Um Padeiro No Distrito 12- Peeta escrita por Alex Mellark


Capítulo 13
Captial, finally....Or not?




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A luz entra forte pelas cortinas abertas por uma figura escura que não consigo identificar. Cubro meus olhos com o braço mas isso não parece resolver.

-Vamos. Levante. Temos muito sobre o que conversar, tome café comigo. Daqui à algum tempo estaremos na Capital.  Esteja apresentável para quando chegarmos.

Luto para levantar. Aquele cochão tão macio me abraçava e não me liberava, e eu também não queria mas não posso perder nem um momento com Haymitch. Ele disse que deseja conversar, e eu quero saber o que é.

Entro no banho. Fico mais ou menos uns 20 minutos de baixo d’agua. Penso em tudo. Em Cato, Marvel e Tresh, como eles são realmente uma ameaça.  E Katniss. O que vou fazer para salvá-la? Não sei lidar com uma arma.

Saio do banho e pego uma roupa no armário. Vou ao banheiro, arrumo meu cabelo e gosto do resultado final. Apresentável. Assim como Haymitch ordenou.

Ao chegar no vagão restaurante vejo Haymitch e Effie. Ele não parece tão bêbado, mas certamente também não parece sóbrio. Certamente não se lembra da cena de ontem.

~FLASH BACK ONN

Haymitch chegou bêbado do quarto quase caindo.

-Perdi o jantar?

Então ele vomita no chão de carpete e faz com que Effie saia irritada da sala, pulando a poça de vômito, em seus sapatos de salto. Então ele cai sobre seu próprio almoço e as bebidas juntos da manhã, tarde e noite. Ele suja seu rosto ao passa a mão de vômito sobre o nariz. Eu e Katniss nos entreolhamos e sem dizer nada pegamos cada braço de Haymitch e o levamos para o seu banheiro. Colocamo-lo na sua banheira e ligamos o chuveiro. Então eu e Katniss concordamos que eu deveria assumir sozinhos os próximos passos de despir ele. Depois das cenas um tanto desagradáveis o visto e o coloco em sua cama. Bem, isso só foi possível graças a minha força, que covenhamos, é bem grande. Talvez isso me ajude na Arena.

~FLASH BACK OFF

Fico parado até que ele diz para que eu me sente. Assim faço.

-Coma alguma garoto. Vai sentir falta disso nos Jogos.

-Como eu consigo?

-Como consegue o que?- Ele diz tirando uma garrafinha de bebida da parte interior de seu terno.

-Patrocinadores. Eles me manterão vivo.

-Você gostará disso. Chocolate quente. Tome.

Aceito a bebida. É marrom, escuro. Mas o gosto é doce e forte. Delicioso e cremoso. Esse seria um bom ingrediente para os bolos da padaria. Padaria... como sinto falta daquele lugar.

Sento-me e na mesa e tomo um pouco do liquido marrom cremoso que Haymitch chama de chocolate quente. É bom. Muito bom.

Fico imaginando porque as pessoas da Capital tem tanta comida e deixam os distritos morrerem de fome. Mas eu acho que antes de Panem as coisas já eram assim. Muito para uns, quase nada para outros. Nunca o suficiente para todo mundo. Isso é frustrante. Capitalismo.

Estou quase perguntando por Katniss quando ela aparece no vagão.

– Sente-se! Sente-se! – Diz Haymitch.

Katniss toma sua xicara de chocolate quente e come um pouco. Continuo enrolando com meu pãozinho.

–Então você é o encarregado de nos dar conselhos? – Pergunta ela à Haymitch.

Eu já ia fazer-lhe uma série de perguntas, mas Katniss foi mais rápida. Não podemos perder tempo, logo estaremos na Capital.

– Ai vai um pequeno conselho: Mantenham-se vivos! – Haymitch cai na gargalhada. Ótimo! Ele deve achar que estamos brincando ou que não temos capacidade de vencer os Jogos. De repente a raiva toma conta de mim. Quem ele pensa que é?

– Isso é muito engraçado. – Digo e dou um golpe na porcaria do copo que ele segura como se fosse sua própria vida. O copo cai no chão em mil pedaços de vidro e o liquido vermelho se espalha pelo vagão do trem. Effie não vai gostar nada disso. – Mas não pra nós.

Haymitch fica perplexo por um segundo, mas logo recebo um soco no queixo e sou lançado para fora da cadeira. Eu sabia que Haymitch não ia gostar das minhas ações, mas não esperava que ele fosse me socar. Ele pega outro copo e quando está pegando a garrafa com o liquido transparente. Katniss lança uma faca na mesa entre a mão de Haymitch e a bebida. Eu sabia que Katniss era boa com flechas e não com facas.

Haymitch não soca Katniss, ele se encosta-se a sua cadeira e nos encara. Sento-me em meu lugar encarando-o também.

– O que é isso, afinal? – Pergunta ele. – Será que realmente peguei um par de lutadores esse ano?

Surpreende-lo. Era isso que eu queria. Infelizmente estou sangrando então me levanto e pego um cubo de gelo. Levo o cubo até a marca avermelhada em meu queixo.

– Não – Haymitch me interrompe. O que ele quer agora? – Deixa o hematoma aparecer. O publico vai pensar que você saiu no tapa com algum outro tributo antes mesmo de entrar na arena. – Que legal Haymitch está maluco.

– Isso é contra as regras. – Digo. E é mesmo contra as regras. Um tributo não pode brigar com o outro antes de pisarem na arena.

– Só se eles te pegarem. Esse hematoma vai indicar que você lutou e não foi pego. Melhor ainda. – Diz ele. Nesse ponto ele tem razão então resolvo deixar o hematoma aparecer. Sento-me novamente. – Você consegue acertar alguma coisa com aquela faca além da mesa? – Pergunta ele para Katniss. Ela retira a faca da mesa e a arremessa do outro lado do vagão. A faca fica grudada entre dois painéis de madeira. Ela é ótima. – Fiquem os dois de pé aqui – Haymitch aponta para o centro do vagão. Ficamos de pé ali enquanto Haymitch nos cutuca e gira em torno de nós. Totalmente maluco imagino eu. – Bem, vocês não estão totalmente condenados. Parecem em boa forma e assim que os estilistas entrarem em ação vão ficar suficientemente atraentes. – Atraentes? O que ele quer dizer com isso? Na boa, se eu morasse na capital, apostaria em tributos fortes com aparência sanguinária, entretanto Haymitch conhece essas pessoas bizarras mais do que eu. – Tudo bem, vou fazer um trato com vocês. Vocês não interferem na minha bebida e fico sóbrio o suficiente para ajuda-los. Mas vocês vão ter de fazer exatamente o que eu disser.

– Certo – Digo. Me parece um bom trato em comparação com o soco que eu levei cinco minutos atrás.

– Então nos ajude – Diz Katniss – Quando a gente chegar na arena, qual é a melhor estratégia na Cornucópia pra alguém que...

– Uma coisa de cada vez. Daqui a alguns minutos vamos chegar à estação. Vocês serão colocados nas mãos de seu estilista. Vocês não vão gostar nem um pouco do que ele vai fazer com vocês. Mas, independentemente do que seja vocês não devem se opor. – Diz Haymitch.

– Mas... – Katniss começa a discordar.

– Sem ‘mas’. Não se oponham. – Haymitch pega sua garrafa e sai do vagão.

Logo que ele sai, as luzes e as montanhas do lado de fora do vagão desaparece. Estamos mesmo chegando à capital. Silencio. Esta palavra de oito letras descreve bem o momento. O trem diminui a velocidade e luzes voltam a surgir no vagão. Corro para janela imediatamente para ver o mundo que existe lá fora e vejo que Katniss fez o mesmo. Enfim chegamos à Capital que tanto ouvimos falar e vemos pela televisão. Aqui dentro caberiam três distritos 12 facilmente. É imenso. Ao meu horizonte vejo edifícios e mais edifícios ficando cada vez maiores, carros muito bonitos e pessoas muito, mas muito bizarras. Parece que milhões de Effie’s Trinket vivem aqui. Elas se vestem se se maquiam com mais cores que eu já contei e consegui distinguir em um arco-íris. De repente todos que estão num raio de trinta metros e conseguem nos enxergar apontam e acenam. A principio me pergunto para quem, mas não há ninguém no trem sem ser eu e Katniss. Haymitch não disse isso, mas pelo o que eu assisti dos Jogos sei que vou precisar de patrocinadores na arena. Espontaneamente eu aceno e sorrio para eles. Tanto porque eles podem me ajudar de alguma maneira quando eu estiver condenado quanto porque acho todos eles muito engraçados com essas roupas estranhas. Afinal de contas, essas pessoas não têm culpa se meu Nome e o de Katniss foram sorteados na colheita. Nem sei ao certo se eles têm cérebro. Finalmente chegamos à estação, todos eles saíram de vista então eu paro de acenar. Percebo que Katniss não está mais na janela então olho para trás. Ela me olha de uma maneira estranha e dou de ombros.

– Quem sabe? Um deles pode ser rico.


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Notas finais do capítulo

Não me matem.



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