Madeira e Prata escrita por Bells


Capítulo 24
14/15.08.2815 – Parte Dois


Notas iniciais do capítulo

Ok ok espero que gostem



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Mactíre

Meus últimos dias foram tão perfeitos, Fola havia voltado a confiar em mim, pelo menos era o que parecia. Mas ainda assim, passávamos noites incríveis, passeando nos jardins e durante o dia dormíamos, não juntos como eu gostaria, mas ela sorria para mim toda vez que eu a deixava, educadamente, na porta de seu quarto. Não me convidava para entrar, nem iria, mas eu sabia que ela estava ansiosa para que a noite seguinte chegasse.

Eu acordava antes mesmo de o sol se por, para ter certeza que veria Fola assim que ela acordasse, e nesse dia não seria diferente. Fiz meu tradicional e recém aprendido caminho para chegar ao refeitório, aquele que Fola me ensinou, aquele que passava pela porta e se eu tivesse sorte, me permitiria ver o sol se por.

Mas estava um pouco cedo para isso e ao invés de ver o sol eu vi Nazira. Fui direto até ela, para saber o que estava fazendo ali, a luz incomodando um pouco os meus olhos desacostumados. Tentei convencê-la a ir embora logo, mas ela disse que estava a mando de Etoile e depois que só sairia dali se eu a beijasse. Ela forçaria se fosse preciso, mas não foi esse o caso, a loba parou quando viu alguém na porta, e para minha sorte era Fola. Nazira correu para a floresta se desculpando e eu corri para minha amiga, chamando seu nome.

Ela não me mataria por estar me expondo ao sol sem virar cinzas, mas me mataria por estar lá fora com outra, ainda mais sendo essa outra alguém da minha espécie.


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Fola

Acordei cedinho, esperando que a essa hora Mac já estivesse me esperando. Pedi um banho e este logo chegou, quando já estava limpa escolhi o meu vestido. Não era preto, mas sim de um marrom escuro, com traços medievais, tinha o fim da manga larga e a saia e colete de um marrom esverdeado um pouco mais claro( https://fbcdn-sphotos-h-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/307280_575044405844334_862196466_n.jpg ).

Podia sentir que o sol estava quase se pondo quando saí do quarto, então corri para assistir a esse belo fenômeno. Ficaria ali parada no batente da porta principal, como fiz outras tantas vezes quando era mais nova.

Só que antes de ver o sol, eu vi Mac, lá fora, conversando com uma mulher, que vestia os trajes dos lobisomens. Fiquei parada em choque. Como ele pode ser capaz de trazer esse tipo de gente para cá? Ela foi a primeira a me ver e depois ele. Voltei para dentro do castelo, louca de vontade de ficar longe de Mac, ou esganá-lo, o que viesse primeiro.

Como fui tola... Em pensar que eu estava quase me permitindo me apaixonar por ele... E Mactíre nada mais queria a não ser botar seu plano em prática.

Corri para o bar e pedi uma taça de qualquer sangue, carregada no vinho, virei umas duas doses dessas, sem medo. Então, quando me virei para ir embora, Mac me esperava na porta, pedindo desculpas com os olhos.

O sol havia acabado de se por e poucos eram os vampiros que já estavam acordados, inclusive entre os empregados. Passei pela porta sem nem ao menos olhar para ele e segui para fora, andando na direção do labirinto. Ele me seguiu em silêncio até estarmos longe dos possíveis ouvidos que estivessem perto o suficiente para nos escutar.

“Fola, por favor, me ouça!”

Parei com raiva e lágrimas nos olhos. “Porque eu deveria? Pra você dizer que me ama e que ela era só uma amiga e que nada disso faz parte do plano?” A esse ponto eu já estava realmente chorando, e ele me olhava, querendo me consolar, mas sem saber como. Com um pouco mais de calam na voz eu continuei. “Vá embora, Mac, enquanto ainda está vivo... Eu não quero ter que te enterrar...”

“Ei, quem disse que eu vou morrer? E sim, eu te amo, muito! Não, ela não era uma amiga. Nazira é uma louca que me persegue e que por um acaso foi quem minha chefe mandou para ver como anda o plano. Mas acredite, Fola, o meu amor não faz parte do plano. Na verdade esse plano foi só um pretexto que eu arranjei para sair do quartel e vir para cá, para perto de você...”

Eu queria acreditar nele e no fundo eu até sabia que suas palavras eram reais, mas naquele momento eu só queria ter um tempo para mim. Então respirei fundo e me virei para entrar no labirinto, andar um pouco e pensar, sem me preocupar. Depois eu teria tempo para sair.

Por um tempo não ouvi ninguém me seguindo, mas depois percebi alguém correndo em minha direção, vindo de fora dos muros verdes. Me virei para dizer para Mac que me deixasse em paz, mas não era meu melhor amigo quem corria até mim. Era Dibucky e sua irmã Edmé que vinham até mim. Tentei desviar, mas a ideia deles era me carregar. Então quando eu fui pega e arrastada por eles, gritei, pedindo por socorro. Ao fundo pude ouvir a voz de Mac gritando meu nome.

Os irmãos me vendaram e me carregaram para dentro do labirinto, e eu não saberia dizer por onde ou para onde estava indo e não parecia que Mac me acharia com facilidade. Eles me largaram em um quarto fechado, com a luz de algumas poucas velas acesas, perto de um relógio de cuco antigo, que marcava 18h30min. Eles haviam tirando a venda dos meus olhos, mas me acorrentaram em uma pilastra de ferro, em uma casinha cuja existência dentro do labirinto eu não me lembrava.


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Notas finais do capítulo

então? o que acharam do vestido da Fola? o que vocês acham que vem depois?



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