Eu me sentia bem melhor, e agora Eddie iria levar Lindsay à casa de praia ele estava participando mais da vida da filha o que me deixava feliz por um lado, mas incomodada por ter que passar tanto tempo com ele. Ele toca a campanhinha e Lindsay abre a porta.

- Hey princesinha. – ela pula no colo dele.

- vou buscar minha bolsa e já venho. – a garota diz e sai.

Eu estava arrumando uma estante e estava em cima de uma cadeira, Eddie se aproxima.

- oi. Melhor?

- oi, bem melhor. – eu o olho e sorrio. Eddie se aproxima da cadeira, num minuto eu me atrapalho e caio nos braços de Eddie nossos rostos ficam a poucos centímetros, Eddie estava com as mãos em volta da minha cintura, às mesmas mãos firmes que percorreram meu corpo muitas vezes, eu com as mãos em volta do pescoço dela me segurando.

- me solta – eu digo me equilibrando de volta na cadeira, ele vagarosamente desliza sua mão e solta minha cintura. Lindsay volta, minha filha sempre me salvando.

- estou pronta.

- então vamos. – eles saem para o carro e eu solto um suspiro de alívio, não era possível que depois de tudo que ele fez eu ainda sentisse alguma coisa por ele, eu não poderia ser tão idiota assim.

            Eu teria que ir com eles Lindsay quase me suplicou e era feriado então ela fez uma birra enorme e também eu não queria deixar ela sozinha com ele tudo esse tempo, ele era irresponsável, sempre fora.

            Depois de longas horas na estrada nós finalmente chegamos, era uma casa muito bonita, mas estava um pouco abandonada, Lindsay salta do carro correndo na areia descalça.

            Nós entramos, fazia tempo que ninguém ia lá. Nos instalamos  cada um em um quarto, era uma casa grande e a praia era linda, Lindsay estava super animada. Fui para o quarto me trocar e quando sai ela já estava brincando na areia de novo. Me dirijo a cozinha onde ele limpava o fogão a lenha que tinha lá, ele estava com uma regata branca contrastando com sua pele morena de sol. Ele suava por causa do calor que fazia, aquela região era conhecida por suas altas temperaturas durante o dia e as baixas durante a noite, como no deserto.

- há quanto tempo você não vinha aqui? – eu pergunto puxando assunto. Ele me olha, seus braços musculosos e seu tanquinho bem definido eram atrativos bem fortes, mas o que encantava mesmo era a cara de cafajeste que ele tinha olhar sedutor e a capacidade de fazer você fazer exatamente o que ele queria como ele queria.

- há mais ou menos uns dois anos. – fico em silencio o olhando ele parecia mais sexy, diferente, mais maduro não sei.

- desde o tornado? – ele para de mexer no fogão e me olha, sabia que estava tocando em uma ferida nunca discutida nem mesmo quando éramos casados.

- é – ele diz e abaixa a cabeça. A casa era de seu pai, então em novembro quando a chuva era fria e o mar furioso a casa foi atingida por um tornado que a destruiu quase por completo. Depois disso o pai de Eddie ficou muito doente a casa era tudo para ele, mas ele morreu de câncer antes da casa ser reconstruída.

- estamos na época de tornados, não é? – pergunto tentando esconder meu receio.

- estamos, está com medo? – ele pergunta brincando de me provocar.

- um pouco. – eu digo por fim, sorrindo.

- não se preocupe depois do tornado eu reforcei as portas, janelas, telhado, as paredes têm ligas e... É seguro. – ele diz por fim me fazendo sorrir um pouco mais tranqüila. Ele sai para pegar os mantimentos no carro, era a única casa ali e a cidade mais próxima ficava a 30 minutos de lá, então trouxemos bastante comida, cobertores por causa do frio e outras coisas necessárias.

            Colocamos as coisas no lugar e arrumamos um pouco a bagunça, enquanto Lindsay brincava sem parar.

Eu andava pela casa, tinha uma grande sala com uma estante cheia de livros, me interesso por um, mas estava no alto então eu pego um banco e subo, mas o banco tinha uma perna maior que a outra me fazendo desequilibrar e cair, seus braços em volta da minha cintura mais uma vez, ele me olha e sorri para mim.

- se não fossemos divorciados diria que você fez de propósito para me sedizir. – sorrio para ele.

- se importa de me soltar?

- na verdade sim, está muito bom aqui. – ele se aproxima ainda mais de mim fazendo meu corpo arder em calor. Ele me olha nos olhos e tira uma mecha de cabelo do meu rosto e olha para minha boca, eu pude ver que ele estava tentando se controlar, mas não conseguia assim como eu, agora eu me perguntava onde estava Lindsay. Ele vai aproximando sua boca da minha devagar, quando estava quase tocando seus lábios aos meus, consigo ter um pensamento correto e viro meu rosto.

- não Eddie. – eu digo bem baixinho. Ele ainda fica me segurando, mas eu vou o empurrando.

- é melhor me soltar. – ele enfim me solta e eu saio da sala.