Watanuki voltava repleto de compras. Ele havia recebido uma lista do que deveria comprar para Yuuko. “O que será que irá fazer com essas coisas todas?” Pensava na possíveis possibilidades desde um almoço gigantesco à um prato exótico extremamente difícil de preparar.

– Watanuki voltou, Watanuki voltou, Watanuki voltou. – Maru e Moro pulavam e rodavam em torno de Watanuki, enquanto ele entrava.

Yuuko e Mokona estavam na cozinha bebendo saquê. Seu enorme cabelo negro estava preso numa trança. Usava uma baby look curta, rosa e uma calça boca de sino.

– Yuuko-san por que você mandou comprar tanta coisa? – Colocando as várias sacolas na bancada.

– Porque vamos sair hoje a tarde. – Ela bebeu todo o saquê de uma vez só. – Ah! Isso é tão bom.

– Mas por que essa comida toda e cara? –

– Porque vamos comê-la, baka! – Falou mokona entrando em uma das sacolas.

– Eu sei! Mas quero saber o que essa duas coisas têm a ver.

– Piquenique. – Yuuko se levantou. – Pois hoje é um dia de surpresas.

– Supresas?! – Watanuki a encarou.

­- Sim. Os mundos estão prestes a ficar mais interessantes – Yuuko estava séria e usava seu tom de voz mais sombrio.

– Então por que você quer fazer um piquenique? – “Ela sempre faz coisas assustadoras” pensou Watanuki.

– Faz tempo que não saio, preciso me divertir um pouco. – Ela sorria para ele, e caminhou até a porta – Chame seus amigos.

– Isso é tão irracional. – Ele se virou para sacolas – Pare de devorar os biscoitos, seu comilão! – O Mokona estava devorando um pacote de biscoitos.

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A tarde estava ótima, o vento soprava calmamente. Watanuki estava cansado, havia passado umas quatro horas preparando vários tipos de pratos.

– Isso está ótimo! – Falou Yuuko provando uma fatia do bolo feito por Watanuki.

– Watanuki é ótimo cozinheiro – falou Himari.

– Obrigado Himari-chan – Ele teve um pico de alegria.

– Yo...! Parace estar muito doce. – Falou doumeki que pegou um pedaço do bolo e provou.

– Cala boca! Você não entende nada de culinária! – Watanuki rugiu as palavras.

– Você é muito escandaloso. – Doumeki mantinha o seu tom mórbido de sempre.

– Eu mandei...

De repente o vento que soprava calmamente agora estava em fúria, fora do chapéu enorme que Yuuko usava saiu voando.

– O que está acontecendo? – Watanuki olhava assustado para os lados, tentando entender o que havia ocorrido.

– Ele chegou. – Falou Yuuko se levantando com o Mokona em mãos.

Uma fenda se abriu diante deles, uma criatura de roupas negras e pele branca como a lua saiu, sua aparência era normal exceto pelo terceiro olho escarlate no centro da testa.

– O que... que... é aquilo?! – Watanuki estava extremamente assustado.

– Um expectro das dimensões. Uma criatura movida pela dor que causa as outras. – Yuuko se quer piscava – Esse tipo de monstro vive entre as dimensões atrás de sentimentos puros para se alimentar.

– E o que ele quer aqui? – Perguntou Doumeki.

– Causar destruição.

Os três olhos se focaram no pequeno grupo.

– O jovem mestre ficará feliz em saber que matei a bruxa das dimensões. – A Criatura sorriu.

– Mokona, faça sua parte. – Ela levantou o Mokona que abriu sua boca e um forte vento começou, puxando o espectro para perto deles.

– Watanuki, pegue a garrafa vazia que eu trouxe e venha aqui. - Yuuko olhou com o canto do olho para ele.

– Sim! - Watanuki correu até as sacolas que havia deixado sob uma árvore, e pegou uma garrafa pequena com um selo grudado. - Está aqui. - Falou quase sem fôlego.

– Abra e segure firme. - O espectro transformou-se em uma fumaça negra e entrou na pequena garrafa. Quando todo o ser estava dentro Mokona fechou a boca e o vento sugador parou e Watanuki fechou a garrafa. Yuuko tirou um outro selo do bolso de trás da calça e colocou-o na tampa da garrafa. – Um dos problemas resolvidos. – Sorriu enquanto tirava a garrafa das mãos do empregado.

– Um dos problemas? – Falou assustado Watanuki que já não entendia mais nada.

– Sim, já lhe disse que hoje seria um dia de surpresas e agora preciso ir.

– Como assim precisa ir? E toda essa comida que tive que preparar para o piquenique? – Watanuki perguntou.

– Divirta-se com seus amigos, – Ela começou a caminhar. – depois volte para loja, teremos visitas.

– Mas...! - Ela já estava longe com o mokona no ombro.

Já tinha se passado quatro horas desde que Yuuko tinha saído sem dizer nada. Watanuki terminara de guardar as coisas do piquenique e preparava o jantar, quando Maru e Moro entraram cantarolando.

– Eles voltaram! Eles voltaram!...

CONTINUA...