela pequena vilinha pós selva, o mapa de todo o continente de copas estava descrito com tantos detalhes, que parecia uma foto aérea. Yomi, que havia absorvido as informações dos aldeões com tanta perfeição, repassou para mim. O local que nós estávamos foi marcado com um circulo. Deveríamos obter a confiança da sacerdotisa, e isso queria dizer que deveríamos acabar com tudo o que se oponha a ela, isso inclui seus problemas.

- A sacerdotisa tem um espinho cravado na medula, cujo tal faz percorrer uma toxina alucinógena que leva a pessoa a acreditar que TODOS que contenham olhos seja um inimigo mortal. Foi uma tentativa do rei expulsar os jokers e estrangeiros do reino. As anomalias da sacerdotisa foram criadas tão somente para atacar qualquer um que não tenha os traços de um oriano de Copas.

- Eu já estou vestida como uma. – Acrescentei.

- E Reno é quase um, já que é cego. – Brincou Purpura, que fez com que o moreno rosnasse de raiva.

- Isso significa que para driblarmos os monstros criados pela coisinha, temos de usar vestimentas e acessórios dos próprios orianos de Copas.

Após rever onde os monstros marcavam território, cujos tais estavam a mostra em pequenos círculos em azul, enrolamos o mapa e carregamos conosco. Passamos a seguir nossos instintos pelo plano da cidadela, nos afastando cada mais da floresta e do palácio. A primeira emboscada vinda dos inimigos foram teias de aranha densas que era impossível não se enroscar pelo menos em uma. Reno até mesmo engoliu um pouco da seda, tossindo violentamente logo depois, ao que a sua guardiã o acudiu. Yomi estava atenta. Teias nunca eram abandonadas pelas aranhas, apesar de que aquelas não eram normais.

Mais algumas horas de caminhada, e nossa paz foi quebrada por um estalar de madeira. Não parecia ser um passar descuidado, pois era alto, como se algo tivesse atravessado o galho ou tronco. Escutamos também um rugido surdo, que nos fez redobrar a atenção.

- Eu quero chuva... – Murmurou Reno, que olhava sem enxergar todos os cantos, com medo de um ataque surpresa.

- Reno, venha aqui. – Pedi, delicadamente.

O moreno se aproximou de mim, ao que eu acolhi o pobrezinho com um dos braços. Ele pode não ser medroso, mas vamos combinar que não enxergar bota medo em todos. Acariciei o ombro e seus cabelos, até que ele passou a respirar com mais calma. Sussurrei em seu ouvido que se eu fosse atacada, empurraria-o e ele saberia assim o que houve. O mesmo assentiu.

Yomi mandou que todos nós não fizéssemos barulho. Nem respirássemos. Nem piscássemos. Vi uma grande mariposa se atarracar na teia, e a aranha se jogou contra a mesma para devorar a presa sem dó. Quando ela se virou, pressentindo o perigo, pudemos ver sua forma de perto.

A grandalhona não era bem uma aranha. Quero dizer, era um aracnídeo, mas apesar do corpo de aranha, no lugar da cabeça havia meio corpo de mulher. Da cintura para cima, com seios quase indefinidos, e com uma boca cheia de dentes no rosto. Havia apenas um olho no rosto, um na onde deveria estar a clavícula, um entre os seios e o ultimo perto do umbigo, que também não tinha.

O crânio tinha um bico para trás, e a coluna vertebral era bem saliente. Havia umas marcas bem escuras pelo traseiro aracnídeo. Ela tombou o corpo para um dos lados, como se olhasse de outro ângulo. Depois voltava e fazia o mesmo com o outro lado. Isso se repetia. Se repetia até que o cheiro pútrido do ambiente fez com que Reno espirrasse.

A aranha avançou contra nós num tiro. Purpura, que estava na frente, criou um circulo arcano no ultimo segundo, impedindo o aproximar da besta. Com o dedo indicador e médio apontado para o circulo, conseguia guiá-lo para os cantos, seguindo o animal e barrando-o sempre. A maga estava séria, fitando com os olhos estáticos para o aracnídeo.

- Yomi...

Ela deu a ordem. Yomi sacou sua foice e contornou o circulo, saindo da área de proteção que este oferecia. O animal se jogou contra a mesma, que armou-se em pose ofensiva, e num corte horizontal, cortou a parte frontal da fera. Entretanto, a força do monstro não estava no corpo animal, e sim no humano, e ela tinha acertado a parte animal.

A fera deu um rugido surdo e se jogou contra a morena novamente, que mais uma vez defendeu com a foice, no entanto, dessa vez o monstro puxou o cabo da mesma, erguendo a moça do chão e passou a sacudir de forma violenta, que das duas uma: Ou uma hora desprenderia a morena da arma, ou a moça ficaria com alguns ossos quebrados com tamanha brutalidade. Claro que quando falamos da lugar-tenente, nenhuma das opções é valida.

Ela gritava para alguém ajudar, de forma orgulhosa, e estáticos,nenhum de nós moveu um dedo. Pelo menos, até Reno sacar a tesoura gigante, rodando-a no ar e pedindo para que nos afastássemos. Eu corri para trás de seu corpo, apontando-o para onde deveria acertar. No ultimo minuto de resistência da morena, foi solta no chão, caindo com a face extremamente próxima do fio de corte da foice, recuando no mesmo instante, enquanto via a besta agonizar-se com a tesoura encravada em um dos olhos de seu corpo: Aquele entre os seios.

- O coração, ou seja lá o que bombear sangue nessa coisa, está no abdômen aracnídeo, não humano.

- Vamos arrancar-lhe os olhos... – Reno completou o pensamento de Purpura. – E depois damos um jeito de cortar-lhe o peito.

O animal conseguiu se livrar da lamina após alguns momentos, e jogou a tesoura contra a teia. No mesmo instante que o animal voltava a se recompor, Yomi já havia se jogado contra ele, golpeando-o em três lugares: Arrancou-lhe o braço esquerdo, rasgou-lhe o abdômen abaixo do olho ferido e acima do outro e o terceiro foi novamente na fronte animal.

Dessa vez, sua fuga não foi bem sucedida. A fera, com grandes mãos cheia de garras, agarrou a cabeça da morena e apertou de forma que segurasse-a em meio ao nada.

- Ele vai quebrar seu pescoço!

Saí detrás do circulo, sacando Orologio e corri por trás da aranha, movendo a arma de forma desnorteada, até que ela soltasse a outra. Entretanto, ela não soltou. Moveu o braço de forma tão forte, que se Yomi não tivesse largado a foice e se segurado no braço para não ter o pescoço quebrado pela inércia, já teria morrido. Ela moveu o braço para o outro lado e Yomi gritou de dor. Sacudiu mais 3 vezes e depois jogou-a contra a teia.

Nesse tempo, eu consegui abrir apenas uma fenda no traseiro aracnídeo. Purpura tentou avançar contra o inimigo, mas estava ocupada protegendo o irmão. Gritou para que eu me aproximasse e pegasse a lança com ela, mas já era tarde.

Eu senti ser esmagada por uma mão enorme, que me ergueu no alto e me abaixou novamente, com força no chão, fazendo com que uma quantidade de sangue escorra pelo canto de minha boca. Ela afastou-se por um segundo e no segundo depois se jogou contra mim, pisando com quatro das oito patas.

- Ahh! Purpura!!

A maga não conseguiu mais se conter. Desfez o circulo e com a lança em mãos correu até o monstro, girando-o em volta do corpo, e depois golpeando a fera com um salto em seu rosto, arrancando-lhe mais um olho. Ocupada demais pisoteando meus braços, a mesma ficou desnorteada e mexia o braço em golpes horizontais, mas Purpura se abaixou, saltando logo depois, arrancando-lhe o olho do abdômen.

Cega, a aranha rugiu e saiu correndo, só para voltar até nós seguida pelo cheiro do suor da gente. Ela correu para o mais nervoso, que era Reno, que no mesmo momento sacou dos bolsos uma pistola armada com uma bala de prata. Apontou para uma região avulsa da fera e atirou contra a mesma, acertando o primeiro coração. Com o impacto, a aranha caiu de lado no chão, tentando de todas as formas se levantar. Enquanto eu conseguia me levantar, Purpura correu até o bicho e com a lança, penetrou a carne mole do abdômen aracnídeo. As patas se recolheram em meio de proteção, enquanto a expressão de agonia da fera era expressa na boca cheia de dentes e língua pontuda que saía para fora da boca a cada grito. As pernas foram quebradas em mais um golpe, e por fim o coração havia sido atingido.

Eu já havia acabado de cortar a teia que prendia a morena, e a mesma soltava palavrões raivosos a cada vez que as teias que ainda estavam presas em sua roupa e cabelo emaranhavam ainda mais nos fios.

- Raios! A teia dela é grudenta! Está morta? – Yomi sacou sua arma, colocando-a no cinto e se aproximando junto de mim.

- Sim. – Sussurrou púrpura. – E tem algo brilhante dentro do ventre...

- Seriam ovos? – Perguntou Reno, também se aproximando do cadáver.

- Não... E eu não vou colocar minhas mãos na entranha dela pra ver o que é.

- Eu coloco então. – Ele respondeu, se ajoelhando.

Reno penetrou o ventre do bicho com uma das mãos e puxou no avulso alguns de seus órgãos para fora. O cheiro forte fez meu estomago revirar e a ânsia de vomito vir forte ao que tive de conter duas vezes com as mãos. Yomi me acolheu em seus braços pela terceira, acariciando meus cabelos. Sussurrou um “feche os olhos que quando acabar, lhe aviso” e eu obedeci.

Depois de esvaziada, o ventre murchava sem muitos ossos para sustentá-lo, além da coluna e costelas. Ele gritou ao tocar em algo gelado e puxou este para fora.

O objeto apareceu todo ensanguentado, não deixando distingui-lo. Purpura usou sua magia para limpá-lo sem tocar no mesmo, e aos poucos sua forma se mostrava. Era uma espécie de arma, que mais parecia um bule. Tinha uma alça de aço, uma parte redonda que acendia com uma lâmpada em forma de olho amarelo em seu centro e um cano do outro lado, grosso, mostrando que alguma coisa saía de lá.

Escutamos um som assustador vindo da teia, e vimos a tesoura e os restos da mariposa serem dissolvidos como por um acido, Yomi gritou, tentando de todas as formas arrancar os residos da teia de seus cabelos. Purpura ajudou-lhe com o trabalho, e só parou quando certificou que estava tudo limpo.

Eu peguei a nova arma em mãos, tentando entender como funcionava. Quando nos afastamos um pouco, para irmos embora, eu resolvi testar. Apontei para a clareira cheia de teias, e puxei tudo o que eu via na arma, mas nada surtia efeito. Depois, sem querer encostei a palma da mão no olho, fazendo com que do bico um tiro fosse expelido. Ele aterrissou com força contra o corpo do monstro morto e explodiu, de uma forma tão absurda, que arrancou arvores pequenas de perto e as teias foram jogadas para longe.

- É um tipo de canhão! – Purpura gritou, olhando para a arma com os olhos brilhantes. Eu estava com uma expressão assustada.

- Vamos, amigos. O sol vai se por logo e precisamos encontrar um lugar para dormir antes de terminar de explorar a província.

...

Acabamos por nos acolher na casa de Maomi, após seu pai falar que estava tudo bem. Purpura se estendeu numa rede criada por círculos arcanos, suspensa no nada. Ela confiava bem em suas habilidades pelo visto. Yomi sentou-se num sofá e falou que ficaria confortável daquela forma. Reno montou uma cama com almofadas no chão e se deitou sobre eles, se ajeitando para ficar confortável. Ele me chamou para juntar-me a ele, abraçando-me com um dos braços.

Maomi trouxe algo para bebermos e depois se sentou numa cadeira de madeira em frente ao pessoal.

- Vocês ficaram por aqui amanhã? É que vou me casar e gostaria que vocês assistissem.

- Por mim tudo bem. – Yomi falou. – O que acha, Byakushi?

- Se não atrapalhar a nossa jornada... – Disse, fechando os olhos.

- Não vai. Casamento oriano é bem rápido.

- Seria demais saber o nome do noivo? – A morena perguntou, olhando para a loirinha.

- Ah... É o príncipe Malesia.

- OI?! – Eu gritei, tossindo de forma absurda. Reno riu, me acolhendo ainda mais em seus braços. O que foi pior, por que agora eu estava sendo sufocada. – Ei, solta! – Ele soltou. – Mas espera... Você vai casar mesmo com o príncipe?

- Eu vou sim. Por que? Você e ele... – Ela fechou as mãos e a expressão se converteu para zangado. – Você e ele tem algo?!

- Não! Imagine... É que ele é meu irmão.

- Não brinca! – Ela levantou da cadeira, num salto animado. – Está falando sério?!

- Sim. Ele é segundo filho do meu pai Zatsu com a rainha. E eu sou filha de Zatsu com Aiya. – Respondi-lhe, com um sorriso, enquanto olhava fundo nos olhos dela, que estavam no cinturão. – Seremos cunhadas.

- É! Isso é legal! Bem... Vocês precisam dormir. A cerimônia é bem cedo amanhã.

...

- Sério que eu tenho que prender os cabelos e usar essa faixa? Sou apenas uma convidada! – Yomi exclamou, cruzando os braços.

O sol não estava no céu a mais de 15 minutos. Eu já estava com minha bandana novamente sobre os olhos, da mesma forma que saí do palácio. Assistia rindo das expressões de desaprovação de Yomi, enquanto seus cabelos eram presos em um rabo de cavalo, pelo pai de Maomi. Ele dizia que era tradição. Mulheres têm de prender o cabelo em casamentos, e cobrir a região onde ficam seus olhos. Como os Copas não tinham olhos na face, a faixa ficava amarrada sobre estes como se tivessem.

- Normalmente usamos proteções nessa região do rosto para não assustar as outras províncias com a nossa falta de olhos. Isso virou uma espécie de tradição depois.

- Deveriam cobrir onde ficam os seus olhos de verdade. Já percebi que vocês colocam olhos em objetos.

- Todos tem que ver a beleza da minha filha.

Já pronta, Yomi virou-se para mim e para Purpura, falando que se sentia ridícula. Purpura que tinha os cabelos curtos, teve seu cabelo amarrado em uma pequena trança atrás da cabeça, aquelas que ficam coladas no couro cabeludo. Ela disse que a morena estava linda.

Logo, todos nós fomos até o local da cerimônia. Havia uma alta estatua da sacerdotisa com um leque erguido para os altos, e onde ficava seu olho no leque, estava um buraco. Este buraco fazia o sol bater certinho no altar, onde a loira esperava o noivo. Sim, era o noivo que entrava por ultimo, até por que ele era príncipe.

Nada de flores. Uma noiva oriana não carregava consigo um buque. Ela também estava com o cabelo preso por uma fita preta e o vestido era inteiro preto. Na terra oriana, o branco era considerado um mau presságio, pois era a cor de uma das mais poderosas bestas de lá, denominada como PI.

Malesia estava maravilhoso, parado no inicio do tapete. Usava um casaco de gola alta, com uma gravata vitoriana roxa. As calças eram coladas em cima, ficavam bufantes nas canelas e a bota era cano longo. Maomi olhava para ele com uma expressão de duvida, e nem assim o rapaz saía da onde estava. Ele chamou meu nome de forma clara, sério, suspirando.

Eu corri no mesmo momento até ele, e o mesmo agarrou meu braço.

- A irmã tem de acompanhar o noivo até o altar. – Ele sussurrou.

- Ah! Eu não sabia!

Acompanhei-o até que ele estava perto do altar. Peguei sua mão, peguei a mão da noiva e juntei ambas, como fui instruída. Depois, voltei a me sentar. Não havia padre. Eles liam um livro juntos em voz alta, até que o sol batesse nas taças sobre uma mesa de pedra. Lá, o sol era o padre.

O rapaz cortou o pulso num golpe fino. A menina fez o mesmo. Deixaram o sangue escorrer dentro das taças. Depois lamberam as feridas, que se cicatrizaram. Trocaram as taças de forma que ela ficasse com a dele, e vice versa. Beberam simultaneamente. Ela alegremente, ele já com uma expressão de desaprovação. Podia amar aquela moça, mas odiava canibalismo. Quando colocaram as taças sobre a mesa, se beijaram, ao que os convidados bateram palmas e assoviaram.

...

- Espero que sejam felizes! Maomi! Cuide bem do meu irmão! – Disse, sorrindo e tirando a faixa dos olhos.

- Pode deixar! Cuidado com sua viagem!

Nos abraçamos, beijei o rosto de Malesia e seguimos caminho. Yomi estava séria. Purpura estava ainda mais, dizendo que sentia que alguma coisa ia acontecer. Por preocupação ficamos por perto por mais alguns momentos. Apesar de não participarmos da festa, assistíamos tudo. Mas num determinado momento, Malesia parou de girar a esposa, olhando para frente fixamente entre os convidados. Tudo ficou em silencio.

Um brilho forte saiu do meio da população, ao que Maomi se colocou por impulso em frente de seu amado, sendo atingida por um tiro de canhão de uma arma parecidíssima com a minha. Ela caiu no chão já sem vida, e Malesia, em desespero, sacudiu a loira de forma bruta, gritando seu nome. Os convidados saíram correndo, ficando ali, em frente ao casal, o rei de Copas.

O rapaz era alto, usava roupas largas acinzentadas e um colar de varias esferas do tamanho de uvas, na cor roxa bem escura. Nos lábios, havia um batom roxo e cabelos que cobriam a região dos olhos. Ele não se parecia com um rei, mas o grito do príncipe deixava claro.

- TIO! PORQUE?!

- Você não vai assumir o trono. De forma alguma. Essa bala era para você, e não para a loira, mas que seja. Funcionou da mesma forma.

Eu me joguei para frente, para poder atacar aquele rapaz, mas Yomi me agarrou pelo rabo de cavalo, falando que eu não daria conta sozinha e que era para esperar. Iríamos acabar com ele depois...

- Eu juro. Mas temos de seguir viagem primeiro, Bya.

- Malesia... Maomi... – Eu caí de joelhos no chão. Chorei junto do rapaz, como se compartilhássemos a mesma dor. – Sinto muito... Eu realmente sinto muito!

- Vamos... – Disse Purpura, desfazendo a trança. – Eu quero sair daqui.

- Todos queremos... – Reno disse, abraçando a irmã. – Eu não quero te perder, Purpura.

- Sou tua guardiã. Ficaremos juntos até o fim.

- CHEGA! Eu não quero mais falar de fim! De perdas! De morte! VAMOS! – Gritei.

Senti um vazio dentro de mim... Como se algo aqui dentro se perdesse para sempre. Agora, mais do que nunca, me senti completamente inútil... E no mesmo tempo, desejando me tornar poderosa para matar todos que sujavam o nome dos orianos.


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Notas finais do capítulo

Eu ia colocar toda a jornada primeiramente, para que só depois montasse o casamento, mas o bloqueio criativo foi mais forte e mandou que eu encerrasse por aqui.
Entretanto, coloquei a primeira batalha da jornada.
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