The Curse - Red Apple escrita por Miss Stilinski


Capítulo 23
capítulo vinte e dois


Notas iniciais do capítulo

Oi, galerinha fantasma! Mais um capítulo para vocês, mas eu gostaria de reviews, queridos *------------------* me faria feliz :)



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— Angelina White —

Parecia loucura, mas eu estava mesmo seguindo sete anões que, aparentemente, pertenciam a um conto de fadas até um logar que, aparentemente, era o meu ar. Tudo era tão confuso! Contudo, havia lacunas que só agora tinham sido preenchidas.

Porque, ao ver aquela floresta... morta, sem vida, eu percebi que já estive naquele lugar. Na minha casa. E, quando eu me dei conta disso, parei. E olhei em volta, para aquela floresta que uma dia fora bonita e com animais, vendo o que... Dare fizera. Doía ver o meu reno morrer.

Eu sabia que tinha os olhos dos anões em minhas costas e senti que eu deveria dizer-lhes o porque de eu estar parada.

— Eu já estive aqui — falei, sentindo os pensamentos dos anões em minha própria cabeça. Eu os olhei. — Quero dizer, em uma visão, quando abracei uma amiga. Qual é o nome desse... mundo?

— Mundo Encantado, princesa — respondeu Mestre. — Mais precisamente, Floresta Encantada.

Eu voltei a contemplar a floresta sem vida. Era tão... triste e deprimente. Todas as árvores ainda — não sabia como se mantinham em pé, embora suas folhas estivessem negras; não havia animais correndo; nem terrestres nem aéreos; o chão, coberto de folhas mortas — aguentavam firmemente aquela Maldição. Tudo estava ma mais completa escuridão. Nada se movia. Por que alguém faria isso?

Uma lágrima solitária desceu pelo meu rosto. Aquela floresta era o meu lar, o meu lugar, onde eu nasci. Quando eu fiz essa afirmação, tudo desapareceu e eu vi a mim mesma correndo por aquela mesma floresta. Eu estava rindo e vi motivo, a razão, a única pessoa que poderia me fazer sorrir daquela forma: Tiago.

Só que não era exatamente Tiago. Era alguém extremamente parecido com ele. Os mesmos olhos, o mesmo sorriso, o mesmo... amor. Apenas eu parecia ser eu mesma: mesmos cabelos, talvez menos tratados, o mesmo rosto, os mesmos olhos e mesmo sorriso.

E, então, eu a vi tirar a minha vida pela terceira vez. E aquela morte foi definitiva, a morte que me faria voltar de quinze em quinze anos sucessivamente: Marisa Dare.

Abri os olhos e me vi de joelhos no meio da estrada de barro, com sete pares de olhos me observando atentamente. Meu coração batia tão rápido, que eu podia ouvi-lo em meus ouvidos.

— Como... como eu vou entrar no castelo? — Eu franzia a testa. — Com certeza Marisa como alguém poderoso no comando.

— A magia em torno do castelo é poderosa. A pessoa que está no poder, não. Ele não é um bruxo — respondeu Zangado.

— Então como vamos entrar lá? — perguntei incrédula. — Sem a minha varinha, eu não sou capaz. — Balancei a cabeça

— Nós temos alguém que pode ajudá-la lá dentro — respondeu Dunga.

Nessa hora, a folhas dos arbustos se mexeram, nos assustando. Tateei minhas vestes à procura de minha varinha. Outra vez, tive se me lembrar que eu não a havia trago comigo. Fechei os olhos me xingando por dentro.

Merda.

O que estava causando todo aquele barulho, apareceu. E era o que eu mais temia: um Caçador de capuz e tudo. E o meu medo já estava no auge. Eu olhei para os anões, que haviam formado um círculo de proteção à minha volta.

— Viu como eu sou inútil sem varinha? — confirmei.

•••

Depois que — eu não podia acreditar naquilo — a Chapeuzinho Vermelho apareceu e nos levou para sua casa, ela finalmente pôde me explicar o que estava fazendo acompanhando um Caçador.

— Jason foi quem me salvou do “Lobo Mau” — ia dizendo Chapeuzinho, cujo o nome verdadeiro era Clara.

— Mas não era um lenhador? — perguntei, confusa.

— Fui nomeado Caçador quando souberam que havia matado aquele lobisomem — Jason revirou os olhos. — Já eram tempo difíceis quando fui nomeado e vi uma oportunidade que muitos de nós nunca teriam: acesso ao castelo. Desde então, venho comunicando, sem segredo, a todos o que acontece ou que o que deixar de acontecer no castelo de Vossa Majestade. Tenho um grande cargo.

Balancei a cabeça. Como acontecia com todos os Caçadores, eu não consegui ler sua mente para saber se ele estava falando a verdade ou não. Há muito eu aprendi a não confiar em Caçadores. Como eu poderia confiar nele? Eu ainda podia sentir o medo.

Lendo minha expressão, Clara se adiantou e pousou sua mão em meu ombro. Eu a olhei, sua capa vermelha e seu vestido preto e vermelho era provocante para a garotinha que estrelava as histórias, e vejo que ele estava falando a verdade.

— Acredite — ela tirou o capuz, revelando belos cabelos castanhos e olhos azuis, para me ver melhor. Eu sabia que era inapropriado, mas eu senti a ironia ao pensar naquilo. — Eu confiaria minha vida à Jason.

Eu assenti, olhando para Jason. E, de repente, eu soube. Eles se amavam, e Jason faria tudo por ela. Morreria até. Saber disso fez meu coração dar uma batida dolorosa.

Respirei fundo e desviei o olhar. Eu sentia um saudade imensa de Tiago. Eu queria que ele estivesse aqui; me daria mais forças para prosseguir

— Se nós vamos tomar o trono, teremos que bolar um plano. — Jason quebrou o silêncio, me olhando. — Eu posso entrar e sair do castelo sem ser atingido pela magia que protege o castelo. Mas não sei se vocês poderão passar com tanta facilidade assim.

Eu o olhei. E se ele era confiável, por que não tentar? Poderia funcionar.

— Jason, posso falar com você lá fora um minuto? — perguntei, atraindo os olhares de Clara e os anões.

Jason me olhou de modo confuso, mas concordou com a cabeça. Levantei-me da cadeira e o acompanhei até o lado de fora da pequena casa de Chapeuzinho.

Paramos não muito longe da casa. Ele me olhou e eu ainda não sabia por onde começar. Se eu iria mesmo confessar o meu segredo mais profundo e mais íntimo que eu guardava para um estranho, porém bom Caçador.

— Majestade, queria me falar algo? — Ele inclinou a cabeça e eu respirei fundo, tomando coragem de abrir meu coração.

— Se você é bom mesmo como Clara disse, vai poder me contar que tipo de magia é essa que colocaram e você, Caçadores — falei, com os olhos fixos nos dele.

— Nós fomos treinados para rastreá-la, Majestade — começou ele. — Foi a própria Marisa que nos enfeitiçou. Um feitiço que até os maiores magos ou bruxos não sabem. Nem mesmo eu, Branca. Por que Vossa Majestade quer saber?

Suspirei e desviei o olhar.

— Eu não nasci apenas com o dom de ser bruxa — respondei fitando a floresta sem vida. — Eu posso ver um pouco do futuro. Posso ver pessoas que já deveria ter partido. E, sobretudo, posso ler pensamentos. — Eu sabia que Jason prestava total atenção em mim. Eu podia senti-lo prendendo a respiração. — Eu não posso ouvir nenhum Caçador, tampouco posso ouvir Marisa. E, pela primeira vez em anos, eu preciso desses meus poderes.

— Minha Majestade, eu gostaria de ajudá-la — disse o Caçador. — Mas eu não tenho nenhum poder. Foi Marisa quem nos aprisionou; eu não sou bruxo. Ela bloqueou todos acessos do nosso corpo. Tanto a mente, quanto o coração. Temo que ela, talvez, soubesse que, algum dia Vossa Majestade viria diferente.

Eu o olhei.

— Você disse que ela bloqueou todos os seus acessos — Jason afirmou com a cabeça. — Como você não está... possuído?

— Não sei, Majestade — respondeu ele.

— Mas eu sei. Você ama Clara — disse eu e pude ver que Jason havia corado.

— Como sabe, Majestade?

— Vi como vocês se olham — olhei para a casa que abrigava uma... amida de muito tempo. Jason mexeu-se desconfortável e, ainda assim, nada disse, me dando a liberdade de continuar: — É o mesmo modo que eu e Tiago nos olhamos.

— Já encontrou o príncipe? — perguntou Jason surpreso. — Pensei que ele fosse daqui, do nosso mundo.

— Parece que, quando eu nasci diferente, todos ficaram diferentes, também. — Eu o olhei. — Eu preciso de alguém sábio ou um mago ou um ancião. Qualquer um.

— Todos estão do lado da Rainha Má — respondeu Jason. Era possível ouvir o quanto ele era amargurado por isso. — Inclusive o meu pai.

Coloquei minha mão em seu ombro.

— Sinto muito.

Jason balançou a cabeça. Tirou minha mão de seu ombro e me olhou. Seu olhar era intenso e carregado de uma emoção que eu desconhecia.

— Fico feliz por você ter voltado, Majestade. Se você quer invadir o castelo, teremos que ter um plano logo, eu não posso desfazer o feitiço, mas Vossa Majestade pode. Se não o fizermos, Vossa Alteza nunca poderá ver seu príncipe novamente.

Aquilo não ia acontecer! Eu não podia viver em um mundo em que Tiago não estivesse.

— Como faremos isso? — perguntei.

— Temos de falar com Clara — Jason olhou para a casa. — Ela pode nos ajudar a falar com a única pessoa que pode nos ajudar.

— E quem seria essa pessoa?

— Eu não sei muito bem. Apenas que Chapeuzinho conhece a pessoa que já falou com esse... ser: Aurora. — Jason fez um gesto com a cabeça para confirmar o que disse.

Eu estreitei os olhos, até que ficassem em fendas, e perguntei:

— A Bela Adormecida.

Jason assentiu. Quando é que eu ia parar de ficar surpresa? Eu já não estava mais no Mundo Real ou Bruxo. Eu deveria saber disso.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Espero que gostem e...
Comentem!



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