Me levantei e voltei para casa. Peguei meu celular no caminho.

- Jenks, me arranja uma casa no interior.

- Isabella... mas é alugada ou venda?

- Venda. Preciso de uma casa para essa semana! Não fico aqui nem mais um segundo! E outra coisa, venda a Ferrari e compre algo mais rural, uma caminhonete?

- Isabella o que vai fazer?

- Me mudar não ouviu? Não vou me mudar com uma Ferrari, preciso de um carro mais simples e outra coisa, nada de mansão. Quero algo mais simples para mim, uma casa modesta com conforto, dois quartos – pensei melhor... e se tivesse gêmeos? – Tres quartos por favor e garagem.

- Bom, para sua sorte eu acabei de receber uma casa aqui, mas fica em Utha!

- Bom, vou ver as fotos ainda hoje.

Animda só passei e peguei meu carro e fui para o escritório dele. Ficava em Manhattan e fui na velocidade que minha ansiedade deixava. A secretária dele Jéssica me olhou e já foi fazendo sinal para entrar.

- Bom dia Isabella, que bom que parece estar melhor.

- Sim, estou. Onde estão as fotos?

Ele se aproximou de uma pequena área com fotos num quadro branco grande. A casa era estilo antigo, colonial.

- Bom, ela data da guerra civil, mas está em ótimo estado. Tem cinco quartos, mais do que queria, ela foi reformada ainda esse ano e tem uma área na parte de trás para churrasco e outras atividades. – olhei o gramado e sorri, meu filho correria solto por ali. – Tem uma casa em anexo. – Olhei e vi que parecia um estábulo pequeno. – É a área de compotas, aqui se fazia compotas e os donos antigos morreram, mas os filhos mantiveram tudo como eles deixaram.

- Ainda te compotas ali?

- Muitas, o verão é muito bom para essa atividade e eles ainda estavam vivos, por isso tem compotas para vender por todo o ano.

- Morreram...

- O casal morreu sim, os filhos não tem interesse em manter a casa.

- Sei.

- Bom, tem um escritório na parte de baixo, uma biblioteca grande, sei que ama livros e eles tem uma coleção de livros raros que já estão incluídas no preço da casa se quiser e sala de jantar e cozinha industrial.

- Pode comprar. Amei.

- Bom, Isabella eu não sei como está sua situação financeira.

- Venda a Ferrari, alugue minha mansão no Texas, isso vai cobrir algumas despesas. E o carro, venda ele. E o resto eu pago com o dinheiro do divórcio e vou me mantendo com ele depois.

- Bom, a casa vem com empregados. É gente quase da família, é uma exigência que eles não sejam demitidos.

- Quantos?

- Cinco. O salário deles fica uma despesa total de quinze mil por mês e a manutenção a casa fica em praticamente esse valor. Com luz e outros concertos necessários.

- Hum... minha mansão no Texas vai cobrir isso. O alugel dela está avaliado em quanto?

- Bom, a mansão está em ótimo estado e Edward reformou a uns meses atrás. Colocou umas coisas modernas e acrescentou áreas de lazer. Posso ver até oitenta mil ou quem sabe cem.

Me animei.

- ótimo, providencie tudo. A casa é minha. Posso levar uma foto?

- Claro.

- Quanto tempo mais ou menos?

- Bom, dois meses no Maximo. Os filhos não querem esse fardo.

- O salário dos funcionários, providencie que seja pago por mim já.

- Tudo bem.

 Não foi tão complicado assim, eu estava muito animada com tudo. Minha empregada me ajudou a separar tudo em caixas e mais caixas. Só iria levar roupas e documentos. Pelo divórcio esse apartamento era dele, mas o advogado me disse que eu poderia ficar o tempo que precisasse. Não podia levar mais nada que itens pessoais. Sem problemas, meu filho ia comigo e o resto que eexplodisse. E eu lembrei do dia em que vim para cá. Tinha brigado com Edward, sai de casa e vim para esse apartamento. Nossa linda casa, lembrei da entrada e de tudo que eu deixei naquela noite sem saber que nunca mais voltaria. Já nem lembro mais o motivo da briga, só sei que cantei pneu para fora de lá e quando acordei Edward me viu com Jacob. Bela merda de vida a minha! Meu azar sempre mostrando a sua face. Jenks tinha comprado um carro mais rural e era com ele que eu iria me virar por lá, peguei um taxi depois de colocar tudo na mudança e fui ara o aeroporto. Estava tranqüilo, as férias de inverno já haviam terminado e o aeroporto estava calmo. Li algumas revista enquanto esperava meu vôo e fiquei feliz pela solidão. Correu tudo muito bem e tinha um rapaz com uma placa nas mãos. SWAM. Meu nome de solteira.

- Bom dia. – e aproximei dele.

- Bom dia Sra. Swam, é bom tê-la aqui conosco. – era um rapaz de no máximo dezoito anos.

- Meu pai pediu para vir buscá-la, ele está ocupado com minha mãe na casa.

- Bom, me chame Bella por favor.

- Sou Tim, onde estão suas malas?

- Aqui. – dei o cartão de identificação e ele rapidamente as pegou e colocou em uma caminhonete.

A viagem foi cansativa, a casa ficava no interior, duas horas do centro da cidade. Mas  a paisagem rural me fazia tão bem. Eu tinha acertado em escolher esse lugar. As montanhas no fundo me faziam sorrir. Tim era agradável e falou que foi criado lá. Toda sua família nasceu naquela casa e que todos ficaram felizes em serem contratados juntos com a venda. Quando chegamos eu percebi que as fotos não faziam jus a casa, ela era muito mais bonita e grande. Tinha um ar antigo e colonial agradável. Todos estavam me esperando na entrada.