A Vida De Uma Sonserina escrita por Laís Levesque


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

Mil perdões pela demora na postagem. Mas, foi que eu entrei em semana de provas e nem tive tempo de vir aqui avisar a vocês. Se alguém ainda estiver acompanhando esta fanfic, peço que comentem indiquem sei lá. Pois estou pensando seriamente em fazer uma segunda temporada, por isso, quanto mais leitores melhor. E claro, quero lhes dizer que o fim desta está próximo. Haha, não deixem de acompanhar.



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Jessica passara os últimos dias praticamente inteiros na companhia de Harry. Na verdade, não necessariamente inteiros. Eles agora simplesmente viam-se todos os dias. Ela já não conseguia mais se concentrar nas aulas, e isso resultava em que a mesma levasse diversas advertências. Porém, ela não estava ligando para isso. Seus pensamentos voavam para longe, para além das barreiras mágicas de Hogwarts. Para além da segurança que o castelo emitia.

Jessica pensava, se caso aceitasse a proposta, o que poderia mudar para ela? Em que isso diretamente lhe ajudaria? Ela queria tantas respostas, mas nenhuma delas vinha. Queria poder possuir alguém com quem conversar, mas cada uma daquelas que conhecia parecia improvável demais de aceitar uma história como aquela. Pensou em seu pai. Pensou que talvez, ela pudesse de uma forma mais hesitante e cautelosa conter a ele o que estava se passando, mas logo a imagem de seu pai furioso confundiu sua mente. Ela sabia que ele em hipótese alguma toleraria isso, mesmo que isso lhe custasse a própria a vida.

— Srta. Evans? — Uma voz lhe chamou ao longe, mas ela assustou-se com um cutuque na altura das costelas. Seus olhos se ergueram e ela se deparou com o olhar rígido e avaliativo de McGonagall. — Seria pedir demais que a senhorita prestasse atenção em pelo menos dois minutos de aula?

— Desculpe — murmurou encolhendo os ombros.


A noite Jessica estava absorta em sua leitura no salão comunal, quando um grupo de estudantes do sétimo ano adentraram o mesmo cochichando entre si excitados. Ela pensou em questionar o porquê dos cochichos e da tensão que os mesmos exalavam, mas sabia muito bem como eles lhe tratariam, por isso tentou ignorá-los. Estava tão concentrada em cada linha do livro, que nem se deu conta que o salão comunal havia lotado. Inúmeros alunos encontravam-se fora dos dormitórios, alguns já vestidos em seus roupões, outros com uniforme.

Um barulho de explosão ecoou acima deles e alguns dos presentes gritaram. Jessica fechou o livro e ergueu-se como instinto. Sua mão foi até o bolso do casaco onde estava guardada a sua varinha e fitou o rosto dos presente. Enchendo-se de uma coragem que nem ela sabia de onde havia surgido, respirou fundo e perguntou acima dos múrmuros que se sucediam.

— O que diabos está acontecendo aqui? — Sua voz soou da forma como desejava. Os olhares voltaram-se para ela.

Uma garota de cabelos negros, encaracolados e longos deu um passo a frente. Seus olhos tão frios quanto lhes eram permitidos ser.

— Comensais, invadiram a escola — sua voz era autoritária, arrogante e desinibida. Ela era uma dos estudantes que ainda vestiam uniforme. Certamente, Jessica presumiu, estivera dando voltas pelo castelo.

— Ok, a escola está sendo atacada e ficaremos todos aqui? Feito uns patetas sem saber o que está acontecendo lá fora? — Indagou Jessica, tentando de alguma forma usar toda a sua confiança.

A garota sorriu, mas o sorriso não atingiu seus olhos.

— Se quiser ir lá fora e lutar como aqueles imbecis, sinta-se completamente a vontade.

— Creio — Jessica disse antes de se dirigir a porta, fixando duramente seu olhar na garota. — Que covardia não era um dos atributos desejados por Slytherin.

Jessica podia jurar que antes de se retirar vira a menina lhe fazendo um gesto nada amigável. Ela correu escada acima, porém antes de atingir o átrio principal parou ofegante. O que diabos iria fazer ali? Não tinha nenhum plano em mente. O clarão dos feitiços cortando o ar iluminou todo o ambiente onde ela estava, no alto da escada, ela viu a figura loira e magra de Draco deslocando-se sorrateiramente. Bem, agora havia o que fazer. Ela puxou a varinha do bolso do casaco e correu em direção as escadas. Lutas estendiam-se por todos os lados, por um mísero momento ela sentiu-se envergonhada pelas pessoas da sua casa. Todas escondidas com medo de lutar. Ela abaixou-se antes que um feitiço lhe acertasse, estuporou um dos comensais que se encontrava ao pé da escada e subiu a mesma. Dobrou o corredor onde havia acabado de vê-lo e ainda pôde ver sua sombra se afastando.

O corredor por onde seguiu em seguida estava deserto. Jessica podia ouvir os passos de Draco mais a sua frente. Subiram mais alguns lances de escada, e então ela espiou para ver a porta que ele havia aberto. A torre de astronomia, concluiu ela. Mas, em seguida ela se questionou o que ele poderia querer ali quando haviam lutas no andar de baixo. Jessica sentou-se oculta pelas sombras, iria ver quanto tempo ele demoraria para retornar. Seu coração batia tão rápido que ela pensou que talvez ele fosse capaz de rasgar seu peito. Fechou os olhos por um momento, um medo repentino lhe percorreu. Estava sozinha, sentada nas sombras enquanto uma guerra se sucedia em sua escola. Ela abriu os olhos novamente e eles brilharam como duas belas e chamativas esmeraldas.

— Me proteja mãe — sussurrou para si mesma.

Vozes exaltadas vieram da torre e ela ergueu-se. Havia mais uma pessoa além de Draco lá dentro. Cautelosamente ela aproximou-se da porta, aproximou seu ouvido da mesma de forma a poder escutar melhor. Ela distinguiu que a voz mais alterada era a de Draco, e isso fez suas pernas bambearem.

— Você nunca irá entender — gritou ele.

— Talvez não — respondeu uma voz rouca e cansada. O coração de Jessica congelou, era Dumbledore. — Mas, creio que não será necessário isso certo?

— Nem mais um passo — Draco gritou. — Você não pode me dizer mais o que é necessário ou não. Eu irei matar você de qualquer jeito.

A menção da palavra matar atingiu Jessica de tal forma, que ela agiu de forma impulsiva e adentrou a sala com a varinha em punho. Draco assustou-se, ao vê-la ali, parada com a varinha apontada na direção dele. Jessica olhou para o canto da sala e viu um Dumbledore velho e extremamente cansado de pé com uma das mãos apoiadas na parede. Os olhos profundamente azuis do diretor moveram-se rapidamente para o outro canto da sala e em seguida focaram-se em Draco novamente. Mas, este gesto foi o suficiente para Jessica concluir que havia outra pessoa com eles. Ela só precisava descobrir onde.

— O que você pensa que ta fazendo? — Ela grunhiu para Draco.

— Saia daqui — disse ele.

— Não, eu não vou deixar você fazer isso — confrontou ela.

— Não cabe a você decidir querida — sussurrou uma voz ao seu ouvido. Jessica fez menção de se virar, mas sentiu uma lâmina gélida concentrar-se no início de suas costas. — A varinha!

Relutante, Jessica baixou o braço e entregou a varinha para a pessoa a suas costas. Mal pousara a mesma na mão da mulher que continuava a manter a lâmina em suas costas, quando a mesma lhe empurrou contra a parede oposta e gritou “Crucio”. O grito de dor de Jessica inundou toda a sala. Ela sentiu como se todos os seus ossos estivessem em brasas. Uma lágrima escorreu por seu rosto e com um esforço enorme ela a secou, resistindo a dor ela se pôs de joelhos. Seus olhos então fitaram a figura da mulher. Alta magra, com uma juba de cabelos negros e um olhar maníaco. Seus lábios curvaram em um sorriso quando ela apontou a varinha novamente para Jessica.

— Será um pena ter que acabar com um rosto tão jovem — disse em tom sarcásticos.

— Bellatrix, não podemos matar a garota — um outro comensal da morte disse.

Bellatrix fez beicinho.


Jessica ofegava, era como se ainda houvesse chama em suas entranhas. Ela dirigiu seu olhar para Draco, mas este estava concentrado na figura inerte de Dumbledore. Brevemente ele virou-se para Jessica, mas foi muito rápido. Jessica não teve tempo de observar mais muito da cena, Bellatrix lhe acertou um Crucio novamente e Jessica gritou. Seus olhos fecharam-se com a dor, enquanto ela chorou. Seus ouvidos zumbiam e ela já não conseguia mais raciocinar.

— Pare! — ela ainda teve tempo de ouvir Draco gritar ao longe.

Ela estava zonza, tudo ao seu redor girava. Apenas o que ela conseguia distinguir eram borrões a sua frente, e as vozes misturando-se em meio á tensão.

— Vamos Draco, não seja covarde — grunhiu Bellatrix. — Se você não o fizer, eu farei.

— Você não pode, o Lord...

— Tudo bem eu já entendi — cortou ela.

De repente uma outra voz, que Jessica não estava conseguindo se lembrar de quem pertencia, encheu o local. Jessica estava tão desnorteada a um canto, que perdeu boa parte do que seguiu da conversa. Quando se deu conta, um clarão verde iluminou todo o ambiente e ela viu de relance quando o corpo do diretor tombou. Ela oprimiu um grito, mas seu coração parou por um segundo. Dumbledore havia sido morto e ela nem pudera evitar. Era realmente uma fraca.

Alguém curvou-se sobre ela e de repente tudo ficou completamente escuro.


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