Lembranças do Jovem Hatake escrita por andorei


Capítulo 2
Capítulo 2 - Sonho de uma Tarde de Verão


Notas iniciais do capítulo

O passado retorna com grande força. Kakashi se ve diante do seu amor de infância, tudo isso enquanto é escalado para uma missão de segurança. A trama se desenrrola aos poucos...



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Kakashi parecia estar sonhando.

Ambos estavam na pequena sala do shinobi. Esta tinha uma mesa de centro e dois sofás em lados opostos.
O que estavam sentados era o xodó do Anbu, um sofá de couro negro, que ficava bem ao lado da janela. Na mesa havia um prato de carne assada, já pela metade, e também três garrafas de sake, das quais duas já estavam vazias.

La fora a tarde ia morrendo, sem pressa nenhuma, tingindo de um vermelho-alaranjado mágico o ambiente branco da sala.

E ela, sempre ela, que uma vez mais estava ao seu lado, como anos antes.

- Estava perfeito Yu-chan – suspirava enquanto colocava a mão sobre o estomago.
- Que bom que gostou, fico muito feliz – disse enrubescendo -  a ultima vez que cozinhei para você o resultado não foi dos melhores...

Seguiu-se um silencio de quase três segundo... quando subitamente desataram a rir enlouquecidamente.

- Você ainda lembra disso – perguntou o jovem Hatake, em meio a lágimas de riso.
- Claro que lembro – devolveu a kunoichi – como posso esquecer sua cara cômica? Chegou a escorrer uma lagrima de seu rosto quando você provou meu bolo!
- Claro! Você trocou o açúcar pelo sal! – respondeu ele.
- Ahhh, isso acontece com todo mundo ta!

Ambos riram longamente sobre o assunto.

- Era um tempo bom este – sorriu Yumi, pousando sua mão sobre a dele – naquela época você não usava essa máscara, sabe ela não combina com você – e dizendo isso puxou com a mão que sobrara a mascara do rapaz.
Ele sorriu de volta, um sorriso que poucas pessoas já vislumbraram. Estavam próximos agora.

- Os anos te deixaram ainda mais linda Yumi – e dissendo isso cravou seus castanhos nos azuis dela.
Ela se aproximou junto a sua orelha e ronronou – Pelo visto esses livros do “Paraíso do Flerte” estão lhe sendo muito úteis hein? – e deu um tapinha no rosto do rapaz.
Ambos riram da situação.

- Vai ficar até quando em Konoha – não ria mais ao fazer a pergunta.
- Não sei. Estou fazendo um estudo apurado do nosso artefato – Disse ela como se estivesse dividindo um segredo.
- Então sabia que era eu?
A resposta dela foi um simples e belo sorriso de escárnio.

O rapaz levantou-se e debruçou seus braços na janela. Yumi foi tomar o lugar ao seu lado.
- O que fazem aqueles artefatos – perguntou sem muito interesse na voz.
- São itens de cura muito antigos – disse ela com os olhos no horizonte – Seria meio difícil lhe explicar, sabe. Mas resumindo é o seguinte: a pessoa que estiver usando o medalhão de ouro pode sacrificar sua saúde para doa-la ao portador do colar de prata.
- Hmmm – resmungou o Anbu – simples assim?
- Na verdade não – respondeu meio encabulada – Isso o que lhe contei é o que contam as lendas, ninguém sabe ao certo como fazê-los funcionar, na verdade é até proibido, por isso estou aqui, para ver se descubro algo.
- Entendo – Kakashi olhou o sol se pondo, e para reanimar o clima lembrou-se de perguntar sobre o irmão que a kunoichi tanto mimava na infância.
- Sim ele veio comigo – soltou uma risada – está na hospedaria com dor de barriga, continua um guloso por doces, quando chegou se trancou diretamente no banheiro.

Ambos riram e se aproximaram, ombro a ombro.

Se olharam durante segundos, talvez minutos. De inicio sorriam, agora se encaravam seriamente. O amor sempre é sério demais.

- Sabe – começou Kakashi – Você disse que essa máscara não combinava comigo... – e dizendo isso passou sua mão em torno da cintura da moça, e ela automaticamente pousou a sua no peito do rapaz, olhando profundamente.
-... mas sabe de uma coisa – continuou o o jovem anbu – eu acho que esse seu Kimono combina muito pouco com você também – e colocou sua outra mão atrás da nuca da kunoichi e a puxou junto a si.

As bocas colaram-se e as línguas tentavam se tornar uma só. O abraço era forte, desesperado, porém, o beijo era lento, como se não existisse tempo no mundo.

Ele carinhosamente soltou o cinto que fechava o kimono dela que, com um leve jogo de ombros, fe-lo cair ao chão.

Caminhavam de costas, ainda unidos em direção ao sofá negro. Ela já terminava de tirar a camiseta de Kakashi. Ele já não sabia de mais nada.

Ele sentou-se no sofá, ela em cima dele. La fora a noite subia, e no horizonte negras nuvens se aproximavam.

Bocas, línguas e pele. A brisa do verão entrou pela janela para acariciar os corpos sensíveis pelo toque do couro, e pelo calor do sangue que vertia.

***

Ele ressova tranquilamente, num sono cheio de paz. Yumi deitada sobre seu peito acariciava-lhe o rosto. Acariciava o homem a quem havia amado durante tanto tempo, e que sempre amaria.
Levantou-se cuidadosamente e começou a vestir-se.

Fora da casa a lua já estava alta.

Pronta, ela olhou uma ultima vez o Anbu. Surpreendia-se com o tempo que ele levara para dormir. A dose de sonífero que ela havia colocado em sua bebida teria posto um cavalo para dormir em dois minutos. Riu – Mas Kakashi é Kakashi – sorriu curvando-se para lhe dar um ultimo beijo – Desculpe querido, mas infelizmente ainda teremos que nos encontrar uma vez mais.

Pela janela avistou seu alvo.

A Mansão Hokage.


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Notas finais do capítulo

Restam dois episódios...



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