Forças Do Destino escrita por Mari Costa


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Hey babies! Eu tinha essa estória em um perfil que eu nao usava, inclusive a última vez que eu loguei nele foi em 2010! Mas ai eu acabei criando outro perfil, que no caso é esse, e resolvi postar essa O/S nele.
Espero que gostem!



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Isabella tentava inutilmente abafar com o travesseiro a barulheira que Sue fazia, batendo na porta para que a menina acordasse. Mas ela nada dizia, porem estava acordada e Sue sabia disso. O que a irritava mais.

– Seu pai quer você imediatamente no escritório – avisou a empregada.

– Como? Papai esta aqui?

– Sim, e é melhor se apressar, pois ele esta com uma cara...

Bella se levantou e vestiu-se rapidamente e fez uma simples trança e saiu.

– Boa sorte querida – desejou Sue.

Sue era uma empregada muito antiga da casa. Tinha seus 45 anos. Apesar de Reneé ser uma mãe carinhosa, era Sue quem trocava a menina, quem lhe dava as refeições, os banhos... E como a mulher era viúva e não tinha filhos, então tinha Bella como sua filha, e o sentimento era recíproco.

Bella bateu suavemente na enorme porta de madeira escritório e ouviu um severo “entre”. Escorregou pra dentro e seu pai esta sentado atrás de uma enorme mesa, como sempre com o cenho franzido e seu costumeiro charuto entre os dedos.

Bem como Sue falou ele não estava com a cara muito boa o que preocupou Bella apesar de ele ser assim, mas dessa vez não tinha apenas as rugas, seus olhos ele pareciam um misto de angustia, tristeza e... dor? Sim dor, e Bella só lembra de ver o pai assim quando ele lhe deu a noticia que sua mãe havia partido, quando ela tinha 7 anos.

– Sue disse que o Sr queria falar comigo.

– Sim. Eu não tenho boas notícias. Sente-se por favor.

– Que má notícia o Sr poderia me dar? Mamãe já faleceu à anos, e está foi a pior notícia que poderia receber.

– Estou falido. Endividado, perdi tudo o que tínhamos, não temos o mínimo nem pra recomeçar...

– Como? E a minha herança que mamãe deixou? Podemos utilizá-la, eu sei que o Sr nunca quis que eu a utilizasse, mas este é um caso extremo, e ....

– Querida. Também não temos mais este dinheiro. Me perdoe, mas eu precisei dele, achei que quando a crise passasse eu pudesse colocar os valores de volta no banco pra você, como a sua mãe deixou, mas não foi possível, não temos mais nada.

Ela sabia que as coisas não andavam muito bem, mas não era a primeira vez que seu pai enfrentava uma crise na economia e nos negócios. Mas desta vez tudo estava muito pior, do que viveriam, o que fariam? O seu pai sempre foi um homem de negócios não sabia trabalhar com a Terra, com vendas, com o que quer que fosse, e uma mulher não trabalhava fora, ninguém daria trabalho a seu pai, já que ele sempre foi um chefe rude, sem coração, sempre pensou apenas nos lucros e nunca na vida pessoal dos seus funcionários. Sua cabeça rodava sem saber no que pensar, ou o que fazer.

Só despertou porque o seu pai a chamava:

– Eu ainda não te dei a má notícia querida.

– Como não? Oh meus Deus, ainda tem notícias piores do que esta?

– Sim. Eu encontrei uma saída pra nossa ruína. Foi à única e só fiz pensando em você.

– Mas então não é uma má notícia, se o Sr encontrou uma forma de contornar a situação......

– Você se casará. – Ela quase caiu da cadeira e não respirava de susto. - Se casará com o filho mais velho dos Cullen.

Ela desabou a chorar e soluçar.

– Eles são....são.....imprestáveis, ganham dinheiro de forma ilícita, não tem boa reputação. Que vida melhor eu poderia ter sendo casada com um homem que nem conheço, que não amo, e que tem uma família como esta? Ele deve ser nojento, como a família toda que encontramos uma vez na festa de inauguração da fábrica. Não papai, eu não quero. Vamos batalhar juntos, nós vamos nos virar, não faça isso comigo pelo amor de Deus!!! – implorou ela se jogando sobre o pai.

– É o melhor que pude fazer, nas condições em que nos encontramos passaríamos fome e ninguém nos acolheria, e eu não te criei pra isso filha, mas a vida nos pregou uma peça. Ele concordou que eu termine as últimas entregas da fábrica e que fique com a casa do lago onde a Sra sua Tia mora. Terei que ficar com ela até que as coisas melhorem, ou encontrarei outro lugar para que não comecem a falar mal da pobre coitada. Agora suba pegue as suas coisas e vá para a casa do lago, esta casa não nos pertence mais. Daqui a 4 meses o seu casamento será realizado no palacete deles. Eu viajarei para entregar a fábrica nas condições impostas.

Seu pai saiu e ela desabou no chão, sua empregada Sue entrou pegou-a pelos braços e a apoiou até o quarto onde todas as suas coisas estavam arrumadas.

A carruagem seguiu pela estrada tortuosa, os solavancos tiravam-na do lugar, mas ela nem percebia, sua cabeça doía, estava sufocada e nem via o caminho pelo qual passava, o caminho que ela tanto amava, as árvores, os pássaros, até as pedras tudo parecia nem estar ali.

Antes de dormirem sua tia propôs que ela fosse passear na manhã seguinte, que fosse andar pelas cavernas que tinham ali por perto, que nadasse se o tempo tivesse bom, que fosse procurar por plantas exóticas. Sua intenção era tirar a sobrinha daquele sofrimento, pelo menos naqueles 4 meses que se tinha pela frente.

O dia amanheceu lindo, e ela viu tudo porque não adormecera por um segundo sequer. Acendeu o fogão colocou a água no fogo e foi para a porta apreciar o sol que nascia imponente lá no horizonte do imenso lago.

Tomou o seu café e resolveu sair como havia proposto a tia, pegou um xale porque apesar do tempo bom as manhãs são frias e caminhou. A natureza é um ótimo remédio para muitos males, e ela pode comprovar isso. Se esqueceu das suas obrigações e começou a curtir tudo o que tinha por ali, avistou um esquilo e resolveu seguir o pequeno animal que parecia se divertir ao vê-la caindo por entre as pedras tentando se aproximar dele. Ela desistiu porque não poderia subir numa árvore que estava inclinada nas pedreiras. E o esquilo pareceu zombar dela.

O tempo no campo muda muito rápido e neste dia foi assim, as nuvens carregadas se juntaram no céu e começou a chover, ela corria por entre as pedras tentando encontrar um lugar para se esconder, até que encontrou uma caverna. Estava muito limpa por sinal, tinha fogueira apagada, algumas panelas, cordas, artigos de pesca, peças de roupas emboladas e jogadas num canto que ela não se atreveu a mexer. Ficou com medo, não sabia se entrava, mas a chuva estava ficando pior e ela não poderia ficar ali na encosta o tempo todo.

Chamou mas ninguém respondeu, ela teve certeza de que não havia pessoas ali. Entrou se acomodou e ficou a ouvir a chuva que apesar de assustadora para algumas pessoas, ali no meio da natureza era linda, tinha até um cheiro característico, inexplicável, apenas sentindo por quem pudesse presenciar ela ali no seu estado natural, no encontro de natureza com natureza. Ela se deixou perder por aquele som, por aquele momento.

De repente ela ouviu pedras deslocarem e rolarem morro abaixo, seu coração disparou. Um homem adentra a caverna. Sua pernas amoleceram. Na sua cabeça já vieram as histórias contadas pelas empregadas. Seria este um dos assassinos saídos de uma delas que narrou Sue uma vez em que mortes misteriosas estavam acontecendo na cidade?

Ele trazia faca, arma de fogo, e outras coisas que ela não pode distinguir pelo nervosismo. Estava todo molhado, tinha o porte de um homem forte, tipo pescador ou homem que trabalha no campo. Também parecia assustado, mas mesmo assim continuou com passos leves e foi adentrando a caverna. Isabella foi se encolhendo num cantinho porque não sabia o que fazer ou dizer, até que teve coragem para balbuciar algo:

– Me desculpe Sr. eu não sabia que esta era a sua casa....só...só me escondi da chuva....já estou indo. – ela deu de sair correndo, mas tinha que passar por ele que era enorme e tomava toda a entrada.

Foi agarrada pelo braço e pode ver os olhos do suposto assassino. Seu coração precisava ser segurado pela garganta para não pular para fora. Seus olhos encheram de lágrimas e ela pediu:

–Não me mate por favor! Ele soltou-a gargalhando:

– Calma moça. Você está pensando que sou algum assassino? O que fez com que você que nem me conhece tirasse esta conclusão a meu respeito? Tremendo e gaguejando ela disse:

– Você está armado, tem aparência rude e me agarrou o braço com força, impedindo que eu fosse embora.

–Então é isso, você tirou conclusões pela minha aparência rude? Isto aqui são para pescar, sou pescador, e só agarrei o seu braço para que não saísse sem saber primeiro que não sou nenhum bandido. E não moro aqui, descanso, as vezes pernoito, passo um tempo aqui, é isto. Agora vá, já me expliquei.

– Mas....mas....está chovendo muito....e....

– Agora você já não está mais com medo, né? Mas quem garante que não estou mentindo? – Ela refletiu rápido e se virou para desta vez ir mesmo.

– Me desculpe, sente-se por favor. A minha intenção não é assustá-la, eu só estava brincando.

Ela se acalmou, se sentou e ficou quietinha só observando os trejeitos daquele pescador. A fogueira foi acendida, a caverna ficou iluminada porque a chuva a havia deixado escura. Ele ajeitou os peixes e colocou para assar. As sombras tremiam na parede e de vez em quando ele olhava para ela e pegava ela encarando-o e de vergonha ela escondia o rosto no ombro. Eles comeram, a chuva passou e ele levou-a de volta, a alguns metros da casa da sua Tia ele se despediu, e ela agradeceu.

Tinham conversado muito pouco. A educação de Isabella e a época não permitiam conversas a sós com homens. A sensação de fazer algo que não era correto lhe causava uma sensação ótima, uma euforia inexplicável. Tomando coragem ela perguntou a ele que já caminhava de volta para sua caverna:

– Eu gostaria de aprender a pescar, você poderia me ensinar? – ela não acreditava no que acabara de dizer, seu coração estava mais disparado do que quando ela foi agarrada pelo braço. Ele se voltou rapidamente e com um sorriso perguntou:

–Seu esposo permitiria?

–Não tenho esposo. E tenho certeza de que se tivesse, ele permitiria. - "Que besteira acabei de dizer". -pensou.

–Amanhã pela manhã, passo por aquela pedreira, se quiser ir comigo esteja lá.

Ela se virou sorrindo e chegou na casa da Tia com este sorriso ainda estampado no rosto. Sua Tia nervosa com o sumiço e a chuva, fez uma pergunta atrás da outra. Ela explicou que resolveu seguir os conselhos dela e que naquela manhã já estava bem melhor e que saíria todas as manhãs e tardes porque o contato com a natureza fazia realmente bem e não dormiu de novo, mas desta vez era ansiedade pela chegada da manhã, e ela nem sabia porque estava ansiosa.

Acordou antes de sua Tia, tomou o seu café e se foi, ele já estava lá a espera dela, que ao vê-lo foi acenar e caiu nas pedras. Ele sorriu saiu do barco para ajudá-la e os dois saíram para o imenso lago.

O barco não era muito grande, mas também não era pequeno, ela ficava observando os movimentos do pescador de quem ela nem havia perguntado o nome, e aquela sensação, aquela euforia de estar fazendo algo que ia totalmente contra tudo o que ela tinha aprendido até ontem, como a deixava feliz.

Se apresentaram, o seu nome era Edward Masen. Ela achou lindo, mas não comentou nada. Já ele, disse encantado que o nome dela era muito bonito, mas não tão bonito quanto a dona dele. Ela se sentiu ruborizar. Somente ele pescou e ela mesmo não fez nada, somente apreciou a natureza e o pescador. Não comentaram sobre suas vidas, não expuseram em momento nenhum quem eram, ou que faziam, de onde vinham. Ele a chamou para tentar pescar algo, já que era isso que ela havia pedido no dia anterior. E ela pode experimentar mais uma sensação nova, nunca antes sentida ao ser tocada por um homem pela primeira vez.

Ela se sentiu aconchegada nos meios dos seus braços que a apoiavam para lançar a vara de pescar. E riram muito com as trapalhadas dela que acabou caindo no lago, numa parte muito profunda, ele foi buscá-la, e a respiração daquele homem a fez sentir viva, e sentiu pela primeira vez coisas nunca sentidas antes. Quando ouvia as histórias de Sue com o seu namorado ela só imaginava, mas imaginar algo que se deconhece é muito diferente de vivênciá-lo. E na manhã em que soube que iria se casar obrigada pensou que nunca nesta vida iria ter o prazer de sentir certos desejos descritos por Sue.

O dia foi maravilhoso. Na hora de dormir ela se lembrou de que Sue dizia que quando um homem e uma mulher ficavam sozinhos, pegava fogo, a vontade de ficar cada vez mais perto era cada vez maior e só acabava quando estavam tão juntos que daquele ponto não era mais possível passar. Pensou ela:

"Eu não tenho mais nada a perder, vou me casar com um homem repugnante que nem conheço e nunca mais sentirei o que senti hoje. E esta sensação maravilhosa, de onde vem? O que acontece de mágico que não tem explicação? Ele é um homem lindo, gentil e me faz pensar coisas....Vou viver tudo o que tiver vontade. Será que Sue se referia ao beijo, ela até me ensinou uma vez a praticar na mão, mas não tinha graça nenhuma."

Todos os dias da semana foram assim. Certo dia resolveram marcar para sair a tarde porque ele teria que resolver alguns assuntos na cidade. Estavam passeando pela montanha a chuva veio de novo e eles tiveram que ir para a caverna. Logo a tarde virou noite e a tempestade aumentou, e com ela o frio. Ele acendeu a fogueira e pegou um cobertor e cobriu-a. Ela percebendo que ele também tinha muito frio o chamou para perto dela e lhe abriu uma parte do cobertor para que pudesse se enrolar. A quentura do corpo dele fez com que ela se transportasse para as histórias de Sue e o namorado, dos toques maliciosos, dos beijos na boca, em partes do corpo, as mãos tocando, apertando.

Ela se virou pra ele que a observava sem nada dizer, acariciou-lhe o rosto, ficou de joelhos na sua frente que estava sentado num banco de pedras e esperou que ele tomasse a iniciativa de beijá-la. Ele a agarrou, a beijou com força, como alguém sedento por água encontra o oásis e ela pode sentir o fogo que faz com que se queira ficar mais próximo, mais próximo, até .....Ela não sabia o que vinha depois disso, então se deixou ser tocada, acariciada. Sentiu a mão quente dele passando por todo o seu corpo, o seu vestido sendo tirado ora com violência, ora com carinho, se sentiu beijada por todo o corpo. O viu se encaixar em cima dela e sentiu seu beijo molhado....E acordou com o cachorro da única vizinha distante que a sua tia tinha, lhe lambendo a face.

–Argh!!! Saia daqui seu pulguento.

Quando se encontraram neste dia ela nada dizia, apenas o observava lembrando do sonho, fez de tudo para ficar cada vez mais próxima dele que também sempre dava um jeitinho para ficar próximo dela. Neste dia ela só voltou para a casa muito tarde, já era noite e ele resolveu levá-la até mais próximo da casa. No escuro ela tropeçou e ele a ajudou se levantar, as respirações se encontraram e o brilho da lua fez com que os olhares se encontrassem. Os lábios se tocaram, depois os braços se entrelaçaram, e por fim os corpos se tocaram. O tal fogo que ela ansiava por conhecer se acendeu e ela desejou que aquele momento não se acabasse, que o mundo parasse e ela pudesse desfrutar daquele momento mágico. Só quebrou o encanto os gritos da sua tia chamando pelo seu nome lá em cima na porta de entrada.

–Eu preciso ir, até amanhã.

Eles já não pescavam mais, os passeios eram apenas para se beijar, se abraçar, se tocavam cada vez com mais intensidade. Até que uma tarde foram para a caverna por causa da chuva e mesmo antes de entrarem já não se aguentavam mais, nem a fogueira foi acesa. Os beijos ficaram mais profundos, as carícias maliciosas, as roupas foram tiradas aos poucos. Ela sentiu sendo acariada em lugares nunca imaginados, e uma sensação nada comparado a tudo o que ela vinha sentindo e achando maravilhosa, isto tudo era muito mais intenso, profundo, lhe arrepiava o corpo todo, e a boca quente dele aquecia por onde passava. Ela já não estava mais em si e nem era dona das suas razões.

O acariciou como dizia Sue que o namorado gostava, beijou-o por inteiro, coisa que lhe dava tanto prazer quanto ser acariciada, até descobrir algo do qual Sue não havia explicado com detalhes, ela não sabia o que fazer, mas ele lhe guiou direitinho. Ela pode ouvir os gemidos dele que a agarrou com força beijando-a colocando-a em posição para ser possuída por ele. Ela sentiu dor, mas nada que pudesse ser comparada a sensação de ser tomada por um homem por quem estava completamente apaixonada, se entregou sem medo, sentindo o suor dele pingando, movimentos ora suaves, ora violentos, até que ele saiu de dentro dela e deitou no seu peito ainda gemendo e tendo espasmos.

– O que aconteceu? Você está bem? – perguntou ela pegando em seu rosto.

– Estou ótimo – respondeu ele. – Apenas estou evitando que façamos um bebê antes do tempo.

Ela despertou para mais uma descoberta. Então era assim que se faziam bebês? Por isso que sua antiga vizinha tinha tantos filhos. Praticava muito, porque era muito bom! Se trocaram, falaram muito pouco, e ele estava mais carinhoso, mais próximo, quis deixá-la em casa e falar com a tia, para oficializar o namoro. Ela se assustou e pediu que não falasse com ela agora, que esperasse um tempo, porque ela estava com problemas e isso talvez a deixasse pior. Ele compreendeu se despediram.

Agora os encontros eram só para fazer amor. Foi na chuva, no lago, na árvore, na grama, no barco, de noite, de dia. Ela percebia que quanto mais fazia, melhor ficava, até descobrir o que ainda faltava. O seu clímax que veio sem ela esperar, quando ela pensava ter descoberto tudo, ela chorou sem saber porque. Ele a abraçou.

Foram 4 meses de sexo por assim dizer, cada vez mais experiente e mais gostoso. Quando estava se aproximando da volta do seu pai e do seu até então esquecido casamento, ela foi se distanciando dele, com muita dor e sofrimento, mas foi se distanciando.

No dia anterior a volta do seu pai ela resolveu que seria a sua despedida e que passaria a noite inteira com ele, dormiria nos seus braços e faria amor até deixar marcas no seu corpo para que quando estivesse sendo tocada pelo seu repugnante marido se lembrasse de que um dia esteve nos braços do homem que amou e que foi amada por ele com a mesma intensidade. Já era madrugada e eles já tinham se entregado algumas vezes, quando iniciavam mais uma entrega. Beijos ardentes, braços entrelaçados nos corpos nus. O fogo se extinguia na pequena fogueira, quando de repente alguém entra na caverna. Ele no susto só pode escondê-la atrás de si e se abaixar para pegar o cobertor se cobrindo:

– O que o Sr quer aqui? – gritou ele bravo, mostrando que era o dono do lugar. – Abaixe esta arma, o Sr pode machucar alguém.

– Vim buscar o que é meu, seu, seu.....vagabundo! Vou te matar! – e apontou a arma em sua direção.

–Não!!! – gritou saindo de trás dele. – Por favor papai, não. Me mate, mas não o machuque. Se estou aqui é por livre e espontânea vontade. E porque o amo também.

–Eu também a amo Sr e peço a sua mão em casamento.

–Cale-se seu tolo! Ela já está comprometida. Amanhã saíra daqui para a igreja. E você seu bandido, tirou a honra da minha filha! E se agora o marido não a quiser? Se isso acontecer eu acabo com os dois!

Se voltando para ela, revoltado ele perguntou:

–É verdade....? É verdade o que o Sr seu pai diz? Você estava comprometida este tempo todo, e não me contou nada?

– Sim. – respondeu ela chorando. – Eu não podia te contar, senão você não ficaria comigo, e eu me apaixonei perdidamante por você e vivi os dias mais felizes de toda a minha vida!

– E o seu noivo? Você também disse a ele estas coisas bonitas que estou ouvindo agora?

–Claro que não! Eu nem o conheço, é um casamento arranjado pelo meu pai com a Família Cullen. Eu o abomino, e se me permiti viver tudo isso com você, foi porque sabia que nunca mais poderia sentir o mesmo. Eu te amo.- disse em meio a soluços.

–Venha......Vamos partir hoje mesmo, agora mesmo. – disse o Sr seu pai arrancando-a da caverna.

Ele nada fez ou disse para impedir. Seu pai a tirou a força de perto dele e a arrastou sem as roupas, só com o cobertor que a cobria. Ela machucou os pés nas pedras, caiu algumas vezes machucando os joelhos. A tia se assustou muito com a história. Viajaram para a cidade naquela noite mesmo.

No seu quarto no hotel com algumas empregadas da família do noivo, ela se olhava em frente ao espelho no seu vestido enorme. Seus olhos estavam inchados de tanto chorar, suas mãos e joelhos estavam machucados, doendo e com cortes, os pés latejavam. As portas da igreja se abrem, o seu coração parece ficar tão apertado que não bate mais.

Ela está usando um véu espesso cobrindo o rosto, e ainda dá uma última olhadinha na rua na esperança de vê-lo vindo tirá-la daquela tragédia. Percebendo que não havia mais salvação e o seu pai a apressando puxando-a pelo braço, indicando que já passou do momento de entrar, ela suspira e começa a caminhada rumo ao altar.

Sente como se fosse a sua sentença de morte e a forca lhe esperasse. Não ouviu a música, não viu as pessoas, tudo a hipnotizava, agora ela só desejava ter um ataque e morrer. Seu pai parou, ela de cabeça abaixada sabia que era a hora de ser entregue ao noivo. Só sentiu que trocaram de lugar e o padre seguiu com a celebração. Ela sentiu vontade de gritar para todos que não queria, que era tudo arranjado, que não era mais virgem, que estava desonrada, queria perguntar ao padre se aquilo era justo perante a igreja, se celebrar casamento de pessoas que nem se conhecem por puro negócio, era correto? Mas não o fez, faltou coragem. Quando o padre disse a frase, pode beijar a noiva.

Ela despertou, e viu que a cerimônia havia terminado e ela estava pelo resto da vida presa ao repugnante Sr Cullen. Ainda com a cabeça abaixada quando sentiu o véu ser lentamente erguido. Não sentiu vontade de olhar para o noivo. Queria despertar do pesadelo, queria ser despertada como quando o cachorro lambeu a sua boca. Pegando no seu queixo ele disse:

– Hoje teremos uma cama macia para passarmos a noite toda juntos.

Ela reconheceu a voz, e sem pensar no que estava acontecendo se jogou nos seus braços e o beijou como ninguém havia feito dentro da igreja, foi preciso o padre pedir:

– Filha, já está bom, pare por favor. Terão a vida toda para se beijar. Só se ouvia dentro da igreja as exclamações:

–Oh! Que escândalo!

Ele estava determinado a terminar o seu compromisso quando se apaixonou por ela, sem imaginar que ela era a sua prometida. Quando lá na caverna ela revelou que estava prometida para a Família Cullen, ele decidiu não contar quem era só para surpreendê-la na igreja.

E assim foram felizes, fazendo amor sempre, só no período de resguardo e nos últimos meses das várias gravidezes que ela teve, mas só porque o médico determinou, porque senão...

Ah, e a Família Cullen, não era tão repugnante quanto ela pensava serem. A sua tia se casou com o seu pai, abriram uma loja de tecidos e estavam recomeçando a vida. Ela já desconfiava que havia uma amor antigo ali.



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Notas finais do capítulo

E para quem não sabe, eu estou escrevendo uma estória.
Doce Reencontro
Sinopse:
Isabella e Edward se amavam, mas acabaram separados. Ela foi embora e ele continuou em Forks, Washington. Nove anos depois, Isabella voltou para ficar perto do pai e foi trabalhar como professora.
Um recomeço entre eles? Nem pensar... Havia entre eles, ciúme, histórias mal explicadas e, principalmente, Maggie, a filha de Edward e Tânia, a ex-melhor amiga de Isabella, uma das causas da separação. Além disso, Isabella guardava um segredo, que dava certeza de que era tarde demais...
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