As Profecias. escrita por Greco Figueiredo


Capítulo 6
Jornada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem os erros de português.



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PVO Walt



O som do furgão estava me dando raiva. Fazia três semanas que eu não via mais nenhum amigo, minha mãe, meu pai... Percorri todo estado de Indiana e Ilinóis, já havia chegado em Iwoa City, no estado Iwoa é claro. O furgão que eu estava parecia que estava gripado, o som realmente era perturbador. Já estava escurecendo, na noite o furgão não aparecia era realmente preto. Se não fosse as luzes a gente iria bater contra outros carros. Dentro dele tinha quatro hippies que não parava de fumar cannibis ativa. “Não fode véi, isso é cannibis ativa isso dá cadeia seu cuzão” pensei. Minos havia me mostrado um vídeo que o cara principal falava isso, eu chorava de rir. Paramos em frente a um hotel. Jimmy, o motorista do furgão e “líder” do grupo começou a se mexer, os bancos eram bem novos. Tinham um forro preto de couro. Porém tinha um cheiro de vômito, isso era uma das razões que eu ficava no acento ao lado da janela com a janela aberta. Depois do acidente fiquei todo esfarrapado, foi bem legal Jimmy ter me ajudado, estava me dando comida e me emprestava suas roupas. Ele havia me emprestado uma camisa marrom com um tecido que eu nunca havia visto, mas era confortável. Ela era gola “V”, uma calça vermelha de veludo, era bem apertada e ficava caída em mim, então ele me emprestou um cinto com uma caveira no meio. Jimmy mandou a gente descer do carro, obedecemos.


Jessie, irmã de Jimmy, estava vestindo um vestido verde com margaridas. Seus cabelos eram lisos, cor de mel e muito compridos. Suas sandálias eram laranjas. Stu, the monk, era o mais velho do grupo, tinha cabelo quase tão comprido quanto os de Jessie, só que usava uma barba igualzinha ao do diretor de Hogwarts.Ele vestia um terno verde e uma gravata roxa, sem camisa. Era bem bagaceiro. As vezes eu tinha vergonha de andar com eles, mas eu me tocava que, infelizmente, estava vestido como eles. Jimmy estava usando uma faixa na cabeça, para repartir seus cabelos crespos. Usava uma camisa como a minha, gola “V”, só que verde e um terno laranja bem curto por cima. Sua calça de veludo era marrom e usava um all star vermelho. Ele nos olhou e colocou um cigarro na boca, logo depois ele acendeu. A cada tragada ele variava o olhar para cada um de nós, até o cigarro chegar no filtro. Ele jogou o cigarro no chão e colocou o é em cima, a última vez que vez isso tirou um membro do grupo, Gary. Ele se deu mal.

– Alguém vai dormir no carro. – ele disse. Todos suspiraram, aliviados.

– Eu estou todo dolorido. – disse Stu, the monk.

– Eu sou uma dama, aí. – disse Jessie. Todos me olharam esperando uma desculpa.

– Está bem, eu durmo no carro tanto faz. – nem olhei para o hotel e já entrei no carro. Me acomodei no banco de trás. Logo depois Jimmy entrou no carro e estacionou no estacionamento do hotel.

– Segurança, sabe como é, né. – ele começou a rir depois, ignorei.




Sem dúvida dormir no carro foi a pior escolha que eu podia ter feito em três semanas e alguns dias. Alguma coisa muito grande estava do lado de fora, estava rondando o carro. Tive medo. Acho que vi um vulto cercando o carro por pelo menos duas horas, resolvi me focar nisso, não estava com sono mesmo. Teve uma hora que consegue ver que o vulto não vestia nada sobre o peito, e segurava um... caminhão bem grande de brinquedo? Me parece inofensivo de primeira. Resolvi me focar na sua cara, seus olhos eram castanhos normais. Seus cabelos eram um pouco loiros, ou castanhos, não consegui ver muito bem. Depois de ver bastante seu cara ele parou e começou a me encarar, movia seu nariz como se me farejasse. Depois me toquei, era um ciclope. Na hora me joguei no “chão” do carro e procurei por alguma coisa que funcionasse com arma, olhei por debaixo do banco do motorista e vi um grande prego, melhor que nada. Peguei ele com a mão direita e depois me apoeiei na porta do passageiro, de repente a mão gigante dele quebrou o vidro do carro e foi até meu pescoço, ele começou a precionar contra a porta para quebrá-la, comecei a dar várias pregadas contra sua mão, mas parecia que não surgia efeito, até que acertei sem querer o seu dedo minguinho. Desejei que as luvas que meu pai me deu de presente estivessem perto de mim, mas perdi no furacão. Do nada as luvas apareceram do outro lado do carro, bem na minha frente, me movimentei para pegá-las, mas o ciclope viu e tirou a porta do furgão com tudo e, quando eu estava quase pegando pelo penos uma parte do par das luvas, ele pegou no meu pé e me arrastou com tudo para fora do furgão, só consegui fazer uma peça do par cair de cima do banco e ficar no chão do furgão.



Brigas com ciclopes não são nada legais. Ele me arrastou para fora do furgão e deu um giro comigo, me jogando para bem longe, caí de cara com uma lixeira que ficava ao lado do hotel. Ninguém ouvia nada? Me virei para ele totalmente tonto, havia três carros ao lado direito do furgão. Ele estava vindo na minha direção, e, agora, estava com um porrete que antes eu tinha visto como um caminhão de brinquedo, como sou idiota. Ele estava com um sorriso bobalhão na cara do estilo “Eba! Meu lanchinho da madrugada!”. Quando ele chegou perto o suficiente, tentou me acertar com o porrete, mas eu desviei e ele acertou a lixeira, o que fez o maior barulhão, mas ninguém apareceu, corri até o furgão e tentei colocar as luvas, mas antes que eu conseguisse, ele me puxou de novo com a mão vaga e me mandou para cima de um carro, consegui ver meu refelexo no vidro, que cara era essa de apavorado? Não, não sou nenhum covarde. Eu iria lutar e iria vencer, afinal eu era filho do deus da força, o devia ter uma força sobrenatural, não é?



Sai de cima do carro realmente tonto, mais tarde notei que meu cotovelo direito estava sangrando um pouco. Encarei o ciclope, que ainda estava com aquele sorriso bobalhão na cara e corri pra cima dele, quando achei que ia acertar um soco bem na boca do estomâgo dele, apenas senti uma porreta no direito da cara, cuspi sangue. O impacto fez com que eu caisse com tudo no chão. Vou morrer, pensei. Eu estava bem na frente de um dos carros que estavam ao lado do furgão, me arrastei e consegui ficar embaixo de um deles. O ciclope começou a espernear, reclamando. Ele largou o porrete e agarrou a traseira do carro e começou a levantar o carro aos poucos. Que ciclope forte, pensei. Dei um giro para a lateral esquerda e me levantei, e comecei a correr até o último carro. Me virei de relance, e, atrás do ciclipe, tinha uma menina de cabelos roxos olhando para gente e com um celular na orelha, a ajuda estava chegando. O ciclope passou por cima dos carros e veio na minha direção, avistei o porrete e corri até ele, passando bem ao lado do ciclope, que era muito imbecil e não se deu conta. Quando peguei o porrete ele estava bem atrás de mim e tentou me dar uma bofetada, mas meus reflexos foram maiores desta vez e eu consegui recuar indo para trás, logo depois usei o porrete contra a perna direita dele com tanta força que uma parte do porrete quebrou e ele caiu com tudo no chão, em seguida subi em cima dele e comecei a dar com o porrete na cara dele com muita força, quando me dei conta a policia estava ao meu lado e eu estava espancando um homem gigante até a morte, na visão deles é claro, tive que correr. Ouvi alguns “PARE!” e alguns tiros para dar medo. Vi uma cerca que separava o estacionamento do hotel com a rua e passei por cima, segui por uma rua muito escura e me escondi num beco logo em seguida.



Quando o dia começou pude ver o beco que eu estava, tinha um cheiro horrível, isso porque eu estava bem ao lado de três latas de lixo. Tinha uma entrada para os esgotos da cidade bem na minha frente e eu estava apoiado num monte de sacos de lixo. O beco era bem pequeno, se não fosse a escuridão eles teriam me pegado, me levantei e limpei um pouco minhas vestes. Fui até o estacionamento com cuidado, caso a policia estivesse lá. Vi Jimmy reclamando em voz alta, recuei um pouco. Era melhor não ir até ele, mas eu me sentia mal, o cara me acolheu e eu quebrei o carro dele. Preciava me explicar, quando fui falar a menina que havia ligado para a policia me agarrou num mata-leão por trás e me arrastou até o beco de novo.

– Se for lá você já era, vão te entregar. – ela disse enquanto me prendia. Eu não reagi, fiquei realmente surpreso.

– Mas o Jimmy é meu amigo.

– Era. Olha, eu vi quem você tentou matar. Não era humano, um ciclope? Era isso ou estou ficando louca? Ele levantou um carro...

– Você conseguiu ver..? – perguntei perplexo.

– Acho que sim, não entendo o quê está acontecendo comigo. – ela me soltou e me explicou tudo que ela viu, eu expliquei pra ela sobre tudo, monstros e deuses, ela não pareceu infeliz e não pareceu que tinha medo. Falei da missão que eu tinha e ela falou que o pai iria levar ela para Las Vegas de avião, isso não ajudava nada, o pai dela precisava de documentos para me colocar dentro do avião.

– Ah menos que.... – ela sorriu.

– Que o quê?

– Que meu pai seja o piloto do avião e esteja me levando de jato particular.

– Cara, valeu mesmo a ajuda, mas seu pai... Ele não vai querer me ajudar. – eu disse com uma expressão irônica, por que um estranho iria me ajudar.

– Meu pai... Ele meio que faz tudo que eu quero, não sei por quê... – decidi ir com ela, mesmo sendo ridícula a ideia, era minha única chance de chegar em Las Vegas.




Caminhamos por duas quadras até chegar na casa de menina que depois descobri que se chamava Aimee. Ela estava vestindo um vestido preto e uma bota preta, ela era de fato emo, não liguei. A casa dela na entrada era toda branca e a porta era de madeira, tinha um pequeno jardim na entrada. Quando entramos tinha um pequeno corredor que levava para a sala, onde tinha um sofá em fomra de “U” bem sofisticado, ele era branco e tinha almofadas laranjas sobre ele. A TV de plasma e quarenta e duas polegas era linda, bem preta. Estava ligada passando um jogo de basquete. Mais adiante tinha uma escada que levava para o segundo andar e bem ao lado da escada tinha a porta que dava para a cozinha, me sentei no sofá com almofadas laranjas. Ela estava agora com um telefone e estava falando com o pai, queria partir imediatamente, mas parece que não deu certo.

– Vamos partir no sábado, desculpe a demora. – Era quarta, iria ter de esperar três dias. TRÊS DIAS!? Bem, o conforto era melhor que o chalé de Hermes e eu não ficava num lugar calmo havia semanas, três dias não faziam mal para ninguém



O pai de Aimee era um cara baixo e careca, a mão de Aimee devia ser a parte bonita, mas Aimee nunca conheceu a mãe. Na cozinha eu não reparei em nada a não ser na comida, o pai de Aimee trouxe pizza do mercado, calabresa e mussarela, a gordura, o vapor. Era muito bom, ele nem sequer complicou com o fato de eu estar ali, até conversou comigo. Aimee mandava no pai, isso era tenso. Ela disse que ia dormir e me chamou para ir com ela, por alguma razão eu não consegui dizer não. Subimos as escadas e chegamos no segundo andar, andamos por um corredor e entramos no quarto de Aimee e havia uma cama e um colchão bem confortável no chão. Me joguei nele, mas antes não pude deixar de reparar no quarto de Aimee, era um quarto pooser e emo, isso me deixava com nojo. Tinha posters de Guns N’ Roses sobre cartezes de Blink 182, era realmente incrível a sociedade. Ela não falou nada, dormiu antes de mim. Olhei para o teto, que era preto, aliás, todo quarto era preto, era bem depressivo. Resolvi dormir antes que eu ficasse com vontade de morrer. Quando eu acordei Aimee estava só de calcinha se arrumando bem ao meu lado, resolvi dar uma espiada. Sua calcinha era rosa e estava escrito “VAGINA” bem no centro. Sua pele era linda e branca, seus peitos eram realmente fartos e grandes, ela colocou uma camisa de manga cavada por cima, logo depois uma jeans esfarrapada, não sei se era roupa de casa ou se ela iria para a aula daquele jeito. Eu continua vestindo a mesma roupa do dia anterior, ela me disse que tinha uma escova de dentes reserva no banheiro e uma muda de roupas para mim tomar um banho, que eu estava vestindo, obedeci.



O café da manhã era muito bom, torradas, waffles, leite com chocolate. Me lembrava minha casa, eu estava com saudades da minha mãe. A mesa da cozinha era de madeira e a pia ficava bem ao lado do forno, que era vermelho, bem moderno, a geladeira ficava no canto superior esquerdo da cozinha e não consegui definir com era a sua cor. O pai de Aimee podia ser um cara legal, mas comia de um jeito mais animal que o Minos, meu Zeus. Aimee apareceu na porta e me chamou, agora ela estava com um tipo de bandana na cabeça os olhos dela eram realmente bem verdes e seus cabelos estavam voltando a cor original, pretos.

– Minha escola fica a cinco minutos seguindo nessa direção. – ela apontou para direita da casa, ficava na esquina a escola dela. – Você vai me buscar e vai dizer... bem, vai dizer que é meu namorado. – arregalei os olhos.

– Por quê?

– Porque eu te acolhi em minha casa e vou te levar para Las Vegas em jato particular. – ela largou um sorriso irônico, tive que aceitar.



Meio dia em ponto da tarde, me olhei no espelho para ver com eu estava. Meu cabelo estava maior e bem liso, ficava um pouco na minha cara, eu devo ter crescido uns cinco centímetros. A camisa era uma camisa social branca e a calça era marrom num tom mais escuro, quase preto. Eu tinha que usar sapatos sociais agora, eu estava muito idiota. Sai de casa e fui até a escola de Aimee. “Rondview School Three”. Era uma escola demais, era nota dez. A entrada ficava no topo de uma escadaria feita de um piso dourado e prateado, era realmente bem legal. A escola se estendia muito para as laterais, mas parecia ser feito de tijolo, mas somente tijolo, o quê era meio feio. Havia crianças de todoas idades saindo, logo depois chegou os adolescentes, Aimee desceu a escada com pelo menos um grupo de sete garotos atrás dela, enchendo o saco. “Vem cá, gostosinha, vamos trepar a noite inteira!” “É verdade que você curte anal?”. Entendi porque ela queria que eu fosse o namorado dela.

– Aí, deixem minha mina em paz – disse, ela veio para o meu lado e me abraçou.

– Aqui está meu namorado. – ela disse sorrindo. Um menino, o chefe do grupo, de cabelos compridos e ruivos me encanrou e tomou a frente do grupo.

– Esse cara? Mas ele é um idiota. – começaram a rir de mim. Ele se aproximou e me deu um soco na boca do estomâgo, eu cai no chão de dor, o ar acabou. Todos começaram a rir de mim. Num ápice de raiva me levantei e dei um soco tão forte no ruivo que ele voou para cima de um carro que estava estacionado, com azar ele morreu. Eu e Aimee saimos correndo até a casa dela.




Para minha sorte o menino não deve ter morrido e já era sábado, estava no dia da viagem. A policia não veio atrás de mim, talvez tenha esquecido o caso do ciclope. Eu e Aimee estavamos próximos, depois que tudo isso acabasse eu iria voltar para visitá-la. O pai de Aimee havia chegado e estava nos esperando no carro.


Quando chegamos no aeroporto eu pude ver num telão um retrato falado meu. “Um GAROTO com está discrição assasinou um mendigo a pancadas de porrete, a recompença por quem encontrá-lo é de cem mil dólares. Na mesma hora Aimee colocou um óculos que ela havia comprado fazia pouco tempo. Passamos por vários seguranças e entramos no jatinho. Ficamos voando por sete horas até que o jato começou o processo de pouso, quando pousamos o pai de Aimee me olhou com uma expressão de pânico. Descemos do avião.



A quantidade de luz e de armas apontadas na minha direção eram perturbadoras, a policia de Denver fora avisada que um menino com a descrição de procurado lá de Ilianóis entrou num avião. Eles me pegaram.

– Walter Timotio, mãos para o alto, você está preso tentando escapar do país. – levantei minhas mãos e vários policias me rondaram, me algemaram e me levaram para a traseira de um furgão. Eu fui preso.



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