Die In Your Arms escrita por Jessica Batista


Capítulo 2
Capítulo 2 - Chegada.


Notas iniciais do capítulo

Jéssica Batista nota: Demoramos com o capítulo? Bom, culpa da Letícia (Swift), demorou pra mandar o POV da Rebecca, mas ela teve motivos, tá? Hahaha. Espero que gostem :}
Swift nota: Espero que gostem da minha personagem e do capítulo! Boa leitura.



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– Hei Soph, chegamos. - ouvi Felipe dizer cutucando meu braço direito.

– Ok, mas para de me cutucar. - disse coçando os olhos, o vi arrumar a alça de sua mochila no ombro, seu casado no braço e seguir andando pelo corredor.

Destravei o cinto e levantei do estofado. Peguei minha mochila e caminhei até o fim do corredor.

– Obrigada por voar conosco, escolha sempre nossa companhia. - a aeromoça sorriu, entregando-me um folheto. Sorri e agradeci baixo.

Parei na porta do avião para dar uma checada e Londres. Estava um clima agradável, não estava muito frio, o céu estava com bastantes nuvens e o chão molhado, com certeza havia chovido há pouco tempo. Desci as escadas e Felipe estava falando no celular, mas me esperando.

Fizemos o check in, pegamos um táxi e seguimos para o nosso apartamento. Assim que chegamos fui para o meu quarto e desfiz a mala média, a que separei com as roupas que pretendia deixar aqui. Coloquei alguns utensílios de higiene no banheiro e sentei na cama suspirando. Cansei!

– SOPHIA, VEM COMER - Felipe gritou.

Aham, comer… O que? Não tem nada nessa casa.

Fui a cozinha e a mesa estava arrumada para duas pessoas e algumas embalagens de comida japonesa.



Acordei com a porcaria do meu despertador, tocando um Beep escandaloso. Descartei o alarme e levantei. Hoje é o meu primeiro dia na London Arts, tudo bem que é quinta-feira, mas esses dias serão apenas adaptação… Estou ansiosa!

Tomei um banho. Saí e coloquei uma roupa que havia separado ontem à noite. (look: http://weheartit.com/entry/36005840/via/LoveMyLuAr)

Fui à cozinha e Felipe já estava lá, preparando panquecas. Ok, ele pode ser mongo e meio inconseqüente, às vezes, mas é um cozinheiro de mão cheia.

– Bom dia Soph - ele disse desviando a atenção do fogão pra mim.

– Bom dia Fe… ioso. - ah, como eu adoro brincar com isso.

– Ansiosa? - ele perguntou, colocando um prato com três panquecas na minha frente.

– Aham. - murmurei.

Terminamos o café, Felipe me ajudou com as malas e ele me levou de carro, que havíamos alugado ontem, até a LA.

Felipe parou o carro em frente ao endereço da escola. Passamos pela portaria, dei minha carta de admissão e fui autorizada. Caramba é enorme, três prédios modernos, de cores escuras, com um campus lindo e com muitas árvores, um gramado lindo e um jardim logo em frente.

Seguimos até o prédio principal. Havia algumas cheeleaders ensaiando do meu lado direito, bom… Pela dança e suas roupas curtíssimas suponho que sejam vadias, ou como diz lá no Brasil… Piriguetes.

Felipe as encarava boquiaberto, homens, safados. Dei-lhe um tapa na cabeça, ele me encarou assustado.

– Que é? - Ele perguntou.

– Quer um babador? - respondi perguntando.

Ele revirou os olhos e continuou andando apenas o segui. Pegamos e número do meu quarto e meu horário. Despedi-me do meu irmão e fui para o meu quarto. Andei um pouco e parei em frente no quarto de número 14, na placa de identificação estava escrito: Sophia Valderato e Rebecca Buker.

A tal Rebecca ainda não havia chegado, os dois guarda-roupas estavam vazios. Escolhi uma cama e o guarda-roupa mais próximo dela, guardei minhas roupas e utensílios de higiene. Sobrou apenas uma mala, com livros, carregadores, notebook e afins. Sentei na cama e fiquei mexendo no celular, mandei mensagens para meus pais, falando que havia chegado à escola e que estava tudo bem.

A movimentação lá fora aumentou, havia alguns murmúrios femininos, bem perto. Risadas. A maçaneta da porta girou e um par de mãos colocou algumas malas pra dentro, e tornou a fechar a porta. Mais algumas risadas, uns gritinhos e finalmente a porta abre de novo e uma garota entra. Uma garota com cabelos bem chamativos, vermelhos, de no máximo 19 anos, com roupas estilosas.


Rebecca:

Hoje eu teria que voltar para a escola e com um novo propósito para minha vida, eu teria que dar foco as coisas mais importantes, eu teria que me dedicar mais e me esforça mais, por mais que a minha mãe não ligue muito para a minha vida, eu não podia fazer ela só sentir desgosto de tudo que eu faço, certo?

Bom meu nome é Rebecca Buker e eu tenho dezoito anos. Dezoito anos, sente a intensidade dessa idade? Eu já posso beber, dirigir, ser presa e outras coisas. Essa idade tem basicamente esse significado para varias pessoas, mas para mim é mais uma idade comum, por quê? Porque eu não ligo para leis e regras, eu já bebi bem antes de ter dezoito e, é com freqüência, não sei com qual milagre eu não sou dependente de bebidas alcoólicas, já dirigi varias vezes e quase fui presa.

Vocês devem estar se perguntando se eu não tenho pais para colocar juízo ou até mesmo me dar limites. Bom eu tenho uma mãe e ela é digamos mais uma melhor amiga ela é mais sem juízo do que eu, como se isso fosse possível. Ela tem uma banda de rock uma dessas bandas de garagem que não faz muito sucesso, mas ela faz algumas pequenas turnês e da para sobreviver, mas em uma dessas turnês ela engravidou e eu nasci alguns meses depois. Bom ninguém sabe quem é o pai, então minha mãe teve que sustentar eu e ela sem ajuda de ninguém, já que ela tinha saído de casa já que os pais delas não aceitaram o fato dela participar de uma banda. Minha mãe não sabe fazer muitas coisas, nem terminou o ensino médio direito. Quando eu nasci ela comprou uma pequena casa e começou a fazer shows pelos pubs e algumas boates para eu não ter que viajar muito e até mesmo ter uma vida estável, já passamos vários apertos, pois quando eu era menor ela não podia me levar e era muito difícil achar babás. Quando eu completei dez anos eu comecei a acompanhar ela e eu posso dizer que já vi de tudo nessa vida. As coisas eram bem pesadas e não era fiscalizada, eu entrava em varias boates para maiores de dezoito, eu beijava muitos garotos que eram mil vezes mais velhos do que eu, eu também perdi minha virgindade muito cedo, bebia demais e já usei diversos tipos de drogas, mas hoje em dia tenho uma pequena quantidade guardada e só uso quando estou muito mal humorada ou estressada.

Eu tive que freqüentar a escola, infelizmente, mas hoje eu consigo ver o lado positivo, eu consegui ir para a London Arts. Claro, eu não sou a aluna mais disciplinada e comprometida de lá, longe disso. Bom no semestre passado eu fui um tanto irresponsável e acabei não atingindo minhas metas e vou ter que repetir tudo de novo, essa é a parte mais chata. Sim, eu não gostei nem um pouco disso porque quando se termina um bimestre, tem uma apresentação que é feita para os novos alunos e os veteranos, eu seria uma das grandes atrações na festa de boas vindas dos alunos, que vai acontecer amanhã, mas como eu não consegui passar eu não vou poder me apresentar. Sim, eu estou muito inconformada com isso, isso foi muito radical por parte da diretora, mas é claro que ela tinha que fazer isso ela me odeia com todas as forças. Bom mas ela não pode me expulsar, claro que não! Bom, eu pelo menos acho que não.

Mas tirando todos esses detalhes eu sou muito talentosa, bom eu acho. Minha mãe pelo menos me passou parte do talento dela. Desde cedo eu toco violão e logo depois passei a tocar baixo, além de saber cantar. Hoje eu vou ter que voltar para a escola de artes e dessa vez eu vou fazer direito, ou pelo menos, tentar, para dar algum orgulho para a minha mãe e é o mínimo que eu posso fazer, ela que sempre foi muito legal comigo, nunca ficou me regulando ou pegando no meu pé e eu adoro toda essa liberdade que ela me dá.

Terminei de fechar minha ultima mala e desci com ela, colocando junto com as outras que estavam na sala. Voltei para o meu quarto e tomei um banho troquei de roupa (look: http://weheartit.com/entry/9624587/via/lolitac2) e voltei para dar um jeito no meu cabelo. Meu cabelo sempre chamando muita atenção, antes de eu entrar na London Arts, eu pintei meu cabelo de vermelho e, pessoalmente, acho que ficou melhor, cabelo preto realmente não é para mim, mesmo porque eu gosto de ir a um lugar e chamar atenção. Sim, sou extrovertida, animada e barulhenta, mas ao mesmo tempo muito impaciente e na maioria das vezes estressada. Terminei de arrumar o cabelo e fiz minha maquiagem, lápis, rímel e meu batom vermelho, eu não vivo sem essas três coisinhas.

– Até que enfim. - Minha mãe disse assim que eu coloquei os pés na cozinha. - Nem demorei tanto. - Falei girando os olhos.

Olhei para a mesa e tinha algumas coisas para comer e a cozinha estava até arrumada já que hoje nós duas iríamos deixar a casa.

– Nossa isso vai ser estranho. - Minha mãe comentou e eu já sabia bem do que ela estava falando. Hoje ela iria para uma das suas pequenas turnês e eu não iria junto com ela.

– Mas vai da tudo certo. - Jalanda, que era tipo sua empresara, falou.

– Claro que sim. - Eu disse apoiando enquanto tomava café.

– Eu só espero que eu não seja incomodada por telefonemas da sua diretora falando do seu mau comportamento. - Minha mãe falou e eu girei os olhos.

– Vou tentar. - Falei e elas riram. - Que foi eu sei ser comportada. - Eu disse e as duas riram ainda mais e eu mostrei o dedo do meio para elas.

Terminamos de tomar café e colocamos as coisas na camionete e foi apenas eu e a minha mãe. Era apenas duas horas e nesse tempo nos fomos conversando, rindo, ouvindo musica e cantando.

No internato estava, como sempre, vários pais transitando pelos corredores, várias caixas pelos cantos e o grande fluxo de alunos pelos corredores. Fui falar com a inspetora que ficou olhando torto para mim e para minha mãe, peguei as chaves do meu quarto e minha mãe me ajudou com as minhas malas deixando todas perto da porta do meu quarto.

– Então é isso filha. - Ela disse assim que coloquei tudo na porta do quarto. - Tenta não se meter em muitas confusões. - Ela disse e eu sorri.

Ela me pegou em um abraço bem aconchegante, estava até emotivo, mas é claro que eu não iria chorar.

– Vou sentir sua falta. - Falei no meio do abraço.

– Eu sei. - Ela disse e eu ri. Separamos-nos e ela olhou bem nos meus olhos e disse. - Se aparecer algum gatinho me liga. - Ela disse e me mandou um beijou e saiu e eu comecei a rir.

Era assim que ela ia se despedir de mim? Sai correndo atrás dela e pulei em cima dela, ela cambaleou, esbarrou em alguns pais que olharam meio feio para ela e finalmente nos duas recuperamos o equilíbrio. Estávamos rindo no corredor e ela virou para mim e disse:

– Precisava disso? Agora eu não posso nem virar amiguinha dos pais desses alunos. - Ela disse e eu girei os olhos.

– Você quer dizer que não vai poder dormi com os pais desses alunos? - Eu disse e ela abriu a boca e me deu um tapa no ombro.

– Olha o respeito. - Ela disse e eu ri. - Mas é serio eu tenho que ir, eu te amo viu? - Ela disse me abraçando.

– Eu também. - Falei.

Separamos-nos, novamente, ela sorriu e se foi. Fiquei observando ela de costas até ela me sumir de vista. Bom era isso, eu teria que recomeçar tudo do zero. Voltei para onde estava minhas malas e abri a porta do quarto e parece que minha nova companheira de quarto já estava lá, uma menina dos cabelos loiros, compridos e olhos claros.



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Notas finais do capítulo

Jéssica Batista: Bom, o capítulo foi esse. Tentaremos não demorar muito com o próximo, ♥.
Swift nota: Espero que tenham gostado, comentem!