A Vida De Uma Sonserina escrita por Laís Levesque


Capítulo 12
Capítulo 12


Notas iniciais do capítulo

Ei amores, enfim não tive muito tempo para escrever e isso resulta no pequeno tamanho deste capítulo. Espero que vocês gostem, e comentem ok? >
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Jessica caminhou hesitante até o portal da cozinha mas, sua mãe não estava lá. Voltou-se para encarar seu pai e antes que ele pudesse dizer algo notou a eminente tristeza em seus olhos. Sentiu um nó na garganta e em seguida tomou fôlego para perguntar o que se passava.


— Cadê a minha mãe?

— Olha — o Sr. Evans suspirou e a guiou pela mão até o sofá. Vendo a preocupação no rosto da filha começou a dizer logo o que estava acontecendo. — Logo assim que você regressou para Hogwarts, sua mãe, bem, ela adoeceu. A princípio ela se recusou a ir ao médico, você conhece sua mãe teimosa por si só. Então achamos que com o tempo ela melhoraria, poderia ser apenas uma virose boba. Mas, não foi assim que aconteceu. Sua mãe só fazia piorar, começou a perder peso e a não conseguir se sustentar de pé. Presumi que talvez ela não suportasse aparatar até o St. Mungus, portanto eu mesmo fui até lá e expliquei a situação. No mesmo dia um médico veio até nós para examinar sua mãe e... — ele fez uma pausa sofrida. Jessica enxugou algumas lágrimas que já caiam pelo rosto e esperou pacientemente que seu pai continuasse. — E, foi constatado que sua mãe tem uma doença em fase terminal, não durará por muito mais tempo. Não queríamos lhe contar nada através das cartas pois sabíamos do seu desejo de abandonar a escola e isso só iria ser mais um motivo. Juro, juro que cheguei a tentar lhe escrever mas, sua mãe me fez prometer que não lhe contaria nada até que você retornasse para casa.

Jessica ficou estática onde estava, seus olhos vermelhos encaravam o rosto cansado e preocupado do pai. Como assim a mãe estava em fase terminal? Não podia, ela não queria que fosse verdade.

— Deveriam ter me contado — disse Jessica com a voz falha. — Todo esse tempo achando que tudo estava bem, quando na verdade não estava...

— Filha por favor entenda — o Sr. Evans segurou as mãos de Jessica entre as suas. — Lhe dizer por intermédio de uma carta tudo isso que eu acabei de lhe dizer, só tornariam as coisas piores. Se há uma coisa que nós precisamos agora, é ficar unidos e tentar superar tudo isso juntos. Não vai ser fácil, mas impossível também não será.

Jessica se levantou e caminhou até a janela. As mãos no bolso do jeans serviam apenas para esconder o quanto as mesmas tremiam. Ainda com os olhos marejados, ela respirou fundo e tentando manter a voz firme disse:

— Ela está aqui? Eu posso vê-la?

— É claro, venha — chamou o Sr. Evans.

Subiram em silêncio pela humilde escada que dava para o segundo andar. Toda a esperança de calorosa receptividade havia se esvaído de Jessica. Pararam então, diante da porta do quarto dos pais. Ela suspirou e abriu a porta. O Sr. Evans não entrou junto. Era um momento apenas entre mãe e filha. Havia uma cadeira ao lado da singela cama, Jessica sentou cuidadosamente na mesma e antes que pudesse falar sua mãe se virou. Os olhos verdes sempre muito vivídios estavam em um tom quase opaco, os cabelos desalinhados e o rosto magro. Foi como se uma rocha fosse parar no fundo do estômago de Jessica. Sua mãe deu-lhe um fraco sorriso e quando falou sua voz parecia estar sendo guardada a anos.

— Fico e feliz e triste ao mesmo tempo com a sua presença — disse.

— E... e porque fica triste que eu esteja aqui? — perguntou Jessica tentando conter a voz.

— Fico feliz por ainda estar aqui e poder te ver, e triste por você ter que me ver neste estado. Completamente impossibilitada — ela passou a mão pela cama. Jessica não respondeu, estava triste pela mãe. Mas, sabendo que a mãe não gostaria de saber que era a causa da tristeza dela tentou ocultar isso. — Então, como foram esses dias em Hogwarts?

Jessica suspirou e começou a lhe contar moderadamente o que acontecera desde o embarque na plataforma nove e meia. Contou sobre o fato de ter feito novos amigos, e quando chegou á parte do Baile de Inverno sua mãe pareceu ficar interessadíssima no assunto. Jessica lhe contou sobre Oliver, e sobre o quanto ele era legal. Pensou em não lhe contar sobre Draco, mas sentiu que não deveria mentir para a mãe principalmente no estado em que a mesma se encontrava. Começou de forma lenta e hesitante, e quando terminou, esperou que a mesma lhe desse uma bronca. Ao contrário disto, a Sra. Evans pôs sua mão sobre a da filha e em seguida disse:

— Conheço os Malfoy e sei a fama que possuem. Principalmente aquele tal de Lúcio — disse a contra gosto. — Mas, se o filho dele lhe faz bem e você se sente feliz assim, não posso fazer nada para impedi-la. A coisa de maior valor que prezo em minha vida é você, e a sua felicidade é a minha felicidade.

Jessica sentiu vontade de chorar e abraçá-la ao mesmo tempo, mas logo seu pai retornou ao quarto e de forma carinhosa disse:

— Jessica é bom deixar sua mãe descansar um pouco. Aliás, você também precisa de um descanso — disse com a mão no ombro da mesma.

Jessica deu um beijo no rosto da mãe e em seguida se retirou do quarto dos pais em direção ao dela. Seu pai lhe dissera para que tomasse um banho e descansasse, pois enquanto isso, ele prepararia o jantar para os dois. Jessica assentiu, e fechou a porta do quarto atrás de si. O quarto pintado de azul, parecia tão sem vida e sem graça. Ela sentou-se na pequena cama e em seguida deitou a cabeça no travesseiro, não tardou muito e chorou. Chorou ansiando pela presença de Draco naquele momento, chorou porque tudo o que precisava naquele momento era alguém que a amparasse. Chorou, porque tudo o que precisava era de um abraço sincero, uma palavra reconfortante lhe dizendo que tudo ficaria bem. E ela esperava, com todas as suas forças que ficasse.







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