Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 41
Capítulo 39: Mary Lane & Eddard


Notas iniciais do capítulo

Leiam as notas finais



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Mary Lane Greyjoy

Ela se sentia absolutamente desconfortável em terra firme. Em Black Kraken, Mary Lane caminhava relaxadamente, mesmo nos momentos mais revoltos do mar não se desequilibrava ao andar sobre o convés. Mas naquelas estradas valyrianas absurdamente retas, sob o dorso de um maldito cavalo, a Greyjoy sentia-se tonta e enjoada.

Felizmente tinha Crack como companhia, o inseto repousava no chapéu da capitã como sempre o fizera. Ao seu lado, Aemon Martell cavalgava com facilidade, frequentemente soltava uma piadinha de baixo calão, sobre como ela era uma excelente amazona em outro tipo de montaria. Ele fazia com que Mary Lane sorrisse.

O dornes tornara-se uma diversão constante, e rapidamente ganhara o posto de melhor amante que já frequentara sua cama. E Mary Lane tinha uma vasta coleção de amantes. Aemon Martell não era tão grande como os oriundos das Summer Islands, mas era habilidoso. Ele lhe prometera que em cinco segundos a faria gritar alto o suficiente para acordar todo o navio, e cumprira a promessa.

Mas não era apenas na cama que ele era útil, com seu humor negro e piadas maliciosas Aemon lhe fazia rir, e era uma companhia relativamente agradável. Mary Lane entretanto estava consciente dos defeitos dele. Sabia que fora o Martell que envenenara o bobo idoso. Não havia necessidade de fazer aquilo, aquela criatura patética morreria em breve de qualquer jeito. Porem Mary Lane não pode deixar de sentir certa satisfação ao ver o corpo do bobo afundar no oceano. Era injusto que ele vivesse, enquanto Theon Greyjoy estava morto.

- A estrada vai finalmente fazer uma curva daqui há meia milha informou – Aemon lhe fitando lascivamente – Podemos ficar um pouco sozinhos e depois pegar um atalho para alcança-los.

Mary Lane sorriu. Por que não? O dornes se encarregou de avisar que se distanciariam por algumas horas e voltariam antes do anoitecer. A mulher de ferro incitou seu cavalo a seguir o do dornes, eles galoparam por alguns minutos, quando alcançaram a vegetação, mal podia se ver a estrada valyriana.

Mary Lane desceu do cavalo, Crack voou da aba de seu chapéu para a cela. Por poucos segundos a Greyjoy se distraiu com a pequena companheira, por isso não viu quando Aemon se aproximou por trás beijando sua nuca. Os pelos dela se arrepiaram e sentiu uma crescente tensão na púbis. Ele continuou com os beijos, descendo vagarosamente, enquanto seus dedos habilidosamente lhe despiam.

O colete de Mary Lane, juntamente com a blusa foi ao chão, deixando seus seios grandes e firmes desnudos. A Greyjoy gostava de observa-los, sabia o quão belos eram, e ver o quão isso enrijecia os homens a excitava, bem como massageava seu ego. As mãos dele agora envolviam sua cintura, e avançavam sem nenhuma timidez para o sul, passando por debaixo de sua roupa e massageando seu pequeno ponto de prazer.

Mary Lane segurou um gemido. Sentiu que a calça escorregar pelas suas pernas, e não pode deixar de sorrir ao imaginar a si própria naquele momento, nua, exceto pelo chapéu e as botas. Uma imagem que com certeza agradaria muito a população masculina.

Aemon subiu os beijos novamente, porem dessa vez mordeu o lóbulo de sua orelha e sussurrou ao pé de seu ouvido em uma voz rouca.

- É assim que eu gosto de você, nua... – penetrou então dois de seus dedos nela, Mary Lane deixou um gemido escapar enquanto ele prosseguia em movimentos circulares, provocando-a ainda mais, deixando ainda mais úmida – e pronta.

- Eu acho que você não está entendendo meu caro – respondeu ela no mesmo tom se virando e massageando seu membro por cima do tecido, que enrijeceu ainda mais sobre seus dedos – Você é quem tem que está pronto para mim.

Ela o beijou, invadindo sua boca com a língua. Era um beijo lascivo e impudico, ao qual Aemon prontamente correspondeu. Ela tirou as roupas dele o mais rápido que pode, e logo ambos estavam nus. Aemon a envolveu em seus braços e ergueu no ar, Mary Lane enlaçou suas pernas na cintura dele, segurou-se com força em seus ombros largos e naquela excêntrica posição ele a penetrou.

Mary Lane arregalou os olhos e segurou um gemido, Aemon continuou com as investidas cada vez mais fortes, Mary Lane sentiu a semente dele dentro de si, ele havia chegado ao ápice do prazer. Mas ela também não estava muito longe disso, a nova posição havia permitido que o membro dele alcançasse um ponto que antes não tocava.

Com um arquejo alto e sonoro ele chegou lá também e sentiu seu corpo amolecer aos poucos. Teria caído se Aemon não tivesse a segurado com um carinho que não lhe era habitual. Ele a deitou cuidadosamente na grama macia e ficou passando as mãos pelos cabelos dela enquanto beijava um de seus seios.

Logo a pequena faísca acendeu novamente, Mary Lane tomou o controle, segurando-o contra o chão enquanto beijava seu tórax musculoso. Aemon não a impediu, apenas a fitou imóvel com um sorriso no rosto. A capitã poderia não ser tão habilidosa sob um dorso de cavalo quanto Lailla e Raven, que mais pareciam centauras, entretanto neste tipo de cavalgada duvidava que pudesse ser superada.

Dessa vez alcançaram o ápice juntos. Mary Lane descansou sob o corpo igualmente fatigado do dornes. O que sentia por ele não era amor, esse tipo de ilusão era para crianças ou ladys como Shiera Tully, mais com certeza sentia algo pelo Martell, amizade ou talvez companheirismo. O que quer que fosse, a Greyjoy sentia-se feliz e confortável ao seu lado

Eddard Baratheon

Ele observou a capitã Greyjoy se afastar cavalgando com Aemon Martell. Mary Lane parecia ser a única dentre eles que suportava, e mesmo apreciava a companhia do dornes. Deu de ombros, esperava apenas que os dois encontrassem o caminho de volta.

Lailla cavalgava ao seu lado conversando animadamente com Drogo que estava ao lado dela. O primo montava um dos animais comprados no porto, e ao seu lado Shadow trotava sofregamente. O clima era muito quente, e o lobo gigante estava desconfortável.

Narcysa Lannister estava um pouco à frente, galopando ao lado do Príncipe Rhaego. A loira estava tentando a todo custo seduzir o dothraki na esperança de suceder Daenerys Targaryen como rainha. Porém Rhaego não parecia nem de longe interessado na Lannister, e cada vez ela parecia mais patética.

Eddard quase sentia pena de Narcysa. Depois de tantos dias de convivência forçada começava a compreendê-la melhor. A loira se defendia atacando, ao longo da vida tivera tantas duvidas quanto à sua maternidade quanto ele próprio tinha quanto à paternidade. Pra não ser chamada de bastarda, ela impunha esta alcunha á outrem. Cruel, porem eficiente, uma vez que tirava o foco dela própria.

Mas algo mudara em Gogossos. Talvez ela tivesse pressionado Jaime Lannister e descoberto sua verdadeira mãe. Não importava. Desde então ela não mais incomodava Eddard ou Drogo com questões sobre quem seriam seus verdadeiros pais. A principio Ned agradecera aos deuses, porem agora estava ligeiramente preocupado. O que mantinha a loira tanto tempo calada?

Pouco atrás dele, vinham Shiera e seu protetor, Sor Astor. A Tully agora, tinha sempre o arco nas mãos, haviam comprado flechas para ela no porto, e ela passava todo o tempo livre praticando, estava se tornando cada vez melhor. Tal como as suas bem feitoras prometeram nunca errara o alvo.

- Eu vou me adiantar um pouco com Drogo, se importa Ned? – perguntou Lailla sorrindo-lhe com doçura

Sinceramente, ele se importava. Drogo era seu primo, e eles haviam crescido juntos, mas não gostava da aproximação entre ele e sua irmã. Na verdade não gostaria da aproximação de nenhum dos rapazes com sua irmã. Lailla ainda era uma criança aos seus olhos, sempre seria, e ele precisava protegê-la, as vezes dela mesma.

Quase sorriu com o pensamento, se ela pudesse ler seus pensamentos provavelmente rosnaria dizendo que não precisava de proteção. A irmã sempre fora muito forte para sua aparência, e também muito ativa. Bran lhe dissera mais de uma vez que ela lhe lembrava a própria Arya quando criança.

Flashback

Eddard estava nervoso. Depois de tanto tempo finalmente iria conhecer àqueles que todos diziam ser seu pai. Há dias chegara uma ave à Winterfell informando da vinda de Lord Baratheon e sua família. A mãe, Arya, ficara obviamente desconfortável, mas não havia nada que pudesse fazer para impedir.

Ela estava agora ao seu lado, juntamente com Lord Brandon, Lady Meera e o primo Drogo. Lord Gendry desmontou de seu cavalo rudemente, em seguida ajudou uma garotinha que devia ter a sua idade à fazer o mesmo. Ele se aproximou com a garota em seus calcanhares. O rosto dela lhe lembrava o da mãe, ela tinha os mesmos cabelos negros e olhos acinzentados, eram tão parecidos que poderiam ser gêmeos.

Lord Gendry cumprimentou à todos com uma rustica cortesia. A menina não parecia nem de longe tímida, pois fez o mesmo com mais delicadeza.

- Então é você – disse por fim o Baratheon fitando Ned atentamente – Ele não parece nada comigo. – acrescentou se dirigindo a mãe com um olhar de desconfiança

Ned era muito ingênuo para entender o que acontecia naquele momento, só foi compreender anos mais tarde. Ali porem, sentiu apenas a tristeza ao compreender que não parecia corresponder as expectativas do pai. Durante toda sua curta vida mentalizara o que diria ao pai se o encontrasse, as principais questões se referiam ao motivo de ter sido abandonado com a mãe no norte, por que seus pais não eram casados e coisas assim.

Naquele momento entretanto, nada disso lhe veio à mente. Sentia-se intimidado com a presença de Lord Baratheon, que parecia ser tão alto quanto o tio Jon, e eram poucas pessoas que cresciam tanto.

- É por que puxou á mãe, Gendry – vociferou Arya

- Como quiser, Doninha – disse ele com um sorriso sincero para ela – Lailla, por que não vai conhecer um pouco seu irmão? Foi afinal para isso que fizemos essa viagem tão longa. Enquanto isso eu vou conversar um pouco com Lady Arya.

- Não me chame assim, Touro – vociferou a nortenha ameaçadora – Sabe muito bem que eu não sou uma lady.

Ned já vira homens maiores recuarem quando a mãe usava aquele tom, mas Lord Baratheon não se intimidou. Apenas riu novamente murmurando algo com o som de ‘ela nunca muda’.

Os adultos entraram no castelo, deixando Ned, Drogo e Lailla no pátio. O primo sugeriu que eles brincassem de ‘salvar a donzela’, que obviamente seria a garotinha. Ela porem recusou-se e queria usar as espadas de madeira, como os rapazes. Querendo resolver o impasse Ned propôs que eles tivessem um pequeno assalto, se Lailla ganhasse provando que sabia empunhar uma espada, ela poderia brincar com uma.

Pensou que seria fácil desarma-la afinal era uma garota. Não contara entretanto que Lailla houvesse começado um treinamento em Storm End.

- Não é muito difícil – começou o pequeno Ned lhe estendendo uma espada de madeira – Basta espetar com ponta afiada.

Ela assentiu sem uma palavra. Drogo gritou marcando o inicio, Ned avançou esperando ganhar com apenas um golpe, a garotinha entretanto desviou, fez um finta e atacou do lado oposto. Em seguida o derrubou e colocou a ponta da espada de madeira sob seu pescoço.

- Morto – disse ela alegre – Eu sei qual ponta espetar.

Fim do Flahsback

A principio ficara furioso, mas antes do final do dia já eram melhores amigos. Ned sabia que Lailla lutava bem, mas como poderia se defender se não reconhecia o perigo. Ela podia ser uma mulher de armas, mas era ingênua como a maioria das ladys. Isso era ruim e bom, ruim pois essa ingenuidade poderia custar a vida dela, como quase custara varias vezes a de Shiera Tully. E bom por que a ingenuidade era uma amostra de quão pouco Lailla já havia sofrido, o sofrimento trazia maturidade. Raven Arryn era a prova viva disso.

O sol começou a se por. Ele saltou do dorso de Blackfire, o cavalo que fora presente do tio Jon, e ajudou seus companheiros a preparar o acampamento.


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Notas finais do capítulo

Oioi meus queridos
Atrasei um pouquinho eu sei, mas minha semana tem sido um caos. Meu PC me dando sustos de novo, ele provavelmente vai ter que visitar o técnico novamente e eu tô com o coração na mão por isso. Terça teve a estreia de a Casa de Hades, eu demorei 24H para conseguir o livro e mais 6H p ler, e quinta, quando ia enfim postar a minha cidade vira um caos.
Duas facções começam a brigar pelo controle do trafico. Escolas invadidas, crianças feitas reféns. Arrastão em todos os shoppings da cidade. Um verdadeiro caos, me senti em Gotham City, só que sem o batman. Mas só para variar a imprensa (totalmente controlada por políticos) não disse meia palavra sobre o que aconteceu, pior, disseram que não aconteceu nada disso, que foram apenas boatos. Eu até teria engolido a mentira, se não fosse o fato de que recebi vídeos e fotos altamente perturbadores no celular comprovando a veracidade dos boatos.
Amigos meus presenciaram situações altamente violentas. E devo dar graças a Deus, por que nenhum se machucou seriamente, por que nenhum dos meus parentes estava nas ruas nos piores momentos, por que minha casa fica bem longe de toda a confusão. Mas foi um dia muito assustador, eu estava em pânico ligando para cada um que conhecia e me assegurando que não iam sair de casa. Hoje ao que parece a situação foi controlada, mas como algo assim nunca tinha acontecido aqui...
Enfim, vou parar de perturbar vocês.
Espero que tenham gostado do capitulo. Devo dizer que não postarei outro até o ENEM. Faltam poucas semanas e eu realmente tenho que estudar. Mas não se preocupem, não vou abandonar a fic.
Aguardarei seus comentários.