POV. Bella

Eu estava com dificuldades para abrir os olhos porque fui atingida por uma tremenda dor de cabeça. Mexi-me um pouco, e percebi que não estava mais caída no asfalto, estava em alguma coisa macia.

– Ela está acordando. – Ouvi uma voz feminina desconhecida, mas parecia ser uma mulher bastante irritante.

Abri os olhos devagar, mas estava tudo embaçado. Podia ver borrões de 3 pessoas a minha frente, mas não sabia exatamente quem era. Esfreguei as mãos nos olhos e a imagem se instabilizou.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHHH – Gritei ao perceber 3 loiros na minha frente, e me encolhi no canto do sofá.

– AAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHH – Gritaram juntos, se afastando.

Tinha um loirinho de olhos verdes que mais parecia um fantasma. Tinha os cabelos nem curtos e nem cumpridos, e sua pele era muito, muito pálida e branca. Ao lado dele tinha uma mulher muito atraente, com longos e muitíssima claros cabelos, olhos azuis e pele clara. Ao seu lado estava um homem que mais me chamou a atenção, ele era... Perfeito. Cabelos em um comprimento ideal para homens, olhos azuis, boca avermelhada, pele bronzeada... Ele era lindo. Mas eu não sabia quem eles eram e muito menos onde eu estava.

– Onde eu estou? Eu morri, é isso? Estou na divisão entre o céu e o inferno? – Perguntei ainda atordoada.

– Calma moça. Você levou uma bolada na cabeça que meu irmão aqui... – O homem gostosinho apontou para o loiro fantasma. – Jogou. Você caiu e a sua cabeça atingiu o chão, e você desmaiou. Trouxemos você até nossa casa.

Uau... alem de lindo sua voz era perfeita. Acho que estou me apaixonando.

– Sinto muito pela bolada. – O loiro fantasma coçou a cabeça.

– Não, tudo bem, estou bem... Acho. – Coloquei a mão na cabeça e percebi que tinha ficado um galo enorme... Vai cantar amanhã.

– Viram? Ela está bem. Foi um prazer conhecê-la. – A loira apontou para a porta de saída. Mais que piranha.

– Tanya, pare com isso. – O fantasma repreendeu a piranha.

– Jasper, nós estamos com uma estranha dentro da nossa casa. – A tal Tanya torceu o nariz.

– A tal estranha quase foi morta por mim...

– Gente, tudo bem. Estou indo, obrigada. – Falei me levantando.

– Deixa que eu te ajudo. – O loiro gostoso veio em minha direção e passou meus braços sobre seus ombros. – Não ligue para esses dois.

– Relaxa. – Sorri.

– Acho que ainda não fomos apresentados... – Comentou me levando até a porta.

– Oh, claro. Desculpa. Meu nome é Isabella, mas todos me chamam de Bella. – Falei lhe estendendo a mão.

– Belo nome. – Sorriu e eu derreti. Ele pegou minha mãe e depositou um beijo sobre ela e eu, como sempre, corei. – James Hale.

– Lindo nome também. – Sorri.

Ele sorriu para mim e abriu a porta.

– Esses dois aqui atrás são meus irmãos, Tanya e Jasper Hale. – Apontou para trás.

– Ah, sim.

Assim que saímos de casa, percebi que éramos visinhos, pois minha casa se encontrava ao lado esquerdo da residência deles.

– Quer que eu chame um taxi? – James perguntou.

– Acho que não vai ser preciso... Somos vizinhos. – Apontei para a casa ao lado.

– WOW, que coincidência. – James pareceu surpreso, e olhou para os irmãos depois voltou a me fitar. – Então eu posso te levar. – Sorriu.

– Não vai ser preciso. Estou indo, prazer em conhecê-los. – Acenei para ele e os irmãos.

– O prazer é todo meu. – James sorriu.

– Até mais. – Disse Jasper.

– Já vai tarde. – Tanya empinou o nariz e entrou em casa.

Fui em direção a minha casa me controlando para não dar pulinhos. CARAMBA! Acabei de conhecer um gato. Não vejo a hora de contar para a... Honey. É, tinha esquecido que ela era a minha única amiga atualmente.

Entrei dentro de casa e subi as escadas correndo. Ouvi alguém me chamar, mas não dei muita atenção, não estava a fim de papo hoje, como qualquer outro dia. Entrei no quarto e fechei a porta, me jogando logo em cima da cama e suspirando alto. Fechei os olhos e fiquei lembrando daquela face maravilhosa que o James tinha. Que pecado de homem, esse sim me levaria para o mau caminho. Acho que estaria na hora de aceitar a ajuda do Cullen.

– BELLINHAAAAAAAA... – Alguma coisa minúscula pulou em cima da minha barriga, me fazendo arregalar os olhos.

– AAAAAAAAAAH, PIRRALHA NOJENTA, ME ASSUSTOU CAPETA. NEM SABIA QUE TINHA CHEGADO. – Pulei da cama olhando Nessie rolar na cama gargalhando.

Pirralha sapeca. Como ela já chegou? Mas que merda, ninguém me avisa nada nessa maldita casa, ou eu não quero ouvir. Mas tanto faz, a culpa é toda deles.

– Você precisava ver a sua cara. – Gargalhou apontando para mim.

Dei um sorriso sarcástico e me joguei em cima dela.

– Vou te matar por isso. – Gargalhei.

– AI, SAI DE CIMA DE MIM. Osso também pesa... – Ela se debatia embaixo de mim. – AAAH.

Senti algo tremendamente pesado cair sobre mim, então me virei para o lado para não terminar de amassar minha irmã. Cai de costas na cama e dei de cara com Edward em cima de mim, que tinha um daqueles sorrisos no rosto. Arregalei os olhos e ele começou a gargalhar.

– Acho que, se você for matar sua irmã esmagada, eu tenho o mesmo direito de fazer isso com você. – Ele me imprensou mais entre a cama e seu corpo.

– ISSO EDWARD, ACABA COM ELA. – Olhei para o lado e Nessie pulava na cama batendo as mãos.

Puxei as pernas dela, e seu corpo cai em cima de Edward. Gemi de dor, eles estavam me sufocando.

– Acho que foi uma péssima ideia. – Falei, já sem fôlego.

– Pode crer que sim. – Edward gargalhou, seguido por Nessie.

Nessie saiu de cima do Edward e ele rolou para o lado, saindo de cima de mim. Agradeci eternamente por ele ter saído de cima de mim, e respirei fundo recuperando meu fôlego. Edward colocou um braço sobre meu rosto, e por impulso eu mordi, já que ainda não conseguia dizer nada.

– Ai, canibal. – Ele riu e tirou o braço do meu rosto.

Fiquei alguns minutos com os olhos fechados enquanto Edward e Nessie conversavam. Depois olhei para os dois, que agora estavam sentados no chão e brincando de alguma coisa que eu não sei o que é com as mãos.

– Então quer dizer que já se conheceram? – Franzi o cenho.

– Claro, já somos grandes amigo, não é mesmo Nessie?

– Melhores amigos. – Nessie sorriu.

– Uau, já está me traindo, maninha? Sua melhor amiga era eu! – Falei chateada, me sentando ao lado deles.

Nessie me abraçou.

– Nada disso, eu posso ter um melhor amigo homem, e uma melhor amiga mulher. – Ela me deu um beijo na bochecha e voltou a se sentar.

Dei língua para Edward e ele fez uma careta. Ficamos sentados ali por alguns minutos ouvindo as histórias sem noção de Nessie.

– Edward, preciso falar com você. – Falei de repente.

– Diga. – Sorriu.

– A sós. É sobre aquele assunto.

– Vocês estão namorando? – Nessie perguntou com um sorriso na cara.

– Não. Agente é irmão. – Respondi seca.

– Agente não é irmão. – Edward disse chateado.

– Meio irmão. Você entendeu. – Eu já estava ficando irritada. – Nessie, vai até a cozinha, e pede para alguém te fazer um lanche.

– Ok. – Ela levantou e saiu, fechando a porta atrás de si.

Quando voltei a olha para Edward, ele já me encarava.

– Então, pensou no que eu te disse? – Perguntou arqueando as sobrancelhas.

– Sim. – Suspirei antes de prosseguir. – Estou interessada em um cara que conheci hoje. Ele mora aqui do lado.

– Aqui do lado? – Franziu o cenho. – E como o conheceu?

Expliquei toda a história a ele, que gargalhou mais do que ajudava com alguma coisa. Como uma pessoa pode ser tão idiota?

– Tudo bem, eu te ajudo. Começando por hoje a noite, vamos a uma boate.

– E em que uma boate vai me ajudar? – Perguntei meio duvidosa.

– Sabe como agir em uma boate? Sabe dançar? – Perguntou.

Ele estava certo, não sabia nada disso. O pior, eu nunca fui a uma boate. Neguei com a cabeça e ele apenas sorriu.

– Se nada disso der certo, vou adorar aplicar meus 103 planos de acabar com um Cullen.

Continua...