Cap. 9

Chegamos ao primeiro andar e Edward e Emmett me encararam boquiabertos – o que não foi nada agradável – e por um momento eu senti como se estivesse uma baranga, se não fosse o comentário de Emmett.

- Samara se transformou na temida e sexy Megan Fox? – Disse ele me olhando dos pés a cabeça.

Não consegui segurar e gargalhei da careta que o mamute a minha frente fez.

- Como estou? – Perguntei dando uma voltinha para que os dois me vissem.

- Perfeitamente... Perfeita. – Sussurrou Edward, mais para si mesmo.

Encarei Edward e sorri ao perceber o efeito que causava ao meu “irmãozinho”, isso poderia ser bastante útil.

- Tudo bem, já babaram pela Bella, mas agora esta na hora de nos divertimos e beijarmos muitoooo. – Gritou Alice nos empurrando para fora de casa.

Fomos em direção ao meu camaro e eu empaquei no meio do caminho, ao olhar do outro lado e ver James sentado em um banco em frente a sua casa. Eu deveria convidar ele? Mas se eu apressasse as coisas, será que ele poderia odiar o meu beijo? Afinal, eu nunca beijei antes na vida. Não custa arriscar, e só vou querer alguma coisa com ele se ele aceitar quem eu sou de verdade.

- Preciso fazer uma coisa. – Falei, indo em direção a varanda da casa ao lado.

James pareceu não me notar ali, estava distante. Aproximei-me ainda mais da pequena varanda a frente de sua cara e tropecei no primeiro degrau. Que ótimo! Agora ele me percebeu aqui, e deve me achar uma completa idiota.

- Olá minha princesa. – Sorriu para mim, se levantando e pegando minha mão para beija-la.

- Oi. – Sorri com a mesma intensidade que ele, mas ainda pude sentir o rubor tomar de conta do meu rosto pela cena anterior.

- A que devo a honra da sua visita? – Perguntou ele me puxando para sentar ao seu lado.

- Queria te convidar para... Ir a uma boate... Comido. – Terminei de falar com certa dificuldade.

Estava praticamente me rastejando para ele igual uma cadela do cio, mas não importava. James valia a pena – pelo menos eu espero que valha a pena.

- Oh, claro princesa. Aonde é? Você vai à frente, porque percebi que seus amigos estão impacientes, e eu vou depois. Encontramo-nos lá e eu aproveito para convidar meus irmãos.

- Ótimo. – Exclamei, me ponto de pé. – É a boate que está sendo inaugurada hoje, na Denmark Street. – Sorri.

- Sei onde é. – James se levantou e me levou até próximo do carro. – Então nos vemos lá, princesa.

- É. Até mais. – Acenei e entrei no camaro.

Emmett estava no banco do motorista e Alice no banco de carona, ao seu lado. Por um momento me arrependi de ter concordado em ir com meu carro para a tal boate. Percebi Edward me fitando e o encarei.

- O que foi falar com ele? – Perguntou.

- Acho que não é da sua conta. – Respondi, desviando o olhar do seu.

- Pois eu acho que é. Estou tentando te ajudar.

Ele estava certo, eu estava sendo rude com ele enquanto ele só queria me ajudar. Mas até quando seria isso? Que droga.

- Acho que não vou precisar mais da sua ajuda. – Voltei a fita-lo.

- Ótimo. – Disse ele com um tom rude.

- Ótimo. – Responde igualmente.

Virei-me para a janela e fiquei fitando a paisagem. Um silêncio invadiu o carro, o que já estava me incomodando, e ficamos ouvindo apenas o ronco do motor potente do meu carro. Alguns minutos depois – o que pareceram anos – chegamos a tal balada. A frente estava lotada, e eu me arrependi mais uma vez por aceitar a ir nessa loucura. Tudo por James. Desci do carro ainda sem pronunciar uma só palavra ao Cullen. Chegamos perto de um guarda alto, moreno e bastante forte, muito mais forte do que o mamute do Emmett. Ele estava com uma lista de nomes na mão e impedia a entrada de pessoas que não constavam nela. Nos aproximamos e ele nos encarou.

- Nomes? – Perguntou.

Sua voz era ainda mais assustadora, grossa e firme. Fiquei um bom tempo olhando para ele com os olhos arregalados. Ouvi uma risada atrás de mim e pude identificar como a de Edward.

- Alice, Emmett e Edward Cullen e Isabella Swan. – Disse Alice.

O grandão a nossa frente olhou na ficha e nos encarou. Eu jurava que ele iria nos estrangular.

- Sem brigas, confusões e enganações. Caso contrário, serão expulsos. – Ele disse.

- Ok. – Falamos em uníssimo entrando ao local lotado.

Musica: http://www.youtube.com/watch?v=JKy8cE_R1cI&feature=related

Dentro da balada, as luzes me segavam e a musica estourava meus tímpanos enquanto uma multidão dançava por todos os lados. Era tudo novo para mim, até porque eu nunca havia ido a uma balada. Fiquei tonta e me agarrei no braço de Edward ou ia acabar me perdendo no meio daquele monte de drogados.

- Quer danças? – Edward praticamente gritou no meu ouvido.

- Não, preciso beber alguma coisa, estou com sede. – Gritei também no seu ouvido.

Ele me arrastou por entre as pessoas com certa dificuldade até conseguirmos chegar ao bar.

- O que vai querer? – Perguntou.

Eu não tinha a menor experiência com bebidas, mas ele não precisava ficar sabendo de mais isso.

- Você escolhe. – Sorri forçadamente tentando passar uma segurança que eu não tinha.

Edward apenas riu e balançou a cabeça negativamente, me deixando incomodada.

- Uma dose de wisk e uma icem, por favor. – Disse para o carinha com cara de bebê e uniforme vermelho.

Musica: http://www.youtube.com/watch?v=LZ3mPw8d3Wk&feature=watch-vrec

O carinha de uniforme ridículo voltou com uma garrafa e um copo com uma bebida estranha. Edward me entregou a garrafa.

- Porque eu tenho que beber mais que você? – Perguntei desconfiada.

- Bella, a ice é a bebida mais fraca daqui. O wisk é forte, bebe isso e se cale. – Falou virando toda a bebida do copo na boca e pedindo outra.

Fiz o mesmo, virei uma grande parte do líquido na boca e me arrependi profundamente. A bebida desceu queimando minha garganta e eu engasguei, o ar fugiu dos meus pulmões e eu jurei que ia morrer. Edward me olhou e arregalou os olhos.

- Bella, você ta louca? Isso é ice caramba. – Gritou.

- Você disse que era mais fraca. – Consegui sussurrar quando o ar voltou para meus pulmões. Respirei fundo e agradecendo por ainda estar viva.

- Mais isso não quer dizer que você possa tomar assim. Ainda mais você que não tem experiência com bebidas. – Disse ele.

- É, tem razão. Vou beber com mais cuidado agora.

Edward bebeu sua outra dose de whisky, pegou minha ice e me puxou pela mão até um canto escuro da balada, parecendo mais um corredor que dava para portas de sabe-se lá o que. Ele me encostou na parede, me prendeu com um braço de cada lado do meu corpo e me olhou nos olhos.

- Acho melhor acabarmos logo com isso. – Disse.

- Não estou entendendo. – Disse sincera a ele.

Ele aproximou seu rosto do meu e tocou nossos lábios. Uma coisa parecida com uma corrente elétrica passou pelos nossos corpos e eu estremeci. Se não fossem suas mãos que agora seguravam minha cintura, eu teria caído no chão. Edward juntou mais nossos corpos e começou com movimentos leves e precisos aos meus lábios. Eu não sabia como reagir. Ele me beijou, e eu nem sabia beijar. Decidi fazer como em filmes que eu já assisti e afundei minhas mãos em seus cabelos, finalmente reagindo aos seus beijos. Ele pediu passagem com a língua e eu deixei. Sua língua invadia minha boca e a minha a dele. Nosso beijo passou de calmo para sedentos de puro desejo.

Continua...