Ele estava oferecendo um último desejo. Um último desejo que Hermione confessava ser loucura. Ele não queria que ela pedisse um desejo qualquer, ele queria que ela pedisse um desafio.

                - Hermione Granger, ouvi muito de você. Me disseram que era a melhor bruxa de sua idade, que conhecia mais feitiços, talvez, que um Auror, que conseguia fazer explodir o mundo com as suas mãos. Me disseram que você poderia ser mais poderosa que eu. Hermione, quem é você? Uma desafiante? Eu adoraria lutar com você, garota. Apenas diga que esse é o seu último desejo. Harry Potter está morto, o seu namoradinho ruivo está morto, o meu comensal loiro que era apaixonado por você está morto, não duvido muito de que até os seus pais eu já matei. Não há pelo que lutar, garota. Não há razões para se manter viva. Saiba que, qualquer que seja sua escolha, você irá morrer. A diferença é a dor. A dor de morrer sem lutar, e a dor de lutar pelo que vale a pena. Peça a Merlin, que a guarde junto de seus amiguinhos, pois o momento é agora. Faça sua escolha, com aquilo que me disseram que você sempre teve, sabedoria. E então, qual é a sua resposta?

                Hermione sustentou o olhar daquele que estava a sua frente. Pigarreou, limpando um pouco a garganta, que estava seca. Se levantou, passou a mão pela blusa, sacudiu os cabelos para trás, levantou a varinha, e disse:

                - Sou sua desafiante, Voldemort. Eu quero isso como meu último desejo. Eu te desafio.