On Top Of A Bridge, A Rainy Day escrita por Vênus Salerinean, Noni, Yorihime Frances de Libra


Capítulo 1
Capítulo Único - On top of a bridge, a rainy day


Notas iniciais do capítulo

Estreando a Sub-categoria (que foi eu quem solicitei xD), vos trago essa história retirada do baú, revisada e postada.



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~ Capítulo único ~

+ On top of a bridge, a rainy day +

§ Lady Abel Oblivion Araghon §




Chovia forte, a água que saía das nuvens lavava as ruas de forma a deixá-las limpas e encharcadas. Sobre a ponte se encontravam Rahzel e Alzeid.


— Qual o seu problema, mulher idiota? — perguntou Alzeid fitando o céu, os pingos gélidos de chuva escorrendo sobre seu corpo e seu cabelo.


— Eu trouxe um guarda-chuva — exclamou Rahzel colocando o objeto sobre a cabeça do albino de forma a proteger-lhe da chuva, deixando ela mesma ser molhada.


— Então você deveria ter vindo na hora em que a chuva começou — comentou ele a lógica, se não queria que ele se molhasse então que chegasse mais cedo.


— Mas você estava com uma cara de choro — exclamou ela fitando o rosto calmo dele, a água escorrendo do cabelo misturava-se com as lágrimas que escorriam dos olhos. Ninguém queria aquele fim à Solesta, mas ele pedira para ser morto quando atacara Rahzel por trás.


— Não é você quem está chorando? — perguntou o albino sem fitá-la, as lágrimas cristalinas desciam sobre a tez alva da garota de forma incessante.




Rahzel abaixou a cabeça, largou o guarda-chuva que caiu sobre o rio que passava por baixo da ponte e parou de frente para Alzeid. Os corpos próximos, o rosto ainda baixo, sabia que Solesta fora, um dia, importante para o albino, mas por causa dela ele matou-o sem dó nem piedade usando magia.


Enquanto deixava toda a dor de sua alma sair através de lágrimas, chorando compulsivamente, refletia sobre sua imprudência.




"Eu pensava que podia fazer qualquer coisa, que tudo terminaria sempre bem,

E achava que eu podia sempre fazer algo para ajudar alguém,

Eu não sei se posso dizer obrigado ou me desculpe.

Eu sou uma fraca,

E não sei se posso parar com isso…

…Essa jornada em direção ao fim."




Por causa do pedido de Alzeid: "Não use magia por três dias", e sua arrogância garantindo que aguentaria uma semana sem usá-la, aprendera que nem sempre a magia é a solução. Era necessário saber viver por si própria, sem depender de truques a mais.


Alzeid sabia que choravam pelo mesmo motivo, mas a situação era diferente. Ele havia convivido anos com Solesta, conhecera o lado bom do rapaz, já Rahzel apenas conviveu com o ciúme e a disputa que ambos tinham.


Colocou a mão atrás da cabeça da garota e puxou-a para si, deixando que descansasse a cabeça em seu peito, que chorasse em seus braços, que confiasse em si mais do que ela já confiava, que entendesse que matou seu antigo amigo por ela, por ter um laço forte consigo, que não romperia por causa de lembranças do passado.


A diferença de tamanho era enorme, afinal, ela possuía 14 anos e ele era dez anos mais velho, na casa de seus 24 anos. Mas a idade não o impedia de interessar-se por ela, afinal, querendo ou não, Rahzel era uma mulher irritantemente decidida e Alzeid gostava de pessoas decididas, assim como ele o era.


A Anadis ergueu os olhos e fitou longamente o albino, mas os pingos de chuva fizeram com que obrigasse seus olhos a se fecharem. Queria poder fitar por vários minutos aqueles olhos vermelho-carmesim que encantavam-na. Expressavam frieza e indiferença, mas ela sabia que no fundo ele era gentil e carinhoso.


Desejava, do fundo de seu coração, que Alzeid lhe beijasse. Não um beijo como o que Hi-tan lhe dera, um beijo calmo, de verdade, algo de seu feitio. Arregalou os olhos quando sentiu algo tocar seus lábios, tudo que pôde contemplar foi o rosto do homem por quem apaixonara-se muito perto do seu. Ele… estava lhe beijando. Fechou os olhos passando os braços em volta do pescoço dele, forçando-o a continuar o que estava fazendo.


Alzeid pousou as mãos sobre a cintura fina da garota. Ela, na ponta dos pés para alcançá-lo com mais facilidade e ele curvado para frente, de forma a tocar seus lábios nos macios dela. Rahzel não entendia porque ele estava fazendo aquilo, mas quando sentiu a língua aveludada dele tocar em seu lábio inferior pedindo passagem, tudo o que pôde fazer foi afastá-los e receber a língua do homem que aprendera a gostar.


Alzeid queria fazer isso há muito tempo, queria ter ela em seus braços, entregue, apenas dele. Surpreendera-se quando Baroqueheat beijou-a em sua frente. Aquele idiota, fazia aquilo para irritá-lo e conseguia!


Separaram os lábios em busca de ar, Alzeid colou as testas e observou os olhos azuis dela brilharem de felicidade enquanto as bochechas tomavam um tom rosado. Nenhuma palavra precisava ser dita, Rahzel encarou longamente as esferas vermelhas do homem à sua frente. Ainda era difícil acreditar que Alzeid havia lhe beijado, mas um sorriso divertido surgiu em seus lábios quando ele lhe deu um leve selinho. Desejava, com toda força que, se estivesse dormindo, não a acordassem. Alzeid sorriu de lado e tomou os lábios da garota para si novamente, jamais abriria mão dessa sensação de paz quando beijava-a.


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Notas finais do capítulo

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