Fallen In Love escrita por MatheusSouza


Capítulo 12
Capítulo 11. Anjo


Notas iniciais do capítulo

Anjas, tem capítulo novo no ar *----* Espero que gostem :)



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/272873/chapter/12

Patch me ofereceu o seu braço assim que terminei de colocar o blazer. Prendi os meus cachos ruivos e – na maioria do tempo rebeldes – em um coque sóbrio e dei um jeito no meu rosto com um pouco de maquiagem.

“Anjo, você tem certeza?” Patch me perguntou, pela trigésima vez naquele dia. Eu apenas respondi com um aceno de cabeça. Entramos no elevador e ele colocou a mão em minha bochecha, fechando-me com seu outro braço contra a parede. “Nora, desculpe-me por estar sendo tão chato. É que eu te amo muito e quero que tenha certeza de que está fazendo isso por que quer. Eu sei que você disse que isso vai ajudar um monte de gente e tudo mais, porém não precisa fazer nada que não queira.”

Eu me derreti com aqueles olhos compenetrados nos meus, o tom concessivo e carinhoso. O beijei de forma terna.

“Patch, assim como tenho certeza de que eu amo você, tenho certeza de que quero fazer isso. Ajudar a Schuster vai ser uma das maiores realizações pessoais da minha vida. Neste caso, não importa quais sejam as consequências, preciso esquecer de mim mesma para pensar no sr. Schuster, que tanto me ajudou.”

“Você é incrível, você sabia disso?” Ele sorriu e retribuiu o meu beijo. Um toque rápido indicou o fim do passeio no elevador, eu o levei até o meu carro, embora ele tivesse feito um pouco de birra para podermos ir na moto.

Deixei que ele dirigisse e fui beijando o seu pescoço por toda a viagem, não importa o quanto isso tenha sido imprudente. Chegamos ao prédio da editora, Patch apertou as minhas mãos e correu até a minha porta para abri-la antes que eu saísse, como um perfeito cavalheiro.

Eu tinha certeza de que o amava, mais do que tudo na minha vida.

Entramos de mãos dadas na portaria, pude observar os olhares do porteiro, que me deu um bom-dia com um meio-sorriso. Provavelmente, antes mesmo da minha chegada ao andar da diretoria, aquele acontecimento já estaria na boca de todos os funcionários da empresa.

Mais uma vez no elevador, mantivemos a compostura. Afinal, a qualquer andar, um colega de trabalho poderia entrar e nos ver.  Caminhei por todo o corredor, com o rosto quente ao notar os olhares, até chegar à sala de Schuster e encontrar Elena. Seus olhos brilharam de inveja assim que viu a minha mão entrelaçada a de Patch.

“Nora, minha querida!” Ela jogou os cabelos por cima do ombro e estufou o peito, defendendo o papel de vaca dela. “Permita-me apresentar, sou...”

“Ela é a minha ajudante, Elena Gilbert.” Eu terminei. Elena ficou extremamente sem-graça, ela olhou para Patch e em seguida para mim, fuzilando-me com os olhos, depois saiu andando pelo corredor.

Fomos para a sala do sr. Schu.

“Ei, minha garota. Chegou o grande dia!” Ele disse, quando me abraçou. Logo em seguida, apertou a mão de Patch. “Então, o senhor é o prodígio Cipriano? Ah, desculpe, é que resolvi criar um apelido pra você. Espero que não se importe...”

“Que nada.” Patch disse, tirando a jaqueta de couro, numa clara demonstração de conforto. Schu convidou-nos a sentar e começou a ler os detalhes no contrato. Patch disse concordar com tudo e logo em seguida a secretária, Carla, veio com as canetas para que todos assinassem.

Assim que terminou, Schu resolveu matar sua curiosidade fazendo perguntas. Eu sabia que aquele momento chegou porque o meu chefe sempre teve veia jornalísticas, mas vinha tentando me impedir de pensar naquilo, uma vez que não sabia qual seria a reação do Patch.

“Então, sr. Cipriano–“

“Patch”. Ele corrigiu.

“Eu tenho uma grande curiosidade para saber como o nome e a descrição de Nora Grey foi parar em seu livro.”

“Bom, sr.–“

“Schu”

“Schu. Essa é uma...” Eu olhei para ele, sinalizando. Mesmo que eu gostasse e confiasse muito em Schu, não queria que ele soubesse tantos detalhes assim da minha vida. Muitas coisas que eu não gostaria que ninguém soubesse que eu passei estavam descritas ali e a descoberta delas acabaria me deixando mais insegura do que já sou. “Grande coincidência, com certeza.” Patch concluiu, sorrindo pra mim.

“Tamanha coincidência que fez com que vocês se apaixonarem como os pombinhos do livro. Uma coincidência incrível, sabia?”

“Pois é.” Eu disse. “E... Schu, teria problema que mudássemos os nomes dos personagens? É que, eu gostaria de evitar as possíveis perguntas sobre essas semelhanças.”

“Sem problemas, minha querida.” E terminamos a manhã ali conversando, Patch já devidamente próximo do sr. Schuster, tendo até tomado umas doses de uísque, fazendo-me dirigir de volta pra casa.

Assim que voltamos ao apartamento dele senti uma sensação de conforto enorme. Aquele apartamento, onde já tinha acontecido inúmeras coisas importantes na minha vida, em um tão curto espaço de tempo, tinha feito com que eu me sentisse em casa, lá. O que era bom, afinal, nem eu meu próprio apartamento eu me sentia assim.

Ele abraçou-me por trás e beijou a minha nuca. Causando-me arrepios. Deixei que minha cabeça caísse sobre seu ombro e ele deixou um dos braços livres para soltar o meu cabelo que àquela altura, estava igualando-se a uma juba de leão. Eu tntei repará-lo, ele não deixou.

“Seu cabelo é lindo de qualquer forma. Você é perfeita, anjo.” Se qualquer outro homem tivesse dito isso pra mim, na certa, teria revirado os olhos e pego a escova para reparar a bagunça. Porém, era Patch. Sempre havia verdade e paixão em suas palavras, elas sempre me confortavam e me deixavam terrivelmente excitada.

Eu o queria, dentro de mim. Virei-me de frente para ele e passei a mão na sua ereção, ele deu uma gargalhada travessa. Patch, carregou-me em seus braços fortes até a cama e lá fizemos amor com a maior paixão que podíamos dar um para o outro.

“Eu te amo, Anjo.” Ele sussurrou logo que chegou ao orgasmo.

“Eu te amo, Patch.” Eu falei, igualmente esgotada.

E os dias foram passando-se, eu não queria mais sair do conforto daqueles braços nunca mais. Passei a fazer seu café da manhã, almoço e jantar, vivendo uma verdadeira de casa. Apesar de sempre ter sido uma mulher independente, com Patch eu não precisava fazer nada pra reforçar minha feminilidade, eu fazia porque queria, ou do contrário, era ele quem faria pra mim.

Tudo estava na mais completa perfeição, em um dia, recebi a ligação do sr. Schu dizendo que o livro estava na gráfica e tinha passado pela aprovação dos executivos. Nós fizemos um acordo e ele deixou que ficasse mais alguns dias em casa, esperando as minhas férias, contanto que ele me enviasse o trabalho para casa. Porém, um dia, essa perfeição acabou e tudo estava prestes a mudar.

Recebi uma ligação da minha mãe e Patch ficou extremamente preocupado, assim que viu a minha cara triste.

“O que foi, Anjo?”

“É a minha mãe. Ela está doente, ela tem câncer. Ela... Quer que eu volte para Coldwater.” Eu pude ver seu rosto assustado assim que mencionei o nome da minha cidade-natal, tinha medo de que aquela viagem pudesse mudar algo na nossa relação, até agora, inquebrável. Mas eu tinha que ir.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Pronto pra matar a saudade de vcs nas reviews ♥33 Let's go!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fallen In Love" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.