My Own Worst Enemy escrita por Mattaki Tsuki


Capítulo 1
Oneshot!


Notas iniciais do capítulo

Essa vai de presente para a Sereny-chan! ^^

Enjoy! o/



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"Can we forget about the things I said when I was drunk?
I didn't mean to call you that…
I can't remember what was said or what you threw at me,
Please tell me, please tell me why…

My car is in the front yard
And I'm sleeping with my clothes on,
I came in through the window last night and you're gone...gone…

It's no surprise to me I am my own worst enemy,
'Cause every now and then I kick the living shit out of me
The smoke alarm is going off, and there's a cigarette…
… still burning, please tell me why

My car is in the front yard
And I'm sleeping with my clothes on,
I came in through the window last night and you're gone...gone…

It's no surprise to me I am my own worst enemy,
'Cause every now and then I kick the living shit out of me,
Can we forget about the things I said when I was drunk?
I didn't mean to call you that…”*

 

Acordei hoje com uma ressaca daquelas. Logo percebi que eu não estava em nosso quarto. Tentei me lembrar do que tinha acontecido na noite passada...

 

Levantei meio tonto, olhando ao redor; Estava deitado no sofá. Havia estilhaços de vidro do outro lado da sala, pelo chão. Pareciam os restos do que eram os cinzeiros que ficavam na nossa mesa de centro, em frente ao sofá.

 

Dei uma olhada em mim mesmo; Ainda vestia as roupas da noite anterior. Eu nunca dormia vestido, por achar muito inconfortável.

 

“Eu devia estar muito... bêbado...”

 

Bêbado. Aquela palavra me fez recordar tudo com clareza e sentir um baque de culpa e remorso. Andei com passos apressados até o nosso quarto, vendo a porta semi-aberta. Afastei-a com uma mão, olhando para dentro do cômodo. Vazio.

 

Senti um peso enorme em meu estômago; Corri até o guarda-roupa, nervoso. Abri as portas com tudo, procurando por suas coisas...

 

Nada.

 

Senti um frio no corpo; Minha garganta doía, minhas pernas ficaram fracas. Minha mão tremia, ainda segurando na porta do móvel.

 

“Não... Essa não...”

 

Eu não devia ter bebido tanto. Não devia ter chegado tão tarde... Não devia ter te deixado esperando...

 

Por isso quase bati o carro; Por isso tive que entrar pela janela... Por isso te disse todas aquelas coisas, todas aquelas idiotices... Por isso você jogou os cinzeiros na minha direção. Por isso brigamos e dormi na sala, no sofá, com as minhas roupas...

 

E por isso você me deixou...

 

Sentei na cama, sozinho. Olhei para as minhas próprias mãos que ainda estavam trêmulas.

 

“Eu sou o meu pior inimigo...”

 

Parece que estou sempre estragando tudo... Já perdi as contas de quantas vezes você teve que me agüentar desse jeito e de quantas vezes você me perdoou. Você sempre soube me compreender e eu simplesmente não soube te dar o valor que você merecia.

 

“Eu... Eu não te mereço.”

 

Peguei o isqueiro e o maço de cigarros – que ainda estava em um dos meus bolsos, totalmente amassado. Tirei um dos cigarros e o acendi, dando uma boa tragada e fechando os olhos, respirando fundo enquanto sentia a garganta doer cada vez mais forte; Não demorou até que eu sentisse as minhas próprias lágrimas correndo pelo meu rosto.

 

Apertei os olhos, tentando impedir que as lágrimas escapassem; Queria que parassem. Não conseguia nem lembrar qual tinha sido a última vez em que eu havia chorado. Sentia-me fraco, impotente, estúpido e culpado. Me sentia horrível.

 

E então, ouvi a sua voz, tão doce e clara, me chamar; Achei que fosse um sonho quando abri os olhos e olhei para a porta, vendo você lá em pé, me olhando com uma expressão serena no rosto.

 

Não consegui encontrar as palavras para dizer tudo o que eu queria te dizer, tudo o que eu precisava deixar você saber... Só consegui te olhar nos olhos e pensar:

 

“Não me deixe...”

 

Te vi sorrir e gelei ao te ver andar até mim, parando em minha frente e limpando as minhas lágrimas com suas mãos delicadas. Fechei os olhos automaticamente, soltando a respiração que sequer me lembrava de ter prendido.

 

Quando vi que você iria se afastar, te segurei pelo pulso e te olhei desesperado.

 

“Por favor...”

 

“Kouyou, eu...”

 

“Por favor...” Te interrompi, implorando. “Não... Por favor, não me deixe...”

 

Você sorriu aquele sorriso que fez meu coração flutuar, como fazia todas as vezes desde que te vi pela primeira vez.

 

“Ah, Kou... Como eu poderia te deixar? Como, se eu te amo tanto?...” Você sussurrou, soando triste, desviando o olhar do meu.

 

Senti aquela pontada de remorso novamente. Eu estava te fazendo infeliz... Logo a você, que era a maior razão da minha felicidade. Eu não podia continuar assim... Eu não te merecia...

 

“Mas eu quero te merecer...” eu disse, mais para mim mesmo, segurando sua mão e levando-a até meu rosto novamente.

 

Você me olhou de novo, agora com surpresa; Sua face ruborizada me fez sorrir, como era linda...

 

“Eu te amo, Sereny.”

 

Vi seus olhos marejarem e sua boca rosada se contorcer em mais um daqueles sorrisos lindos que eu tanto amava; Seus dedos acariciaram minha bochecha e ouvi sua voz suave retrucar, como sempre fazia, aquecendo meu peito...

 

“Aishiterumo, Kouyou...”

 

 

 


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Notas finais do capítulo

* “My Own Worst Enemy”, da banda LIT.

Eu sei que vocês estão lendo. ¬¬ Cadê as reviews? =p'



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