Querido Diário Otaku escrita por Panda Chan


Capítulo 27
Capítulo 27 - Revelação


Notas iniciais do capítulo

Ok, o nome do capitulo ta uma droga e o capitulo também.
Na verdade eu estou uma droga, é.
Quero dedicar o capitulo pras TRÊS pessoas que recomendaram a fic, quando eu vi as recomendações vomitei arco iris aqui e alaguei a casa *o*
EvansLily, MisaAmane e Bella Sieghart muito obrigada, jamais pensei que a fic fosse ter tantas recomendações *U*
E obrigada a EvansLily ( olha que bonitinho favoritou e recomendou a fic ) Killer e ingridi tdr por favoritarem.
AH, eu postei a fic dedicada pra pessoa que acertou o autor da carta e das próximas que viram.
Parabéns Luana : http://fanfiction.com.br/historia/329482/Through_Glass/
Boa leitura



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Segurei-me para não gritar expulsando ele do quarto, nem eu mesma sabia que tinha tanto autocontrole:

- Oi – ele disse.

- Oi – respondi.

- Vi o que aconteceu com o avião da sua mãe. Sinto muito.

- Como você viu?

- Jornal.

- Você não assiste jornal.

- Apareceu em todos os jornais da internet, foi impossível não ver.

Agora que ele disse isso parei pra pensar melhor. No avião devia ter no mínimo 200 pessoas, o que aconteceu com elas? Será que precisavam de transfusões? Será que estavam engessadas em uma cama de hospital? Será que saíram com vida?

Balancei a cabeça tentando fazer os pensamentos caírem dela e o encarei.

- O que você quer aqui? – perguntei rispidamente.

- Vim ver se você estava bem e sua mãe também, eu sei como você é sensível.

- Bem, como você pode ver eu estou muito bem obrigada – cruzei os braços – E minha mãe também está muito bem. Agora, se você quiser me dar à honra de te ver indo pra sei lá onde eu agradeceria.

- Você realmente acredita que eu vou embora antes de ver sua mãe? – perguntou usando certo tom de descrença em sua voz.

- Sim, acho – respondi secamente.

- Nossa como você está seca hoje.

- Se quiser uma briga molhada me leve ao parque aquático.

- Desculpa senhorita TPM- ergueu os braços em sinal de rendição e se sentou na poltrona branca.

Depois ele se sentou na poltrona branca e sorriu.

- Tá rindo do que cabeção?

- Cabeção? Antes você e chamava de Cabeça de Pudim, menininha.

- Pensei que agora eu fosse uma paçoca – retruquei.

- Paçocas não são tão lindas.

- Isso foi uma cantada, Foster?

- Entenda como quiser – deu os ombros- Só quero esperar noticias sobre a sua mãe num lugar confortável.

- Certo.

Deite-me na cama e fiquei encarando o teto até a porta do quarto ser aberta.

- Jullie? – reconheci a voz como sendo a do meu pai – Precisamos ter uma conversa a sós – mesmo sem me levantar pra olhar sei que ele jogou um olhar de “caí fora” pro Andrew.

- Entendi a indireta, fui.

Alguns segundos mais tarde ouvi a porta se fechando novamente. Sentei-me na cama e analisei as duas figuras na minha frente.

Meu pai estava acabado. Sua camisa social estava manchada de café, sua calça totalmente amassada e sua barba estava muito maior que de costume. Meu irmão tinha a cara inchada, olhos vermelhos, cabelos bagunçados e sua camiseta estava manchada do que acredito ser suor e café.

- Pela expressão seria no rosto de vocês diria que houve alguma complicação no caso da mãe ou eu fiz alguma besteira.

- Seus dois palpites estão errados – disse o pai sentando na poltrona onde Andy estava- A conversa que eu terei com vocês dois agora é séria. Eu preferia não ter que tê-la na situação atual, mas me vejo sem opção.

- É sobre a doença do Lucca?

- Sim.

- Que bom, eu estou muito curioso pra saber como posso ter essa doença.

- É melhor você ficar sentado, a conversa será longa- recomendou o Senhor Pai.

Lucca se sentou na cama um pouco longe de mim observando atentamente o Senhor Pai como se tentasse ler seus pensamentos, em outras circunstancias eu o criticaria por tentar ler os pensamentos de alguém, mas na situação atual até eu estou tentando fazer isso.

- Pode começar – disse.

- Essa é uma longa história. Muito longa mesmo, e muito mais velha do que vocês. Como vocês já sabem eu tinha uma irmã quando era mais novo, ela se chamava Morgana, ela era mais velha, esperta e habilidosa do que eu. Ela se apaixonou por um certo homem e com ele se casou. O problema é que esse certo homem tinha uma doença e contaminou a Morgana.

- O que isso tem haver comigo? – perguntou Lucca impaciente.

- Calma, você já vai entender- suspirou- O seu marido terminou falecendo por conta da doença deixando Morgana e seu filho que ainda nem havia nascido sozinhos no mundo. Eu não aguentava ver o sofrimento de minha irmã então a convidei para morar comigo e sua mãe, ela aceitou e poucos meses depois deu a luz a um garoto – lagrimas começaram a passear pelo seu rosto – Ela – ele passou a mão sobre algumas tentando parar o choro sem muito sucesso – Ela faleceu poucas semanas depois de dar a luz ao menino. Ela não me contou sobre a doença então eu não vi problema em deixa-la amamentar a criança – agora ele não tentava mais secar as lagrimas.

- E-Eu não entendo... O que isso tem haver com Lucca?

- Não é obvio Jullie? – olhei para Lucca que chorava desesperadamente.

- A criança foi contaminada pela doença durante a amamentação porém o vírus nunca se manifestou. Eu e Elise decidimos criar aquela criança como se fosse nosso filho, a mãe de vocês estava tão feliz por estar grávida de sua garotinha e tinha tanto amor que poderia criar até cinco crianças.

- Isso quer dizer que ...

- Lucca não é nosso filho. Ele não é seu irmão, Jullie. Sinto muito que vocês saibam da verdade assim.

Fiquei de boca aberta enquanto sentia lágrimas passeando livremente pelo meu rosto, vire-me olhando para Lucca, ele estava com as mãos tampando o rosto e soluçava muito. Eu o abracei e chorei com ele.

Não estava triste por ele não ser mais meu irmão. Estava triste por ele descobrir dessa forma. Descobrir de forma tão inesperada que seus pais estavam mortos e que quem ele chamou de pai era seu tio.

- Acho que vou deixa-los sozinhos – O Pai saiu do quarto nos deixando sozinhos com nossas lágrimas.

Elas eram inacabáveis, nossas lagrimas pareciam não ter fim. Quantas vezes choramos juntos naquele dia? Perdi a conta. Foram muitas.

- Escuta – limpei algumas lagrimas e tirei o seu rosto do “escudo” feito de mãos em que estava – Eu não vou dizer que sei como você se sente, pois não sei. Não vou mentir dizendo que mais tarde vai doer menos porque não vai. Lucca, eu estou aqui e sempre vou estar aqui pra te apoiar, não importa e tu é meu irmão, primo ou meu tio-avô de quarto grau... Eu estou aqui pra te apoiar e vou ser seu ombro amigo se você quiser porque eu e você somos uma família, certo?

- Não estou chorando por isso Jullie, há muito tempo já desconfiava de algo assim. Eu estou chorando porque ainda estou na mesma situação – ele secou algumas lagrimas de seu rosto vermelho.

- Que situação Lucca? Me fala, por favor não guarde nada de mim – pedi.

- Eu ainda sou parente da garota que desejo, Jullie. Isso ainda é nojento, é errado e ela não me quer – mais lágrimas saiam de seus olhos – Isso é uma pegadinha de Deus, é algum castigo por algo que fiz em outra vida, você entende? – olhou para mim em busca de alguma resposta – Não, não entende. Quem dera entendesse.

- Não importa se você e essa garota possuem ou não laços de sangue, amor não é algo que julgamos pelos laços familiares ou sociais amor é algo que sentimos e não devemos julgar por esses motivos. Não importa o que vocês sejam, se for amor de verdade não é algo errado ou nojento.

- V-Você acha isso mesmo? – agora seu olhar amargurado se tornou esperançoso.

- Sim, eu acho- respondi sorrindo.

- Obrigado, se você não tivesse dito isso eu não teria coragem de fazer o que farei agora.

- O que você vai fa...

Não tive tempo de terminar a frase porque ele me beijou.

POR QUE TODOS OS HOMENS DA MINHA VIDA ESTÃO ME BEIJANDO ESSES DIAS? ISSO SÓ PODE SER CULPA DOS FEROMONIOS! Malditos feromonios.


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Notas finais do capítulo

É isso aê galera, ainda tenho que resolver os trecos de beta mas to sem tempo entao desculpem pelos erros.
Entendam, eu acordo as 5:00 todo dia, antes mesmo do sol aparecer eu ja to de pé, pra chegar na escola e quando volto pra casa já é em torno das 14:30 entao ta foda escrever a fic.
Beijos :*