"Even the strongs need someone to tell them "it's alright"."

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Aquela manhã tinha sido normal. Sarah tinha ido até o jardim, pego o jornal que todo dia o carteiro jogava lá por engano, já que "ninguém" morava lá, e tinha ido para o fundo do quintal ler. Ela lia jornais todos os dias. Não é porque estou presa nessa casa que não posso saber do que acontece no mundo lá fora. Depois de ler, ela pegou um violino que ela tinha achado no porão há muito tempo atrás e começou a tocar. Ela amava tocar.

De repente ela ouviu passos se aproximando e olhou em volta. Tate se sentou ao seu lado, com lágrimas nos olhos. Desde que conversaram pela primeira vez, não era uma cena incomum. Ele se sentava ao seu lado, sem dizer nada. Passavam horas juntos, às vezes, e ele falava uma ou duas frases, enquanto ela tocava violino. Ela tinha visto Violet e a sua família pela janela, depois da conversa com Tate. Era uma garota que parecia de porcelana, que podia quebrar. Pequena, perto de Sarah, da pele extremamente branca, cabelo castanho e liso, olhos castanhos. E o pior, ela parecia feliz. O Tate estava sofrendo tanto, mas ela parecia feliz.

–O que eu deveria fazer? - Ele perguntou.

–Eu não sei. Eu queria poder ajudar, mas... Eu realmente não sei. Nunca passei por algo assim. - Eu nunca fui boa com conselhos. -Tate, porque você vem aqui todos os dias? Ouvir alguém tocar violino não melhora muito a tristeza.

–É melhor eu ficar perto de alguém do que sozinho e ninguém mais quer ficar perto de um psicopata.

–Eu não acho que você seja mesmo um psicopata. Se fosse, não sofreria tanto por alguém.

–E as pessoas que eu matei?

–Ouvi dizer que essa casa enlouquece as pessoas. Por quanto tempo você viveu aqui?

–Desde que eu era pequeno.

–Talvez se não fosse por essa casa, você ainda estaria vivo. Acho que aqui se perde a noção do que é certo e errado, por isso quase não entro. Já ouvi tantas histórias...

–Você já matou alguém? Não pode saber como é se nunca fez.

–Já. - Ele pareceu surpreso com a resposta.

–Quem?

–Meu pai.

–Porque?

–Ele batia na minha mãe todos os dias, um dia eu cheguei em casa e os vi brigando. Minha mãe não sabia que eu estava em casa e se escondeu no quarto, achei que era hora de terminar isso. Eu tinha treze anos, peguei a maior faca que vi e enfiei na barriga dele e torci.

–Como você se sentiu?

–Aliviada. Leve. Feliz.

–Eu quero mudar, estou cansado de machucar as pessoas.

–Não tem mais ninguém nessa casa pra você machucar. Além de si mesmo, e você faz isso todo o tempo. Você precisa de alguém que fique ao seu lado, aparentemente você nunca teve isso antes de Violet.

–Espera, você pensa que...

–Não, eu não quero tomar o lugar da Violet, calma. Mas eu preciso de um amigo, você precisa de um amigo. E aqui estamos.