Im Only Human escrita por Ailish
Notas iniciais do capítulo
Fic extremamente curta, porém preciso expressar meus sentimentos de alguma forma após ver o episódio 25 de Kuroko no Basuke.
Céus. Eu chorei vendo.
Muito perfeito, foda, epico. Simplesmente não há palavras para dizer o quanto gostei e sofri vendo!!
♥
Assim que seus olhos percorreram pela extensão da quadra de madeira lustrosa, Kise sentiu que tudo havia desmoronado. O corpo lateja, e as pernas desgastadas tremiam como se estivessem mergulhadas em águas cortantes.
Afinal, o que significava vitória ou derrota ao ver os rostos de seus companheiros? Seus amigos que tanto sonhavam com a glória. Glória sorvida pelo time adversário. Ryouta sabia que havia fraquejado, não estava pronto para aquilo que tanto almejou.
Ele fraquejou na frente da pessoa que mais admirava.
O baque abafado tomou conta de seus ouvidos, assim que seu corpo suado e sem energias caiu no chão. E pela primeira vez, Kise se sentiu a pessoa mais indefesa do mundo.
Kasamatsu se aproximou, contando os passos pelo assoalho. Ele olhou para Kise, e seu olhar severo lentamente havia dado espaço para um vago, algo que Ryouta não conseguia decifrar.
– Levante-se. – o capitão estendeu a mão para o loiro, que permaneceu sentado no chão. Ele movimentou as pernas inutilmente, os músculos tremiam, impossibilitado de se erguer. Kise olhou rapidamente para Aomine que estava próximo, e seu coração disparou, causando-lhe uma onda de tristeza e fraqueza. Será que algum dia Kise poderia ser como Aomine?
Lágrimas floresceram em seus olhos, manchando seu orgulho e alma. Mas com certeza, algum dia Kise alcançaria o homem que mais admirava, Aomine Daiki.
Atordoado, Kasamatsu agachou-se e ajudou Kise erguer-se do chão, que chorava cabisbaixo, sentindo o peso da derrota suprimi-lo mais e mais nos braços do capitão.
– Capitão, eu... – o loiro engoliu o nó que estava na garganta, levando consigo todas as palavras que gostaria de dizer naquele momento.
– Não chore! Agora vamos para casa, Kise.
Logo após o jogo, Kasamatsu havia chegado em casa. Ele retirou os sapatos e os deixou na entrada da casa, caminhando lentamente até a cozinha. Os olhos azuis do moreno ardiam, dificultando um pouco seu trajeto.
Como capitão, ele estava muito abalado, e o estado físico e mental de seus jogadores não estavam colaborando. Naquele final de tarde, o moreno havia ficado sozinho no vestiário e chorado todas as lágrimas que poderia chorar, gritos eram ouvidos pelos corredores, causando frustração nos demais times que jogariam aquela tarde.
Ele sentou-se na cadeira que havia na cozinha, e jogou a mochila para um canto qualquer. A casa estava silenciosa, e somente os raios de sol tingiam timidamente o ambiente de um tom alaranjado acobreado, preso nas sombras que se formavam.
– As coisas não serão mais assim. – ele rangeu os dentes e bateu com o punho contra a mesa, balançando um pequeno vaso de flores que havia ali. Kasamatsu ficou socando repetidamente o mesmo lugar, colorindo os nós de seus dedos com o sangue que escorria das pequenas escoriações. – Eu prometo que não iremos mais perder! – ele grunhiu, acompanhando pelas novas lágrimas que se formavam nos cantos dos olhos.
Ele poderia ter ficado ali, descontando toda a dor da derrota naquele simples objeto, porém o som agudo e melódico do celular havia lhe chamado a atenção. Kasamatsu retirou o telefone do bolso e viu o led piscar de várias cores. Kise estava ligando.
O moreno esperou alguns segundos, respirando profundamente para conseguir falar com racionalidade.
– Alô.
– Capitão. – Kise estava sentado nas escadas de sua casa, admirando o sol que desaparecia entre os prédios da cidade. As mãos suavam frias, e os músculos estavam repuxados, causando-lhe uma dor incomoda. – Como você está?
– Kise, não precisa se preocupar comigo, somente trate de cuidar de seus machucados. – o moreno falou irritado, arrancando um pequeno sorriso de Ryouta do outro lado da linha. – Quero todos em forma para iniciarmos o nosso treino para a Winter Cup.
O loiro esticou as pernas pela escadaria, e escorou o ombro no pilar da área de entrada. – Capitão, quando fomos embora, você ficou no vestiário... Eu sei que você não está bem. – Ryouta olhou para o sol e semicerrou os olhos, fechando-os lentamente em seguida. – Tsucchi, você não deve levar todo o peso sozinho nas costas. Todos nós estamos preocupados.
– Não digam besteiras. – o moreno baixou a cabeça e ficou olhando a mão em punho que sangrava, colorindo o chão. – Ryouta, saia com alguma de suas meninas, descanse alguns dias, apr...
– Capitão!! – o loiro gritou do outro lado da linha, surpreendendo o moreno. – Eu não consigo parar de pensar naquele ponto que perdi, se eu fosse um pouco melhor eu... – Kise cerrou os dentes e mordeu o lábio inferior, ocultando com a mão a lágrima que escorria solitária de seus olhos. – Eu prometo que nunca mais farei ninguém da equipe chorar.
Kasamatsu relaxou o rosto, os lábios contorcidos em um pequeno sorriso. – Você já está chorando Ryouta. Idiota.
– Não estou, não. – Kise passou a mão pelo rosto, limpando as lágrimas que teimava cair de seus olhos. – Dá próxima vez, ganharemos utilizando a minha técnica. Ultrapassarei o Aomine, e seja lá quem mais.
– Vou esperar ansiosamente por isso, Kise. Eu confio em você.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Foda-se o mundo?! Vou levar todos para a minha casa e trata-los com muito amor e carinho!!!!
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