Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 15
Capítulo 13: Bael Baskoll Drawviryen


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado ao Pepi. Criador desse magnifico vilão e de dois dos nossos heróis. E que tem a bondade de não apenas betar a fic, mas lapida-la com acréscimos perfeitos.

LEIAM AS NOTAS FINAIS.



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Bael Baskoll Drawviryen, Sangue de Dragão

Meses atrás.

O albino possuía uma pele extremamente alva e pálida, tão clara que parecia jamais ter conhecido o ‘sabor’ do sol. Seus cabelos eram tão incrivelmente alvos que quando banhado por luz do sol fazia-se parecido com um brilho adiamantado. Olhar tão cinzento, frio e afiado quanto o aço valyriano. Tinha um porte definido apesar de não ser muito largo, era magro. Uma barba na mesma cor de seus cabelos percorria sua face, mas não chegava a ser volumosa ou comprida.

Ele caminhou lentamente por entre as ruínas. Aos céus centenas delas emitiam seus gritos de guerra, sons tão monstruosos que assustariam o mais valente dos guerreiros, mas não ele. Para ele era como estar num dia calmo numa feira das Cidades Libertas. Ele era como elas: Filho, esposo e pai, e aquele era seu lugar. Elas eram o seu povo, o seu exército. Às suas costas um som ainda mais reverberante do que os dela se destacou, as harpias se calaram observando o único ser mais poderoso do que elas.

Uma delas se aproximou, ele a conhecia. Não era a líder delas e sim uma das que outrora o atacara.

– Havia um intruso na ilha. – crocitou ela gravemente – Escapou para além do Smoking Sea.

– Mas apenas os do sangue valyriano podem pisar na ilha sem serem queimados, não? – retrucou Bael tranquilamente.

– Sim meu senhor, mas ele possuía cabelos platinados como os valyrianos e olhos violetas, porém era maior que qualquer um de seus parentes.

O cenho ficou levemente franzido, um sonoro som roncou de sua barriga, Bael sentiu a fome agitar-se dentro de si mas conseguiu com algum esforço contê-la.

– Não é tudo, senhor. – prosseguiu ela – De alguma forma ele passou por nossas defesas. Temo que ele tenha assistido enquanto o senhor... 'conversava'. Encontramos rastros.

– Ele chegou tão perto assim? – perguntou Bael. A pergunta era mais para si mesmo que para a harpia, seu tom era ainda calmo, mas sua expressão era de puro desconforto diante da situação na qual deixou-se estar – Poderia ter me atacado por trás. Eu não poderia reagir no estado em que estava...

Hargron rugiu pressentindo sua raiva. A fome mais uma vez ameaçou se libertar, e outra vez, com considerável esforço, ele pode contê-la. Sua testa suava bastante, assim como cada poro de seu corpo, que, apesar do calor, tremia. Se perguntava por quanto tempo poderia realizar tal façanha.

– Senhor, quando o intruso partiu levou algo consigo. Pensamos que ele encontrou um ovo nas ruínas.

– Meus antepassados procuraram por séculos novos ovos. Reviraram toda a ilha, como esse estranho poder ter tido sucesso...

– Ele encontrou uma sala secreta, senhor, foi preservada por estar dentro de um vulcão. Seus antepassados não poderiam entrar lá, não mais. Ele usou os túneis de lava como rota de saída, senhor. Já partiu.

– Siga-o e mate-o. Traga para mim o que quer que tenha roubado.

– Sim meu senhor.

Tios, primos, parentes distantes de todos os graus vieram a superfície, observando aterrorizados àquele show de horrores. Havia medo nos olhos de alguns, ódio nos de outros, mas também havia admiração. Um dos anciões, talvez o mais velho, se aproximou.

– O quê você fez? – disse ele em alto valyriano – Isso é um afronta. Essas criaturas destruíram Valyria. Não permitirei...

– Não permitirá? – interrompeu ele com calma – Creio que isso está além do seu alcance, senhor. Vim com notícias. Daenerys Targaryen. A Parideira de Tormentos está sentada Trono de Ferro em Westeros. Ela transformou a Cidades Livres em escravas, pilhou e queimou a civilização para então partir para leste. Há mais de 600 anos os Targaryen abandonaram Valyria a mercê do inimigo e isso causou a perdição. Hoje eu fiz uma aliança e amanhã nos buscaremos vingança contra os últimos Targaryen. Depois reconstruiremos Valyria, traremos a antiga glória ao Novo Império, que ressurgirá de suas próprias cinzas como uma fênix dos tempos passados.

Ele observou o rosto de cada um dos valyrianos, todos eram de alguma forma ligados a ele pelo sangue. Haviam mulheres, homens, velhos e crianças, todos possuíam cabelos variando entre o dourado e platinado e olhos violetas. Alguns dos velhos sorriam, uns poucos ainda teimavam em tê-lo como inimigo. Porém nos rostos dos mais jovens ele pode ver uma determinação renovada, sede pela batalha, sede pela glória, sede de vingança.

– Irmãos! A guerra está a caminho! A ruína dos Targaryen! A ascensão de Valyria! - ele desembainhou e ergueu ao alto Restorative, suas harpias gritaram como puderam, mas seu ego inflou porque escutou os valyrianos, aos poucos, gritando e enaltecendo seu nome, juntando-se ao coro de vingança.


Bael Baskoll Drawviryen, O Último Filho da Harpia

Atualidade.

As gargalhadas histéricas ressoavam pelo aposento ricamente ornamentado. Os escravos se entreolhavam temerosos, mas não ousaram mover mais do que os olhos. O albino continuou a rir, até perder o fôlego e lágrimas de riso escorressem pelo seu rosto.

A porta que então ligava o aposento a um gigantesco corredor se abriu, ali estava o braço direito de Bael, a líder de seu exército de monstros, a Mãe Harpia. Esta era diferente das demais criaturas, mais humana. Possuía pernas ao invés de patas, e, no lugar do bico que ocupava a face dos demais monstros, esta possuía um rosto sobrenaturalmente belo para os padrões humanos. A única coisa que caracterizava como harpia eram suas enormes asas, recheada de penas negras. Ela na verdade se assemelhava mais a um anjo das trevas do que às bestas.

Penas negras iguais as das asas serviam-lhe de vestes cobrindo desde os seios volumosos até as ancas bem torneadas. Suas mãos eram quase delicadas, exceto pelas longas garras finas e afiadas, que podiam rasgar com facilidade a carne humana, tal qual o aço. Seus pés eram desprovidos de dedos, possuindo no lugar um bico fino, como o sapato de algumas senhoras de alta sociedade, e assim como estes possuíam uma espécie de salto fino, que nascia apartir de seu calcanhar.

Os cabelos eram tão negros quanto as asas, estavam arrumados em uma longa trança, como um espinho de prata na ponta. Ao que parecia a Mãe Harpia podia movê-la tão livremente como fazia com qualquer outro membro, tornando aquela longa trança uma arma tão poderosa quanto a cauda de um escorpião.

Em sua cabeça havia um elmo de prata, em formato de bico, em suas mãos sua arma divina. Um cajado platinado, com uma circunferência na ponta, pelo que diziam esta tinha o poder de convocar raios.

O rosto da Mãe Harpia estava inexpressivo. Porém seu coração batia em ritmo acelerado, não podia mais adiar esse momento, teria sido melhor esperar até que seu mestre estivesse melhor, mas os dias passavam-se e ele permanecia no mesmo estado. Bael continuava a rir sem reconhecer a presença de sua serva mais fiel. Ele estava nu e suando, estranhamente sentado em seu trono. De cabeça para baixo, com as costas no assento e as pernas viradas para o alto apoiadas no encosto para as costas. Só notou-a quando a Mãe Harpia fez uma exagerada reverência e um forte pigarreio da garganta.

– Que bom que veio, minha cara – disse ele ainda sorrindo de maneira débil e com uma voz ébria que ela não poderia afirmar se seria causada pelo álcool ou pela fome – Estava à sua espera. Boas novas, espero. - Concluía ele enquanto tentava posicionar-se de maneira mais confortável, apesar de ainda continuar de cabeça para baixo.

– Senhor, temo que não tenha notícias de nenhuma de minhas filhas há dias. Porém sabemos que se algumas delas perecer em batalha eu o sentirei.

A mudança foi radical e evidente. O rosto do albino, antes tão branco se tornou rubro, seus olhos se esbugalharam enquanto ele, numa cambalhota saía do trono e se punha de pé, gesticulava loucamente.

– Isso não é o suficiente! – rosnou Bael atirando longe a mesa que o separava da líder das harpias – Eu preciso de mais, muito mais!

Ele continuou esbravejando de maneira ininteligível, numa língua que provavelmente nem ele chegaria a entender, expelindo saliva a cada sílaba proferida.

– Não tem uma boa notícia par mim, sua galinha gigante? Eu sou seu imperador! E ordeno que me traga boas notícias! Será que tenho que fazer tudo sozinho?! Qual a sua utilidade ou do seu bando de corujas se não podem sequer transmitir uma mensagem?! Há alguma notícia dos prisioneiros?! Ou das visões?

– Senhor. Temo que as visões continuem igualmente enigmáticas, há doze corvos albinos se reunindo em volta de um dragão de três cabeças, mas logo eles voarão para leste. Quanto aos prisioneiros, um deles pretendia nos falar esta manhã, senhor, porém foi morto durante o sono por uma companheira de cela.

– E quem é a prostituta?! – vociferou Bael.

– Uma escrava liberta pela Parideira de Tormentos, senhor, ocupava o posto de conselheira do governante de Astapor.

– Tragam-na!

– Senhor...

– Eu disse para trazê-la! É tão difícil cumprir uma ordem tão simples! Será que terei que executá-la junto com a prostituta?! TRAGAM-ME A MALDITA GAROTA!

– Sim, meu senhor.

Em poucos instantes ela foi trazida. Usava farrapos que outrora haviam sido vestes reais. Um olhar de desejo preencheu rapidamente o rosto de Bael, que sorriu debilmente. Parecia ter perdido toda a raiva demonstrada a pouco. Ele se aproximou da garota, não devia ter mais que vinte anos, provavelmente era só uma criança quando a Parideira de Tormentos iniciou sua ocupação nas Cidades Livres. Ela portava grilhões e usava farrapos, mas ainda tinha a postura de qualquer nobre.

– Por que me traiu? – perguntou com uma estranha e maliciosa calma.

– Não se pode trair a quem nunca se jurou fidelidade. Eu sirvo à Mãe de Dragões, à Quebradora de Correntes, e serei fiel a ela até o dia de minha morte. – havia insolência pura e explícito desafio no olhar da garota. Aquilo tanto o irritou como o excitou, uma perigosa combinação.

Com um rápido movimento ele estapeou o rosto da menina com força. Ela não gritou, e aquilo o irritou, ele gostava quando gritavam. Então voltou a estapeá-la com o dobro de força, ela caiu no chão mas ainda manteve os dentes cerrados e as lágrimas não chegaram a cair. Um corte abriu-se no lábio inferior da jovem. Sua fome rosnou. Cheio de luxúria ele puxou-a e lambeu os lábios dela, que hesitante, não pode impedi-lo. A fúria dele cresceu talvez porque aquele sangue não lhe calava os tremores, ou talvez simplesmente porque ela não lhe dava o quê queria. Ele gostava de lágrimas e gritos, e em nome de todos os deuses os conseguiria.

Deu um pontapé no estômago dela, ela gemeu e aquilo foi como o som do paraíso. Sentiu a tensão surgir em sua virilidade que dava sinal de desejo. Seu olhar enlouquecido procurou avidamente pelo quarto até encontrá-lo, o chicote de montaria. Ele se aproximou da menina, agora não havia nenhuma insolência ou desafio em seu olhar, apenas o mais puro medo. Aquilo o excitou mais do qualquer coisa, e ele sentiu seu membro ficar dolorosamente duro.

Ela tentou lhe resistir, mas seus braços fracos não eram nada comparados a força bruta de um homem adulto. Ele rasgou o resto dos farrapos dela, podendo vislumbrar com exclusividade os belos seios e as curvas de seu corpo, mas ainda não estava perfeito, só o estaria quando estivesse banhado em sangue.

O chicote feriu as costas dela, até que os tão desejados gritos vieram. Sem poder se segurar ele a tomou por traz, à maneira dothraki, do mesmo modo que os animais, como se ela não passasse de um objeto, de uma escrava, e realmente era o que era. Continuou a chicotear as belas costas enquanto a possuía, os gritos dela se tornavam cada vez mais altos e sofridos. Por puro impulso lambeu as feridas sangrentas da jovem. O gosto ruim fez sua fúria aumentar e a fúria aumentou sua excitação.

Bael se satisfez de todas as formas possíveis com ela, e quando finalmente ela estava tão usada, que não mais o entretinha ele, ainda nu, puxou-a pelos cabelos seguindo para fora do salão. Ela debatia-se, apesar de estar fraca. Muitas harpias passaram a seguí-lo. Era sempre interessante assistir ao 'show'. Um sorriso insano de alegria estampou-se em sua face quando deparou-se com a enorme porta, fez um simples sinal para os guardas que a abriram prontamente. Este salão era aberto, com uma enorme cratera no teto, jogou a escrava em meio a terra batida do lugar. A jovem espantou-se quando viu-se em meio a centenas de ossadas. Espantou-se ainda mais quando uma enorme sombra cobriu praticamente toda a área do salão aberto. Enquanto ela ainda estava viva, ele pode tirar o último prazer dela, o terror em seus olhos quando as mandíbulas do monstro se fechavam lentamente sob seu corpo.

Ficou irritado ao olhar para baixo e ver que sua virilidade novamente respondia de excitação pela cena, mas agora nada mais podia fazer com a escrava. Apenas encarava aquela face já morta enquanto era devorada e consumida pela chama negra de Hargron. Apesar de não haver qualquer semelhança entre as duas, ele imagina que ali estava Danny, afinal, corpos carbonizados são todos idênticos.

Ele sorriu ao encarar o brilho rubro-dourado dos olhos de seu mais precioso filho. Ele parecia entender o quê eles diziam. E diziam que Daenerys Targaryen não teria um fim diferente.


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Notas finais do capítulo

Eis o nosso tão aguardado vilão.

Então. O que acharam do capitulo? Ficou ainda mais confuso que o da Melony ou deu pra entender? E o Bael, o que acharam dele? Não encontrei nenhuma imagem na internet que se correspondesse à Mãe Harpia, mas acho que deixei claro como eh a aparência dela certo? Quanto ao Hargron... Bem deixarei esse mistério no ar. Não demorará muito para que descubram como é a aparência dele, e quando o fizerem eu postarei uma imagem dele também.

Falando em imagens segue a do nosso lindo vilão: http://www.masterfile.com/stock-photography/image/614-01869832/Albino-man

No próximo cap teremos o desfecho do torneio em Westeros.

Minhas aulas já começaram, faculdade, muitas matérias, muito que estudar, pode ficar difícil escrever e a imaginação pode fugir. Porem tenho certeza que algumas reviews ajudariam. *.*

Aguardo reviews.

PS: Li o primeiro capitulo de uma fic de ASOIAF da qual gostei. Não sei que rumo o autor pretende dá para historia ou qual o estilo dele. Mas a escrita eh bem fluida e cativante. Deem uma passadinha lah: http://fanfiction.com.br/historia/327660/A_Cancao/