Sob Nova Direção escrita por Carolina Herdy


Capítulo 1
Maya Miller


Notas iniciais do capítulo

Olá, pessoinhas!
Peimeiramente, esta é a minha primeira fanfic, então, tenham um pouquinho de paciência comigo! Sinceramente, não sei trabalhar com personagens que não são meus, mas vou tentar!
Este capítulo é mais para vocês conhecerem a fic e terem uma ideia de com quem vão lidar...
Ah! E eu acho que eu "abrasileirei" Glee um pouco demais, se estiver ruim falem que eu "americanizo".
Enjoy!



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Capítulo 1 – Maya Miller

                Volta às aulas no colégio McKinley em Lima, Ohil. Uma manhã de outono carregada de euforia e apatia ao mesmo tempo. Jovens estacionavam seus carros, em maioria comprados pelos pais, e se dirigiam aos portões da escola. Reencontravam os amigos e faziam festa, estavam loucos para contar o que fizeram durante as férias de verão que, infelizmente, haviam acabado.

                Finn Hudson e Rachel Berry não eram exceção: se encontraram várias vezes durante as férias, o namoro estava mesmo sendo promissor, mas não tanto quanto gostariam. A pequena menina estava ansiosa para descrever, nos mínimos detalhes, as descobertas vocais que fizera em seu tempo livre. Falava sem parar sobre sua animação de estar de volta, as melhorias que gostaria de fazer no clube do coral o qual ela e seu namorado faziam parte e o quanto gostaria que o senhor Schuester, o professor responsável pelo clube, lhe desse mais solos em números da Broadway. Finn, por sua vez, ouvia com o máximo de paciência que conseguia ter. Amava Rachel de todo o coração e não tinha qualquer dúvida a respeito disso. Admirava seus sonhos e planos; mas às vezes, sentia-se sufocado pela tagarelisse da mesma. Entretanto, sabia que deveria ouvi-la. Namorados faziam isso, não faziam?

Na diretoria, o responsável pelo andar daquele estabelecimento, o diretor Figgins, encontrava-se sentado diante de uma mulher, no mínimo, exótica: pele negra, era alta e gesticulava ao falar com suas mãos grandes. Possuía uma certa rouquidão na voz que, se não partisse de alguém tão estranho, seria até mesmo desfrutável. Vestia-se com um luxo em demasia exagerado, com correntes de prata no pescoço, botões que poderiam ser feitos de qualquer pedra preciosa espalhados pelas roupas um tanto folgadas, a deixando com um certo aspecto masculino, e no dedo, um anel que parecia ser de ouro maciço insistia em capturar a luz proveniente da lâmpada do escritório. Mas o que tornava a mulher realmente diferente eram os olhos: Figgins já vira negros de olhos claros antes, mas não com aquele tom de verde. Fazia-lhe pensar em olhos de gato.

                Voltou os olhos para o currículo à sua frente. Mayonni Santos Emiliano era o nome de sua autora. Um nome estranho, mas talvez se explicasse pela nacionalidade da mulher: Brasil.

                -- Então, senhorita Emiliano... – Ele começou, a profissionalidade obrigando a voz a permanecer polida, tomando um cuidado exagerado para pronunciar corretamente o sobrenome incomum.

                -- Miller – ela o interrompeu. – Maya Miller. Adotei esse codinome e, se possível, prefiro ser tratada por ele.

                O homem leu mais algumas linhas do currículo. Já tinha o feito antes, mas precisava certificar-se de alguns dados. Balançou os ombros e voltou a encarar a mulher.

                -- Certo, senhorita Miller. Já lhe disse antes, mas acho que devo insistir... Não sei se a senhorita tem as qualidades necessárias para ocupar o cargo.

 Além de não ter muita experiência, é bastante jovem.

                A mulher não aparentou qualquer reação. Apenas inclinou-se para frente e, cruzando os dedos longos sobre a mesa que a separava de seu interlocutor, suspirou.

                -- Diretor Figgins... Não se trata de um emprego, já conversamos sobre isso. Além do mais, meu currículo pode ter sim muitas manchas negras, não nego. Mas também... – Fez uma pausa e, em um movimento surpreendentemente rápido para uma mão tão grande, apanhou algo em um dos bolsos do jeans que usava. – Contém manchas verdes.

|             Enfatizou a útima palavra com uma pancada sobre a folha de papel que repousava na mesa, deixando ali o que segurava: um grande rolo de notas de 100 dólares.

                Figgins olhou o dinheiro, incrédulo. Aquela mulher estava tentando suborná-lo? Sua primeira reação foi de fúria, mas se obrigou a manter a calma. Com uma sobrancelha erguida, disse o mais educadamente possível o que pensava:

                -- Senhorita Miller, espero que não esteja pensando que um suborno vai garantir-lhe o cargo.

                O rosto da mulher estava lívido. Não tinha qualquer marca de tensão ou alívio, nada. Apenas levou uma das mãos até o bolso mais uma vez, trazendo um talão de cheques. Apanhou uma caneta sobre a mesa do diretor e se pôs a escrever velozmente.

                -- Senhorita Miller, sua atitude está me ofendendo! – Figgins exclamou. O que temia realmente era a quantia que viria. Poderia tentá-lo perigosamente.

                Foi o que aconteceu. A mulher, silenciosamente, deslizou um cheque de 20000 dólares pela mesa polida, o que fez os olhos do homem saltarem nas órbitas. Não percebeu, mas sua boca abriu-se visivelmente, enquanto o choque o tomava.

                -- É algum tipo de brincadeira? – Perguntou, mal reconhecendo a voz esganiçada que deixava seus lábios.

                -- Se for, não hesite em me processar. – A mulher dava de ombros, extremamente calma.

                               -- Bem... Senhorita Miller...

                -- Diretor, -- ela o interrompeu mais uma vez – posso até ter meus jogos para conseguir o que quero, mas sou uma profissional extremamente honesta. É uma questão de honra, acho que o senhor entende.

                Figgins balançou a cabeça em concordância, mas não ouvia as palavras ditas. Seus olhos estavam presos nos zeros bem traçados no papel.

                -- Se achar que não estou desempenhando um bom serviço, vou aceitar minha carta de demissão, juntar minhas malas e pegar o primeiro voo para o Rio de Janeiro. Tudo que estou pedindo – tocou o cheque com um dedo – é uma oportunidade. E, lembe-se, o senhor não tem nada a perder, pelo contrário!

                Figgins suspirou, pesaroso. Sua decisão, apesar dos pesares, estava tomada.

                Santana Lopez checava seus novos horários no papel que levava nas mãos. Vasculhou mais uma vez os corredores em busca de uma presença familiar, até que a viu. Sentiu o curioso, porém familiar arrepio, mas o ignorou. Sempre o ignorava. Afinal, não significava absolutamente nada.

                Com um gesto que poderia ser descrito como majestoso, ergueu uma mão bronzeada, comm unhas perfeitamente cuidadas e gesticulou. “Vem aqui” seus lábios diziam sem produzir qualquer som.

                Uma garota alta e loira, o corpo esguio coberto por um uniforme característico de líderes de torcida, tal como o da própria Santana, aproximou-se. Fez menção de cumprimentar a latina com um beijo no rosto, mas essa apenas recuou quase imperceptivelmente, um sorriso que podia se chamar de amigável nos lábios.

                -- Bom te ver, Britt! – Disse. --- Olha aqui – mostrou o papel – temos bastantes aulas juntas.

                A loira sorriu de uma forma tão encantadora que Santana desviou os olhos. Odiava aquele sorriso. Trazia-lhe sensações estranhas e perturbadoras. Bobagem sua, verdade, mas às vezes a doçura inigualável de Brittany a desconsertava. Preferia pensar nela como sua amiga que, nas noites frias, esquentava-lhe a cama.

                -- Bom dia, alunos! – A voz do diretor Figgins soou nos autofalantes da escola. – Por favor, dirijam-se todos ao auditório para alguns avisos breves que serão dados antes do começo das aulas.

                Ao ver o diretor desligar o microfone o qual usara para espalhar aquelas doces palavras por toda escola, Maya abaixou a cabeça e sorriu discretamente.

                -- Yeah! – Comemorou em um sussurro quase inaudível, rindo depois de si mesma por


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Notas finais do capítulo

Então, o que acharam da minha escrita? Brasileira demais? Acharam que eu defini mal os poucos personagens que apareceram? E a Maya? Vocês ainda não viram nada dela.. Mas têm algo a dizer?
Comentários adicionais?
Enfim... Vou tentar postar regularmente às sextas, sábados ou domingos. Então, até semana que vem!
Comentem!



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