Meu lindo príncipe!

Meu grande amor;

Amor da minha vida.

Onde estar, o que pensa que faz?

O sol a cada dia nasce novamente,

E minha esperança com ele novamente renasce, a esperança que eu poça te encontrar.

Meu príncipe!

Há; meu lindo príncipe!

Fascinada por você estou;

E sempre estarei.

Meu príncipe. Meu homem, meu amante, meu grande amor.

Tanta saudade, e tanta distanciam para duas almas que se necessitam.

Só a uma certeza, para sobreviver;

A certeza, que um dia amei e fui amada.

Enfim, senti um sentimento, nunca antes sentido.

Amantes, fomos!

Amantes, sempre seremos.

E nunca nos esqueceremos.

Tentamos fugir;

Tentamos nos afastar, mais em fim, só nos desejamos.

E esse sentimento estar na certeza de ser verdadeiro.

Onde estar, o que pensa, o que faz?

Amo-te; e não poso negar.

A cada dia que nasce a esperança nasce novamente, e o coração fica a espera, com esperança só faz sonhar com o dia do nosso encontro.

Manteremos a saudade, nos amaremos não só um dia, não só uma hora, nem um minuto, e nenhum segundo, nos amaremos sim.

Mais pela vida inteira.

...

Prólogo.

Você acredita que um príncipe em seu cavalo branco vira te resgatar e te proporcionar o tão esperado final feliz. Então o espera sentada enquanto lê um livro de contos de fadas, emboçando um sorriso no rosto, desejando internamente que ele chegue logo, mas o tempo passa e o príncipe não chega, o cansaço da espera a atinge e você finalmente percebe que o príncipe não vira.

A verdade te atinge. Príncipes encantados não existem.

A verdade dói, dói mais do que qualquer dor física, mas um curioso alivio te consome, a espera finalmente acabou e sua angustia cessou quase que imediatamente. Tudo bom, a desilusão e a tristeza vieram de brinde, mas nada com que você não possa lidar.

Não é um príncipe que vai nos salvar e muito menos é ele que vai nos dar o final feliz. Porque, afinal, só quem pode nos salvar e nos proporcionar o tão sonhado, o tão esperado, final feliz somos nós mesmas.

Se tem uma coisa pela qual me arrependo profundamente é de não ter descoberto isso antes.

...

Capitulo um: A menina a espera.

Suspirei enquanto lia, talvez pela enésima vez – eu, sinceramente, já havia perdido a conta –, A Cinderela. Eram nessas horas que a nostalgia me atacava com mais força.

Lembro-me como se fosse ontem de minha mãe em meu quarto, com um sorriso terno no rosto, lendo a Bela adormecida para mim. A voz suave e agradável de se ouvir dando vida as palavras, o perfume doce e marcante e, o mais importante, a sensação de proteção.

Ela morreu quando eu tinha oito anos deixando a mim e meu pai desolados.

Embora a perda de minha mãe nos tivesse abatido conseguíamos levar as coisas da melhor maneira possível, ele tentava ser um pai e uma mãe ao mesmo tempo, enquanto eu fazia o papel da filha boa e obediente. Nunca fora lá muito feminina o que, de certa maneira, facilitou muito as coisas para papai.

Ele me ensinava a jogar beisebol e me chamava de campeã, contava histórias de aventuras para eu dormir – me recusava a deixar que outra pessoa que não fosse mamãe me contasse contos de fadas – e dava-me um beijo de boa noite, fazia o melhor que podia entre o trabalho como empresário e o trabalho de ser pai.

“Filha” Papai dizia “ As soluções para todos os seus problemas estão no livro da Cinderela”.

O tempo fora passando e levamos as coisas a nossa maneira, até que chegou o dia que papai achou que eu precisava de uma presença feminina, uma segunda mãe.

Foi ai que ele se casou com Ultear.

Foi ai que tudo começou a dar terrivelmente errado.

Tinha doze anos na época.

Ultear era tudo o que minha mãe não era. Arrogante, egocêntrica, gananciosa e com um ódio profundo por mim, fazia de tudo para tornar a minha vida a pior possível, isto é, pelas costas de papai.

Ela tinha uma filha, Meridith.

Meritidh era a copia de Ultear.

Eu sofria e aguentava calada, não tinha coragem de contar para ele quem Ultear realmente era, sabia que se contasse para papai o que estava acontecendo o mundo dele cairia, ele não suportaria um baque daqueles.

Como se as coisas já não estivessem complicadas o suficientes para mim meu pai morreu na véspera de eu completar quinze anos. O que aconteceu depois é obvio, Ultear se tornou minha tutora, apossou-se de tudo o que era meu e continuou me maltratando.

Recordo, em imagens turvas e turbulentas, de uma frase que mamãe sempre proferira.

“ Juvia, querida filha, haverá um dia que em que você crescera, se desiludira e parara de acreditar em contos de fadas, isso acontece com todas as pessoas. Mas, diferente da maioria, não se deixe enganar, espere paciente por que um dia um príncipe em seu cavalo branco chegara em sua vida e vocês serão felizes para sempre, afinal, filha, você é um princesa e todas as princesas tem seu final feliz com seu príncipe encantado”.

E eu esperava.

Esperava pacientemente.

Um unico pensamento me reconfortava.

As coisas não podiam ficar piores.