Xeque-mate escrita por Shorty Kate


Capítulo 1
Capítulo 1




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Se eu me iria tornar numa assassina para matar aquele traste?

Não, não me tornaria.

Se quereria passar anos, talvez até ao fim da minha vida, na cadeia?

Não, não quereria.

Se eu iria deitar tudo a perder por causa de vingança?

Não, não iria.

É certo que tenho que honrar o legado da minha mãe, e a sua memória, mas nunca me tornaria uma assassina. Até porque eu não procuro vingança, eu procuro paz. Mais do que tudo, acho que a minha mãe quereria que eu fosse feliz. E eu tenho isso agora. Porquê deitar isso a perder?

Pelo menos agora consigo e dou cara à pessoa que me atormentou por catorze anos. Agora sei quem ele é. Conhecê-lo-ei ao longe, e ele a mim. Por que se ele me deu uma cicatriz sem que eu tenha pedido por ela, ele também a merece. E agora, todos os dias que se vir ao espelho e a vir lá, na cara, lembrar-se-á de mim. Saberá que eu o tenho na mão e que o destrono quando quiser. Basta um abanão, e ele cai.

Porque ele é um fraco. Vive de aparências, sobrevive com o medo dos outros, e vive para os atormentar, só para manter tudo em silêncio, e continuar a ser o maior, o intocável. Mas, chega de ser eu a ter medo. Chega de tudo. Agora, é a vez dele de ter medo. E ele deve ter medo, porque ele não sabe do que eu sou capaz.

Ele não me conhece.

Ele não conhecia a minha mãe.

Ele não a conhecia, mas teve o descaramento de pedir desculpa pela morte dela. De limpar das mãos dele o sangue dela, mesmo sabendo que ele é tão culpado quando o homem que empunhou a faca. O que ele não se lembra, é que também limpou parte do meu sangue das mãos dele. Eu sou parte da minha mãe, e isso pareceu desculpa para me tirar fora do jogo também. Eu simplesmente sabia demais, estava bem preparada. Mas a minha mãe não estava preparada.

Mas eu estou, e continuarei a estar. À primeira ameaça, e eu ataco. Sem dó nem piedade.

E aí ele vai se arrepender do dia em todo este jogo começou. Do dia em que este caso se tornou maior do que tudo. Do dia em que eu perdi o controlo do jogo e o deixei controlar as peças.

Mas agora é a minha jogada… Xeque-mate, o Rei está morto… 


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