– Vejo que vocês dois voltaram, fico muito feliz! Alicia recuperou a memória? – disse ela olhando para Alicia por cima de meu ombro.

– Infelizmente não, mas algo indica que ela não tinha se esquecido do que sentia por mim – respondi com um sorriso bobo na cara e passando a mão pelos cabelos.

– Mas porque você está aqui interrompendo nosso beijo? – perguntei rindo.

Jully não riu comigo, o que me preocupou e fiquei novamente sério. Vi Percy na porta acompanhado de Annabeth, o que estava acontecendo? Olhei para Jully esperando uma resposta e ela abaixou o tom de voz para Alicia não nos escutar.

– Nico, o salão está cheio de monstros. Você precisa tirar Alicia daqui.

– Final –

Pov Percy.

Nico iria levar Alicia para casa e depois voltaria para nos ajudar a acabar com os monstros. Sabíamos que não demorariam para que muitos viessem nos atacar. Eram muitos semideuses juntos, sendo seis filhos dos Três Grandes.

Para tirar os mortais do salão, foi fácil. Eu, sendo um professor, afirmei que a festa tinha acabado e Paul me ajudou. Logo estavam apenas nós, os semideuses, alguns soldados mortos – convocados por Jully – contra dúzias de monstros.

Becca, Drake e Jully estavam com o arco. Jason e Thalia com as lanças. Annabeth e Nikki com as facas. Eu, Travis e Connor com espadas. Eu estava na frente, por isso, comecei o ataque.

Investi contra os monstros. Flechas passam por mim em direção a eles. Algumas conseguiam brechas nas armaduras e transformavam o monstro em pó. Nico – que chegou a algum momento – veio para o ataque, ao meu lado. Sua espada de ferro estígio, fazia monstros recuarem apenas ao olha-la. Depois de algum tempo, alguns machucados e muitos monstros transformados em pó, conseguimos acabar com todos.

Pov Jully.

Afastar. Sair da cidade. Alicia recuperar a memoria. Montauk. Mar.

Isso já não me assustava mais. Agora era rotina. Eles não podiam saber sobre Alicia recuperando a memoria, mas precisávamos sair da cidade. Dar a essa ideia a eles, ou melhor, a ela, sem nenhuma explicação faria qualquer um estranhar. Porém eles não podiam saber.

Estávamos sentados no chão do salão, havíamos acabado de “matar” todos os monstros. Cansados, essa palavra dos definia bem.

– Sabe o que eu acho? – comecei – deveríamos tirar férias.

– Para onde, Jully? – Nikki perguntou.

– Montauk. Podemos alugar um chalé lá e curtir as férias.

– Só terá um problema – disse Nico – Alicia.

– Não vejo problema nenhum nisso – falei – ela iria adorar sair um pouco da cidade, ainda mais se for para ir para Montauk.

– Se ela decidir entrar na água? – perguntou Percy – ela irá estranhar o fato de não se molhar.

– Se eu estiver certa, você pode pedir para que ela se molhe – menti.

– Vamos ver o que ela acha, assim será mais fácil – conclui Becca.

– Tem razão – disse Nico – além do mais eu quero ir para casa.

– Para a nossa casa ou para a casa do Percy? – perguntei rindo.

– A nossa está cheia. Cansei de ouvir gemidos, além disso, na casa do Percy tem pessoas mais bonitas.

– Eu sei que sou lindo, Nico, mas estou noivo, se controla – brincou o filho de Poseidon.

Nico rindo, mandou um beijo para Percy e Annabeth se fingiu de brava, o que fez todos rir.

– Quando sai o casamento? – pergunta Nikki.

– Não sabemos ao certo, mas não demorara a acontecer, não é? – diz Annabeth.

– Percy não vê a hora de ter uma coleira no pescoço – Travis se manifesta.

(...)

Pov Alicia.

Acordei com uma dor de cabeça horrível e um gosto pior ainda na boca. Minha vontade era de ficar na cama o dia inteiro, mas eu precisava escovar o dente urgente e tomar um remédio.

Tomei um banho e fiz minha higiene matinal. Vesti-me e fui para a sala.

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A bagunça no sofá indicava que Nico havia dormido ali. Lembrei-me de ontem à noite, dele e da aliança, o resto não passava apenas de um borrão. Limpei as lágrimas que caíram a segui até a cozinha a fim de achar os remédios para dor de cabeça. Tomei um assim que achei.

Abri os armários na esperança de encontrar meus cookies. Eu amo cookies. Achei um pacote, peguei um pouco de leite na geladeira e coloquei no micro-ondas. Voltei para o meu quarto e peguei o notebook. Deixei na mesa da sala de jantar enquanto eu ia até a cozinha para pegar os cookies e o leite e os coloquei do lado do notebook.

Se minha mãe visse, com certeza brigaria comigo, mas eu estava com vontade de ver as fotos. O protetor de tela era uma foto minha e do Percy. Ele não havia me dito quem era o nosso pai e eu já havia desistido de perguntar, mas era engraçado que a única coisa que tínhamos parecido eram os olhos.

Eu tinha muitas fotos com Nico e olhar para elas me lembrou, ainda mais da noite anterior, quando ele disse que tinha uma namorada. Ouvi passos vindos do corredor.

– Bom dia – Percy diz, dando um beijo em minha bochecha.

– Bom dia – sorri para ele.

– Jully está vindo para cá. Ela quer conversar com você.

– Tudo bem – digo apenas.

– Está tudo bem mesmo? – pergunta preocupado e eu apenas assenti – estou no meu quarto, qualquer coisa...

Assim que ele saiu a campainha tocou. Só podia ser Jully. Abri a porta e encontrei-a sorrindo para mim. Retribui o sorriso e fomos para o meu quarto. Jully sentou na minha cama.

– Tudo bem? – perguntou.

– Tudo, Jully, tudo – respondi rindo e ela pareceu acreditar.

– Tenho ótimas noticiais! – cantarolou.

– O que? – perguntei.

– Nós vamos passar as férias em Montauk!

~~

Segunda temporada: 

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