The Dark Days escrita por Gustavo


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Antes de tudo, perdão pelo capítulo a seguir. Nunca senti um bloqueio para escrever tão grande quanto agora. Enfim, capítulo novo para vocês. Se vocês gostarem e ou não, quiser dar opinião para acrescentar ou retirar algo, mandem reviews que eu estou lendo todos :D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/273111/chapter/3

PEETA

Onde estava Katniss?

Ela tinha saído faz mais de 10 horas e já estava quase na hora de eu fechar a padaria. Eu não aprovava muito a ideia de ela ficar enfiada sozinha dentro da floresta, com apenas um arco e flecha. Mesmo sabendo a quão boa ela é no arco e flecha, ainda ficou com muito medo de algo acabar machucando ela.

Ela é importante demais para mim.

Desamarro o avental da minha cintura e coloco em cima do balcão. Fecho a padaria e vou à mercearia comprar a farinha, já que alguém se atrasou um pouco com meu pacote.

O centro da cidade era uma grande praça quadrada, com uma bandeira de Panem hasteada no meio. Em uma de suas laterais fica o Prédio da Justiça, um longo edifício que se estende por uma lateral inteira da praça. E ao arredor da praça, ficam a maioria das lojas, inclusive minha padaria.

Cruzo a praça para chegar à mercearia. Dou alguns paços e paro bem no meio da praça, onde quatro anos atrás, eu estava parado, olhando Effie Trinket pronunciar meu nome ao vivo para todo o distrito 12 e também para toda Panem. Como um flash, todos os momentos horríveis que passei nos jogos retomam minha mente. Tento afasta-los e continuo minha caminhada até a mercearia.


...


Passou-se mais uma hora e a Katniss não apareceu ainda. Será que ela descobriu? Será que ao vê-la ela entrou em pânico e fugiu? Escondeu-se? Matou-se?

Começo a andar desesperadamente de um lado para o outro dentro da loja. Aquilo era loucura. Onde ela estava? Será que ela foi para casa?

Saio correndo em direção à vila dos vitoriosos. A vila dos vitoriosos não é nada mais do que uma rua grande com 12 casas extremamente bonitas e aconchegantes, que são designadas as pessoas que encararam a morte varias vezes nos jogos, mas conseguiram sobreviver. Nossa casa era a última, de frente com a de Haymitch, que estava totalmente escura há dias.

Já estava escuro, e o vento muito forte fazia a noite ter um clima de terror. Aproximo-me da escada e meu medo se concretiza.

Na frente da porta foi colocada uma rosa muito bem cuidada, com todos os seus espinhos cuidadosamente arrancados.

Uma rosa branca.

Da mesma maneira como eu encontrei uma hoje de manhã quando saía de casa. Apenas uma rosa, muito bem colocada no chão. Ao ver a rosa branca de manhã, um pânico me tomou por completo. E eu sabia a muito bem a quem aquela rosa pertencia, e a mensagem que ela transmitia.

Mas Katniss não podia saber disso. Pego a rosa cuidadosamente, levo para uma campina que fica atrás de nossa casa e coloco fogo nela. Enquanto ela queima, pensamentos vêm a minha cabeça: E se a Katniss já viu a rosa em frente a nossa porta?

Afasto mais esse pensamento e entro em casa para verificar se havia alguém lá dentro se escondendo. Revisto todos os quartos, porém nada. Nossa casa estava intacta. Ninguém estava lá. Muito menos Katniss.

Continuo minha procura pela Katniss, e o próximo lugar que eu vou era sua antiga casa na Costura. Da rua olho para sua antiga casa, e encontro uma luz fraca no interior da casa. Ela poderia estar lá dentro. Não era muito longe da floresta, ela podia muito bem ter saído da floresta e entrado em sua casa para guardar a jaqueta de seu pai, parado para descansar e sem querer pegar no sono.

_Katniss? – Digo abrindo a porta e entrando na casa – Tudo bem com você?

A luz que eu tinha visto pela janela estava vindo da cozinha.

_Catnip? Você esta aí?

Tampo a minha boca com as mãos para evitar um palavrão. Em cima da mesa da cozinha estava uma vela acesa, que iluminava todo o cômodo, e do lado dela, havia uma rosa, igualzinha a que estava na frente de minha casa.

_Não... KATNISS – Começo a gritar desesperado.

Desesperado, saio correndo pela campina e chego à cerca que envolve o nosso distrito. Eu poderia muito bem entrar na floresta, porém eu não conheço muito bem lá, e caso se eu me perdesse, eu não saberia voltar.

_KATNISS! – Grito da grade em direção à floresta – KATNISS!

Espero um pouco para ver se tenho algo em resposta. Um minuto depois eu começo a investigar a cerca, para encontrar sinais se ela atravessou ou não. Após algum tempo vasculhando, encontro uns 15 metros adiante de onde eu estava uma fenda enorme na cerca. Katniss não faria uma fenda tão grande para passar. E, além disso, a tradicional fenda por onde ela passa ainda estava lá intacta. Então algo grande passou por lá, e tenho certeza que não foi Buttercup.

Já estava perdendo a razão de tão desesperado que eu estava pelo sumiço dela. Katniss ter desaparecido, as flores e o forte cheiro de rosa, será que elas possuem alguma ligação? Rezo para que eu esteja errado.

Ainda vasculhando a cerca, lembro-me que eu falei para ela levar o saco de farinha. E se ela por acaso não foi para a padaria? Ela podia muito bem ter chegado à padaria instantes depois de eu ter saído para ir à mercearia ou para ir procura-la em nossa casa.

Recupero um pouco de calma e caminho em direção à nossa padaria. Tento fazer com que minha mente aceite a hipótese de que ela está lá, me esperando para nos dois irmos juntos para casa. “Katniss está na padaria. Ela está lá, provavelmente tentando fazer pão novamente, bagunçando a cozinha, e ai quando eu chegar, ela vai sair correndo e me abraçar, me sujando de farinha, como ela sempre faz.”

Repito isso várias vezes até chegar perto da praça. Esse pensamento de que ela esta bem, de que nada aconteceu com ela, de que eu vou ver o sorriso dela enquanto ela fala para eu não se preocupar tanto me tranquiliza.

Pensando nela começo a sorrir sozinho, mas esse sorriso desaparece quando a padaria entra no meu campo de visão. As vitrines bonitas que enfeitavam a fachada da padaria estavam quebradas. A porta estava totalmente escancarada.

Chego perto da nossa padaria. Logo na porta, encontro um cão selvagem, típico da floresta, estendido morto no chão tampando a passagem. Cautelosamente passo por cima do cão aparentemente morto, entro na padaria escura, e acendo a luz.

Com a padaria iluminada, me deparo com mais dois gigantes cães jogados no chão com flechas encravadas no pescoço e na barriga. E também encontro a Katniss, deitada no chão sangrando e inconsciente.



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bem, vou tentar escrever o próximo capitulo o mais rápido possível. E agradeço a todos os comentários que me enviaram. Tanto aqui quanto em outras redes sociais.