"The only battle I will have to fight is the one that's going on inside my mind."

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Outro dia tinha começado. Quando Sarah pensava que seria assim para sempre, às vezes ficava triste, às vezes ficava feliz.

Por um lado, ficaria jovem para sempre. Leria todos os livros do mundo, se quisesse. Nada poderia a machucar. Mas por outro lado, sentia um desespero. Ela ficaria trancada naquela casa pra sempre. Não tinha escolha, jamais veria todos os lugares com que sempre sonhara, os lugares dos seus livros. Jamais teria uma família, jamais encontraria alguém.

Ela pegou o jornal e começou a folhear. Na terceira página, viu algo que chamou sua atenção. Aniversário do massacre na Westfield High school. A foto de Tate estava bem grande no começo de uma reportagem enorme. Não ocupava só uma página, aparentemente era um "especial", falando sobre o caso todo por causa da data.

Talvez não fosse bom Tate ver isso, talvez fosse, para que ele tivesse certeza do que aconteceu. Os relatos sobre ele, antes do massacre, provavam que ele não parecia ser um garoto ruim. Diziam que ele era quieto, isolado, que foi expulso de muitas escolas porque as outras pessoas implicavam com ele, e como ele era diferente, sempre era ele o culpado.

Ele tinha uma relação conturbada com a mãe, segundo algumas pessoas. Porém, no relato, a mãe disse que o amava e que foi difícil enfrentar o fato que ele tinha morrido. Depois da morte, ela disse que não aguentou ficar na casa em que o filho tinha sido morto e se mudou.

Tate também tinha tentado matar o padrasto, ateando fogo nele no seu escritório. As pessoas que presenciaram o ato, disseram que ele não teve emoção alguma ao ver seu padrasto gritar de dor enquanto estava em chamas, que apenas abandonou o local como se nada tivesse acontecido, saindo pela porta da frente do prédio.

Sarah continuou lendo, mas o que chamou sua atenção não foi a parte sobre o Tate. Agora eu me lembro. Pensou ela e lágrimas escorreram pelo seu rosto sem que ela pudesse controlar.