Depois do jogo comecei a pensar na arena, no modo que vamos jogar e o resto das coisas. Não decidi praticamente nada, só que vamos ir, pegar as coisas que quisermos, matar quem der na telha, menos quem estiver na aliança claro, sair da cornucópia um tempo, para recolherem os corpos, e depois voltar, dependendo de como a arena for, vamos ir para outro lugar, talvez se houver uma montanha, podemos ficar no pico dela, afinal, pra que uma parede de escalada na arena se não vai ter nada pra escalar além de arvores, e se tiver arvores né? Lembro de uma vez em que a arena era um terreno desértico havia apenas um rio e pequenas plantas e animais que mais ou menos sobreviviam ali, se bem que tudo ali é artificial, tudo pode ser controlado, e se eles quisessem poderiam colocar uma baleia pra viver bem ali no meio do deserto se quisessem, mas parei de pensar nisso logo.

Acordei tarde no outro dia, tanto que Nathan já havia descido e não havia mais ninguém lá, as vezes eu me perguntava onde estavam Charlie, Tânia e Bryan enquanto treinávamos, vez ou outra eu os vias dando voltas pelos campos, mais não faziam nenhum contato.

Quando desci para treinar, não falamos uma palavra sobre o jogo, decidi manter assim. Kristem já agia como se nada tivesse acontecido, andava feliz e saltitante pelo campo de treinamento, vez por outra paquerava o menino do 5, que a olhava sempre com uma cara feia.

_ Que tal se hoje, cada um observasse um as habilidades dos outros, primeiro vemos de um, depois de outra, que tal? – Perguntei, precisa avaliar meus futuros aliados.

_ Eu acho essa idéia boa - disse Aaron – quem vai ser o primeiro?

_ Por mim tanto faz – disse Kristem – posso ser a primeira. Ela seguiu para a sessão de arcos e fomos atrás dela, eram bem simples, havia uns bonecos e ela tinha que atirar neles, diferentes dos meus, eles acendiam e você tinha que atirar no qual, mas parecia que não se mexiam, pois o chão era totalmente pavimentado sem risco para o boneco deslizar como o meu. Ela pegou um arco e uma aljava de flechas e colocou nas costas, conforme os bonecos ascendiam ela atirava nelas, não com muita precisão, de umas 20 flechas que ela atirou, apenas umas 3 foram bem precisas, na minha opinião ela precisava melhorar.

_ É acho que com essa mira, se você for acertar outro tributo vai acabar acertando um de nós, tem dois dias pra melhorar, ou escolher outra coisa, nota 5 – disse com arrogância, ela me olhava com uma cara de desdém – Enfim, quem é o próximo?

_ Eu vou – disse Aaron, nesse momento percebi que não sabia qual a arma de Aaron, então só o segui, ele foi pra sessão de lanças, eu não fazia idéia de como ele ia andar com um monte de flechas por ai, mais ele é grande e forte, acho que não seria problema. O esquema dos bonecos dele era o mesmo do de Kristem, mas diferente dela, ele era preciso quase todas as vezes, só algumas vezes que errava por pouco.

_ Hum, nada mal, 9 – disse - Bom já que estamos por ordem, eu vou ir.

Fui pro centro de facas, e dessa já havia avançado uns níveis mais decidi ficar no 12, coloquei, lá vieram vários bonecos que além de se mexerem eu tinha que atirar no que era me mandando aonde me era mandando, a dificuldade não era tanta, acho que meus 4 anos de treino me fizeram muito bem. Lembro de quando comecei eu tinha 10 anos e Clove 12, ela ainda não era uma mestre, mas era boa, eu sempre esperava ela parar pra poder ir não queria ser humilhada, ainda mais na frente do Cato que estava sempre de olho nela. Esse pensamento me trouxe raiva comecei a tacar as facas ferozmente, até que o sinal tocou e todos os bonecos estavam mortos. Todos começaram a bater palmas, menos Kristem, fiz um reverencia.

_ 10 – disse Aaron, sorri como agradecimento

_ Bom, como eu e a 6 treinamos com espadas, e agora é minha vez, vamos juntos – disse Nathan, era incrível como mesmo depois de Priscila dizer que gostava dele, ele ainda se mantinha normal perto dela.

Nos os seguimos e primeiro eles começaram a arrancar cabeças de bonecos que apareciam do nada de qualquer lugar, depois fizeram uma luta juntos, eles eram muito bons, mais espada tem uma coisa ruim de se ter que chegar perto para ferir, não eram como as minhas armas as de Kristem, de Pâmela e de Aaron.    

_ Muito bom! – exclamei – 10 – os dois sorriram, e bateram os cabos das espadas, acho que isso deveria ser algum tipo de comprimento.

E por ultimo, faltava Pâmela, com a sua arma, diferente e inovadora. Diferente da gente, os alvos dela vinham de todos os lados, por cima, rastejando, em formas de bonecos ou coisas pequenas não identificáveis. A arma dela vinha em médios estojos, em pequenas pilhas bem organizadas, ela o prendia no cinto e ia pegando a cada hora 5, fazendo estilo um leque na mão e tacando nos alvos, era incrível e muito útil, as laminas eram incrivelmente afiadas, tanto que atravessavam até os maiores alvos, aquilo podia cortar um pescoço a quilômetros de distancia. Quando ela terminou e todos os alvos estavam aniquilados eu disse:

_ Que incrível! 11!