Nota da Nay: Enfins, espero que gostem. Alguns dos momentos das pessoas que me mandaram se adequaram direitinho no que eu queria para o capítulo... E só uma coisa que eu esqueci de acrescentar quando fiz a fic. Eu gosto de tratar os pares como personagens mesmo, até porque eu já tinha previsto que a maioria das fichas que eu receberia seria feminina ( o que é verdade, com a exceção de Lu e Hector), então resolvi tratar os pares como personagens, só que secundários mais que a mesma importância dos demais.

Então, espero que gostem

Xoxo, Nay.

CHARLIE POV’S ( N/a: Feito pela Boo e editado por mim)

20 de Outubro de 2012, Sábado

– ZEBRA! ZEBRA QUE DROGA! VOLTA AQUI, ZEBRA! ME DEVOLVE ISSO! – Gritei.

Dica numero um, para pessoas que criam ladradores. Jamais, em hipótese alguma, deixe alguma coisa cair perto deles e tente pegar rapidamente de volta.

Darei minha situação como exemplo: depois de muito tempo escutando minhas lindas colegas de quarto Poli e Valerie, reclamando de minha bagunça, eu resolvi arrumar as minhas coisas. E eu cometi o erro de derrubar uma coisa no chão, perto do Zebra, e ele pegou aquilo. E sabe o que era aquilo? Minha calcinha. Sabe onde ela esta agora? Dentro da boca de um ladrador, que esta correndo loucamente pelos corredores do internato.

Juro, esse animal me paga.

– ZEBRA! ZEBRA, VOLTA AQUI! É ASSIM? QUER SABER? TUA MÃE ERA UMA CACHORRA MESMO, POR ISSO VOCÊ É ASSIM! – Gritei o mais alto que eu pude.

Isso apenas o incentivou mais. Ele se virou pra mim com a maior cara de “minha-mãe-era-pura-e-você-nunca-mais-verá-essa-calcinha”. Eu corria rápido, mas não tão rápido a ponto de alcançar um ladrador, que tem uma calcinha roubada na boca.

Foi tudo muito rápido, ele virou pra frente de novo, e logo dobrou em um corredor, que eu nem sabia que existia, eu logo tratei de dobrar também, ele deu uma derrapada e eu aproveitei pulando em cima dele, o agarrando. Mas, ele é mais forte, e eu, desastrada. Ele começou a me arrastar. Eu continuei firme nele, até que ele fez mais uma curva me jogando reto em uma parede. Bem, acho que mais algumas marcas no meu corpo não irão fazer diferença.

Me virei, de barriga pra cima, ponto as mãos em minha cabeça, que latejava. Abri meus olhos e eu enxergava um borrão. Pisquei mais algumas vezes. Até que pude ver nitidamente, o ser que me olhava com uma cara risonha. Ele era alto, forte, olhos esverdeados, cabelo escuro e bagunçado. Pele muito branca. E, eu consegui reparar nisso tudo estando de cabeça pra baixo? Vish.

– Parece que alguém precisa de ajuda - disse ele

– Ajuda? Não, o que é isso! Sabe é que sempre que eu vejo uma parede decido me jogar contra ela, força do habito.

– Nossa, eu achei que você precisa! Até peguei isso... - ele levantou uma calcinha pequena e preta com rendas azuis, e deu um sorriso malicioso em minha direção.

– Me devolve isso - eu levanto rapidamente pra tentar pegar. Mas ele levanta o braço pro alto, fazendo com que eu não alcance aquilo nem pulando.

– Idiota! - Falei

– Baixinha! – retrucou.

– Tapado!

– Lerda!

– Babaca!

– Infantil!

– Olha quem ta dizendo que eu sou infantil, a garota que ta usando uma camiseta de um cachorro rosa – ele disse. Esse garoto é realmente idiota ¬¬

– Não é apenas um cachorro rosa, é Coragem O Cão Covarde. – ele revirou os olhos- Pelo menos não sou eu quem está usando uma moletom do Batman! - Admito, sempre quis um moletom do Batman, aquele sexy, mas isso não vem ao caso agora. Ele era alto o que fazia eu ter que olhar pra cima, enquanto eu falava com ele, e ele ter que olhar pra baixo pra falar comigo.

– Parece que já conhece meu amigo ... – uma voz extremamente familiar falou.

– O que você está fazendo aqui, peste? – resmunguei, olhando para onde vinha a voz. Oh meu gzuis, o que merda meu meio-irmão, Noah (n/a mais um Noah pra família E.I), estava fazendo aqui?Ele não respondeu. Alias nenhum dos dois, apenas viraram as costas pra mim e saíram andando. E eu ainda pude escutar Noah gritar um “passo depois lá no teu quarto maninha .."

Eu ainda não sabia o que o leso do meu meio-irmão estava fazendo nesse Internato. Meu Deus, nem aqui eu me livro dele?! E, o pior não posso reclamar, já que graças a ele, que eu tenho uma roupa do Batman. Isso me lembrou uma coisa. Uma calcinha. Do Batman.Calcinha. Calcinha. Acho que alguém não devolveu minha calcinha. Vish.

TERCEIRA PESSOA POV’S ( Por Ana G, com modificações)

20 de Outubro de 2012, Sábado. 19:00.

Valerie Forest desembarcou do avião, cansada. Era um alívio passar um tempo longe daquele internato e de Hector, mas ao mesmo tempo ela se sentia um pouco sufocada. Teria de ir pra casa, recebendo mais reclamações de sua mãe sobre suas roupas e seus hábitos, o que causaria uma briga, que a faria chorar de raiva e sair de casa, voltando apenas quando faltasse cinco minutos pra meia noite. Simples. Era sempre assim.

A garota amava seu país, a Inglaterra e sua cidade, Londres. Mas lá não tinha amigos. Ela já se preparava para a pequena "conversa" com sua mãe quando abriu a porta, só que estava no maior silêncio. Vally deixou suas coisas no quarto e começou á procurar a Sra. Forest por tudo que ela era lugar, até que, na cozinha, a garota encontrou um bilhete da mãe, onde era avisado que ela viajara e ficaria fora por todo o período de folga de Valerie.

Ela não podia acreditar. Aquilo era demais. O bilhete dizia ainda que havia comida na geladeira e dinheiro na mesinha da sala.Valerie pegou seu ipod, foi para seu quarto, deixando as malas no hall, deitou-se em sua cama e começou á ouvir Holiday , do Green Day. “ É, o dia amanhã vai ser ótimo” pensou Valerie antes de adormecer.

LUCAS POV’S (n/a: Tava louca pra fazer um POV’S dele mais não achava uma situação boa *-* Enfins, feito por Luh, e editado por mamis aqui)

Eu tinha acabado de chegando em casa. Sinceramente, eu preferia ter ficado no Internato. Mal entrei e já dei de cara com minha mãe, Kate. Ela tinha um olhar frio no rosto, parecia que ela ainda não tinha entendido a verdade. Que ótimo. Ficamos nos encarando por alguns instantes sem dizer nenhuma palavra. Até que eu me cansei, não agüentava mais olhar para ela e imaginar o que ela pensava de mim agora. Onde estava a Kate que eu conheci? Subi as escadas, frustrado, e fui direto pro meu quarto, trancando a porta atrás de mim. Tomei um banho rápido, tentando esfriar a cabeça. Me joguei na cama, a próxima coisa que percebi foi que já tinha amanhecido, me levantei, tomei um banho demorado, coloquei uma roupa leve, saí do quarto, ainda estava muito cedo e ninguém tinha acordado ainda. Desci as esacadas tentando não fazer barulho, e fui caminhar um pouco, tentando distrái a cabeça. Acredite, eu estava muito mal pra acordar tão cedo,mas,afinal,quanto menos eu ficar naquela casa melhor. Mais aí no meio do caminho dou de cara com um amigo de infância, Enzo.
Ficamos um bom tempo conversando até que ele me chama para irmos a uma cafeteria, aceitei, já que eu tinha saído de casa sem comer nada. Compramos algumas coisas pra comer e depois seguimos para um parque que ficava na frente da cafeteria, falamos mais um pouco sobre coisas bobas até que chagamos em um assunto sobre o qual eu não queria falar: ''Eu''

Lucas... – Enzo disse, me olhando sério. - posso te fazer uma pergunta? – Isso vai dar merda.
– Er...pode – falei, meio temeroso, e de repente meu copo de café parecia bem mais interessante.
–Você...ainda se corta? – Eu bem que imaginei. Engoli em seco e arregalei os olhos.
– Hm ...não '-' – disse, ainda olhando pra baixo. Por que merda esse garoto foi inventar de falar disso ¬¬
– Não mente pra mim, por favor – Enzo disse. Tentando olhar pro meu rosto, ainda abaixado.
–Eu não faço mais esse tipo de coisa. Por que acha isso? – falei rápidamente. Rápido demais.
– Porque seus olhos não tem mais o brilho de antes...eles sumiram quando você começou a se cortar, depois que Kate descobriu de tudo.

– Eu não faço mais isso! – falei, exasperado.
Então Enzo fez algo inesperado, ele puxa meu braço, levantando parte do meu moletom e revelando alguns cortes. Merda. Meda. Virei o rosto, envergonhado e tentei me lrvantar pra ir embora,mais novamente sou segurado pelo braços dele, ele me força a levantar o rosto e me beija. Minha mente estava a mil. Isso está errado. Errado. Muito errado.
–Por favor,não faz isso...eu te amo – ele suplica. Fico estático e arregalo os olhos com aquelas palavras e tento me soltar novamente, o que é inútil.
–Enzo... Me. Solta - digo frio.
–Não...você ainda se lembra,não é? – ele diz.
Flash back on(terceira pessoa narrando):
Era primavera,as flores estavam cada vez mais lindas, se possível, Lucas e Enzo estava sentados no parque, a beira de um rio.
–Luh..eu...er..eu quero algo sério com você. Mesmo que sua mãe não saiba que você é..-
–Ela não é minha mãe - Lucas o cortou. Enzo o olhou sério e disse:
–Como eu disse... eu quero ter algo sério com você.
–Eu não sei...
–Poxa,uma hora ela vai ter que saber e aceitar,certo? – Enzo Disse, meio irritado.
–Você não a conhece...não mesmo. – Lucas balançou a cabeça.
–QUER SABER?EU JÁ CANSEI!EU SEMPRE ESTOU DIZENDO QUE TE AMO,QUE TE QUERO COMIGO MAIS VOCÊ NUNCA FOI ASSIM COMIGO,ANTES EU ATÉ PENSAVA QUE ESSE ERA SEU JEITO,MAIS AGORA DÁ PRA VER...VOCÊ É SÓ UM COVARDE!POR QUE NÃO SE ASSUME LOGO HEIN?! – Enzo disse, agora completamente irritado.
–Você não tem uma mãe como a Kate...-Lucas disse sem nem mesmo se mover ou olhar pra Enzo.
–SE ela te ama, ela teria que entender.-Enzo disse saindo dali.
FLASH BACK OFF
– Lembro – falei. “ Mais preferi não lembrar”, acrescentei mentalmente.
– Me perdoa?
– Eu não posso...está aqui dentro.-Digo colocando a mão no peito e saindo dali,o deixando sozinho.