Tears In Heaven escrita por MsMimiMarquez


Capítulo 1
Você lembraria o meu nome?


Notas iniciais do capítulo

Uma ideia bem fluffy que eu tive na escola onde trabalho num momento entre aulas tedioso, espero que gostem, McLennons shippers. (:



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Paul caiu no chão, de joelhos enquanto trazia as mãos ao rosto, finalmente deixando as lágrimas caírem por suas bochechas, Linda tinha saído para levar as crianças a escola, deixando o completamente sozinho em casa Que ele percebia agora que era muito vazia. Especialmente hoje.

“Isso não é real,” Ele sussurrou, lutando contra as lágrimas quentes que insistiam em continuar a fluir.Ele não sabia que isso era possível mas sua mente estava acelerada e lenta ao mesmo tempo. Pensamentos distintos estavam atravessando sua mente. Quem faria uma coisa dessas? Como isso aconteceu? Por que John? Por que agora? Nenhuma dessas perguntas parecia ter resposta. Elas só levavam para outras perguntas.

Ele sonhava que se pelo menos ele pudesse continuar repetindo que nada disso havia acontecido…que John não tinha partido. Que ele estava em Nova Iorque com Yoko e Sean. Não que Paul gostasse dessa realidade, Mas era mais fácil aceitar que ele estava com outra pessoa do que encarar o fato de que ele havia partido para sempre, sozinho.

“Por que você me deixou?” Paul não sentia mais nada exceto pelas batidas descompassadas de seu coração, intensificando-se cada vez que ele respirava. Talvez a solução para os seus problemas fosse essa: Parar de respirar de vez.

“Deus porque não eu? Porque o Senhor não me levou? Ele gritou, parando quando sua voz ecoou pelas paredes. O que ele não esperava era obter uma resposta.

“Porque não era a sua hora, Macca”

Os olhos de Paul se arregalaram quando ele reconheceu claramente a voz de John. Rapidamente ele saiu do chão, procurando em volta o ponto de origem da voz. A adrenalina fervendo em seu sangue.

 “John? John!?” Ele chorava.

“Shh. Por favor, pare de chorar”.

“J-John?  O-o quê está acontecendo? Isso não pode ser real. Eu estou enlouquecendo…”

Paul…Eu preciso que você me escute. Eu preciso que você se acalme por cinco minutos e me escute. Eu não tenho muito tempo.

“Como assim?” Paul procurava freneticamente mas não podia ver nada.

Eu tenho pouco tempo pra ficar aqui antes de partir. Eu…Eu não sei onde estou indo…Mas eu sei que preciso te dizer algumas coisas antes de ir.

“Johnny? Onde você está !? Você…Você está…”

“Morto. Eu sei. Agora cale a boca e escute por um minuto. Ok?”

 Paul ainda chorava, sua paranoia dominando-o.

Certo, Paul?

“S-sim, Ok.”

Ok. Bem…agora que eu tenho toda a sua atenção. Eu realmente não sei como te dizer isso. Então eu acho que devo começar com o óbvio, eu estou morto e isso é tudo. Apenas me perdoe, por tudo. Desde o começo. Perdoe-me por ter te chamado de bicha quando você tinha quinze anos e ter feito você chorar.

Paul arqueou as sobrancelhas. As vozes em sua cabeça eram muito espertas em trazer a tona lembranças como aquela.

“Você não sabe disso mas eu te ouvi chorar enquanto tentava dormir…e quando você finalmente adormeceu, eu te beijei.Perdoe-me por ter dito que me arrependia de ter te conhecido na noite em que Júlia morreu. O que eu queria dizer é que eu tinha medo de não saber como te dizer o quanto eu precisava de você e o quanto eu te amava.”

“Ok, isso não é nem um pouco divertido. Eu, eu não sei o que está acontecendo.”

Quieto. Eu não terminei. Perdoe-me por praticamente tudo o que aconteceu em Hamburgo, quando eu fui um canalha com você e te deixei de lado por Stu. Eu deveria ter dito na você que eu só escolhi Stu ao invés de você porque sempre soube que não haveria chances de eu me apaixonar por Stu como eu me apaixonaria por você. Eu estava assustado. Me perdoe por ter te machucado na primeira vez que dormimos juntos. Isso me machucou também, mas só foi assim porque eu sabia que nunca seria capaz de amar alguém com a mesma intensidade com que te amava e saber também que eu jamais poderia ter você.

“John, isso é ridículo, você sempre me teve” Paul sussurrou entre as lágrimas. Ele havia desistido de permanecer são. Era reconfortante ouvir John intimamente novamente, mesmo que fosse um fruto de sua imaginação apaixonada.

Me perdoe por ter te deixado por Yoko. Ela era a escolha mais segura. Eu só preciso que você saiba que eu… eu só precisei de você toda a vida. Perdoe-me por todas as coisas horríveis que eu te disse em todas aquelas canções. Quando eu as escrevi eu estava com ciúmes. Com ciúmes e magoado, porque pela primeira vez na minha vida, você não estava lá esperando que eu voltasse rastejado pra você. Paul… Desculpe-me por cada palavra dolorosa que eu te disse. Eu estava na defensiva. Estava tentando não me magoar. Eu acho que eu nunca parei pra pensar que eu estava te destruindo enquanto isso. E me desculpe por e deixar... pela segunda vez.

“Não é sua culpa,” Paul balançou sua cabeça. “Nada disso é sua culpa. Eu nunca te culpei por nada.”

“Bom, foi minha culpa sim, mas obrigado. Tem mais… eu quero te agradecer. Te agradecer por ter acreditado em mim e nos meus sonhos loucos. Agradecer por ter sido minha vida, e por me amar mesmo quando essa era a tarefa mais difícil do mundo. Eu... eu te amo, Paul. Eu sempre te amei. No momento em que eu te conheci, eu soube que eu seria seu. Eu sempre fui seu. E sempre serei.”

A voz de John cessou e Paul chorou mais um pouco. Ele chorava tanto que pensou que morreria. Ele nunca imaginou que seu coração pudesse se quebrar mais de uma vez em um dia, mas era como se ele estivesse partindo-se várias vezes, para recuperar-se e partir-se novamente.

“Pelo amor de Deus! Por que você tinha que me dizer tudo isso, John? Como você acha que eu viverei sem você?”

“Você é o mais forte de nós, Paul. Você sempre foi. Você vai superar isso. Eu sei que vai.”

“Mas eu não quero superar. Eu não quero, John! Por favor, apenas me leve com você.”

“Eu terei partido em breve…”

“O quê? Mas nós nem tivemos muito tempo”

“Apenas diga que me ama e me deixe partir.”

“Eu – Por favor, não me deixe.”

“Eu tenho que partir… Macca… feche seus olhos… imagine-me com você… por favor. Você não consegue me ver… ou me sentir, mas eu estou te abraçando agora. Estou te abraçando como eu queria ser capaz de fazer. Só diga que me ama.”

Paul passou os braços ao redor de si mesmo como se pudesse abraçar o invisível. Logo sentindo um aroma característico. Ele jamais esqueceria o cheiro de John quando eles passaram sua primeira noite juntos ainda adolescentes. Ele cheirava a tabaco, cerveja e um pouco do shampoo do próprio Paul.

 “Você voltou a ser jovem?” Ele murmurou.

“Eu não sei, amor. Eu não consigo me ver, mas eu sinto que talvez eu seja jovem novamente.”

“O seu cheiro é o mesmo de quando dormimos juntos pela primeira vez na minha casa em Forthlin Road. Cheiro de cigarro, cerveja e daquele shampoo de frutas que você me zoava por usar.”

“Eu secretamente amava aquele shampoo… Principalmente quando era você que usava.”

Paul sorriu quando ouviu o tom anasalado de John. Permitindo-se abraçar mais um pouco, para guardar a sensação de ter John tão perto.

“Tenho que ir…”

“Eu nunca vou deixar de amar você, John Lennon.”

Eu nunca vou deixar de amar você, Paul McCartney…

“Nem de vez em quando?” Paul perguntou fracamente enquanto deixava uma lágrima cair.

“Toda a noite pense em mim, mesmo que por alguns segundos?”

“Toda a noite”

“E de dia?”

“Cada minute de cada hora…” Então Paul sentiu que ele havia partido. Não estava mais ali e mesmo assim era como se ele não tivesse partido para sempre, apenas não estava mais naquela dimensão. De alguma forma, em seu íntimo, Paul sentia que ele sempre estaria por perto.


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Notas finais do capítulo

Sorry for all the tears and screamings!!! :/
... Reviews?!



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