XXXVI — Acidente.

(...)

Forks não era uma cidade com grande circulação de carros. Em uma cidade com menos de 4 mil habitantes, podia-se dizer que o trânsito era calmo; não existiam engarrafamentos. No entanto, a cidade poderia ser vazia, mas isso não anulava a existência de automóveis e motocicletas.

Bella sempre ouviu os pais, Alice, e até mesmo Edward dizer o quanto ela era distraída. A garota nunca parou para levar a sério essa advertência, rolando até os olhos toda vez que saia de casa e ouvia Renée dizer:

“Cuidado ao atravessar a pista, olhe em todas as direções.”

Podia-se dizer que ela estava “na lua” ao atravessar a pista para ir ao encontro de Edward na tarde daquele dia. Enquanto fazia o seu caminho em direção ao outro lado da avenida, por não olhar se a rua estava livre de carros, não percebeu que vinha um, em sua direção. Tornou-se ciente apenas quando o barulho da buzina ressoou muito próximo, e sentiu um impacto bater em seu corpo derrubando-a no asfalto.

Bateu o traseiro no pavimento e na queda jogou todo o peso do corpo em direção ao pulso. Pela dor que sentia no local, podia apostar que estava quebrado. O joelho e cotovelo também doíam.

— Isabella! — tremeu ao ouvir o grito. A voz era familiar. Billy.

O homem que recentemente havia abandonado a cadeira de rodas saiu apressadamente do veículo, indo prestar socorro à filha do companheiro de pesca.

— Sente-se bem menina? Você bateu a cabeça? Algum lugar está machucado? Consegue se levantar? Você precisa ir ao médico! — Bella ficou tonta com a enxurrada de perguntas que Billy estava fazendo.

— Eu estou bem — murmurou. — Eu acho.

Billy ajudou Isabella a se levantar, colocando o corpo magro da menina entre os braços, levando-a para a caminhonete.

— Billy, realmente não precisa se preocupar. Eu estou bem.

— Não, você não está.

— Eu estou — teimou.

— Você precisa ser examinada. E estamos indo para o hospital de Forks.