Volverte A Ver escrita por Raquelzinha


Capítulo 1
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

Voltando para casa!



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Um som leve e não conhecido de alguém cantando uma musica suave me acordou, abri os olhos lenta e preguiçosamente para me deparar com um cômodo iluminado, grande e conhecido. Só então lembrei onde estava, no meu antigo quarto, na minha cama quente e macia, entre meus objetos pessoais e tão queridos. Apoiei o corpo nos cotovelos, ainda sonolenta e dei uma boa olhada em tudo, em cada mínimo detalhe, apesar de ter visto este lugar muitas vezes em minha memória e em rápidas visitas durante o verão, agora era diferente, esta era uma volta definitiva ao lar. Sorri, definitiva  ao menos por um tempo, afinal,  depois que Edward concluir seu mestrado poderemos enfim nos casar, colocar em prática nossos planos organizados com tanto carinho durante nosso longo período de namoro.

Sentei na cama lembrando do colégio interno onde passei  boa parte da minha adolescência, um lugar frio, com professores fechados e mal humorados, com colegas que discriminavam qualquer uma que achassem não fazer parte do seu grupo ou que não pensassem como elas. Passei seis longos e doloridos meses nesse lugar, sozinha, sem um amigo, e então Alice Cullen, irmã de Edward também foi levada para lá, quase não acreditei quando a vi, a chegada dela foi a melhor coisa que me aconteceu,  afinal, eu tinha uma amiga, alguém com quem  conversar, com quem trocar ideias e até brigar se fosse necessário.

 Com o passar do tempo fui me habituando a tudo e a todos,  também chegamos a fazer algumas poucas e boas amigas, então, Edward começou a nos visitar com certa frequência, nos levava para passear nos finais de semana, ao cinema, e a medida que o tempo passava fui descobrindo qualidades nele, como a gentileza, a cortesia, a elegância, a facilidade e a desenvoltura com as pessoas. O resultado disso? Um namoro que já dura quase três anos e logo será um casamento. Algumas vezes me pergunto como cheguei realmente a isso, se quando mais nova eu o detestava, o considerava chato, metido, egoísta e até autoritário, me movi suspirando, o amor é um sentimento estranho, ele surge do nada e muda tudo o que você considera como certo.

O fato é realmente esse, eu o amo, ele me faz feliz, cuida de mim é atencioso,  tenho absoluta certeza de que outra pessoa não preencheria esse espaço em minha vida.

Suspirei mais uma vez totalmente feliz diante dessa visão de futuro e saltei da cama jogando as cobertas para o lado indo até a janela, o jardim da parte lateral da casa se descortinava a minha frente, e então descobri de onde vinha a música que eu  ouvira, era o jardineiro que  cantarolava alegremente enquanto trabalhava com as plantas, suas mãos ágeis se moviam familiarizadas com a função e ele era competente, pois nunca vi este lugar tão belo quanto agora.

 Meus olhos então deram uma boa olhada por todo aquele espaço tão conhecido, pelo gramado imenso, as árvores antigas, o caminho de pedras que levava até casa de Billy, o administrador e melhor amigo de meu pai, nesse exato momento minha mente lembrou de outra pessoa, uma pessoa que fora meu companheiro de brincadeiras, de loucuras e bagunças, alguém que eu não via a praticamente dez anos:

- Jacob! - suspirei assim que a palavra escapou pelos meus lábios, sentindo meu coração apertado no peito. Parece que guardei a saudade que senti dele em algum lugar muito escondido dentro de mim e ela saiu de uma só vez, de supetão, provocando lágrimas doídas, fartas, que ficaram escondidas por anos dentro de mim e a felicidade que eu sentia instantes atrás se foi.

Uma batida na porta desviou meus pensamentos, não querendo ser vista com os olhos molhados pelas lágrimas que ainda escorriam fartas,  sequei o rosto rapidamente antes de falar:

- Entre!

Caminhei descontraída até as malas vazias do outro lado da peça  dando as costas para a porta, mas ao contrário do que pensei, não era minha mãe quem vinha me chamar, era Ana, a cozinheira.

- Bom dia Bella!

Olhei carinhosamente para a mulher forte que fazia os melhores pratos que já tive a chance de provar.

- Bom dia Ana! – ela me sorriu e nada comentou por meus olhos vermelhos.

“-  Sempre discreta.” - pensei enquanto ela voltava a falar:

- Sua mãe pediu para avisar que foi até a cidade e que Edward ligou.

Voltei a sorrir e agradeci.

- Tem um lanche gostoso para você lá na cozinha. Do jeitinho que você gosta.

Me aproximei e a abracei com vontade de perguntar se o lanche era apenas para um, mas eu sabia que Jacob ainda não regressara e pelo que ouvira aqui e ali no último verão, ele não voltaria mais para cá. Meu coração se apertou no peito outra vez e senti as lágrimas desejarem escapar.

- O que aconteceu meu bem, você não está feliz? – sua voz era carinhosa, o que finalmente liberou as lágrimas.

Apertei meus braços contra o corpo robusto da mulher que tinha um perfume gostoso de comida e falei baixinho engasgada:

- Saudades... somente saudades Ana.

Ela fez um som leve com a boca e acariciou minha cabeça, depois me afastando um pouco sorriu falando:

- Acho que isso é fome. Desça logo, está tudo pronto e muito saboroso.

- Eu sei que sim, tudo o que você faz é uma delicia. Senti muita falta dos seus quitutes. Você é maravilhosa... sempre foi maravilhosa comigo. Obrigada! – confessei segurando seu rosto rosado entre minhas mãos.

Ela sorriu e saiu do quarto me deixando com minhas lembranças, lembranças que eu evitara ter por tanto tempo mas, que agora voltavam em cascatas junto com as lagrimas que me impediam de ver qualquer coisa, porém, naquele momento eram os olhos das minhas memórias que viam, fechei  os olhos molhados por alguns segundos e ouvi uma voz rouca e infantil me chamar, o som vinha da minha janela:

- Bells!

Uma menina magricela, de cabelos lisos e longos, presos num rabo de cavalo correu e viu um garoto bronzeado com um sorriso imenso no rosto chamando:

- Você vem ou não? – a voz rouca estava me dando um ultimato, sim eu iria, nunca deixava de ir, onde quer que fosse, para fazer qualquer coisa, mesmo a pior das loucuras ao lado dele, tudo parecia fácil e simples para uma menina tímida e medrosa como eu.

 Jake, como eu o chamava sempre foi meu lado aventureiro e corajoso,  junto com ele eu era feliz e corajosa, e isso deixava meus pais e o pai dele loucos.

 Muitas foram as vezes em que ficamos semanas de castigo sem poder nos encontrar por causa das coisa que aprontávamos juntos, sorri  diante dessa lembrança, foi por isso que resolvemos fazer um túnel subterrâneo que fosse da minha casa até a casa dele, em nossas cabeças infantis, era a única maneira de escaparmos da falta que sentíamos um do outro nos períodos de castigo.

Por dias a fio contamos passos para saber a distância exata entre as casas, os passos dele davam um total de 400, os meus passos davam 455, ele dizia que minhas pernas eram curtas e ria de mim me provocando.

No final acabamos decidindo pelos passos dele, e partimos para a ação, mas, como sempre, fomos pegos com as mãos nas pás, no porão da cozinha de minha casa e totalmente torturados para contar o que pretendíamos.  Jake não falou nada, mas eu acabei falando, depois  que meu pai ameaçou me deixar três meses sem brincar com ele e foi mais uma semana de castigo,  castigo que se resumia apenas a quando estávamos em casa pois estudávamos na mesma escola e éramos colegas de sala. Entretanto, na escola sempre tínhamos outros amigos que acabavam nos separando, por isso, em casa estávamos sempre colados. E com o castigo, não podíamos nos ver, então nesses períodos, passávamos todos os intervalos da escola juntos, tramando o que faríamos quando o castigo acabasse.

 Edward era uma de nossas vitimas preferidas, ele era mais velho  três anos e se considerava muito maduro, vivia querendo nos controlar, contava nossas traquinagens, e por causa  dele Jake e eu ficamos de castigo muitas vezes e, o fato dele se sentir incomodado conosco era um prato cheio.  Alice, a irmã dele, minha melhor amiga geralmente participava das brincadeiras, mas sempre tirava o corpo fora na hora em que a confusão se formava, no fim apenas Jake e eu pagávamos.

Suspirei afastando esses pensamentos entrando no banheiro, precisava de um banho, precisava relaxar, voltar a alegria da noite anterior e do inicio da manhã,  aqueles poucos momentos lembrando de meu melhor amigo abriram um buraco no meu peito, um buraco que eu escondera de mim mesma por tanto tempo,  um espaço enorme, não preenchido por ninguém, nem mesmo por Edward.

Quando finalmente desci Ana me esperava com um lanche gostoso,  sentei perto dela e conversamos bastante, ela me contou que Rebeca, irmã mais velha de Jacob estava morando em La Push, apenas Raquel continuava morando com o pai. Me movi na cadeira sentindo meu coração acelerar e numa só respiração perguntei:

- E Jacob?

Ana não pareceu surpresa com a pergunta, continuou fazendo o que fazia antes, talvez já esperasse por ela e com a voz tranquila de sempre me respondeu:

- Ele vinha nos verões, passava alguns dias e ia embora, nos últimos anos não veio uma só vez. Mas Billy diz que ele está bem. – e virando-se para mim perguntou:  - Vocês nunca mais se viram? Eram tão amigos!

Soltei um suspiro e concordei com a cabeça.

- Ele nunca estava aqui quando eu vinha, e no colégio só tinha autorização para falar com meus pais.

Ela ficou pensativa por alguns instantes e depois voltando-se para o que estivera fazendo comentou, mais consigo do que comigo:

-  Aquele garoto sempre foi muito inteligente, sempre soube que ele se daria bem na vida. – não compreendi seu comentário, o que Jacob estaria fazendo agora? Mas não perguntei nada, apenas sorri, sim ele era inteligente, muito esperto, determinado e fiel, o melhor amigo que alguém pode ter.

Um soluço saudoso trancou na minha garganta e tentando disfarçar a dor que voltara, me levantei dizendo que ia dar umas voltas.

- Matar as saudades? – a voz de Ana me pareceu sugestiva, com certeza ela queria dizer alguma coisa com isso, mas seu sorriso era como sempre, gentil e carinhoso, apenas concordei com a cabeça e saí.

Caminhei lentamente por sob as árvores, pelo caminho de pedras que levava a garagem, numa direção oposta a casa de Billy, queria evitar lembranças de Jake, mas não importava por onde fosse, para onde olhasse, sempre havia algo que me lembrava de nós, a garagem estava aberta e uma moto velha que agora estava descoberta me trouxe memórias felizes e tristes ao mesmo tempo.

Numa tarde especialmente chata Jake e eu procurávamos algo para fazer quando viemos até a garagem e nos deparamos com essa moto encoberta por uma lona fina, apenas nos olhamos e sorrimos, a chave estava ali, na ignição, nós precisávamos apenas tirar a poeira. Arrumei um pano rapidamente enquanto ele conferia se havia gasolina no tanque, após ser limpa e  checada, a tiramos da garagem. Jake empurrava e eu levava os capacetes, tomamos a direção da estrada de terra que levava até o celeiro, no caminho lembrei de uma coisa e perguntei:

- Você já dirigiu uma moto Jake?

Ele me encarou, os olhos escuros apertados, seus lábios se abriram naquele enorme sorriso largo que me contagiava e falou:

- Já dirigi bicicleta, serve?

Ri alto, e concordei:

- Não deve ser muito diferente.

Para um menino de doze anos ele era muito decidido, não se sentia intimidado com nada e eu ia junto.  Assim que atingimos o lugar que era plano o suficiente para colocar a moto em movimento paramos, coloquei o capacete na cabeça dele e amarrei firme, depois fiz o mesmo em mim, Jake se acomodou na frente e eu sentei atrás, agarrada a cintura dele, rimos alto e ouvi a pergunta que determinaria a sequência de nossa mais louca aventura:

- Pronta?

Apertei mais as mãos na cintura dele e falei alto:

- Pronta!

Ele deu a partida e o motor roncou forte, um arrepio frio correu minha coluna e a moto lentamente se movimentou tomando velocidade, foi então que ouvi alguém gritando nossos nomes, assustada me virei para ver quem era e nos desequilibrei, resultado, caímos em uma vala cheia de barro e água, o que na realidade amorteceu a queda, assim que Billy, que era quem nos chamava se aproximou,  nós estávamos gargalhando muito e a moto estava caída a alguns metros de nós.

- Vocês ficaram definitivamente loucos?

A voz forte do pai de Jacob soou na minha cabeça como se a estivesse ouvindo naquele momento, mas o pior ainda estava por vir. Minha mãe quase teve um ataque falando no que poderia ter acontecido, meu pai nos passou um sermão de horas, fomos para o castigo mais uma vez, o pior de todos, pois, depois daquele dia eu nunca mais o vi.

Fiquei trancada em casa até ser levada para o colégio interno, chorando e fazendo drama na tentativa de que se compadecem de mim, mas não surtiu efeito, e a medida que os dias passavam ia ficando desesperada de verdade, até greve de fome fiz, mas de nada adiantou.

 No dia anterior a minha partida, encontrei Billy conversando com meu pai no escritório, aquela era a minha ultima chance, entrei calma e tentando ser gentil me aproximei do homem bronzeado e forte, passei o braço sobre seus ombros pedindo:

- Billy, eu queria me despedir do Jake, eu sei que ele  vai para o colégio interno só no final de semana, mas eu irei amanhã, e ... - olhei para meu pai já sentindo as lágrimas trancarem minha voz – e eu, eu queria me despedir dele. Por favor? – implorei já chorando.

Billy olhou para meu pai e passando o braço por minha cintura falou com a voz dolorida:

- Jacob já foi Bella.

Me afastei dele um pouco para poder observá-lo bem.

- Ele já foi? Quando? Por que não se despediu de mim? – as perguntas mal saíram por causa do choro.

Billy acariciou meu rosto secando as lágrimas e tentou me explicar algo que para mim não tinha explicação. Jake se fora, nem se dignara a me dar um adeus, nem um bilhete, nada,  a voz forte do homem continuava falando carinhosamente, explicando, mas eu não ouvia mais nada, me separei de seus braços e corri para o meu quarto, onde chorei o restante do dia e a noite toda.

Na manhã seguinte foi a minha vez de ir, acordei dolorida como se tivesse levado uma surra e não consegui me despedir de mais ninguém, ninguém mais tinha importância.

Saindo de minhas mais doloridas lembranças,  suspirei e tomei outra direção secando uma lagrima que escapara. Parei então diante da velha árvore com o balanço feito com corda e madeira, nossa árvore, costumávamos sentar sob ela para conversar, estudar,  comer as frutas que roubávamos do pomar, ou simplesmente nos balançar juntos até que alguém surgisse e obrigasse um dos dois sair do balanço.  Algumas vezes Jake  deitava a cabeça sobre minhas pernas e ficava identificando  figuras nas nuvens enquanto  eu trançava seus cabelos  embaraçando-os e deixando-o muito irritado.

Sorri, e outra lembrança surgiu clara como se estivesse acontecendo naquele instante, foi sob esta árvore que ele me beijou,  meu coração acelerou ao lembrar disso, se é que aquilo pode ser chamado de beijo. Foi no dia anterior ao episódio com a moto, tínhamos roubado pêssegos do pomar e estávamos sentados de frente um para o outro devorando as frutas, que estavam deliciosas.

Ele me olhou com aquele jeito, apertando levemente os olhos e sorriu abertamente falando:

- Seu rosto também está comendo.

Tapei a boca que estava cheia de pêssego  com a mão e pedi:

- Limpa pra mim?

Ele olhou as mãos e falou:

- Estão meladas. –  e  tranquilo se aproximou rapidamente, antes que eu tivesse qualquer  reação, seus lábios úmidos e carnudos tocaram minha pele me arrepiando e, logo depois vieram sobre a minha boca. Foi muito rápido, mas a sensação provocada por aquele gesto era desconhecida para mim e totalmente diferente de  qualquer outra que eu tenha experimentado depois disso, assustada e surpresa, me afastei  corando e ele falou naturalmente:

- Estava sujo perto da sua boca também.

Até hoje não sei se foi verdade ou não mas, isso não importa mais, não depois de tanto tempo, talvez na época significasse alguma coisa, mas agora, é definitivamente assunto do passado.

- Isabella! – uma voz suave me chamava, era minha mãe, passei as mãos pelo rosto tentando apagar qualquer resquício de lágrimas que ainda estivesse por ali, coloquei os óculos escuros e me virei tentando sorrir.

- Como foi o passeio?  – Renee perguntou se aproximando e passando a mão pela minha cintura.

- Muito bom. Isto não mudou muito desde a última vez que estive aqui.

Ela fez uma expressão irritada e eu tive certeza que o assunto seria pouco agradável para mim e com certeza o nome de Jacob seria mencionado, como se eu já não tivesse pensando nele o suficiente para preencher todos os anos em que estivemos afastados. Durante aquelas poucas horas desde que acordara só fizera relembrar momentos felizes junto ao meu amigo.

- Nem gosto de lembrar daquele incidente com a moto de Charlie.

Suspirei e falei firme:

- Então não lembre e nem fale nele. – não estava com paciência para ouvir mais uma vez o quão irresponsáveis e sem juízo Jacob e eu poderíamos ser. – Me conte como foi sua ida até a cidade e, porque você foi até lá.

Um brilho surgiu em seus olhos, com certeza ela estava planejando alguma coisa, e logo desatou a falar,  estava mesmo, estava planejando um jantar para o sábado a noite, um jantar de boas vindas, tentei argumentar que já não seria de boas vindas pois no sábado faria quase uma semana que eu estava em casa, mas ela continuou falando como se não tivesse me ouvido.  Convidaria a Carlisle Cullen, sócio de meu pai, e sua família, isso incluía Edward, alguns poucos amigos de papai, isso incluía Billy, e alguns de meus antigos colegas de escola, como Ângela e Mike.

Sorri condescendente, aceitando a proposta, sabendo que de nada adiantaria recusar, já estava tudo pronto, tudo organizado, minha vida estava  tomando um rumo certo e determinado, eu esperara por isso, mas agora algo parecia estar totalmente fora do lugar, alguma coisa não fechava e eu não conseguia ver o que era, apenas sentia. 


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Notas finais do capítulo

Esta história já foi postada. Se por acaso alguém que não leu da primeira vez, vier a ler agora, espero q goste!
bjs



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