Simplesmente Elementar escrita por Rakeel


Capítulo 27
A promessa,O encontro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, esta entregue mais um 0/ , não sei se ficou bom escrevi esse capitulo com meu irmão caçula me infernizando,ele ficava lendo por de cima do meu ombro fazendo barulhos no meu ouvido, vale contar que ele tem 16 anos, mas enfim espero que gostem,elogios,criticas e ameaças de morte é só dar uma passada no reviws ok :D



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Restava apenas uma semana antes que voltássemos para casa, e a cada dia que se passou, Victor parecia mais distraído, e com uma feição cansada, em quase todos os momentos que olhava para ele estava segurando fixamente o pingente de sua corrente assim como tinha lhe orientado acho que tentando levar a serio oque havia dito.

Era uma segunda feira de manhã, Victor parecia pior que os demais dias, seu olhar era fixo em nada e sua temperatura corporal estava tão alta que era possível sentir o calor emanar de seu corpo, antes mesmo do café para que ninguém percebesse que havia algo de errado o levei até o quintal, onde tentei conversar com ele, que parecia me entender mais em vários momentos podia notar que seus olhos se perdiam, como se não estivesse mais lá, depois de alguns minutos senti que realmente voltou ao normal ou pelo menos ao mais próximo do normal possível para ele, mas ainda assim estava preocupada, foi quando decidi pedir ajuda de Hugo, pois talvez ele soubesse oque fazer. O encontrei na cozinha, onde após conferir se não havia ninguém que pudesse nos ouvir lhe contei oque estava acontecendo.

____Porque não me disse isso antes?...Perguntou mais como uma advertência do que como realmente uma pergunta antes de continuar___... Vou ter que  ligar para meu pai vir buscar a gente. Concluiu

____Tem como vocês ajuda-lo? Perguntei esperançosa, não me preocupando no momento que o Senhor Betone pudesse leva-lo, mas sim com seu bem estar.

___É difícil dizer geralmente os que são como Victor perdem o controle completamente com dez doze anos no máximo, se ele ainda esta vivo é porque conseguiu manter o controle sem ser descoberto até agora, mas se não acharmos um jeito de fazer suas habilidades parem de se desenvolver muito em breve ele será encontrado e morto antes que machuque alguém ou nos exponha. Respondeu pesaroso.

______Mas vocês são iguais a ele, tem que dar um jeito. Disse desesperada, mas antes que Hugo pudesse me responder alguém entrou na cozinha fazendo com que ambos nos virássemos assustados em direção à porta.

_____Estava te procurando, mas vejo que esta ocupada então, falo com você depois. Disse Victor dirigindo se a mim antes de se virar e sair da cozinha.

____Será que ele ouviu nossa conversa? Perguntou Hugo preocupado.

____Eu não sei, não vi á quanto tempo ele estava parado ali. Respondi apontando para porta da cozinha.

____Droga, vou tentar falar com meu pai e você tenta descobrir oque ele ouviu. Mandou antes de pegar o celular do bolço e sair procurando sinal.

Procurei por Victor, mas não o encontrei, já estava começando a ser tomada pela preocupação quando o vi deitado sobre a grama no fundo do chalé.

____Oque esta fazendo aqui? Perguntei deitando-me ao seu lado.

____Gosto de me deitar ao sol. Respondeu virando o rosto para olhar para mim e sorriu. O encarrei tentando gravar em minha memoria seu rosto com aquela expressão, me sentindo mais calma, pois considerando sua atitude não havia escutado a conversa que tive com Hugo, ficamos deitados em silencio por cerca de um minuto simplesmente olhando um para o rosto do outro quando ele se virou tronado a olhar para o céu antes de dizer.

___Então quando meu pai chega? Perguntou em tom conformado.

___Você ouviu minha conversa com Hugo? Indaguei temerosa

___Ouvi. Respondeu apenas

___Toda a conversa? Questionei incrédula

___Creio que sim. Respondeu calmamente, me virei de lado apoiando-me em um dos cotovelos espantada.

____Você não esta nem um pouco impressionado. Perguntei sem acreditar em sua calma, afinal ele tinha acabado de descobrir que sua família era como ele e que podia ser morto.

___É difícil impressionar se ao ouvir algo que já se sabia. Respondeu

___Como assim já sabe? Como descobriu e porque nunca me falou sobre isso. Indaguei confusa, ele deu um pequeno suspiro antes de começar a falar.

____Seria um pouco ingênuo demais da minha parte não desconfiar de nada,

descobri sobre minha família há alguns anos e a partir dai não foi difícil ligar os pontos sobreo resto da historia e se não te contei é porque não sabia que isso era relevante para você. Respondeu depois olhando para mim.

____Você sabe então que você pode ser mort... Comecei, fui incapaz de terminar minha pergunta, mas não precisei, pois ele a entendeu.

___Morto, sobre isso descobri recentemente para ser mais especifico no dia que fui até a festa da Bianca, escutei meu pai falando sobre isso com Lisandra, na hora fiquei com tanta raiva, sentia que ia acabar perdendo o controle por isso fui atrás de você só depois percebendo como essa escolha foi estupida. Explicou-se, eu entendendo assim porque ele estava tão alterado na noite da festa de aniversario de Bia.

___Mas se descobriu porque não contou para seus pais, e porque não foi embora da cidade como sugeriram? Estava confusa, não conseguia parar de fazer lhe perguntas, mas aparentemente ele não se importava em responder-me.

___Provavelmente tiveram seus motivos para não me contar, então decidi só respeitar a escolha deles e fingir não saber, já sobre não quere ir embora com minha família acho que a razão é obvia. Disse por fim olhando para mim, segurando minha mão que estava na grama ao lado de seu corpo.

Sorri lhe em resposta, naquele momento minha visão sobre Victor mudou um pouco, sempre o vira como alguém ingênuo e que precisava ser protegido eu mesma muitas vezes tentando fazer isso, mas naquele momento pude ver que talvez ele fosse mais forte e maduro do que aparentava ser. Permanecemos ali deitados, quando Hugo apareceu chamando-me.

____Então está tudo bem? Perguntou referindo se a conversa que Victor havia ouvido.

___Está... Respondi dizendo a verdade mesmo não lhe contando que Victor sabia sobre tudo que sua família tentava tanto esconder dele___... então conseguiu falar com seu pai? Perguntei por fim.

____Sim amanhã cedo ele vai estar aqui. Disse abaixando a cabeça sabendo que para mim suas palavras soavam como uma sentença.

___Tudo bem, vou falar com Victor sobre isso. Disse sentindo minha voz embargada, antes de voltar para o lado de Victor que permanecia deitado imóvel no mesmo lugar.

___Está tudo bem? Perguntou quando me sentei no chão ao seu lado.

____Seu pai chega amanhã. Respondi apenas, enquanto ele se sentava, permaneceu em silencio por alguns segundos, pensativo antes de dar um suspiro.

___Sinto muito. Disse por fim olhando para o chão.

___Não tem pelo que sentir é o melhor para você, e vamos ficar juntos, independente do que aconteça. Disse tentando anima-lo mesmo me sentindo arrasada por dentro, mas não queria que ele notasse.

____Independente do que aconteça eu sempre vou amar e pensar em você. Disse ainda de cabeça baixa.

____É uma promessa? Perguntei esticando o dedo mindinho em sua direção tentando sorrir, ele então levantando o rosto para olhar para mim.

____Sim é uma promessa. Respondeu conectando seu mindinho ao meu, e sorrimos juntos do pequeno gesto que fizemos, mesmo que dentro de nos soubéssemos que aquela promessa era mais seria, e difícil de cumprir do que nossos sorrisos demonstravam.

Depois do almoço Sr Rodrigo nos convidou para que fossemos com ele até a cidade, todos aceitando de imediato a ideia.

Ele nos deixou no centro, definindo a hora que iria nos buscar, dando nos tempo livre enquanto resolvia suas próprias pendencias. A cidade não era nenhuma grande metrópole, mas já era o suficiente para ficarmos animados depois de passarmos quase um mês em um chalé afastado.

Caminhamos juntos entrando em uma loja ou outra, todos conversando e rindo Victor como sempre permanecia a maior parte do tempo ao meu lado falando mais comigo, mas Hugo parecia estar a todo momento o observando, creio que com medo que algo de ruim acontecesse.

Entramos em uma loja de CDs, que ficava ao fim de uma rua, estávamos todos distraídos, eu andava por um dos corredores olhando a grande fileira de CDs de onde peguei um, quando alguém esbarou em mim me fazendo derruba-lo no chão.

____Desculpe. Disse automaticamente me abaixando para pegar o cd do chão, mas alguém abaixou se junto, nossas mãos se encontrando.

_____Aqui esta! Ouvi dizer, pegando o cd estendendo o a mim, ergui meus olhos para ver de quem se tratava e eles se cruzaram com os de um rapaz, dono de uma beleza exótica, olhos azuis, cabelo loiro, com um corte diferente sendo que um dos lados era mais comprido, que abriu um sorriso malicioso percebendo que o estava reparando.

____Obrigada. Disse pegando o cd de sua mão  me levantando rapidamente, ele levantando se logo em seguida.

____Então qual o nome da linda moça? Perguntou ainda com o sorriso no rosto, me medindo de cima em baixo desavergonhadamente.

____ Desculpa pelo esbarrão, tchau. Disse me sentindo incomodada me virando para me afastar.

____Por que está com pressa, só quero conversar... Disse pondo se a minha frente, me fazendo recuar um passo ______... vamos começar de novo me chamo Arthur e você é? Insistiu estendendo a mão para mim, não havia gostado daquele rapaz algo nele era intimidador e me dava medo.

___ Me chamo Rachel. Respondi fria fechando o cenho na tentativa de fazê-lo, parar de dar em cima de mim, mas isso não adiantou ao contrario ele parecia gostar.

___É um lindo nome, não gostaria de ir tomar um café comigo? Perguntou dando um passo em minha direção, nesse momento eu tendo certeza de que ele não pararia.

___Não estou interessada me deixa em paz. Recusei tentando novamente me afastar, mas dessa vez segurou meu braço.

___O que esta acontecendo. Disse Victor surgindo atrás de mim arrancado com força à mão de Arthur que estava sobre meu braço fazendo-o me soltar.

____Quem é você? O namorado? Perguntou Arthur em um tom debochado como se julgasse tudo muito divertido.

 Victor o encarrava de uma forma assustadora, mas o rapaz não se intimidava, pois continuou.

___Você é perfeita, mas não posso dizer o mesmo do seu gosto. Provocou dirigindo se a mim.

Victor deu um passo em sua direção seu olhar completamente alterado, Arthur continuava imóvel com um sorriso sádico no rosto.

___Deixa para lá, esta tudo bem, fica calmo Disse segurando Victor por traz abraçando o pelo meio do corpo.

____Até que seu namoradinho é interessante afinal. Disse arregalando levemente os olhos inclinando se para frente como se fosse dar um passo, sabia que se o fizesse não conseguiria segurar Victor, não entendia por que ele não estava com medo, a maneira como Victor o encarrava seria capaz de intimidar qualquer um. Me preparava para o pior, mas uma voz chamando Arthur o fez olhar para traz.

___Arthur, vamos! Disse um homem alto de cabelos pretos, traços orientais, e uma expressão vazia.

____Já estou indo Filiphe. Respondeu tornando a olhar para nós, mas o homem insistiu.

___Amhom esta chamando. Disse novamente dessa vez o sorriso no rosto de Arthur sumiu ao ouvir o nome Amhom.

____Tudo bem, vamos. Respondeu indo em direção ao homem.

____A gente se vê por ai gracinha. Disse por fim olhando para traz, antes de sair lançando um olhar estranho para Victor.

Pus-me a frente de Victor e segurei seu rosto para que olhasse para mim e como já havia me acostumado seus olhos aos poucos voltaram ao normal, depois fomos para o centro da loja onde os outros estavam eu ainda me sentindo abalada pelo ocorrido, mas não deixei que Victor percebesse fazendo de tudo para distrai-lo.

Já tarde da noite no chalé, me virava na cama sem conseguir dormir não conseguia parar de pensar no rapaz da loja, havia algo de muito estranho nele, cada extinto do meu corpo gritava perigo quando pensava nele e ao fechar meus olhos podia ver seu rosto com um sorriso maligno e sádico estampado sobre ele me fazendo tremer sem entender o porquê de me sentir assim.


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