Neve e Chama: A Segunda Era dos Heróis. escrita por Babi Prongs Stark Lokiwife


Capítulo 11
Capítulo 9: Shiera Tully


Notas iniciais do capítulo

LEIAM AS NOTAS FINAIS, BANDO DE INGRATOS!



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Shiera Tully, a Sereia dos Rios

Lord Edmure permitira que ela fosse ao Torneio, com a condição de que fosse sempre acompanhada por seu protetor Astor Mallister. Na maior parte do tempo Shiera gostava de Astor, ele era gentil e agradável, porém intransigente quanto à sua proteção. O que ele pensava que fosse acontecer? Que ela seria sequestrada dentro dos muros de Harrenhall? Deuses!

Seu olhar vagou pela grama enquanto procurava por Moony, sua gata branca acinzentada de olhos laranjas, o último presente de Tommen. Apenas pensar nele fez seu coração se encher de saudades. Passara a primeira metade de sua vida em Casterly Rock, como refém de guerra, juntamente com o pai e a mãe. Naqueles dias sua única companhia era o herdeiro dos leões, Tommen Lannister, um rapaz traumatizado por sua época como rei.

Ele fora seu primeiro e único amigo, ela lembrava-se bem dos dias passados com somente ela, Tommen e uma enorme coleção de gatos, a única alegria do menino. Mas esses dias ficaram para trás. Depois da vitória da Rainha nas Riverlands, os domínios Riverrun foram finalmente devolvidos a quem os pertencia. Shiera era só uma menina que completara sete dias de seu nome quando deixou Casterly Rock, mas jamais se esqueceria dos conselhos de Tyrion, das palavras doces de Tysha e do beijo de Tommen.

Era para ser apenas um beijo de despedida na bochecha, mas Shiera sem querer se movimentou e os lábios infantis se encontraram, durou apenas um segundo, foi algo casto e sem malícia, como é próprio das crianças, mas que ficara gravado para sempre na memória dela. Desde então perdera o contato com Tommen, as cartas dele eram queimadas por seus pais e as suas jamais deixavam Riverrun.

A vida dela fora reduzida as constantes e intermináveis visitas ao Septo, para que pedisse perdão pelo sangue Frey que corria em suas veias, sua mãe foi ficando cada vez mais abalada à medida que os últimos Frey foram executados, e foi nessa altura que seus irmãos nasceram. Os gêmeos Robb e Hoster, que ao contrário dela possuíam cabelos ruivos idênticos. Ela amava muito à ambos os irmãos, porém perdera o direito a herança Tully e Frey, jamais seria Lady de Riverrun ou das Twins.

Passou as mãos pelos cabelos castanhos, eles eram longos e lisos caindo como cascatas pelas costas até terminarem como grandes cachos, mas ela se ressentia pelo fato de serem dessa cor, preferia que fossem ruivos como os do pai e dos irmãos, mas os únicos traços Tully que possuía eram os olhos azuis e as feições finas, que diziam que lembrava a prima, Lady Sansa do Vale. Possuía lábios pequenos e bochechas rosas que sempre formavam covinhas quando sorria. E um corpo proporcional a alguém de sua idade.

O pai recebera inúmeros pedidos pela mão da filha, que era conhecida pelos vassalos do pai como Sereia dos Rios, não apenas por sua beleza, mas também por sua bela voz. Shiera começou a cantarolar baixinho a tão conhecida canção, desde menina sonhava com tal melodia de língua desconhecida, o Meistre Tom de Riverrun dissera que possuía traços do antigo valyriano mas não pudera traduzir. Shiera não se importara, a melodia era bela e lhe tranquilizava, prosseguiu cantando.

– Milady? – sussurrou chamando-lhe atenção.

Shiera se virou, atrás de si estava um belo cavaleiro. Não podia ter mais que 16 dias de seu nome, loiro, de belos olhos azuis. Ele era muito mais alto que ela porém parecia atrapalhado por seu tamanho e força. Shiera notou uma certa semelhança entre ele e Tommen, até que o reconheceu como o Leão de Tarth, filho de Jaime e Brienne Lannister.

Havia alguns arranhões em seu rosto, assim como um olho levemente arrocheado, lembranças da justa contra Gyles Tyrel, que dera em empate.

– Perdão, Sor. – disse ela com uma rápida reverência – Pensei que estava sozinha.

– E estava. – disse ele com um belo sorriso, muito parecido com o de Tommen – Eu apenas fiquei curioso. Em que língua cantava?

– Oh! – exclamou sentindo as bochechas corarem – Eu não tenho certeza.

– Como? – perguntou ele franzindo as sobrancelhas

– Eu nunca ouvi essa canção, apenas sonhei com ela, repetidas vezes... – explicou desviando o olhar – Um meistre me disse que tem traços de valyriano mas não pode ter certeza.

– É muito bela.

– Obrigada. – disse ela desviando o olhar envergonhada com a atenção. – Você é Renly Lannister, certo? O Leão de Tarth, que lutou mais cedo.

Ele assentiu com uma careta, provavelmente não queria ser lembrado da luta que não ganhara, vendo isso ela rapidamente acrescentou.

– Achei-o magnifico, Sor. Me lembra muito o seu primo Tommen.

– Conheceu o meu primo?

– Oh sim! – disse ela sorrindo com a lembrança – Fui protegida da casa Lannister em meus primeiros anos de vida. Seu tio Tyrion me falou sobre você, Sor.

– Está decepcionada?

– Nem um pouco. Exatamente o que eu esperava do filho de guerreiros como Jaime e Brienne Lannister.

Ele sorriu e lhe estendeu o braço.

– A última justa está para começar, milady, deseja me acompanhar?

– Seria um prazer, Sor. – respondeu ela com um sorriso aceitando seu braço.

Eles caminharam por alguns segundos em silêncio.

– Por quê não quis assistir às justas, milady?

Ela corou.

– Estava fugindo de meu protetor, Astor Mallister, ele me persegue como uma sombra... Queria apenas ficar sozinha e respirar um pouco.

Ele lhe sorriu. Ouviram então os aplausos da multidão. Os cavaleiros se posicionaram e avançaram um contra o outro. Shiera fechou os olhos sem querer ver sangue. Porém quando os abriu novamente viu os cavaleiros tendo um combate de espadas no chão. A luta estava equilibrada, então um urro monstruoso tirou seus olhos dos cavaleiros. Poucos metros acima dela estava uma besta, um monstro terrível, como Shiera jamais vira igual.

A criatura possuia a cabeça e tronco ligeiramente humanóides, entretanto o resto não tinha nada próximo a humano, possuía um par de asas recheado de penas negras, tão largas que a envergadura cobria o sol, sombreando todo o palanque da rainha. Não possuía braços ou pernas e sim um par de patas como as de uma águia, com garras longas e tão afiadas quanto espadas. Os olhos da criatura eram quase humanos, porém possuíam um tom vermelho claramente sobrenatural e, ocupando metade de seu rosto, no lugar do nariz e da boca havia um gigantesco bico, concurvo e de um negro reluzente.

O monstro abriu o bico soltando mais um urro digno dos piores pesadelos. Apertou com força o braço de Sor Renly, buscando ali segurança, mas o Lannister parecia tão estupefato quanto ela. Uma expressão de extrema confusão preenchia sua face.

– Milady – disse ele – Talvez seja melhor que se afaste.

E como se toda a multidão o tivesse escutado a algazarra se iniciou, pessoas corriam de um lado para o outro em busca de um local seguro, Shiera tentou os acompanhar mas tropeçou e se perdeu de Renly, então uma voz quase humana, mas ainda bestial, ecoou por Harrenhall.

– Covardes! Targaryens Covardes! Targaryens Traidores! ... A ruína dos Dragões se aproxima, sem sobreviventes dessa vez! Os dragões escaparam da maldição de Valyria, mas não voltarão a se esconder dos olhos da Mãe Harpia ou dos olhos 'dele'. - Um crocitar que mais lembrava o som de risadas ecoou do bico da criatura. O ser macabro pousou no telhado do palanquim real, onde logo continuou a falar. - O tempo dos dragões se finda à medida que a Harpia se fortalece. Os doze nada poderão fazer se estiverem incompletos, A Segunda Era de Heróis jamais virá! - Subiu aos céus, voando alto e crocitando risadas sonoramente.

O monstro então deu um rasante em sua direção, foi muito rápido, Shiera tentou se levantar e correr, mas a ação não logrou êxito. Viu pelo canto dos olhos que alguns cavaleiros tentaram a proteger com suas espadas, algumas flechas voaram em direção ao mostro mas não pareceram lhe fazer mal. Sentiu garras gigantescas a circundarem e a próxima visão que teve foi do chão, cada vez mais longe. O monstro a pegara.

Medo puro e irracional invadiu o seu ser, sabia em seu íntimo que era o seu fim. Aquela besta rasgaria sua garganta. Imagens de sua família e de Tommen vieram à sua mente enquanto ela lutava contra as lágrimas. Shiera gritou por ajuda. Há vários metros, no chão, um grupo de cavaleiros parecia se organizar para resgatá-la, aparentemente liderados por Astor Mallister.

“Meu bom protetor” pensou ela com lágrimas nos olhos “Me perdoe, jamais deveria ter deixado sua companhia”

– E sabeis que o sangue desta – crocitou o monstro – Dará inicio à Tormenta que se aproxima. Uma tempestade que banhará vossas terras com sangue... Com vosso sangue!

Então ele a segurou com apenas uma das patas, e com a outra levou a maior das garras ao seu pescoço, Shiera fechou os olhos e esperou pela morte cada vez mais próxima.


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Notas finais do capítulo

Olá desaparecidos. Sabe eu nem devia está aqui postando. Vocês não merecem. Dos meus 14 leitores, apenas 4 comentaram. Onde estão os outros dez? Eu sobrevivo de reviews meus caros, e a historia também.

Então aviso aos navegantes. Eu tenho salvo aqui no meu PC cada uma das fichas de vocês, com o nome do criador do personagem. Já comentei anteriormente que preciso matar alguns personagens, eu já tinha escolhido quais seriam, porem agora a politica mudou, não comente e seu personagem pode vir a ter um fim trágico, vou sequer dá uma morte legal p ele.

Vou fazer vista grossa só dessa vez pq foi época de festas e tinha muita gente viajando e talz. MAS SOH DESSA VEZ! Se você tem tempo de ler o capitulo inteiro também tem tempo de fazer uma comentário, neah poxa? O que custa?

Segue as imagens da:

Shiera: http://serendipiando.files.wordpress.com/2011/09/zooey-deschanel.jpg?w=620

E do Astor: http://ladyprongs15.deviantart.com/art/Astor-Mallister-345686154?ga_submit=10%3A1356898178

Então, finalmente o mistério acabou e vocês sabem quem foi a garota que o monstro pegou, confesso que foi bem previsível essa... Mas vcs ainda não sabem se e como ela vai escapar dessa, e tampouco eu vou dizer. MUAHAHAHAHAHA

Mas eu PRECISO da opnião de vocês! O que acharam da Shiera? Com quem acham que ela vi ficar? Ela sobrevive ao monstro? Se sim ela sobrevive a jornada que promete ser ainda mais perigosa?

Anyway, espero que tenham gostado. COMENTEM!