Kaoricchi escrita por Kori Hime
Notas iniciais do capítulo
História bobinha e fofa.
Era horário de saída, e Ryouta Kise estava parado na porta do laboratório de Química aguardando uma pessoa em particular deixar o local.
Conforme todos saíam, iam cumprimentando o astro do time de basquete. Ele acenava para as garotas e sorria. Logo, seu sorriso se fechou e ficou mais sério. Entrou no laboratório, porque quem ele procurava não saiu da sala. Olhou ao redor, e não havia ninguém ali. Era estranho, porque lhe garantiram que ela estaria lá.
Kise já estava de saída quando ouviu uma voz feminina soar no laboratório.
– Mas que droga.
Ele virou-se para verificar do que se tratava. E um sorriso satisfeito desabrochou nos lábios do loiro.
– Kaoricchi. – Ele caminhou na direção dela. – Eu não te vi. Como apareceu magicamente?
– O que? – Ela perguntou sem entender. – Ah! É você. Eu estava no chão.
– Porque estava no chão?
– Deixei uma coisa cair.
– Precisa de ajuda?
– Não, não preciso.
Ele sorriu novamente e observou a garota arrumar os instrumentos que utilizava.
– Kaoricchi, alguém ja disse que seus cabelos são lindos?
– Na verdade, sim. – Kaori fechou a mochila. – Mas... o que esta fazendo aqui?
– Estava com saudades.
Kaori tombou a cabeça para o lado, retirou os fios acobreados que cobriam seus olhos.
– Enraçado, que as garotas na sala juram que você aparece sempre por elas.
– Ciúmes?
– Eu mal te conheço. – Kaori segurou a alça da mochila. – E você, mal me conhece também.
– Somos amigos já há um mês. Sei bastante coisa sobre você.
Quando ela terminou, Kise se ofereceu para acompanhá-la até o ponto de ônibus. Kaori ajeitou a mochila nas costas e não disse nada. Mas isso não foi um problema para ele a acompanhar.
– E o que você sabe sobre mim?
– Que gosta de xadrez. – Ele estava certo, mas porque a conheceu justamente no clube de Xadrez. – E que não gosta de perder. – deu uma risadinha.
– Ninguém gosta. – Kaori sentia olhares sobre eles dois.
– É verdade.
Quando chegaram no ponto de ônibus, Kaori o olhou curiosa.
– Sabe... – Ele disse, quebrando o silêncio. – Eu estava pensando se você não quer ir hoje a noite ver o meu jogo.
Kaori piscou lentamente, mas não respondeu imediatamente.
Já fazia algumas semanas que Kise acompanhava Kaori até o ponto de ônibus, ou ficava observando ela no clube de Xadrez. Ou apenas largava o treino para ajudá-la a carregar os livros até a biblioteca, e na volta Kasamatsu não lhe dava moleza.
– Porque?
– Hã?
Kaori suspirou, e mexeu os ombros, a mochila estava pesada. Kise ainda estava sorridente.
– Porque quer que eu vá ao jogo?
– Para me ver ganhar. – Ele não pareceu tão presunçoso quanto a frase. – E porque queria te levar na comemoração, depois do jogo.
– Como um encontro? – Ela observou se o ônibus que apontava na esquina era o seu.
– Eu não queria usar essa palavra para não assustar, mas... Sim.
O ônibus parou e algumas outras pessoas entravam. Kaori ficou na fila, para entrar também, enquanto Kise aguardava a possível resposta.
– Caso eu não tenha nada para fazer, talvez eu dê uma passada hoje a noite para te ver jogar.
Ela entrou no ônibus, e sentou no banco ao lado da janela. Kise acenou animado, e Kaori deu um breve ate mais com a mão.
Mais tarde ainda faltava alguns minutos para o inicio do jogo e a equipe estava concentrada no vestiário. Todos saíram e Kise ainda ficou no vestiário. Ele fechou a porta do armário, logo depois que guardou o celular dentro da bolsa. Não havia nenhuma ligação perdida.
Ele sentou-se para amarrar bem apertado o cadarço do tênis. A porta se abriu, e pensou que era o treinador, disse que já estava indo, mas ao ergue os olhos para a pessoa parada na porta, Kise teve uma boa surpresa.
– Kaoricchi. – Kise se levantou surpreso.
– Atrapalho?
– Não, nunca.
– Achei prudente vir dar boa sorte. – Ela entrou no vestiário. – Ouvi dizer em uma tradição...
– Qual? – Kise aproximou-se de Kaori, seus 1,89 não assustavam ela que só tinha 1,66.
A ruiva olhou para cima, e o rapaz segurou nas duas mãos dela.
Kaori ficou nas pontas dos pés e o beijou levemente nos lábios. Ryouta curvou o corpo, para alcançá-la em um abraço, mas Kaori se afastou.
– Não iria me perdoar se perdesse um jogo importante.
– Tudo pelas tradições? – Ele sorriu docemente.
Kaori confirmou e deixou o vestiário, informando que estaria na arquibancada e depois do grande jogo, ela até poderia pensar em acompanhá-lo na comemoração.
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