Forever And Always escrita por Firefly Anne


Capítulo 80
LXXX: Temor


Notas iniciais do capítulo

Obrigada ALD pela recomendação ♥ Eu adorei! *-*



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LXXX — Temor

(...)

“Bons momentos deveriam ser eternos”, era o pensamento de Isabella quando despertou de um rápido cochilo nos braços do namorado. Pela claridade que penetrava as cortinas cor de pêssego do quarto, o dia já havia amanhecido há muito tempo. E, apenas para comprovar que estava certa, o seu estômago protestou. Desde o dia anterior que não se alimentava com nada substancial. Beijar Edward não acalmaria o seu estômago! No entanto, ficara penalizada com a hipótese de acordá-lo, uma vez que ele parecia tão sereno em seu sono.

Quando Bella tentou se desvencilhar dos braços do namorado, encontrou um obstáculo. Estava total e incondicionalmente presa aos braços de Edward, que não a permitiam mexer um dedo sequer sem tocar em alguma parte do corpo do garoto. Tinha duas opções: ficar e esperar que ele acordasse, mesmo com os “trovões” vindos de sua barriga, ou procurar uma forma de se libertar e correr o risco de acordá-lo.

Não havia decidido qual opção seguir quando a alternativa “a” se materializou. Edward se mexeu na cama, trazendo o seu corpo para mais junto do dele e afundando o rosto em seu pescoço, sentindo a respiração dele arrepiar todos os pelos de seu corpo.

“Não quero ir para casa... quero ficar aqui eternamente”, era o que Bella pensava. Certos lugares tinham a capacidade de nos lembrar de determinado “melhor momento” de nossas vidas, e a pequena Sarasota seria a cidade inesquecível daquele casal de adolescentes. Seu estômago roncou mais alto... Precisava levantar da cama. Para a sua sorte, afastando os braços e as pernas de Edward que, miraculosamente, estavam entrelaçadas às suas, ela se viu livre. Arrastou um lençol até a altura do peito e se levantou, enrolando-o em seu corpo. Tomou um rápido banho e, antes de sair, se olhou no espelho: continuava a mesma Bella. Uma Bella “não virgem” e mais apaixonada, mas ainda Bella.

Nos filmes de amorzinho que costumava assistir, depois de uma noite (e manhã) de amor o rapaz acordava mais cedo que a garota e ia providenciar um café da manhã na cama. Deu risada quando percebeu que, no seu caso, a ordem seria invertida. Vestiu a primeira roupa limpa que encontrou em cima da mala e saiu para o corredor. Não deu nem o primeiro passo quando ouviu aquela voz familiar lhe chamar:

— Bella! — Parou onde estava, as bochechas logo ficando coloridas de framboesa. — Estava indo agora mesmo ao seu quarto... Edward já acordou?

Esme praticamente corria em sua direção, trazendo um classificador nas mãos.

— N-não... — gaguejou.

— Aconteceu alguma coisa?  — Esme franziu o cenho, parecendo verdadeiramente preocupada. Bella se assemelhava a um gatinho assustado.  — Você e o Edward brigaram?

“Brigaram, sim, desnudos, em cima de uma cama, com os corpos suados... mas não aquele tipo de “briga” que a sogra acreditava...”.

— N-não... não é isso...

— É que você está vermelha — Esme a analisou, e Bella ruborizou ainda mais. — Quer um copo d’água?

— N-não precisa, Esme. Estava indo ao restaurante do hotel tentar encontrar algo para comer...

— Queria muito acompanhá-la, meu anjo, mas preciso ligar para o aeroporto e remarcar, novamente, as nossas passagens.

— Vamos ficar mais um dia?

— Não! É que, bem, o nosso voo estava marcado para hoje, às 7h45. No entanto, bati na porta do quarto de vocês umas duzentas vezes, mas ninguém respondeu...

— Não ouvimos...

— Eu sei... — Esme riu, abafando o som com as costas da mão. — Passo no quarto de vocês assim que eu concluir.

Então Esme havia se dirigido ao quarto em que estavam dormindo... por sorte, a porta estava trancada e ela não vira nada de “errado”, como uma Bella e um Edward... nus.

Assim que chegou ao restaurante do hotel, percebeu que estava vazio. Pediu a uma das mulheres que trabalhavam ali uma bandeja maior e logo teve seu pedido atendido. Pegou biscoitos, frutas, queijos, sucos, geleias, creme de leite, café e donuts. Equilibrou a bandeja pesada por todo o corredor e praticamente chutou a porta, esperando que Edward ouvisse e fosse abrir. Quando ele abriu a porta, a visão do namorado a fez perder o fôlego: cabelos molhados com gotas escorrendo por seu pescoço e descendo pelo peito definido, e a toalha que pendia em seu quadril.

— Pensei que eu tinha sido abandonado aqui — ele disse, pegando a bandeja da mão de Isabella, enquanto ela fechava (e trancava) a porta do quarto.

— Esse lugar é meio movimentado para te abandonar... Você ia ficar era feliz!

Edward riu.

— “Você ia ficar era com depressão” parece mais apropriado. — Já posso ser enviado a uma clínica de Rehab porque estou totalmente viciado em você.

Um sorriso involuntário nasceu em seus lábios. Pela primeira vez desde que acordaram novamente, Edward a puxou para um beijo.

Compartilharam o café da manhã no quarto em silêncio. Entre um pedaço de queijo ricota e outro, eles conversavam sobre como fariam para ficar juntos ao estarem em Forks.

— É bem provável que o meu pai me proíba de sair de casa por, no mínimo, uns cento e dez anos por eu ter ficado no mesmo hotel que você.

— Seu pai não é cruel, Bella, talvez um pouco protetor demais. Quando nós tivermos uma filha, é muito provável que terei atitudes semelhantes à de seu pai.

— Ah, então o Charlie Swan não é, nas suas palavras, cruel?

Edward assentiu.

— Mas eu não usaria a palavra “cruel”, é muito forte. Antiquado soa bem melhor.

— Vou voltar a tocar nesse assunto quando o meu pai te intimar a sentar no sofá da inquisição e lhe perguntar até sobre a sua vigésima geração.

— Já passei uma vez pela Inquisição Charlie Swan. Uma segunda é sacanagem.

Para descontrair, Bella mergulhou o dedo no creme de leite e, rapidamente, sujou a ponta do nariz do Edward.

Quando consultou o relógio, passava das duas horas da tarde. A noite anterior havia sido “agitada” para ambos e, ao acordarem pela manhã, se perderam mais uma vez na exploração do prazer que, aos poucos, deixava de ser desconfortável para Isabella. Esme batera à porta algum tempo depois, os intimando a sair do quarto e aproveitar as últimas horas em Sarasota. A mãe de Edward conseguira remarcar as passagens para às 19h15.

Passearam mais uma vez pela orla, os três juntos, e tiraram fotos para mostrar aos pais de Bella e a Carlisle o quanto aquela viagem havia sido proveitosa para os três. Quando voltaram para o hotel com o objetivo de arrumar as malas, Bella precisou se controlar para não desmanchar em lágrimas. E o mesmo se podia dizer assim que chegaram ao aeroporto.

E quando já estava dentro da aeronave e abraçada ao peito do namorado, observou pela janelinha Sarasota se tornar minúscula. Escondeu o rosto na jaqueta de Edward, do contrário choraria.

Já estava começando a sentir saudade.

E temor pelo que encontraria ao estar de volta a Forks.


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Notas finais do capítulo

Olá, amores da Annie! ♥
Fico contente em saber que não querem me matar por eu não ter detalhado a noite de amor deles *-* Sobre um possível outtake com a cena em questão, eu prometo pensar com carinho! ♥
Linduxas e linduxos, estamos nos aproximando da terceira fase na vida de Edward e Bella, e, consequentemente, uma passagem de tempo. Relembrando: fase 1: infância, fase 2: adolescência e a fase 3... Acho que vocês já têm uma ideia ♥ hahaha
Quero pedir desculpas por estar demorando tanto tempo para atualizar, mas crescer não é legal. :( Quero voltar a ser criança (não que tenha mais de 20 anos ksolaksoaksoa) e ficar brincando de boneca à toa :'(((((((
Prometo não demorar tanto... o/
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Até breve!!
Annie