Diário de Semideuses escrita por Karla Aguiar


Capítulo 7
Capítulo 6


Notas iniciais do capítulo

Esse foi o maior capítulo que fiz, tudo que peço é um reviewzinho.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/271984/chapter/7

POV Miguel

Acordei com o som de cascos batendo em minha porta. Todos os meus meio-irmãos do chalé foram mais rápidos do que eu e correram pra se esconder debaixo da cama. Então, ia sobrar para mim, mais uma vez.
Veja bem; Apolo, meu pai, é o deus dos curadeiros, medicos ou sei lá, depende de como você denomina. E, sabe o que isso significa? Significa que sempre que chega alguém novo e machucado, o trabalho sobra pra pra gente, ou melhor, pra mim.

- Valeu, pessoal. – Disse levantando do meu beliche e esfregando os olhos. Olhando as horas, não se passavam das 2:00 da manhã. Abri a porta e tentei me focar na figura que estava na minha frente. Era Quíron, e ele parecia preocupado.

- Alguém problema, Quíron? – Me senti um idiota perguntando isso, é claro que havia algum problema, mas também é desrespeitoso chegar logo falando “E aí, quem eu devo ressucitar dessa vez?”

- Na verdade, sim,  duas campistas novas chegaram, Argos encontrou-as perto do pinheiro. Uma está com um corte feio na cabeça, inconsciente, mas a outra já se encarregou de furtar uma das taças de prata da casa grande. – Ele suspirou. – Filha de Hermes, o simbolo apareceu quando ela estava pegando a taça, isso a entregou, está agora assistindo nosso filme de orientação. Mas, a que mais me preocupa é a outra, de quem ela é filha. Pode ser quem você estava esperando para a missão. – Revirei os olhos e fui me trocar, missão, que ótimo, eu precisava disso.

Chegando na casa grande, me surpreendi com a garota. Não era nada do que eu esperava. Tinha cabelos dourados que emoldurava seu rosto, o peito subia e descia, numa respiração controlada, provando que ainda estava viva. Tinha traços delicados, mas, de algum jeito, surpreendentemente confiantes. Mesmo inconsiente, ela esbanjava orgulho. A pele era clara e homogênea, tinha uma postura rígida, a forma física de uma atleta. Tinha certeza que ela era o tipo de garota que quando andava as pessoas viravam o rosto para vê-la passar. Não tinha nenhum sinal de maquiagem nem nada do tipo, como se nunca tivesse ouvido falar nisso na vida, e ainda assim, era incrivelmente linda. Com a postura rígida e confiante, ela parecia ter nascido para liderar um exército, ou mesmo, um reino. Era uma lider nata, percebi isso de cara, poderia ficar ali olhando para aquela garota o dia inteiro, porque, quer dizer, linda é pouco para ela. Era mais do que isso. Chamando-a de linda seria uma ofensa. Afrodite era linda, essa garota, essa garota era mais do que isso. Ela era maravilhosa, encantadora, e, acho que ainda não inventaram um elogio mais decente para descrever-la. Continuei no meu transe por mais alguns instantes, e depois voltei para o seu machucado. De fora não parecia tão ruim, uma mexa brilhante cobria boa parte, então, sem dúvidas, não ficaria uma cicatriz grande.

Abri a boca dela para derramar um pouco de néctar e continuei dando alguns pontos, os olhos dela tremeram um pouco, estava para acordar.

POV. Isabelle

No meu sonho, eu estava num lugar totalmente escuro, uma caverna talvez, embora não pudesse dizer ao certo, já que nunca havia estado em uma.

- Ah sim, nossa pequena heroína, treinada para ajudar os deuses, mas será que vai ser usada para esse propósito? – A voz era mais sombria, mas sem dúvida, feminina. Vinha de uma mulher que estava parte enterrada no que eu não sabia ao certo se era uma parede ou o chão.

Tentei perguntar o que ela queria dizer com isso, mas minha voz não saia, tentei me mover, mas parecia que eu estava presa ao chão.

- Pobre criança, isso tudo é uma missão suicida  mas já que você quer isso, tome uma recompensa.

Então ela me mostrou uma visão assustadora. Em minha frente, estava aquele garoto que eu conhecia a tempos. O rosto estava com alguns arranhões, o cabelo preto bagunçado, estava parte enterrado. O rosto pálido e os lábios ressecados juntamente com o cabelo preto o faziam parecer um ponto sem cor. Nesse momento, tudo que eu queria era apenas ver seus olhos verdes brilhantes. Era Tyler.

Tentei correr desesperadamente até ele, mas cada vez parecia ficar mais longe. A mulher enterrada deu um longo suspiro.

- Mas, se não for o bastante, o que acha agora? – Agora tinha uma visão da minha mãe, ela não estava enterrada, estava numa cama de hospital, dormindo aparentemente, mas eu sabia, que ela estava em coma. De alguma forma, pude sentir isso.

Gritei, mas a mulher na terra parecia gostar disso.

- Tudo que você tem que fazer, criança, é apenas me trazer o filho de Apolo. Sabe, num jogo de xadrez, cada jogador necessita de 8 peões  eu já tenho 5, com o filho de Apolo, 6, mas se você não me entregar ele, vou ter que usar o filho de Poseidon. – Tinha uma leve impressão que referindo-se ao “filho de Poseidon” ela não queria dizer os ciclopes, era quase certeza, que esse filho de Poseidon era Tyler.

Depois disso meu sonho mudou totalmente, estava naquela casa que me parecia tão familiar depois de tantos sonhos lá. O mesmo menino loiro, Miguel, e o centauro, Quíron, estavam lá.

- Acha que ela vai aceitar a missão, Quíron? – Disse ele olhando para alguma coisa que não estava no meu ponto de visão.

- Infelizmente, não sei, mas agora temos coisas mais importantes a cuidar. Como dizia, Gaia está acordando, esses meio-sangues que vamos resgatar são importantes, nessa nova guerra, precisamos de quantos mais conseguirmos. – O garoto assentiu com a cabeça.

Acordei me espreguiçando, e sem querer bati com a mão em algo, ou melhor, eu alguém. Um garoto loiro de olhos castanhos claros, - que já estava estranhamente familiar a mim -, estava na minha frente massageando a cabeça. Provavelmente era nele que eu tinha batido, mas isso não importava agora.

- Conserto seus machucados e é assim que me agradece? – Ele disse tentando parecer ofendido.

- Você é... vo-você, o garoto, o garoto dos meus sonhos. – Disse ao perceber que estava nos cenários dos meus sonhos, mas só depois de ver o sorriso malicioso do garoto, percebi que ele tinha entendido por outro sentido o que eu disse.

- Bem, sei que nós mal nos conhecemos, mas pode saber, eu sou o garoto dos sonhos de qualquer uma. – Disse ele com o sorriso malicioso se alargando ainda mais. Meu rosto estava quente, esperava não estar tão vermelha quanto me sentia, não consegui achar as palavras certas para dizer que ele tinha entendido errado.

- Acho que ela não quis dizer nesse sentido, Miguel. – Disse um homem de cadeira de rodas que estava vindo pra cá. Miguel fez um muxoxo. – Disse que teve sonhos, criança?

- É... Tinha você, e ele. – Falei gesticulando para o Miguel. – Falavam de uma missão, tinha também um outro cara...

- Dionísio, – Quíron concluiu - ele não acorda essa hora. Provavelmente, deve saber nossos nomes também. – Continuou Quíron.
Acenei positivamente com a cabeça.

- Miguel, mostre para ela o nosso filme de orientação.

- Espere, onde está Victória? – Perguntei.

- Provavelmente no chalé de Hermes. – Falou Miguel. – Não se preocupe, logo a verá.

POV. Miguel

Na sala ao lado, Isabelle. – Como ela tinha se apresentado – Estava vendo o nosso videozinho  fiquei limpando minhas unhas com a faca, e, falando em facas, logo ela teria de escolher uma arma.

Saí do meu transe quando a garota saiu da sala. Sua expressão era neutra. Não revelava nada, era a mesma expressão que  eu esperava encontrar em um jogador de poker. Calma e levemente confiante.

- E então... – Procurei palavras para falar alguma coisa, mas elas não saiam. Geralmente não era assim, tinha respostas e palavras pra tudo na hora. Não sabia ao certo o que estava acontecendo, mas desde que estava perto dessa garota, eu ficava assim, sem palavras, me sentindo um idiota.

- E então os deuses gregos existem ainda... – Ele olhou pra mim como se precisasse de uma confirmação, balancei a cabeça positivamente para ele, esperando-a continuar.

- E então vocês acham que eu sou uma semideusa? – Dessa vez não foi uma afirmação incerta, foi realmente uma pergunta.

- Nós não achamos, temos certeza.  Te dei néctar ao chegar.

- E o que aconteceria se eu não fosse semideusa? Quero dizer, ao beber o néctar, o que aconteceria comigo? – Ele perguntou olhando para longe.

- Você queimaria de dentro para fora. Literalmente. Seu sangue viraria fogo ao algo do tipo. – Dei de ombros, nunca prestei muita atenção à essas histórias do que acontecia com humanos que tomavam néctar ou comiam ambrosia.

- E quantos por cento de certeza você tinha ao me dar esse néctar? – Ela estava realmente me encarando agora, no fundo da sua voz havia um tanto de raiva, o que me fez responder logo.

- 90 por cento de certeza. Olhe, não se preocupe, os sinais são sempre imediatos quando não se é um semideus e bebe néctar. – Disse. Ela concordou com a cabeça, voltando a encarar a parede. Olhei também, procurando o que tão interessante ela estava olhando. Nesse momento senti um estalo no lado direito do rosto, passei os dedos nesse lado e senti a marca de dedos finos e longos, porém fortes, que iriam ficar por algum tempo no meu rosto. Encarei descrente Isabelle.

- Por que fez isso? – Minha voz saiu mas expressa pela surpresa do que pela dor.

Ela deu de ombros . - Os outros 10 por cento. – E com isso fomos para a sala.

POV. Isabelle

Antes de irmos para o arsenal, pedi para Quíron deixar eu ligar para a minha mãe. Relutante, ele deixou.

“ Você ligou para Caroline Aguiar, no momento não posso falar, deixe seu recado que se for importante, ligo de volta assim que puder” As palavras automáticas da secretária eletrônica me fizeram dar um suspiro antes de continuar.

- Mãe... – Peguei ar – Mãe, eu estou bem, e, ahn, não precisa se preocupar comigo, eu... eu estou bem. – Desliguei. – Posso tentar ligar para outro número? – Não esperei a resposta, voltei a ligar, dessa vez, para o escritório da minha mãe.

“Escritório de Caroline Aguiar, em que posso ajudar?” Escutei a voz familiar da secretária da minha mãe.

- Laany? Minha mãe está aí? Sou eu, Isabelle.

- Ah, não, Isa, não a vejo faz alguns dias.

- O-o o quê? – Perguntei apertando o telefone. – O que aconteceu? – Ela pareceu hesitar do outro lado da linha, como se soubesse algo, mas não quisesse me contar.

- Ela disse que ia fazer uma viajem de negócios. – Respirei fundo. Minha mãe estava bem, meu pesadelo fora só... um pesadelo.

- Tudo bem então... Apenas, quando ele voltar, avise-a que eu liguei.

- Ah, espere. Você tem uma festa de gala para ir, é pra uma dessas que a empresa de sua mãe patrocina. Ela falou para eu te avisar, ela não vai poder ir, mas...

- Espere. Festa do quê? Eu não posso ir! – Disse a interrompendo e quase gritando.

- Sinto muito, sua mãe deixou ordens bem claras. Vá para o aeroporto nessa segunda, um segurança vai ficar lhe esperando. Pegue o voo das 9, entendido?

- Eu não posso ir, Laany! – Dessa vez eu estava realmente gritando.

- E por que não pode? – Ela perguntou com uma certa urgencia na voz, mas antes que eu pudesse responder ela continuou. – Você tem que ir, sua mãe iria ficar desapontada se você não fosse. – Mas eu sabia bem, minha mãe ficaria zangada, não desapontada, e provavelmente demitiria Laany. – Isa, você já tem 16 anos, vai representar sua mãe nessa festa, não se preocupe, não vai precisar discursar, apenas vá. Entendido?

- Sim, Laany. – Suspirei, não tinha entendido muito bem o vídeo de orientação, mas pelo que soube, se eu saísse do acampamento, seria morta.

- Festa de gala? – Perguntou Miguel depois que desliguei o telefone.

- Eu tenho que ir. Minha mãe me mataria se não fosse. – Disse ignorando o garoto e falando com Quíron.

- Isso seria quase um suicídio, criança, quero dizer, sair do acampamento assim, sem treinamento... – Ele balançou a cabeça negativamente.

- Mas eu preciso ir! – Disse elevando um pouco da voz.

- Sim, entendi essa parte. Como disse, seria suicídio, mas se Miguel concordar em ir com você, tudo bem. Ele tem mais treinamento, e, é claro, terão que levar armas.

Olhei para Miguel esperando uma resposta, mas ele encarava Quíron com um olhar cético.

- Não sabia que essa necessidade de ver minha cabeça separada do meu corpo fosse assim tão urgente. – Ele suspirou e encontrou meu olhar, sua expressão pareceu se relaxar um pouco, se aliviar, mas depois voltou ao que era antes, mas agora com um sorriso de lado, o mesmo que ele me deu quando acordei. – Venha, vamos escolher sua arma.

POV. Miguel

Chegando ao arsenal, ela ficou mexendo nas armas. A expressão continuava neutra. O que me surpreendeu.

- Uma Tiffany Self-Defender. – Fiquei surpreso que ela soubesse o nome da arma, mas assenti com a cabeça. – Minha mãe já tentou me treinar com uma dessas, disse que era pra auto-defesa ou algo do tipo. – Ela deu de ombros.

- Peculiar... – Disse sem perceber que tinha falado em voz alta.

- Peculiar? Minha mãe não é peculiar. É a pessoa mais normal que existe. Ela é do tipo que só acredita vendo. Acha que tudo que não pode ser provado cientificamente, não existe. – Ela disse ainda encarando a arma. – Gostaria de saber o que ela falaria daqui...

- Pessoas normais não tem filhos semideuses, pessoas normais não tem filhos que são atacados por monstros e nem que são expulsos de escolas com frequência. – Disparei olhando pra ela.

- Quem te disse que eu já fui atacada por monstros? Quem te disse que eu já fui expulsa alguma vez de alguma escola? – Disse ela com uma sobrancelha erguida. Nossos rostos estavam a menos de 10 centímetros de distância. – Tenho o melhor boletim, o boletim que todo aluno queria ter. Não tiro abaixo de 9, não me meto em confusões, que motivos teriam para me expulsar?

Dei de ombros, nunca tinha conhecido uma semideusa que não fora expulsa de nenhuma escola. Mas, acho que tem uma primeira vez para tudo, inclusive, para nenhum ataque de monstros. Ela deveria ser filha de um deus menor talvez.

- Vou querer essa arma. – Ela voltou a encarar a arma.

- É melhor escolher também uma espada e um escudo. – Mas ela já estava examinando outra parte do arsenal. As armas mágicas, disfarçadas que acessórios e joias.

- Isso era pra ser um arsenal? Parece mais uma joalheria. – Ela disse pegando um anel de prata com uma joia transparente incrustada. – Gostei dessa. – Disse ela colocando um anel no indicador. Quase ia dizendo que realçava a cor dos olhos, mas ela continuou antes que eu falasse isso – Mas parece meio solta a pedra. – Ela apertou e na hora se transformou em um escudo de bronze com detalhes em prata de um metro. – Ah, tá. –Vamos agora ver uma espada para mim, qual me indica? – Percebi que ela estava falando comigo, e então saí do meu transe. Encontrei um pulseira que combinava com o anel e a entreguei.

- Essa é uma das peças mais novas aqui, alise algum desses pingentes e ganhe uma espada de um metro e meio. – Ela fez, e com o escudo  no braço esquerdo e a espada no direito, me parecia pronta para enfrentar um exército.

POV. Isabelle

Miguel me mostrou os chalés, a arena e explicando a função de cada um dos outros locais daqui, me mostrou o refeitório  esse não tinha teto, e, não conseguindo conter a curiosidade, perguntei:

- O que vocês fazem quando chove? – Ele mordeu o lábio inferior e depois soltou uma gargalhada.

- Você tinha que perguntar. – Ele disse, mas depois quando viu minha expressão, que eu tinha uma leve intuição que expressava raiva, ele falou. – Não chove aqui, nunca, quer dizer, só aconteceu uma vez, quando um amigo meu despertou a fúria de Zeus e blá blá blá. Não se preocupe, a não ser que você seja muito insolente, isso nunca acontece. – Fiquei imaginando o que essa amigo dele tinha feito para trazer uma tempestade aqui.

- E aqui, a área de arco e flecha. – Ele disse, mas eu estava muito ocupada mexendo nas coisas. Eu sempre adorei arco e flecha. Quando tinha uns 10 anos, tinha ido em um acampamento disso. Eu era de longe a melhor, conseguia acertar um alvo em movimento a vários metros de distância.

Continuamos andando até chegar a uma área que estava com poucas pessoas dentro.

- Aqui a sala de música. – Ele disse.

- Qual a função dela? Quero dizer, tudo aqui pareceu tão prático, tudo com uma função, qual a função dessa sala?

- Função? – Ele repetiu. – Música precisa ter uma função? Vários aqui, principalmente do meu chalé, querem seguir a carreira de músicos, e então, essa é a função. Por Zeus, Apolo poderia e amaldiçoar por tamanha ofensa. – Ele disse com as sobrancelhas unidas.

Ele me mostrou o lago e logo disse:

- Antes que me pergunte a função desse, é o lago de canoagem. – O jeito como ele falou saiu rude, ainda deveria estar ofendido sobre o que eu disse da sala de música.

- Olhe, desculpe, eu não queria ter dito aquilo. Música é sim importante, eu só pensei que em um acampamento com heróis em treinamento para guerras ou sei lá, não tivesse tempo para isso. – Disse encarando o chão e chutando uma pedra solta, quando o olhei ele me encarava, e estava sorrindo, não era um sorriso de lado malicioso, era um sorriso de boca inteira, um sorriso simpático e divertido. Fiquei deslumbrada com isso, mas sua voz me tirou do transe, ou melhor, me afundou mais no transe.

- Não se preocupe, a alguns temos não tínhamos mesmo a sala de música. Foi criada depois que tudo se acalmou, lá é um lugar mais para diversão, acho que eu também fui rude. – Ele disse sem tirar os olhos claros dos meus. – E então, amigos?

- Amigos. – Eu disse sorrindo também.

- E então, hoje temos capture a bandeira. Você vai ficar no chalé de Hermes até ser reclamada, e hoje fizemos uma aliança com ele, o chalé de Hefesto e o de Atena. Você vai jogar do nosso lado.

- Até quando eu vou ficar no chalé de Hermes? – Perguntei. Pelo que lembrava do vídeo, as crianças eram reclamadas aos 13 anos, e eu já tinha passado dessa idade.

- Vai ser reclamada provavelmente hoje a noite. Você tem 16, não é? A mesma idade que eu. Não se preocupe, até hoje não passa.

Continuamos andando até o que parecia um velho chalé de acampamento. Miguel abriu a porta e falou

- Isabelle, te apresento o chalé de Hermes. – Mas antes de entrar, ouvi uma trovejada, e ao levantar a cabeça, vi que um pequeno holograma de raio ficava sobre minha cabeça.

- Está reclamada. – Ouvi Miguel dar um suspiro, e depois todos se ajoelharam diante a mim, devo ter ficado com a minha maior cara de espanto, mas logo Miguel voltou a falar.

- Zeus. Senhor dos céus e dos trovões, pai dos homens e dos deuses. Rei do Olimpo. Portador dos raios, criador das águias. Salve Isabelle Aguiar, filha do deus dos céus.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Reviwes? Não? Nenhum? Por favor?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Diário de Semideuses" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.